Ângelo Ôchoa - "Fomos ver o lugar de destino"
"Fomos ver o lugar de destino,
maior do que a princípio nos parecera.
Trama ter que mudar
mais coisas do que contávamos.
Até os filtros do fumo sobrecarregam bagagem.
Mais a metálica alvura do PC.
Quando remexemos haveres,
ficamos com a impressão de que uns quantos faltam,
até porque não damos fé deles na rotineira sequência."
(Ângelo Ôchoa
Dos Sonhos Poemas
Palavras Sonhadas)
Por minha infância e adolescência, meu pai, secretário de finanças e minha mãe professora andaram connosco, éramos 4 irmãos, 3 rapazes e 1 rapariga, de terra em terra, porque enquanto agente das finanças, era conhecido pelo castro das finanças a fim de evitar compadrio parava em cada vila um sexénio apenas.
ResponderEliminarMudámo-nos assim de Alfândega da Fé a Vimioso e de novo a Alfândega da Fé, Mirandela, Belém, em Lisboa, Barcelos, Coimbra, Braga. Mãe, connosco, passava por aldeias muitas, desde Mértola a Trindade, São Martinho de Angueira a Valverde, São Salvados a Cantanhede Arcozelo… Sei lá.
Com isto de mudar de casa como ciganos (lembro o trafêgo que dava montar e desmontar camas e acomodar armários e demais tralha) éramos quais saltimbancos de casa às costas como o caracol.
Donde este poemeto verdadeiramente sonhado, a quási pesadelo, por Setúbal por volta de anos zero, deste novo milénio, que quereríamos esperançoso, mas vai calamitoso.
Outros tempos, Helder, outros tempos!
Abraço-o.
Essa faceta de saltimbanco é bem visível na sua mundividência e na sua visão holística do ser humano... a sua Poesia está repleta de pedaços dessas vivências em locais e tempos diferentes!
ResponderEliminarBem haja, Amigo, Poeta Ângelo Ôchoa!