17/07/08

A Democraticidade na Câmara Municipal de Amarante anda Podre!

«Vereador de Amarante diz que presidente tentou agredi-lo

O presidente da Câmara de Amarante, o socialista Armindo Abreu, com um furador de papéis na mão, terá mesmo ameaçado um vereador do PSD, João Sardoeira, após aquele lhe ter dirigido expressões que te-lo-ão irritado.
O ambiente de tensão entre aqueles dois autarcas há muito que se vem agudizando e o episódio, ocorrido na última reunião do Executivo, só confirmou isso mesmo.
Ao certo, ninguém quer ou consegue reproduzir com exactidão a frase que despoletou toda a situação. Aliás o incidente nem sequer irá figurar na acta da reunião. Mas terá sido uma má interpretação de palavras.
O interveniente, João Sardoeira, assegurou, ao JN, que as suas afirmações estão neste contexto: "Eu entendo que o senhor presidente da Câmara está muito cansado, precisa de descansar, está a perder legitimidade para governar a Câmara, e o que eu entendo é que o senhor presidente deve sair de cabeça erguida". " Foi isso que quis dizer, nada mais", disse João Sardoeira, adiantando, sobre a pretensa tentativa de agressão de que terá sido alvo, que " ele (presidente), depois, teve um momento de lucidez e parou, mas a tentativa que fez para agredir é uma atitude que não fica bem a um presidente de Câmara", considera o autarca social-democrata
Quanto ao seu estilo nas reuniões de Câmara, consideradas, em alguns quadrantes, como provocatório, o vereador garante que a sua postura "é só política" e que o actual presidente "não estava habituado a ter oposição. Desta vez tem, e o PSD quer ganhar a Câmara", acrescentou Sardoeira. Apesar da insistência do JN, o presidente da Câmara esteve incontactável todo o dia.» in http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Amarante&Option=Interior&content_id=968787
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Há certas pessoas que de facto entendem a Democracia como o exercício do lambe-botismo; quando alguém os coloca em causa, baixam de nível, não gostam de oposição assertiva e frontal. Mas quem os ouvir são os maiores Democratas que Abril já conheceu e não gostam do poder, não senhor. Mas querem-se eternizar no poder; seria até engraçado se não fosse na minha terra... Será que vamos chegar ao nível daqueles países do Terceiro Mundo, em que se anda à porrada nos Parlamentos? Não era este estilo truculento que se criticava ao mentor do Movimento Amaramarante? Exigimos urbanidade a quem nos governa pago pelos nossos impostos!

Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, tentam ajudar a Zona Deprimida do Baixo-Tâmega!




«Cavaco Silva inicia visita aos "deprimidos" vales do Ave, Tâmega e Sousa


Porto, 17 Jul (Lusa) - O Presidente da República inicia hoje em Celorico de Basto uma visita de dois dias para "ouvir" autarcas, sindicatos e empresários sobre a "situação social" deprimida aos vales do Ave, Sousa e Tâmega.
A visita de Cavaco Silva tem início ao final da manhã, com um almoço com presidentes dos nove municípios da região do Vale do Tâmega.
Depois do almoço, o chefe de Estado terá uma reunião de trabalho com os autarcas e irá inaugurar o Parque Urbano do Rio Freixieiro, após uma passagem pela Biblioteca Municipal de Celorico de Basto, para uma visita guiada por Marcelo Rebelo de Sousa.
Sexta-feira, o Presidente da República tem reuniões de trabalho com organizações sindicais regionais em Fafe e com especialistas e investigadores com estudos feitos sobre o Vale do Ave em Guimarães.
À tarde, Cavaco Silva parte para o concelho de Famalicão, para uma reunião com associações empresariais regionais, em S. Miguel de Ceide, e uma visita à fábrica Salsa Jeans, em Ribeirão.
O programa não inclui visita a nenhum dos seis concelhos do Vale do Sousa, questão que foi desvalorizada pelo presidente da associação de municípios desta sub-região, Alberto Santos.
"Acredito que seja um primeiro passo de visitas às três sub-regiões", disse à agência Lusa Alberto Santos, presidente social-democrata da Câmara de Penafiel, recordando que a preocupação relativamente à situação social nos três vales foi realçada por Cavaco Silva "precisamente numa visita recente a Penafiel".
Fonte da Presidência da República disse à Lusa que, apesar de o programa não incluir paragens no Vale do Sousa, sindicalistas e empresários destas duas regiões vão participar nas reuniões de Fafe e S. Miguel de Ceide.
Já fora do programa dos três vales, o chefe de Estado parte a meio da tarde de sexta-feira para Ponte de Lima, onde irá inaugurar a reabertura do Museu de Arte Sacra dos Terceiros e assistir à representação da ópera "As Bodas de Fígaro", integrada no Festival de Ópera e Música Clássica do concelho.» in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/dbafdc814eeaf2dc965db4.html
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Haja alguém que se vire para o Baixo-Tâmega deprimido, com tantas potencialidades e tão abandonado está. Dizem muitos que Portugal não é só Lisboa, mormente no pós-Abril. Até pode ser verdade, mas olhemos para o pacote de investimentos que estão previstos para a Capital e na sua envolvente e comparemos com todo o Norte e como dizia o outro da mesma cor: é fazer as contas... Espero que quer o Excelentíssimo Presidente da República Dr. Cavaco Silva, quer o Dr. Marcelo de Sousa, filho desta zona, saibam influenciar quem de direito de forma a tentar reverter a sangria de jovens que colocaram a emigração em níveis de 80, que consigam atrair investimentos, enfim, que nos ajudem, por favor!

16/07/08

PAOK 0 vs F.C. Porto 1 - A nossa força está nas vitórias!









