24/12/16

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Cinco dos 55 jogadores que fazem parte do “Hall of Fame” do Museu FC Porto chegaram na quadra natalícia.



«CRAQUES NO SAPATINHO

Cinco dos 55 jogadores que fazem parte do “Hall of Fame” do Museu FC Porto chegaram na quadra natalícia. Saiba quem são.

Por Fernando Rola/Museu FC Porto

O Natal dos portistas, de vez em quando, põe no sapatinho uma prenda especial: um craque daqueles que deixam marcas eternas. Cinco deles fazem parte do grupo de 55 que compõem o Hall of Fame, que tem um espaço especial no Museu FC Porto. Ali se podem recordar fotos, vídeos, os dados de cada um desses craques, mas provavelmente passará despercebido que chegaram ao clube numa época especial do ano.

O primeiro foi Pinga. Estreou-se a 25 de Dezembro de 1930, dia em que, vindo do Funchal, aterrou na cidade do Porto, aqui se estabelecendo para todo o sempre. Foi, dizem ainda hoje os mais velhos, o melhor de sempre! Nem todos concordarão, até porque, no Natal de 1973, foi anunciada a chegada de Cubillas, que rivalizava com Pelé pelo título de melhor jogador sul-americano. Os portistas (e os adversários) comprovariam estar perante um talento único, que viria a transformar-se numa lenda do futebol mundial.

Uma dúzia de anos depois, no Natal de 1985, apresentou-se nas Antas o polaco Josef Mlynarczyk, referenciado como o guarda-redes capaz de dar dimensão internacional à baliza do FC Porto. E como deu... Foi campeão europeu e intercontinental e ainda venceu a Supertaça Europeia. Títulos que Drulovic, “prenda” do Natal de 1993, não conseguiu, mas, em contrapartida, assinou, com uma genialidade única, alguns dos melhores momentos da conquista do pentacampeonato, entre 1994 e 1999. Já McCarthy, chegado no Natal de 2001 para curta estadia e regressando em 2003, ajudou os adeptos a reviver os títulos internacionais, juntando a Taça Intercontinental à Liga dos Campeões. Há “prendas” que nunca se esquecem!

O primeiro fenómeno da Madeira
Esta coisa de oferecer prendas de Natal aos adeptos começou cedo no FC Porto, ainda nos primórdios das competições nacionais do futebol português. A primeira foi colocada no sapatinho no dia 25 de Dezembro de 1930: chamava-se Artur de Sousa, então já conhecido por Pinga. Rezam as crónicas que, vindo da Madeira, aterrou nessa quinta-feira de manhã no Aeroporto de Pedras Rubras e, à tarde, estreou-se com a camisola do FC Porto num particular natalício frente ao Salgueiros.

A estreia oficial haveria de tardar quase um ano, por força dos esforços da Associação de Futebol do Funchal para manter o craque no Marítimo contra a sua vontade, apelando à lei, que daria razão ao FC Porto. Pinga fez-se portista, derramou talento pelo país e pelo estrangeiro e alimentou o ego dos adeptos durante 15 temporadas consecutivas. Juntando as competições regionais às nacionais, efetuou mais de três centenas de jogos pelo FC Porto e marcou mais de 300 golos.

Estrela do universo
Quando surgiram os primeiros rumores de que o FC Porto estaria a negociar a contratação de Cubillas, foi fácil o desmentido, porque nem o mais crédulo dos adeptos sonhava sequer com a possibilidade de contratação de um jogador que brilhava entre a elite. Era prenda inacessível. Em 1972, fora considerado o melhor jogador sul-americano, relegando para segundo plano o “rei” Pelé.

Apesar da informação não estar acessível como nos dias de hoje, não havia quem, sendo adepto de futebol, não (re)conhecesse o talento do peruano Teófilo Cubillas, aparentemente demasiado para a dimensão do futebol português. Engano. No dia 10 de Janeiro de 1974, o craque chegou ao Porto para, durante três anos, maravilhar todos quanto gostavam de futebol, pela forma inigualável como tratava a bola, pelos espaços que inventava para assistir os companheiros, pelos muitos golos que assinou (muitos deles, obras de autor), apesar de não ser um avançado.

