“O paciente consegue mover um rato no ecrã apenas através do pensamento”, disse o bilionário esta segunda-feira. Próximo passo é fazer com que consiga clicar.
Depois de anunciar, em finais de janeiro, a primeira implantação de um chip cerebral da Neurolink num cérebro humano, Elon Musk fez uma atualização surpreendente do primeiro paciente a receber o implante do tamanho de uma moeda.
Aparentemente já totalmente recuperado, o paciente é capaz de controlar um rato de computador usando apenas os seus pensamentos, disse o fundador da startup na noite de segunda-feira, num evento da Spaces na plataforma de redes sociais X.
“O progresso é bom e o paciente parece ter recuperado totalmente, sem efeitos nocivos que tenhamos conhecimento. Consegue mover um rato no ecrã apenas através do pensamento,” disse Musk, avança a Reuters esta terça-feira.
O próximo passo é, segundo o magnata, fazer com que o paciente consiga obter o máximo número de cliques possíveis no botão do rato.
Localizada em Fremont (Califórnia), nos subúrbios de São Francisco, a Neuralink obteve luz verde da agência para medicamentos e alimentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês), em maio.
“Os primeiros resultados tinham mostrado atividade cerebral promissora”, sublinhou Musk, no X, sobre o estudo, que recorre a um robô para colocar cirurgicamente um implante de interface cérebro-computador numa região do cérebro que controla a intenção de movimento.
Elon Musk pretende oferecer o seu implante a todos, de forma a permitir uma melhor comunicação com os computadores e a conter, de acordo com o bilionário, o “risco que a civilização” enfrenta devido à Inteligência Artificial.
Musk acredita que o interface Neuralink poderia tornar a linguagem humana obsoleta em 10 anos, e que conseguia curar o autismo, e que é o futuro das interações humanas com a tecnologia. No entanto, diversos especialistas não estão convencidos de que assim seja — ou deva ser.
Investigadores e cientistas expressam o seu receio ao relação ao conceito de ligar cérebros humanos a computadores. Em última análise, no centro da sua inquietação está a “infusão da Grande Tecnologia na mente humana”.
Ainda não foram avançados mais detalhes sobre o alegado avanço histórico da startup.
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