«Uma máquina que promete

Duas equipas, um único objectivo: testar o trabalho que está a ser desenvolvido em Marienfeld. Um treino diferente, em andamento competitivo e perante um adversário cotado e exigente. O F.C. Porto de caras com uma prova de esforço e superação, um teste aos processos que começa a aprimorar e à qualidade do labor que tem desenvolvido. Mais uma etapa superada. Confiança reforçada.
O encontro principiou com o golo de Lucho González, um festejo que merecia ter surgido de bola corrida, uma vez que nasceu de um lance muito bem desenhado e que culminou com um tiro de Lisandro Lopez contra o guarda-redes contrário. Da confusão, nasceu uma grande penalidade por mão clara de um defesa grego. Lucho converteu o castigo sem mácula.
Em vantagem, a equipa de Jesualdo Ferreira manteve os objectivos deste jogo sempre presentes, procurando colocar em prática muito do que tem esquematizado no laboratório do Klosterpforte hotel. Com um 4x3x3 que se queria dinâmico e com a recuperação dos processos de sucesso da temporada passada, o Dragão mostrou que tem tudo para voltar a ser encantador.
O jogo foi interessante e teve a emoção possível nesta altura da temporada. Os melhores desenhos, porém, pertenceram ao Tricampeão, que foi tentando incutir ritmos diversos à partida. A grande defesa de Nuno, pouco depois da meia hora, numa grande penalidade que não existiu, serviu de tónico para superar o cansaço.
Depois do intervalo, Jesualdo Ferreira promoveu dez substituições (Tengarrinha entraria mais tarde), enquanto o PAOK se manteve mais tempo com a base que iniciou o desafio. O ritmo talvez tenha baixado um pouco, mas as melhores tentativas foram da equipa que hoje vestiu de branco. O F.C. Porto. A máquina que promete emoções renovadas.

FICHA DO JOGO

Stimberg Stadium, em Oer-Erkenschwick
Árbitro: Florian Steuer
Assistentes: Kevin Music e Cetin Sevinc

PAOK: Chalkias; Melissis, Marcos António, Contreras e Szaucner; Veron, Balafas e Ivic; Sérgio Conceição, Bakayoko e Vieirinha
Jogaram ainda: Arabtzis, Konstantinidis, Malezas, Lakis e Athanasiadis
Treinador: Fernando Santos

F.C. PORTO: Nuno; Fucile, Stepanov, Bruno Alves e Benitez; Bolatti, Lucho González «cap.» e Raul Meireles; Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez e Rodriguez
Jogaram ainda: Helton, Sapunaru, Rolando, Pedro Emanuel, Fernando, Tomás Costa, Guarín, Lino, Alan, Farías e Tengarrinha
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Lucho González (2m, g.p.)» in site F.C. Porto.
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Há equipas assim, que nem a feijões gostas de perder... Viva o F.C. do Porto!

Maria Callas - Um Míto do Canto Lírico!

«Maria Callas

Maria Callas, numa imagem captada de um vídeo.Maria Callas (Nova Iorque, 2 de Dezembro de 1923 — Paris, 16 de Setembro de 1977) foi uma cantora lírica soprano de ascendência grega, considerada a melhor soprano que o mundo já teve.

Biografia

Nascida Ánna María Cecilía Sofía Kalogerópulu (em grego Άννα Μαρία Καικιλία Σοφία Καλογεροπούλου), Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades económicas, teve de regressar à Grécia com sua mãe em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano coloratura Elvira de Hidalgo.
Existem diferentes versões sobre sua estreia. Alguns situam-na em 1937, como Santuzza numa montagem estudantil da Cavalleria Rusticana, de Mascagni; outros, na Tosca (Puccini) de 1941, na Ópera de Atenas. De todo o modo, o seu primeiro papel na Itália teve lugar em 1947, na Arena de Verona, com a ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direcção de Tullio Serafin, que se tornaria seu “mentor”.
Callas começou a despontar no cenário lírico em 1948, com uma interpretação bastante notável como protagonista da ópera Norma, de Bellini, em Florença. Todavia, a sua carreira só viria a projectar-se à escala mundial no ano seguinte, quando a cantora surpreendeu a crítica e o público ao alternar, na mesma semana, récitas de I Puritani, de Bellini, e Die Walküre, de Wagner. Preparou o papel de Elvira para a primeira ópera em apenas dois dias, a convite de Serafin, para substituir uma outra cantora. (Para se ter ideia do seu feito, é o mesmo que pedir a Birgit Nilsson, famosa soprano dramático, para cantar Violetta em La Traviata.) Callas não teve tempo para aprender o libretto completo, apenas a música, e o ponto teve de a auxiliar com o texto.
A partir dos anos 50, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Convent Garden e Metropolitan. São os seus anos áureos.
A par da fama como cantora internacional, surgiu a sua fama de tigresa, muitas vezes considerada temperamental pelo seu perfeccionismo. A rivalidade com Renata Tebaldi ficou famosa e as brigas públicas, através de declarações aos jornais, várias vezes lhe renderam a primeira página, tal como seus triunfos operáticos. Era uma figura extremamente pública e contribuiu para reacender o estrelato da ópera e dos seus intérpretes. Alguns críticos afirmam, inclusive, que até nas editoras havia uma divisão, para acirrar as disputas entre Callas e Tebaldi, e influenciar as comparações entre gravações feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e de Callas ao lado de Di Stefano.
A sua voz começou a apresentar sinais de declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu consideravelmente as participações em montagens de óperas completas, limitando a sua carreira a recitais e noites de gala e abandonando os palcos em 1965. O abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer Aristóteles Onassis, se dedicou integralmente ao seu amado, afirmando ter começado nessa altura sua vida de verdade. Foi então que parou de ensaiar, adiou e cancelou apresentações, se tornou figura constante em noites de festa, chegando a beber, tudo coisas que contribuíram para o declínio da sua voz e o fim da carreira.
Em 1964, encorajada pelo cineasta italiano Franco Zefirelli, voltou aos palcos na sua maior criação, Tosca, no Convent Garden, contracenando com Tito Gobbi, um amigo de longa data. Essa Tosca está disponível em DVD (apenas o segundo acto) e em CD (completa) e entrou para a história do mundo da ópera. A sua última apresentação numa ópera completa foi como Norma e Paris, em 1965, e devido à sua saúde vocal debilitada não aguentou até o fim, desmaiando ao cair da cortina, no final da terceira parte.
No início dos anos 70, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School. Em 1974, entretanto, regressou aos palcos para realizar uma série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do tenor Giuseppe di Stefano. Embora tenha sido um sucesso junto do público, o espectáculo foi massacrado pela crítica especializada. A voz já não era a mesma, mas o que mantinha o público firme nas apresentações era o amor. A sua actuação foi prejudicada, pois uma vez que tinha de fazer muito mais esforço para manter a afinação, a entrega à interpretação não foi tão subtil como no passado.
Cantou em público pela última vez a 11 de Novembro de 1974 no Japão.
Onassis, então casado com Mrs. Kennedy, teve sérios problemas de saúde e acabou por falecer. Callas isola-se do mundo, e passa a viver na Avenue Georges Mandel, em Paris, com a companhia da governanta, Bruna, e do motorista, Ferruccio. Um possível regresso é ensaiado e a cantora é motivada pelo cineasta italiano Franco Zefirelli, mas Callas já não tinha a segurança do passado. Faltava-lhe vontade. Tentou realmente outras funções, como professora, directora artística, mestre de coro, mas nada a satisfazia. Não sabia sequer como deslocar um coro. Começou a impor exigências absurdas para as apresentações. Essa é agora sua maneira de dizer não, exigindo o impossível. Foi equacionada uma gravação da Traviata, com o tenor em ascensão Luciano Pavarotti, mas o projecto foi abandonado por Maria. Alguns amigos ainda a visitavam com frequência. O maestro Giulini, o crítico John Ardoin, mas Callas já estava "morta" há muito tempo, e a 16 de Setembro de 1977, simplesmente deixou de existir, pouco antes de completar os 54 anos, no seu apartamento em Paris, na sequência de um ataque cardíaco.
As suas cinzas foram espalhadas no Mar Egeu, como era de sua vontade.

