16/10/19

Espaço - Embora não haja consenso na comunidade científica, Gilbert Levin considera que a experiência que conduziu em 1976 reuniu provas suficientes para comprovar a existência de vida microbiana no planeta vermelho.



«Cientista da NASA garante que missão Viking detetou sinais de vida em Marte em 1976

Embora não haja consenso na comunidade científica, Gilbert Levin considera que a experiência que conduziu em 1976 reuniu provas suficientes para comprovar a existência de vida microbiana no planeta vermelho.

Gilbert Levin, um engenheiro da NASA que esteve envolvido na missão Viking, realizadas em 1976 para comprovar a existência de vida extraterrestre, diz estar convencido que a Humanidade «encontrou vida em Marte nos anos 70».

Na publicação Scientific American, o cientista explica detalhadamente como as duas sondas aterraram no planeta vermelho a quatro mil milhas de distância uma da outra e conduziram um teste, tendo por base as experiências de Louis Pasteur, para provar a existência de atividade microbiana no planeta.

Os testes apresentaram resultados positivos e desde então (há 43 anos) que Gilbert Levin tem estado a estudar aquilo que podem ser as primeiras provas de vida em Marte.

De acordo com o cientista, «a 30 de julho de 1976 a LR (a experiência conhecida em inglês por Labeled Release life detection) enviou os primeiros resultados de Marte. Incrivelmente, o resultado foi positivo. À medida que a experiência progrediu, houve um total de quatro resultados positivos, que passaram por cinco controlos, enviados pelas sondas Viking que aterraram a quatro mil milhas de distância uma da outra. Foi detetada a presença de respiração microbiana no planeta vermelho. Os resultados são semelhantes aos que foram registados com o mesmo tipo de testes na Terra. Tudo aponta para que tenhamos obtido a resposta à grande pergunta.»

Os resultados da missão Viking são de livre acesso e já foram consultados e estudados por vários cientistas. Atualmente não há um consenso sobre a experiência na comunidade científica, pois muitos investigadores consideram que os resultados são inconclusivos e que não provam que alguma vez tenha havido vida em Marte.

Levin afirma que a NASA não deu ainda continuidade à missão Viking com novas experiências complementares que sirvam para aprofundar o conhecimento obtido sobre a vida em Marte. No entanto a TheNextWeb revela que o cientista não se sente preocupado com o seu trabalho estar inacabado, mas, sim, com a possibilidade de expor seres humanos a germes extraterrestres, advertindo para:

«Qualquer forma de vida lá ameaça-os, bem como a nós quando voltarem», concluindo que «uma equipa de investigação deve ser destacada para estudar as informações pertinentes da LR da Viking e cruzá-la com informações mais recentes no que concerne à existência de vida em Marte.»

De acordo com a publicação TheNextWeb, nos últimos anos têm surgido várias provas que apoiam a possibilidade de já ter existido água em Marte, levando a que muitos cientistas acreditem que alguma forma de vida orgânica também já lá tenha estado presente.

Segundo Chris McKay, outro cientista da NASA, tanto Marte como a Terra têm «trocado cuspo» durante milhões de anos. Com isto o cientista que dizer que cada vez que um dos planetas é atingido por cometas ou meteoritos de grandes dimensões são projetados materiais para o universo. Uma pequena fração destes materiais eventualmente pode já ter aterrado num dos planetas e, possivelmente, tê-los infetado com viajantes microbianos.

O cientista refere ainda que várias espécies de micróbios conseguem sobreviver no ambiente marciano quando testadas em laboratório, bem como há registos de micro-organismos que sobreviveram a uma exposição total quando colocados fora da Estação Espacial Internacional.» in http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2019-10-16-Cientista-da-NASA-garante-que-missao-Viking-detetou-sinais-de-vida-em-Marte-em-1976

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