«Estudo da Rede Europeia Anti Pobreza traça quadro negro
Pobreza alastra nos oito concelhos do Tâmega
Em Paredes, o valor do IRS per capita é de 15 euros, um terço da média nacional e menos de metade do valor do Norte. A região regista um crescente consumo de álcool e drogas.
Em Amarante, o desemprego é maioritariamente feminino e atinge os 70%
A pobreza está a alastrar no Vale do Tâmega, a região do Norte com menor rendimento e poder de compra.
Um estudo da Rede Europeia Anti Pobreza/Portugal (REAPN) apresentado hoje, no Porto, verifica nos oito concelhos do Tâmega fenómenos de "novos pobres", aumento do consumo de álcool e drogas e um crescente endividamento das famílias.
Apesar da escolaridade obrigatória estar generalizada, o estudo nota que a taxa de escolarização ao nível do ensino secundário fica muito abaixo da média nacional, à exceção do concelho de Amarante. Este é um dos fatores que contribui para que o Porto-Tâmega registe a taxa nacional mais elevada de desemprego jovem.
O peso dos desempregados de longa duração e dos desempregados muito desqualificados (igual ou inferior a 6 anos) é também uma característica marcante. A disparidade entre o ganho médio dos assalariados dos concelhos analisados e a média nacional chega a atingir os 350 euros por mês.
A REAPN nota que "o acesso ao emprego, mesmo que estável, não constitui uma garantia contra as situações de fragilidade face à exclusão social e à pobreza".
Dos oito concelhos do Tâmega, Paredes é o que regista um rendimento per capita, em sede de IRS, mais baixo (15 euros), seguido de Baião e Marco de Canaveses. A média nacional é de 51 euros e da região Norte 39.
Baião é o que apresenta uma maior taxa de RSI - Rendimento Social de Reinserção (9,5% da população total). No lado oposto está Felgueiras, com 3,4%. A média da Região Norte é de 4,3%.
A região regista 20 mil desempregados inscritos nos centros de emprego. Em todos os concelhos, o desemprego é maioritariamente feminino, atingindo os 70% nos casos do Marco, Baião e Amarante.» in http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/347587
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Será que serão necessários mais estudos, para que o nosso digníssimo governo tome medidas no sentido de obviar esta dura e inexorável realidade: a pobreza crescente da Zona do Baixo Tâmega que os socialistas ignoram e permitam que Lisboa nos deixe completamente ao abandono. Porque não se criam zonas de incubação de empresas nesta zona que já foi estratégica, noutros tempos? Porque persistem em esvaziar de serviços Amarante em favor de Penafiel? Porque será que sendo tão pobres, mesmo assim o governo permita que paguemos tanto pelas portagens nas autoestradas que nos servem. Porque se planeiam grandes obras para a Zona mais rica do país, Lisboa e se esquece o porto e o Norte de Portugal? Porque será que temos que pagar os mesmos impostos se não nos permitem criar riqueza? Porque nos desviaram os Fundos Comunitários? Porque encerraram a maternidade do antigo Hospital S. Gonçalo de Amarante, após terem gasto bastante dinheiro a equipá-la? Porque nos vendem a ideia de que somos uma terra de turismo e nos fazem uma barragem em Fridão que vai ter um enorme impacto ambiental? Porque não fazem mais pelas áreas demarcadas do Vinho Verde e do Douro, no sentido de exportarmos mais estes produtos? Porque é que Amarante não conseguiu garantir a manutenção de uma empresa de grande futuro como a ENERCOM? Porque é que os Parques EDT, não estão a conseguir criar polos industriais relevantes? - è a classe politica que temos, pouca mobilidade e ação, para tantas preocupações e desafios de uma região!
Pois é, pois é! E como essa crescente pobreza se nota.
ResponderEliminarNota-se, mas para a capital centralista, parece que o Baixo Tâmega não conta!
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