Vida pessoal

Maria Callas foi a mais controversa e possivelmente a mais dedicada intérprete lírica. Com uma voz de considerável alcance, Callas encantou nos teatros mundiais de maior destaque. Esta intérprete, senhora de raros dotes vocais e interpretativos, revolucionou o mundo da ópera, trazendo-a novamente às origens. Para Maria Callas a expressão vocal era primordial, em detrimento dos exageros vocais injustificados - tudo na ópera tem que fazer sentido por forma a dar ao público algo que o mova, algo credível.
Esta foi a mais destacada e famosa cantora lírica, e fez jus à sua fama, pois interpretou várias dezenas de óperas de diversíssimos estilos. Callas perpetuou-se em papéis como Medea, Norma, Tosca, Violetta, Lucia, Gioconda, Amina, entre outroas, continuando, nestes papéis, a não existir nenhuma artista que lhe faça sombra.
Um dos aspectos que certamente contribuiu para a lenda que se formou em torno de Maria Callas diz respeito à sua conturbada vida pessoal. Dona de um temperamento forte, que parecia o correlato perfeito para a intensa carga dramática com que costumava abordar suas personagens no palco (veja abaixo), tornou-se famosa por se indispor com maestros e colegas em nome de suas crenças estéticas.
Em 1958, depois de, doente, ter abandonado uma récita de Norma na Ópera de Roma, foi fortemente atacada pela imprensa italiana, que julgou que a soprano queria ofender o presidente italiano, presente na plateia. O escândalo comprometeu a sua carreira na Itália e, no mesmo ano, Callas entrou em disputa com Antonio Ghiringhelli, dirigente do La Scala, que não a queria mais no teatro. Somente em 1960 voltou a apresentar-se no La Scala, na ópera Poliuto de Donizetti; ainda em 1958, foi sumariamente demitida do Metropolitan por Rudolf Bing, que desejava que ela alternasse apresentações de La Traviata e Macbeth, óperas de Verdi com exigências vocais muito distintas para a soprano. À exigência de Bing, Callas celebremente respondeu que sua voz não era um elevador.
Em 1959, rompeu um casamento de dez anos com seu empresário, G. B. Meneghini, muito mais velho do que ela. Manteve, em seguida, uma tórrida relação com o milionário grego Aristoteles Onassis, com quem não foi feliz e que rendeu variadíssimo material para tablóides sensacionalistas.
Trabalhava intensamente e em mais de uma ocasião subiu aos palcos contra a recomendação dos seus médicos. Com uma forte constipação, a 2 de janeiro de 1958 escapou da Ópera de Roma pela porta das traseiras após um primeiro acto medíocre de Norma, de Bellini, numa récita prestigiada pelo então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, o que gerou o escândalo acima referido. A 29 de Maio de 1965, ao concluir a primeira cena do segundo acto de Norma, Callas desfaleceu e a apresentação foi interrompida. Depois disso, ela só cantaria em ópera mais uma vez, numa última apresentação de Tosca no Covent Garden de Londres, ao lado de Tito Gobbi.
Poucos sopranos podem rivalizar com Callas no que diz respeito à capacidade de despertar reações intensas entre os seus admiradores e detratores. Elevada à categoria de “mito” e conhecida mesmo fora do círculo de amantes de ópera, ela criou em torno de si uma legião de entusiastas capazes de defender a todo custo os seus méritos. Apesar da mútua amizade, as disputas entre os seus fãs e os de Renata Tebaldi tornaram-se célebres, chegando mesmo nalguns casos às vias de facto.

Características

Callas possuía uma voz poderosa que, embora não se destacasse pela beleza do timbre, tinha uma amplitude fora do comum. Isto permitia à cantora abordar papéis desde o alcance do mezzo-soprano até o do soprano coloratura. Com domínio perfeito das técnicas do canto lírico, possuía um repertório incrivelmente versátil, que incluía obras do bel canto (Lucia de Lammermoor, Anna Bolena, Norma), de Verdi (Un ballo in maschera, Macbeth, (La Traviata) e do verismo italiano (Tosca), e até mesmo Wagner (Tristan und Isolde, Die Walküre).
Apesar destas características, Callas entrou para a história da ópera pelas suas inigualáveis habilidades cénicas. Levando à perfeição a habilidade de alterar a "cor" da voz com o objectivo de expressar emoções, e explorando cada oportunidade de representar no palco as minúcias psicológicas de suas personagens, Callas mostrou que era possível imprimir dramaticidade mesmo em papéis que exigiam grande virtuosismo vocal por parte do intérprete - o que usualmente significava, entre as grandes divas da época, privilegiar o canto em detrimento da cena.
Muitos consideram que o seu estilo de interpretação imprimiu uma revolução sem precendentes na ópera. Segundo este ponto de vista, Callas seria tributária da importância que assumiram contemporaneamente os aspectos cénicos das montagens. Em particular, é claramente perceptível desde a segunda metade do século XX uma tendência entre os cantores em favor da valorização de sua formação dramatúrgica e da sua figura cénica - que se traduz, por exemplo, na constante preocupação em manter a forma física. Em última análise, esta tendência foi responsável pelo surgimento de toda uma geração de sopranos que, graças às suas habilidades de palco, poderiam ser considerados legítimos herdeiros de Callas, tais como Joan Sutherland ou Renata Scotto.

