Corria o minuto 65 e o jogo estava difícil de desatar. O FC Porto enfrentava uma Académica muito defensiva, com o objectivo quase exclusivo de deter o ataque portista. Na segunda parte, os Dragões aumentavam o ritmo de jogo, mas a bola teimava em não entrar (até Hulk tinha acertado no poste, dois minutos antes). Mas eis que o golo surge de uma forma improvável, através de um cabeceamento corajoso de Mariano, à entrada da área, após um canto apontado por Raul Meireles. Estava feito o mais difícil e a partir daí o adversário teve de esticar as suas linhas, abrindo espaço para o suplente Farías bisar. Os «estudantes» ainda apontaram dois tentos, um prémio imerecido para quem quase só se limitou a defender.
Em relação à primeira parte do encontro não há muito dizer. O FC Porto perdeu Fucile logo aos dois minutos, por lesão, e gastou o tempo restante a tentar furar a autêntica muralha montada pela equipa conimbricense, que concentrava todos os seus jogadores, em postura defensiva, no raio de uns 25/30 metros. No segundo tempo, o jogo dos Dragões foi mais fluído, com as oportunidades a sucederem-se: primeiro foram Falcao e Raul Meireles a não chegar ao cruzamento-remate de Hulk (49m), depois Mariano a rematar por cima da barra (61m) e, por fim, o «incrível» acertou no poste (63m), numa espécie de epílogo do 1-0. Com o tento inaugural, aos 65 minutos, o caminho para o triunfo foi desbravado.
Depois da cabeça de Mariano, surgiu o pé de Farías, que aproveitou uma hesitação mínima de Orlando, aos 68 minutos, após cruzamento do autor do primeiro golo, para concretizar o 2-0. O resultado parecia definido, mas o «estudante» Miguel Pedro, com um pontapé de fora da área, fez o 2-1 e os portistas fizeram questão de repor uma vantagem confortável no marcador. Aos 80 minutos, num belo desenho de ataque, Fernando libertou Hulk, que assistiu Falcao, com o colombiano a não conseguir ultrapassar Rui Nereu. O 3-1 surgiria dois minutos mais tarde, novamente pelo pé de Farías, que, com grande frieza, aproveitou a oportunidade que lhe surgiu após lance individual do também suplente Guarín. Já no período de descontos, o resultado sofreu uma enganadora inflexão, que colocou o FC Porto na condição de vencedor pela vantagem mínima. A injustiça do 3-2 de Sougou é sublinhada pelo facto do senegalês ter tocado a bola com a mão antes do tiro certeiro, pelo que o lance nunca deveria ter sido validado.
FICHA DE JOGO
Liga 2009/10, 8ª jornada
25 de Outubro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 29.209 espectadores.
Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa).
Assistentes: Ricardo Santos e Pedro Garcia.
Quarto árbitro: Bruno Esteves.
FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Mariano; Hulk, Falcao e Rodríguez.
Substituições: Fucile por Sapunaru (5m), Rodríguez por Farías (58m) e Raul Meireles por Guarín (69m).
Não utilizados: Beto, Maicon, Nuno André Coelho e Sebastián Prediguer.
Treinador: Jesualdo Ferreira.
Académica: Rui Nereu; Pedrinho, Orlando, Berger e Emídio Rafael; Nuno Coelho, Tiero e Cris; Sougou, João Ribeiro e Lito.
Substituições: Lito Por Miguel Pedro (66m), Nuno Coelho por Éder (71m) e Tiero por Diogo Gomes (84m).
Não utilizados: Ricardo, Amoreirinha, Paulo Sérgio e Hélder Cabral.
Treinador: André Villas Boas.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Mariano (65m), Farias (68m), Miguel Pedro (76m), Farias (82m) e Sougou (92m).
Disciplina: cartão amarelo a Bruno Alves (66m), Nuno Coelho (71m) e Berger (87m).» in site F.C. do Porto.
Imagens de um jogo em que o F.C. do Porto entrou muito mal na partida, mas acabou bem!
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