«Meta do ministério recebida com gargalhada dos professores
ANA BELA FERREIRA
Educação. Reforma do ensino especial discutida ontem perante 1700 profissionais da área.
Secretário de Estado aponta 2013 como ano de conclusão da reforma.
"Em 2013 teremos em Portugal uma escola verdadeiramente inclusiva." A afirmação foi proferida pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, e desencadeou uma onda de risos na plateia, maioritariamente constituída por professores, que ontem assistiam a um encontro internacional sobre educação especial, em Lisboa. Na sala estavam 1700 especialistas, professores e técnicos portugueses e estrangeiros desta área.
Já depois de terminada a sua intervenção, Valter Lemos disse perceber "perfeitamente a reacção dos professores". Este foi, para o secretário de Estado, um sinal de incredulidade "normal, num país que se habituou a não ser consistente nas opções que faz". "O País habituou-se a não perseguir, de forma consistente, aquilo que são os seus objectivos", criticou Valter Lemos.
Na sua intervenção, o governante assegurou que todas as crianças com necessidades educativas especiais terão apoios. O responsável lembrou a reforma que está a ser feita nessa área, com medidas como a criação de quadros de educação especial nos agrupamentos e de estruturas de referência.
Falou também da classificação internacional de funcionalidade (CIF) que vai ser utilizada na sinalização de crianças e jovens com necessidades educativas especiais e que tanta polémica tem gerado.
Uma das principais vozes da contestação é da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que na sexta-feira anunciou a estimativa de que cerca de 60% dos alunos com necessidades especiais vão deixar de ter apoio no próximo ano lectivo. Uma consequência desta reforma da educação especial. Mas, segundo o novo sistema, vão funcionar nas escolas, a partir do próximo ano lectivo, 357 unidades especializadas em autismo e multideficiência, mais 102 que este ano. O aumento vai apoiar mais 490 alunos com necessidades educativas especiais.» in http://dn.sapo.pt/2008/06/08/sociedade/meta_ministerio_recebida_gargalhada_.html
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O Dr. Valter Lemos, tal como a sua Ministra e o seu Primeiro Ministro, vivem num mundo de faz de conta, em que se podem fechar todas as escolas, hospitais, tribunais, etc., de forma a conseguir atingir o seu único objetivo pré-definido, o do controlo orçamental. Se não fosse triste para milhares de crianças com N.E.E. que agora passaram a ser C.I.F., esta afirmação do senhor Secretário da Educação, até teria contornos de humor refinado... mas não, a realidade do país é que vão reduzir o quadro de pessoal docente e auxiliar das CERCI's, que tão bons serviços têm prestado ao país e às crianças com Necessidades Educativas Especiais. Com o C.I.F. vão criar uma inclusão virtual, numa Escola pública com cada vez menos pessoal especializado, para lidar com crianças diferentes, vão colocá-los em turmas de trinta alunos e vão querer sucesso e avaliar os professores a partir do seu sucesso forçado! Acordemos estes senhores, para o país real!
Já não adianta, Helder, não acordam.
ResponderEliminarE não acordam porque mumificaram algures no tempo.
É verdade, Amiga!
ResponderEliminarÉ de Múmias que falamos...