Gravações

Entre as diversas gravações célebres de Callas, encontram-se:

Independente

Verdi, Macbeth. Com Enzo Mascherini, Gino Penno e Mario Tommasini. Regência de Victor De Sabata. La Scala, 1952.
Puccini, Tosca. Com Tito Gobbi e Giuseppe di Stefano. Regência de Victor De Sabata. La Scala, 1953. Considerada por muitos gravação de referência para a ópera de Puccini.
Bellini, Norma. Com Ebe Stignani, Mario Filippeschi e Nicola Rossi-Lemeni. Regência de Tullio Serafin. La Scala, 1954.
Donizetti, Lucia di Lammermoor. Com Rolando Panerai, Giuseppe di Stefano e Nicola Zaccaria. Regência de Herbert von Karajan. Berlin, 1955. Outra das gravações de Callas considerada de referência.
Verdi, La Traviata. Com Ettore Bastianini e Giuseppe di Stefano. Regência de Carlo Maria Giulini. La Scala, 1955. Famosa gravação em que a direcção de cena ficara a cargo do cineasta Lucchino Visconti.
Verdi, Il Trovatore. Com Fedora Barbieri, Rolando Panerai e Giuseppe di Stefano. Regência de Herbert von Karajan. La Scala, 1956.
Donizetti, Anna Bolena. Com Giulietta Simionato e Gianni Raimondi. Regência de Gianandrea Gavazzeni. La Scala, 1957.

Pela EMI

Norma
I Puritani
La Sonnambula
Carmen
Lucia di Lammermoor
Cavalleria Rusticana
La Gioconda
La Boheme
Madama Butterfly
Manon Lescaut
Tosca
Turandot
Il Barbiere di Siviglia
Il Turco in Italia
Aida
Un Ballo in Maschera
La Forza del Destino
Rigoletto
La Traviata
Il Trovatore

Pela FONIT CETRA

"Incontri memorabili"
Vol. 1: Maria Callas Nicola Filacuridi, Regente: Oliviero de Fabritiis, 18 de fevereiro de 1952
Vol. 2: Maria Callas Beniamino Gigli, Regente: Alfredo Simonetto, 27 de dezembro de 1954
Vol. 7: Maria Callas Gianni Raimondi, Regente: Alfredo Simonetto, 19 de novembro de 1956
"Norma", 29 de junho de 1955
"Parsifal", 21 de novembro de 1950
"La Gioconda", 1952
"La Traviata", 1953
"Arie Celebri"

Referências

Maria Callas : A Musical Biography, de Robert Levine. ISBN 1579122833.
The Callas Legacy: The Complete Guide to Her Recordings on Compact Disc, de John Ardoin. ISBN 093134090X.
The Unknown Callas: The Greek Years, de Nicholas Petsalis-Diomidis. ISBN 157467059X.
Maria Meneghini Callas, de Michael Scott. ISBN 1555531466.
Maria Callas : A Mulher por trás do Mito, de Ariana Huffington.» in http://saber.sapo.pt/wiki/Maria_Callas

Maria Callas - "Butterfly" - (Puccini)

Callas - "The Carmen"

Maria Callas - "Ave Maria" - (Ottelo)


15/07/08

F.C. Porto confirmado na Uefa Champions League!

«Comunicado da F.C. Porto – Futebol, SAD

O Tribunal Arbitral do Desporto rejeitou os recursos interpostos pelo SLB e pelo VSC. Mantém-se, portanto, a decisão do Júri de Apelo da UEFA, que confirmou a participação do F.C. Porto na edição 2008/09 da UEFA Champions League.

COMUNICADO

A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD vem comunicar, nos termos e para os efeitos do art. 248º do Código dos Valores Mobiliários, ter sido informada da deliberação do Tribunal Arbitral do Desporto sobre os recursos apresentados pelo Sport Lisboa e Benfica Futebol, SAD e Vitória Sport Clube da decisão proferida a 13 de Junho de 2008 pelo Comité de Apelo da UEFA.

O Tribunal Arbitral do Desporto rejeitou os recursos interpostos.

Assim sendo, mantém-se a decisão do Júri de Apelo da UEFA que confirma a participação do FC Porto na edição 2008/09 da UEFA Champions League.

O Conselho de Administração
Porto, 15 de Julho de 2008» in site F.C. Porto.
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A Justiça foi feita contra Mouros e Afonsinos. Viva o F.C. Porto que conseguiu a presença na Uefa Champions League, na próxima época, contra a mesquinhez de quem não sabe perder e ganhar, só se fosse na secretaria! O Sr. Luís Filipe Vieira deverá agora explicar aos sócios do S.L.B. o total fracasso da época desportiva anterior, depois de enormes promessas e expectativas. Talvez um dia seja esclarecido quem patrocinou os livros da Senhora Carolina... O Vitória de Guimarães entrou numa guerra que não queria nem precisava, mas da qual só retirará prejuízos. Que se note que o F.C. do Porto é o Clube Português e um dos maiores da Europa, com um nível de participações na Champions, o único clube Português que venceu uma Liga dos Campeões e Taça Uefa, nos moldes actuais e uma Taça da Campeões em 1987, quando já havia televisão a cores e as bolas não eram de trapos... Viva o F.C. Porto!

14/07/08

Leonard Cohen - Uma voz única da Era Dourada da Música!