Guardião de talentos
A permanente atenção dos observadores do FC Porto descobriu no Bastia um guarda-redes com vontade de mudar de ares, se calhar acessível aos cofres do clube. Junte-se o facto de se tratar de um titular da seleção polaca e Artur Jorge procurar alguém capaz de discutir o lugar com Zé Beto. Assim chegou Josef Mlynarczyk (na foto) ao FC Porto, um dia depois do Natal de 1985. Prenda discreta, pensou-se no momento; escolha acertada, revelou-se no futuro. O polaco impôs não só a grandeza do seu tamanho como a dimensão do seu talento. Em 1987, foi guardião da final de Viena, intransponível nos dois confrontos da Supertaça Europeia e gigante na batalha gelada de Tóquio.

Artur Jorge, o técnico que se atreveu a ganhar pela primeira vez uma final europeia para o FC Porto, costumava dizer que as grandes equipas se constroem de trás para a frente. Pois bem, foi a partir de Mlynarczyk que começou a desenhar a grande equipa que vergou, à força de muito querer e imenso talento, o Bayern de Munique em 1987.

A esquerda do Penta
A guerra dos Balcãs trouxe, em 1992, um Drulovic praticamente anónimo para o futebol português, via Gil Vicente. Na realidade, tinha pouco de anónimo. Fora a guerra que criara os condicionalismos certos para que aceitasse (agradecido) o convite de Barcelos. Não beliscara, contudo, o talento que o então jugoslavo mostrara no seu país, despertando o interesse de um FC Porto em fase de mudança. As coisas não corriam de feição a Tomislav Ivic, que recebeu Drulovic com um enorme abraço cinco dias antes do Natal.

A empatia entre o jogador e os adeptos foi quase imediata. Já com Bobby Robson no comando, pode dizer-se que foi no pé esquerdo do sérvio que começou o assalto ao “Penta”, em 1994/95. Qual telecomando, guiava a bola desde a saída até ao local de destino. Fosse a baliza, fosse um companheiro de equipa. E quando este companheiro era Jardel, então o golo tornava-se algo tão natural que o brasileiro até conquistou a Bota de Ouro. Não foi por acaso que o FC Porto deu ao campeonato o melhor marcador em seis das oito temporadas em que Drulovic jogou nas Antas...

Herói de várias causas
Quando, em Dezembro de 2001, se apresentou nas Antas exibindo a camisola n.º 77 do FC Porto, explicando tratar-se de uma homenagem aos 7-0 com que o Celta de Vigo, dois anos antes, vencera o Benfica - jogo em que participou -, Benni McCarthy entusiasmou os adeptos.

O resto da época até foi complicado para o FC Porto, mas haveria de trazer para as Antas o técnico José Mourinho, a procurar compor uma equipa em que, apesar de tudo, McCarthy deixaria saudades. Tantas que, dois anos depois, em 2003, haveria de voltar, para fazer parte do fantástico grupo que, depois de conquistar a Taça UEFA, receberia o sul-africano para dar uma ajuda decisiva na conquista da Liga dos Campeões e, a seguir, na Taça Intercontinental. Para além de dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, duas Supertaças. E nessa época fantástica de 2003/04 ainda seria o melhor marcador da Liga portuguesa.

Prenda de Lucho antes de Quaresma
Não estão no Hall of Fame (pelo menos, por enquanto), mas Lucho González e Ricardo Quaresma são também duas referências incontornáveis quando se fala de prendas de Natal para os adeptos. A questão ganha maior relevância porque, num e noutro caso, não se tratou apenas de contratações: protagonizaram regressos desejados, após uma primeira passagem de sucesso pelo clube.

