02/07/20

Amarante Mancelos - Ainda na série antiga estrada N.º 211-1, casas da Primavera, esta é a de um grande Senhor de Mancelos, Manhufe, que tem muito para nos ensinar... Sr. José Sousa!


(Casa de Mancelos, Manhufe, face à antiga estrada nacional 211-1, do excelentíssimo cidadão de Mancelos, Manhufe, Sr. José Sousa)

Há dias este grande Senhor de Mancelos, durante uma trovoada que me interrompeu o giro de bicicleta, com a sua enorme simpatia deixou-me abrigar por debaixo da sua varanda, contou-me que pelo inicio da década de 40 do século passado, estava ele a manobrar o arado e um enorme calor assolou Mancelos, tendo saído de noite, com o seu Pai, para lavrar a terra na Quinta do Convento, estava tanto calor que os bois se lançaram ao ribeiro, tal era a secura; contou-me também que uma trovoada tardia dizimou as uvas e infligiu danos nas vides, mas que o seu Pai ainda esperançado que as vides rebentassem outra vez, continuou a sulfatar infrutiferamente; contou-me igualmente que foi no final da década de sessenta a Montalegre onde tinha um cunhado, na sua Floret magnífica que vendeu por 15 contos, os cunhados cultivavam muitas batatas e ajudava como podia no escoamento; os cunhados tinham ido ocupar baldios que o estado entregou para a prática da agricultura; contou-me ainda que tirou o curso de podador, tendo arranjado um grupo de Mancelos para aprenderem a técnica da poda da vinha, e de como a uva se forma em julho, nem antes, nem depois; contou-me que foi caseiro da Casa da Calçada em Mancelos, da Tia e Madrinha da minha Mãe... eu contei-lhe como o via todos os dias a chegar ao antigo Café Amarantino, nos anos 80, e via este Homem super educado e simpático a tratar de negócios de Seguros, com o meu Tio e Padrinho, o Dominguinhos da Cidreira, pelos anos 80, em que havia muita motorizada nas freguesias de Amarante e não só, e havia sempre muitos seguros a fazer, sendo estes dois Homens, muito importantes neste processo, nas freguesias de Amarante, pois as Pessoas podiam fazer os seguros e tratar de assuntos inerentes, nas suas próprias freguesias... aprende-se muito com um Senhor deste calibre Humano! Além disso, a minha Mãe foi criada com o Sr. José e com a Dona Alzira Sousa, irmã do Sr. José, de quem ela fala como se de irmãos se tratasse; por tudo isto que diz muito pouco da dimensão humana do Sr. José Sousa, fica aqui a minha humilde, mas sincera, vénia de consideração!

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