Leonard Cohen - "Dance Me To The End of Love"









Leonard Cohen - "So long Marianne" - (1979)






Judy Collins & Leonard Cohen - "Suzanne"



Leonard Cohen - "Closing Time"



Leonard Cohen - "Hallelujah"



Leonard Cohen - "Hallelujah" - (Live Oslo)



kd.Lang - "Hallelujah"



Leonard Cohen - "Joan of Arc"



Leonard Cohen - "Tower of Song"



Leonard Cohen - "A Thousand Kisses Deep"



Leonard Cohen - "Waiting For The Miracle"



Leonard Cohen - "Famous Blue Raincoat" - (1979)



Leonard Cohen - "Chelsea Hotel"



Leonard Cohen - "Bird on a Wire"



Leonard Cohen - "The Partisan"



Leonard Cohen - "The Dealer"



Leonard Cohen - "Sisters of Mercy"



Leonard Cohen - "Alexandra Leaving"



Janis Joplin, Leonard Cohen, Rufus



Chelsea Hotel/Leonard Cohen/Rufus Wainwright - "I'm Your Man"



Bob Dylan - "Hallelujah" - (Leonard Cohen)

«Leonard Cohen

Informação geral
Nome completo: Leonard Norman Cohen
Data de nascimento: 21 de Setembro de 1934 (73 anos)
País: Canadá
Origem(ns): Montreal
Gênero(s): Folk, Pop
Instrumentos vocais, violão, piano
Período em atividade: 1956 - presente
Gravadora(s): Columbia
Leonard Norman Cohen (Montreal, 21 de setembro de 1934) é um cantor, compositor, poeta e escritor canadense.
Embora seja mais conhecido por suas canções, que alcançaram notoriedade tanto em sua voz quanto na de outros intérpretes, Cohen passou a se dedicar à música apenas depois dos 30 anos, já consagrado como autor de romances e livros de poesia.

Biografia
Leonard Cohen nasceu em Montreal, província de Quebec, Canadá, de uma família judia de origem polonesa. A sua infância foi marcada pela morte de seu pai quando Cohen tinha apenas 9 anos, fato que seria determinante para o desenvolvimento de uma depressão que o acompanharia durante boa parte da vida.
Aos 17 anos, ingressa na Universidade McGill e forma um trio de música country. Paralelamente, passa a escrever seus primeiros poemas, inspirado por autores como García Lorca.

Consagração literária
Em 1956, lança seu primeiro livro de poesia, Let Us Compare Mythologies, seguido em 1961 por The Spice Box of Earth, que lhe conferiria fama internacional.
Após o sucesso do livro, Cohen decide viajar pela Europa, e acaba por fixar residência na ilha de Hidra, na Grécia, onde passa a viver junto com Marianne Jensen e seu filho, Axel.
Em 1963 lança The Favorite Game, sua primeira novela, seguida pelo livro de poemas Flowers for Hitler, em 1964, e pela sua segunda novela, Beautiful Losers, em 1966.

Carreira musical
Já estabelecido como escritor, Cohen decide se tornar compositor. Para isso, muda-se para os Estados Unidos, onde conhece a cantora Judy Collins, que grava duas de suas composições ("Suzanne" e "Dress Rehearsal Rag") em seu disco In My Life, de 1966.
No ano seguinte, Cohen participa do Newport Folk Festival, onde chama a atenção do produtor John Hammond, o mesmo que antes havia descoberto, dentre outros, Billie Holiday e Bob Dylan. Songs of Leonard Cohen, seu primeiro disco, é lançado no final do ano, sendo bem recebido por público e crítica.
Seu próximo disco, Songs from a Room, seria produzido por Bob Johnston, produtor dos principais trabalhos de Dylan nos anos 60. Embora não tão bem recebido quanto o anterior, contém a canção "Bird on the Wire", que o próprio Cohen disse ser a sua favorita dentre as suas composições. Em 1971, lança Songs of Love and Hate, um disco mais sombrio que os anteriores. No mesmo ano, o diretor Robert Altman, em seu filme McCabe & Mrs. Miller, utiliza três canções de Cohen: "Sisters of Mercy", "Winter Lady" e "The Stranger Song", todas do primeiro disco do cantor.
Um novo livro de poemas, The Energy of Slaves, é lançado em 1972 e, no ano seguinte, o disco ao vivo Live Songs.
Também em 1973, por ocasião da Guerra do Yom Kipur, Cohen faz uma série de shows gratuitos para soldados israelenses. Baseada no poema "Unetaneh Tokef " da tradição judaica, surgiria a canção "Who by Fire", incluída no álbum New Skin for the Old Ceremony, a ser lançado no ano seguinte.

Regresso e parcerias

Após o disco de 1974, Cohen decide se afastar do mundo da música, resultado não só de uma confessa falta de inspiração, mas também de sua insatisfação com as exigências do mercado.
Seu retorno se daria em 1977 com Death of a Ladies' Man, produzido por Phil Spector, que foi também o co-autor de quase todo o repertório do disco. O álbum foi marcado por atritos após as gravações, quando Spector se trancou em seu estúdio para o processo de mixagem, não permitindo que nem mesmo Cohen interferisse no resultado final. Por conta disso é até hoje notória a insatisfação do cantor com o disco, o qual classifica como sendo o mais fraco de todos. Em 1978, numa alusão ao álbum do ano anterior, seria a vez do lançamento do livro Death of a Lady's Man.
Em 1979 reaproxima-se do estilo dos seus primeiros trabalhos com Recent Songs, cuja turnê foi registrada no disco Field Commander Cohen: Tour of 1979, lançado apenas em 2001. Entre os integrantes de sua banda de apoio encontravam-se Sharon Robinson, co-autora de várias canções de Cohen a partir da década de 80, e Jennifer Warnes.
Após a turnê, seguiu-se mais um período de reclusão, no qual dedicou-se à escrita e ao estudo do budismo. Só voltaria a lançar novos trabalhos em 1984, com o disco Various Positions e o livro de poemas Book of Mercy. Embora à essa altura sua popularidade nos Estados Unidos estivesse em baixa, sua música ainda fazia grande sucesso em alguns países da Europa como França e Noruega.

Ressurgimento e aclamação

Em 1988, retorna com o álbum I'm Your Man, aclamado por crítica e público. Parte dessa boa recepção deve ser creditada a Famous Blue Raincoat – The Songs of Leonard Cohen, disco tributo lançado por Jennifer Warnes um ano antes, que apresentou as canções do canadense a toda uma nova geração de fãs.
Paralelamente, muitos dos jovens músicos ligados ao folk e ao indie-rock da época diziam-se influenciados pelo trabalho do cantor. Parte desses músicos seria responsável pelo disco-tributo I'm Your Fan, lançado em 1991. Dentre estes, destacavam-se R.E.M., Ian McCulloch (vocalista do Echo & the Bunnymen) e Nick Cave and the Bad Seeds.
No ano seguinte lançaria The Future e, em 1994, Cohen Live, contendo registros de apresentações ao vivo entre os anos de 1988 e 1993.