Lucho, El Comandante, voltou em Janeiro de 2012, a tempo de dar um contributo decisivo para a conquista de mais um campeonato, ele que fizera o pleno, entre 2005 e 2008, vencendo as quatro Ligas. Entretanto, voltou a sair, no Inverno passado, quando tinha acabado de chegar outra “prenda” especial: Quaresma. Também ele ganhara muito entre 2004 e 2008, inclusive uma Taça Intercontinental e três campeonatos, desenvolvendo uma relação indestrutível com os adeptos, que o adotaram, fazendo dele um homem da casa.

Texto publicado na rubrica “Os Imortais” da edição de dezembro de 2014 da “Dragões”, a revista oficial do FC Porto que pode subscrever aqui.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/craques_no_sapatinho_revista_dragoes_dezembro_2014.aspx

F.C. do Porto Atletas Internacionais - André Silva está no Onze Revelação da UEFA, divulgado este sábado pelo organismo que tutela o futebol europeu.



«ANDRÉ SILVA NO ONZE REVELAÇÃO DA UEFA

Avançado é o representante do FC Porto na equipa elaborada pelo organismo.

André Silva está no Onze Revelação da UEFA, divulgado este sábado pelo organismo que tutela o futebol europeu. O avançado internacional português é o representante do FC Porto entre as escolhas da UEFA e esta temporada já apontou cinco golos na Liga dos Campeões (quatro na fase de grupos e um no Play-off). Em 2016/17, André Silva soma um total de 15 golos em 25 jogos oficiais com a camisola azul e branca.

Eis o Onze Revelação da UEFA:

Guarda-redes: Alphonse Aréola (Paris Saint-Germain)
Defesas: Sergi Roberto (Barcelona), Samuel Umtiti (Barcelona) e Lindelof (Benfica)
Médios: Thomas Lemar (Mónaco), Joshua Kimmich (Bayern Munique), Renato Sanches (Bayern Munique) e Raphaël Guerreiro (Borussia Dortmund)
Avançados: Christian Pulišić (Borussia Dortmund), André Silva (FC Porto) e Ousmane Dembélé (Borussia Dortmund)

Treinador: Zinedine Zidane (Real Madrid).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Andre-Silva-no-Onze-Revelacao-da-UEFA-24-12-16.aspx

Amarante Poesia - Como o Marânus de Teixeira de Pascoaes, foi invadido pela alegria do nascimento renovador e invocador da Lei de Deus, da sua Grandeza e a do Grande Marão personalizado, ou o Natal visto pelo Poeta de Gatão, Amarante, como Marânus.



"O Nascimento

Aí vem a estrela! Aí vem, sobre a montanha, 
Rompendo a sombra etérea do crepúsculo! 
A paisagem tornou-se mais estranha, 
Mais cheia de silêncio e de mistério! 
Dormem ainda as árvores e os homens, 
E dorme, em alto ramo, a cotovia… 
E, se ergue já seu canto, é porque sonha 
julga ver, sonhando, a luz do dia! 

E, pelos negros píncaros, a estrela 
É divino sorriso alumiante. 
Oh, que esplendor! Que formosura aquela! 
É lírio de oiro aberto! É rosa a arder! 

Aí vem a estrela! Aí vem, sobre a montanha, 
Tão virginal, tão nova, que parece 
Sair das mãos de Deus, a vez primeira! 

E como, sobre os montes, resplandece! 

Persegue-a o sol amado... No oriente, 
Alastra um nimbo anímico de luz. 
E a antiga dor das trevas, suavemente, 
Ondula, em transparência e palidez. 

Aí vem a estrela, alumiando a serra! 
E os olhos encantados dos pastores 
Voltam-se para a estrela... E cá na terra 
Há mágoas e penumbras, a fugir... 

Como ela voa, cintilando e rindo 
Aos penhascos agrestes e desnudos! 

E os pastores, atentos, vão seguindo 
A direcção etérea do seu voo... 

