18/04/20

Ambiente e Ecologia - Os mares do mundo “estão a ferver”, mostram os mais recentes estudos.



«Oceanos mais quentes podem desencadear um ano de clima extremo

Os mares do mundo “estão a ferver”, mostram os mais recentes estudos. E as altas temperaturas que se estão a alcançar vêem reforçar a preocupação entre os meteorologistas de que o efeito do aquecimento global possa gerar um ano caótico, de clima extremo, noticia a Bloomberg.

Janeiro passado foi o mais quente entre os registos do nosso planeta, sendo que fevereiro doi o segundo mais quente. Já março foi quase 2 graus centígrado mais quente que a média entre 1981 e 2010.

A estes registos juntam-se as preocupações com as temperaturas dos oceanos, em todo o mundo. Partes dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico atingiram uma temperatura quente recorde no mês passado, de acordo com os Centros Nacionais de Informação Ambiental dos EUA.

Os Centros detalharam que partes do Oceano Atlântico tropical, Oceano Índico central e partes do Oceano Pacífico norte e sudoeste têm temperaturas 1,5 ° C (2,7 ° F) acima da média ou superior. O que poderá ter implicações de longo alcance no futuro.

Phil Klotzbach, da Universidade Estadual do Colorado, observa que no Golfo do México, onde a perfuração marítima representa cerca de 17% da produção de petróleo dos EUA, a temperatura da água era de 24,6 graus Celsius, ou 1,7 graus acima da média de longo prazo.

“Se as águas do Golfo permanecerem quentes, adicionarão combustível à intensidade de quaisquer tempestades que acontecessem. Todo o oceano tropical está acima da média”, reforçou Michelle L’Heureux, meteorologista do Centro de Previsão Climática dos EUA.

O calor recorde registado no Golfo do México transbordou para a costa, trazendo temperaturas recorde da terra, com a Flórida  a registar a sua evolução mais quente de todos os tempos. Na passada quarta-feira, Flórida atingiu 93 graus Fahrenheit, um recorde em si mesmo, 10 graus acima do normal.

Por outro lado, as temperaturas globais acima do normal a que estamos a assistir este ano também podem estar ligadas a intensos sistemas climáticos que circundam a região do Ártico que “engarrafaram” grande parte do ar frio da região – impedindo que se espalhe para as regiões mais temperadas do sul.

“Se acrescentarmos o aquecimento global, explica-se o impulso das temperaturas do oceano para este nível histórico, de acordo com a Bloomberg.» in https://executivedigest.sapo.pt/oceanos-mais-quentes-podem-desencadear-um-ano-de-clima-extremo/


(Aquecimento poderá reduzir em até 44% a circulação das águas do Atlântico)

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