Retiro budista
Em 1994, consolidando a sua aproximação com o budismo, Cohen passa a viver no mosteiro de Mount Baldy Zen Center, próximo de Los Angeles. Em 1996, seria ordenado monge zen, e ganharia o nome Dharma de Jikan ("silencioso").
Nesse meio-tempo é lançado, em 1995, um outro disco-tributo, Tower of Songs, dessa vez com nomes mais conhecidos, como Elton John, Bono e Willie Nelson.
No mesmo ano é lançado o livro Dance Me to the End of Love, onde poesias suas são mescladas com pinturas do francês Henri Matisse.
Sua experiência no mosteiro iria até o ano de 1999, quando voltaria a morar em Los Angeles. Apesar disso, Cohen ainda se considera judeu, ressaltando que não procura "por uma nova religião"

Retorno à música
Em 2001, lança Ten New Songs, seu primeiro disco de inéditas em sete anos, feito em parceria com Sharon Robinson. Em 2004 seria a vez de Dear Heather.
Em maio de 2006 é lançado o disco Blue Alert da cantora Anjani Thomas, sua namorada e ex-vocalista de sua banda de apoio. Cohen foi o produtor e co-autor de todas as faixas do disco.
Menos de um mês depois é lançado o aclamado documentário Leonard Cohen: I'm Your Man, onde relatos do cantor são intercalados com versões de suas músicas interpretadas por artistas como Rufus Wainwright e Nick Cave. No fim da película o próprio Cohen interpreta, junto ao U2, a música "Tower of Song".

Discografia

Álbuns
1967 - Songs of Leonard Cohen
1969 - Songs from a Room
1971 - Songs of Love and Hate
1973 - Live Songs (ao vivo)
1974 - New Skin for the Old Ceremony
1977 - Death of a Ladies' Man
1979 - Recent Songs
1984 - Various Positions
1988 - I'm Your Man
1992 - The Future
1994 - Cohen Live (ao vivo)
2001 - Field Commander Cohen: Tour of 1979 (ao vivo)
2001 - Ten New Songs
2004 - Dear Heather

Coletâneas
1975 - The Best of Leonard Cohen
1997 - More Best of Leonard Cohen
2002 - The Essential Leonard Cohen

Livros
1956 - Let Us Compare Mythologies
1961 - The Spice Box of Earth
1963 - The Favorite Game
1964 - Flowers for Hitler
1966 - Beautiful Losers
1966 - Parasites of Heaven
1968 - Selected Poems 1956-1968
1972 - The Energy of Slaves
1978 - Death of a Lady's Man
1984 - Book of Mercy
1985 - Credo
1993 - Stranger Music
1995 - Dance Me to the End of Love
2000 - God Is Alive, Magic Is Afoot
2006 - Book of Longing

Em Portugal
Leonard Cohen actua a 19 de Julho de 2008 em Lisboa.

Referências

NotasLeonard Cohen: a troubadour at Charles's court, artigo de Neil Spencer para The Guardian» in Wikipédia.

Mais informações sobre este multifacetado artista, no seguinte link:
http://www.leonardcohen.com/

Hóquei Patins - F.C. do Porto é Bicampeão Nacional de Infantis!

«Infantis sagraram-se Bicampeões Nacionais

A equipa de infantis do F.C. Porto sagrou-se este fim-de-semana Bicampeã Nacional de hóquei em patins. Os jovens Dragões confirmaram o bom desempenho revelado ao longo da época com vitórias sobre CH Carvalhos (6-0) e Sporting (1-2) e um empate frente ao Benfica (2-2). Os jogos tiveram lugar em Tomar.
Ao conquistarem o título de Campeões Nacionais, os infantis do F.C. Porto garantiram a soma de mais um triunfo para o hóquei em patins azul e branco, que, recorde-se, já se havia rejubilado esta época com a celebração do Heptacampeonato. Dos mais pequenos aos mais velhos, os sucessos multiplicam-se.»
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Se diz o povo, de pequenino se torce o pepino, os Dragões pequeninos são Dragões Campeões... Bicampeões Nacionais.

12/07/08

Amarante Várzea - Igreja de São João Baptista de Várzea, em Amarante!









«Linda Freguesia nas fraldas do Marão, linda a Igreja!


«Várzea do Marão


A freguesia de São João Baptista de Várzea, na zona central do Concelho, situa-se a dez quilómetros de Amarante, na margem esquerda do rio Ovelha. Rodeiam-na as freguesias de Sanche, Gondar, Bustelo, Candemil, Ansiães e Aboadela. Terra extensa, típica do Marão.

O povoamento do seu território é muito anterior à Era cristã. Ligada à civilização do ferro, desde o século X a.C que se fora desenvolvendo no território da Península Ibérica, uma civilização castreja, que seria como que um vínculo entre os povoadores do Neolítico e os Lusitanos. Os Castros eram povoações fortificadas, defendidas por duas ou três linhas de muralhas, que se ergueram no cimo dos montes, nas quais se fixavam tribos em busca de segurança. A topografia de Várzea ajudava e por essa época aqui se estabeleceu uma população pobre e rudimentar em termos de condições de vida.

O Castro encontrado no cume da freguesia (Castro de Paredes) demonstra a antiga existência de vida humana nesta zona. Os altos cumes que a circundam eram o refúgio ideal para habitantes tão indefesos.

Os topónimos Arranhadoiro (de sentido topográfico), Cristelos (derivado de castro) e Paredes Secas (castrejo) vão exatamente na mesma direcção. O topónimo principal, Várzea, advém do árabe barr, campo e sahra, seara. Várzea significa campina semeada de pão, planície, campo plano ou de pouco pendor, campina cultivada.

A paróquia de São João de Várzea já está instituída do século XII para o século XIII. Foi uma das iniciais do julgado medieval de Gestaço, ou “Terra” de Santa Maria de Gestaçô.

De acordo com as Inquirições de 1220, “Sancto Johanne de Várzea” pertencia quase integralmente aos fidalgos da Casa de Sousa (Os Sousões) e, por doação destes, a diversas Ordens. A Coroa não possuía aqui quaisquer foros e apenas era proprietária de um reguengo no lugar de Moreira e de alguns reguengos perto da Ermida de São Vicenço.