E a quimérica estrela deslumbrante 
Parou sobre a capela, onde a Saudade 
Agasalhava o Deus recém-nascido, 
Com seu manto de amor e claridade. 
E, amparando-o nos braços, lhe estendia 
Os seios maternais. A criancinha 
Mamava. E a Saudade lhe sorria, 
Num enlevo, num êxtase sagrado. 

A primavera, errante no Marão, 
Veio cobrir de lírios e de rosas 
O berço do Menino. E veio o outono, 
E vieram ermas sombras dolorosas. 
Logo, o outono rezou a sua prece 

De cinzas e de bruma. E o lindo sol, 
Entrando pelos vidros, aparece, 
Junto ao pequeno berço. E toda a luz 
Do céu veio com ele! E veio a noite. 
Vieram as avezinhas, que deixaram, 
No recôndito ninho, abandonados, 
Os filhos ainda implumes. E cantaram 
Em louvor do Menino e da Saudade. 

E Marânus sentia, mais alegre, 
Tornar-se vida, amor, fecundidade, 
A sua antiga e mística tristeza. 

E, ao ver a própria alma da sua raça 
Criar a Virgem Mãe dum novo Deus, 
Eis que à flor dos seus lábios esvoaça 
O sorriso supremo da vitória. 

E a Saudade, num casto e luminoso 
Gesto de amor, tomando, novamente, 
O Menino nos braços, o embalava. 
E sobre ele inclinava docemente 
A fronte aureolada. E uma canção, 
Que era feita de todas as cantigas, 
Mais num murmúrio brando de oração 

Que em voz alta, cantava. E o Deus menino, 
Com os olhos abertos, num espanto, 
Recebia do mundo a clara imagem 
E o seu nubloso e misterioso encanto... 

Também o bom pastor, a quem Marânus 
Havia prometido o Nascimento, 
Sentia em seu espírito surgir, 
Envolto num astral deslumbramento, 
Estranho e novo ser, que dissipava 
O seu velho crepúsculo interior, 
Onde um fantasma, trágico e nocturno, 
Aparição do medo e do terror, 
Furibundo, reinava, desde os séculos! 

O Menino crescia, como a aurora 
Que, sendo esparso vulto de mulher, 
Na linha do horizonte, que descora, 
Lembra a auréola dum Deus anunciado… 

Em volta dele, as coisas se animavam 
Dum sentido mais belo e verdadeiro; 
E a sua alma oculta desvendavam, 
Como na luz primeira da Existência. 

Mundo transfigurado! Ó terra santa! 
Ó terra já divina e toda erguida 
Àquela altura ideal da Eternidade, 
Mais uma vez, a morte foi vencida! 

Alguns dias passaram. E Marânus 
Disse que ia partir à sua Esposa, 
E que se entregava ao casto amor, tão puro, 
Desta leal paisagem montanhosa. 
E, chorando, abraçava-a, e repetia 
Que tinha de partir; mas, dentro em pouco, 
Por uma clara noite, voltaria. 

E a trágica Saudade, sufocada: 

«Eu bem conheço a voz que te chamou! 
Voz que ilumina as árvores e as nuvens, 
E que meu ser antigo transformou 
Neste meu ser anímico e perfeito.» 

E, mais serena e resignada: «Vai! 
Cumpre a sua vontade. É teu destino...» 

E beijando-o nos lábios, e tomando 
Em seus braços de imagem o Menino, 
Subiu a um alto píncaro escarpado, 
De onde ela, por mais tempo, contemplasse 
O esposo e companheiro bem amado. 

E, sozinha, de pé, sobre um rochedo, 
Disse-lhe um longo adeus. 
E, já distante, 
Marânus, ansioso, para trás 
Volvia a face triste, a cada instante. 
E parava, cismando… 
Mas, ao longe, 

O corpo da Saudade, vago e incerto, 
Perdia-se, no ar que se turbava... 

Anoitecia. A serra era um deserto. 
E Marânus seguia o seu caminho." 

Teixeira de Pascoaes, in 'Antologia Poética' 

23/12/16

F.C. do Porto Andebol - Registo de 24 vitórias em 24 jogos não encontra paralelo nas 20 principais ligas de andebol do continente.