A Igreja Paroquial possuía aqui “searas” e o Mosteiro de Caramos tinha dez Casais, além de parte do Padroado da Igreja.

Depois de 1220, a Igreja acabou por passar completamente para a posse do Mosteiro. Posteriormente, seriam os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, desse Mosteiro, a apresentar o Cura ou Pároco da Freguesia.

Para efeitos administrativos, Várzea do Marão, como também é conhecida, esteve anexada à Freguesia de Aboadela a partir de 27 de Março de 1896. Foi desanexada logo no ano seguinte, a 30 de Novembro.» in http://www.amarante.pt/freguesias/varzea/


Mais informações sobre esta linda freguesia de Amarante, no seguinte link:
http://carlosportela.no.sapo.pt/varzeafreg.html

11/07/08

F.C. do Porto Natação - Joana Carvalho, Nadadora do F.C. Porto bate recorde nacional de 50 metros bruços!



«Joana Carvalho bate recorde nos Mundiais de Juniores

Joana Carvalho, nadadora do F.C.Porto Império Bonança, estabeleceu um novo recorde do clube nos 50 metros bruços, com o tempo de 33:27 segundos, marca que lhe permitiu apurar-se para as meia-finais da distância do Campeonato do Mundo de Juniores, que decorre desde terça-feira na cidade mexicana de Monterrey.

A nadadora portista classificar-se-ia na 16ª posição da geral, depois de concluir as meias-finais, já na madrugada de quarta-feira, com o tempo de 33:66 segundos.
Joana nada os 100 metros bruços amanhã, quinta-feira.» in site F.C. Porto.
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Dragões sempre a vencer em todas as modalidades e estilos...


(Entrevista a Joana Carvalho)

Polícia Nacional - Sócrates o Anunciador de... inverdades!

«Governo admite erro em informação divulgada por primeiro-ministro


O Governo admitiu que errou ao indicar ao primeiro-ministro que os carros eléctricos iam ser sujeitos a impostos, quando uma lei em vigor prevê a isenção. A correcção surgiu no dia em que a Quercus anunciou que ia pedir esclarecimentos sobre a questão.
Francisco Ferreira explica que a lei já prevê isenção de imposto para os carros eléctricos.
O Governo admitiu que errou ao informar o primeiro-ministro de que os carros eléctricos vão ser sujeitos a impostos, uma vez que uma lei que entrou em vigor já durante a governação socialista isentava estes veículos de impostos.
O gabinete do primeiro-ministro indicou que a informação fornecida a José Sócrates tinha como base o regime geral relativo ao imposto automóvel, que prevê excepções incluindo para os automóveis eléctricos.
A correcção do Governo surgiu no dia em que a Quercus anunciou que iria pedir esclarecimentos sobre a questão, já que os ambientalistas lembram que «um veículo eléctrico está isento tanto de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único sobre Circulação».
«Se se comprar um carro eléctrico o imposto é pura e simplesmente, na nossa opinião, e bem, pelas vantagens que ele representa em termos de ruído, eficiência energética e qualidade do ar, zero», adiantou Francisco Ferreira.
Este dirigente da Quercus explicou ainda que o primeiro-ministro deu a entender que ao falar em 30 por cento de impostos para estes automóveis estaria a «criar um imposto automóvel para estes veículos que gozam do regime de isenção em ambos os impostos».
Na quarta-feira, no dia da assinatura do protocolo entre o Governo e a Renault-Nissan sobre a comercialização destes veículos, Sócrates anunciou que se estes veículos já existissem apenas pagariam 30 por cento de imposto.
«O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente», acrescentou o chefe do Governo nessa ocasião» in http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=967123
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Há gente com tanta incontinência verbal e com tanta necessidade de anunciar coisas novas, sim porque consubstanciar é outra coisa, que chega a cair no ridículo de brincar com os números... havia um antecessor deste que mandava o jornalistas fazer as contas e ainda hoje estamos a pagar pelos seus erros de cálculo. Mas deste que estou a falar, trata-se de uma autêntica patologia, cujos sintomas passam por uma verborreia de anúncios sensacionais e na maior parte das vezes errados. Neste caso, muito errados, mas olhem que o homem diz inverdades com uma convicção... demasiado perigosa!

10/07/08

Franz Kafka - Um Autor de Vanguarda no Domínio da Compreensão do Lado Negro dos Humanos!

 


«Franz Kafka

Dados pessoais
Nascimento 3 de Julho de 1883
Praga, Áustria-Hungria (actualmente República Checa)
Falecimento 3 de Junho de 1924
Klosterneuburg, Áustria
Nacionalidade Austro-húngaro
Movimento literário Modernismo, Existencialismo, Surrealismo
Magnum opus A Metamorfose, O Castelo, O Processo
Influências Søren Kierkegaard, Fyodor Dostoevsky, Charles Dickens, Nietzsche
Influenciados Albert Camus, Federico Fellini, Isaac Bashevis Singer, Jorge Luis Borges, Gabriel Garcia Marquez, Carlos Fuentes, Salman Rushdie, Haruki Murakami

Biografia
Filho mais velho de Herrmann Kafka, um abastado comerciante judeu, e da sua mulher Julie, Löwy em solteira. Nascem depois dele dois meninos, que morrerão pouco tempo após o nascimento, facto que segundo alguns psicólogos especialistas na obra de Kafka, será um factor determinante para o sentimento de culpa presente nos seus livros; e três meninas, entre elas Ottilie, a sua irmã favorita, com quem chega a morar algumas vezes.
Kafka cresce sob as influências de três culturas: a judaica, a checa e a alemã. No ano de 1902 conhece Max Brod, seu grande amigo, e no ano de 1922 pedir-lhe-á que destrua todas as suas obras após a sua morte. Em 1903, Kafka tem a sua primeira relação sexual, o que lhe trará insegurança para toda a vida. Neste ano também fará sua primeira visita a um sanatório. Teve vários casos amorosos mal resolvidos, uns por intervenção dos pais das namoradas, outros por desinteresse próprio. Kafka faleceu no dia 3 de Junho de 1924 no sanatório Kierling perto de Klosterneuburg na Áustria. A causa oficial da sua morte foi insuficiência cardíaca; Kafka sofria de tuberculose desde 1917.

Educação
Kafka aprendeu alemão como primeira língua, contudo era quase fluente em checo. Formado em Direito, em 1906, trabalhou como advogado, a princípio na companhia particular Assicurazioni Generali, e depois no semi-estatal Instituto de Seguros contra Acidentes do Trabalho. Solitário, com a vida afectiva marcada por irresoluções e frustrações, Kafka nunca atingiu fama ou fortuna com seus livros, na maioria editados postumamente.

Obra
O seu livro A Metamorfose (1915) narra o caso de um homem que acorda transformado num gigantesco insecto; O Processo (1925) conta a história de um certo Josef K., julgado e condenado por um crime que ele mesmo ignora; em O Castelo (1926), o agrimensor K. não consegue ter acesso aos senhores que o contrataram. Estas três obras-primas definem não apenas boa parte do que se conhece até hoje como "literatura moderna", mas o próprio carácter do século: kafkaniano.
Autor de várias colectâneas de contos, Kafka escreveu também a avassaladora Carta ao Pai (1919) e centenas de páginas de diários. Deixou inacabado o romance Amerika.
Morreu num sanatório perto de Viena, onde se internara com tuberculose. Desde então, o seu legado - resgatado pelo amigo Max Brod - exerceu enorme influência na literatura mundial.

Bibliografia
A escrita de Kafka é marcada pelo seu tom despegado, imparcial, atenta ao pormenor e que abrange os temas da alienação e perseguição. Os seus trabalhos mais conhecidos abrangem temas como as pequenas histórias A Metamorfose, Um artista da fome e os romances O Processo, América e O Castelo.
Os seus contos são julgados como verdadeiros e realistas, em contacto com o homem do século XXI, pois os personagens kafkanianos sofrem de conflitos existenciais, como o homem de hoje. No mundo kafkaniano, as personagens não sabem que rumo podem tomar, não conhecem os objectivos da sua vida, questionam seriamente a existência e acabam sós, diante de uma situação que não planearam, pois todos os acontecimentos se viraram contra eles, não lhes oferecendo a oportunidade de se aproveitar da situação e, muitas vezes, nem mesmo de sair desta.
Por isso, a temática da solidão como fuga, a paranóia e os delírios de influência estão muito ligados à obra kafkiana, sendo comum a existência de personagens secundários que espiam e conspiram contra o protagonista das histórias de Kafka (geralmente homens, à exceção de alguns contos onde aparecem animais e raros onde a personagem principal é uma mulher). No fundo, estes protagonistas não são mais que projecções do próprio Kafka, que lhe permitem expor os seus medos, a sua angústia perante o mundo, a sua solidão interior.[carece de fontes?]

A homossexualidade na obra de Kafka
A obra de Kafka tem despertado enorme interesse entre os leitores homossexuais[1] pois, de acordo com Ruth Tiefenbrun, a maior parte das suas personagens são homens homossexuais, que vivem simultaneamente com a necessidade de se esconder e de se exibir[2]. Já Gregory Woods, na sua obra pioneira A History of Gay Literature: The Male Tradition, refere que, mesmo que a sexualidade de Kafka seja controversa, tal não deve impedir a apreciação dos seus textos no âmbito da literatura gay, e que as histórias de homens isolados, forçados a não ter certezas na vida, que estão em constante perigo de ser descobertos, tocam fortemente a sensibilidade de todos os gays[3].

Livros e Contos
Cenas de um casamento no campo (1907)
Considerações (1908)
Aeroplano em Brescia (1909)
Um artista da fome (1922, 1924)
Na colônia Penal (1914, 1919)
Diante da Lei (1914, 1915)
Meditação (1913)
Carta ao pai (1919)
Um Médico Rural (1919)
O Processo (1914,1925)
O Castelo (1922, 1926)
O Veredicto (1912)
A Metamorfose (1912, 1915)
A Sentença (1912, 1916)
Um relatório para a Academia (1917)
A preocupação de um pai de família (1917)
Contemplação: O foguista (1913)
Poseidon (1920)
Noites (1920)
Amerika (1910,1927)
Sonhos
Cartas a Milena
A Muralha da China (1917,1931)
Sobre a questão das leis (1920)
Primeiro sofrimento (1921)
Um artista da fome (1922)
Investigações de um cão (1922)
Uma pequena mulher (1923)
A Construção (1923)
Josefine, a cantora (1924)
O Povo dos Ratos (1924)

Kafka cinematográfico
The Trial - Orson Welles (1963)
The Castle - Rudolph Noelte (1968)
Informe para una academia - Carles Mira (1975)
The metamorphosis of Mr. Samsa - Caroline Leaf (1977)
Informe per a una acadèmia - Quim Masó (1989)
Kafka - Steven Soderbergh (1991)
Amerika - Vladimir Michalek (1994)
Das Schloss - Michael Haneke (1996)
La metamorfosis - Josefina Molina (1996)
The Trial - David Hugh Jones (1996)
Metamorfosis - Fran Estévez (2004)

Ligações externas
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Franz Kafka.O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Franz KafkaMuseu Kafka em Praga
Kafka em Portugal: Obras de e sobre Kafka editadas em Portugal
Projeto Kafka (inglês)
Fotos dos manuscritos originais

Referências
Hamalian, Leo (Ed.). [1974]. Franz Kafka: A Collection of Criticism. Nova York: McGraw-Hill. ISBN 0-07-025702-7.
↑ Tóibín, Colm, Roaming the Greenwood artigo publicado em 21 de Janeiro de 1999 na London Review of Books, [1]
↑ Tiefenbrun, RuthA Moment of Torment, an Interpretation of Kafka's Short Stories, Carbondale: Southern Illinois University Press, 1973
↑ Woods, Gregory, A History of Gay Literature: The Male Tradition (1998), ensaio, Yale University Press, Londres, 456 pages, ISBN 0300072015» in http://saber.sapo.pt/wiki/Franz_Kafka
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Ora cá está um escritor que li na adolescência, aconselhado por um professor de filosofia, sim porque os professores são assim, gostam de partilhar saber, cujas reflexões se aplicam muito ao momento kafkiano que a humanidade vive. O egoísmo, o consumismo, a vontade de subir na vida a qualquer custo, a destruição do planeta pela poluição humana e a solidão que invade uma sociedade com muitos mais recursos comunicacionais...

Mais informações sobre este escritor notável no seguinte link:
http://www.vidaslusofonas.pt/franz_kafka.htm


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