«A ÚNICA EQUIPA NA ELITE EUROPEIA SÓ COM VITÓRIAS

Registo de 24 vitórias em 24 jogos não encontra paralelo nas 20 principais ligas de andebol do continente.

Melhor era impossível. O andebol azul e branco chega às férias de Natal e Ano Novo só com vitórias em todas as competições (ao todo são 24, 17 no Andebol 1, seis na Taça EHF e uma na Taça de Portugal), o que é um registo único nas 20 principais Ligas do ranking da Federação Europeia de Andebol. Há oito equipas sem derrotas nos respetivos campeonatos – Barcelona (Espanha), PSG (França), Riko Ribnica (Eslovénia), Kielce (Polónia), Meshkov Brest e SKA Minsk (Bielorrússia), Motor Zaporozhye (Ucrânia) e Tatran Presov (Eslováquia) –, mas todas somam desaires nas provas europeias. No caso do Barcelona (Liga dos Campeões) e do Riko Ribnica (Taça EHF), trata-se mesmo de apenas uma derrota.

Nos últimos anos, os Dragões têm sempre conseguido realizar grandes arranques de temporada, mas desde 2009/10 – época a partir da qual nunca mais falharam a participação nas competições europeias – que perdiam sempre pelo menos um dos primeiros oito encontros oficiais. Este ano já vão no triplo das partidas só com vitórias, sendo que, em 2015/16, conseguiram um pleno histórico na fase regular do Andebol 1, perdendo apenas no jogo um das meias-finais do play-off, frente ao Benfica, no prolongamento, a 16 de março. Entretanto, esse modelo de competição foi abolido e substituído esta época por uma fase final com seis equipas.

O afastamento da final do Andebol 1 em 2015/16, após a derrota por 3-1 nessas meias-finais, funciona como uma espécie de vacina para um eventual excesso de confiança face a um início tão positivo. Isso mesmo foi abordado por Hugo Santos, antes do último jogo do ano, frente ao Águas Santas, na Maia: “O ano passado tivemos uma má experiência, ganhámos muitos jogos seguidos e quando perdemos um a equipa abanou um bocado. Não queremos repeti-la, mas temos a noção de que podemos perder, ninguém é invencível. Se perdermos vamos continuar no mesmo caminho, a trabalhar todos os dias como até agora.”

Ao Porto Canal, o treinador Ricardo Costa também lembrou o percurso do ano passado e comentou esta marca única na Europa: “É bom, os dados estatísticos estão aí para serem analisados, não por mim mas sim pelos jornalistas. Não vale de nada, queremos conquistar títulos porque neste clube não se vive de recordes. Os atletas têm o papel principal e a máxima responsabilidade pelo sucesso, os dirigentes também dão todas as condições e mais algumas para que não falte nada a esta equipa. O que nos compete é entrar dentro do campo com raça e alma e darmos tudo o que temos. Vamos continuar a querer ganhar e é para isso que vamos lutar, mas também temos de estar preparados para quando perdemos: aí não podemos questionar tudo, o que às vezes é normal. Quando se ganha não está tudo bem, há muito para melhorar e corrigir, esta equipa tem uma margem de progressão muito grande”.

Os 20 principais campeonatos europeus, de acordo com os coeficientes da EHF, são os dos seguintes países: Alemanha, Espanha, França, Hungria, Dinamarca, Eslovénia, Polónia, Macedónia, Suécia, Bielorrússia, Suíça, Roménia, Croácia, Portugal, Rússia, Ucrânia, Sérvia, Grécia, Eslovénia e Noruega.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/andebol-fc-porto-a-unica-equipa-na-elite-europeia-so-com-vitorias.aspx

F.C. do Porto Bilhar - A equipa de bilhar do FC Porto venceu na noite de quinta-feira a Académica de Leça, por 4-0, conquistando o segundo triunfo em dois jogos realizados no Campeonato Nacional de bilhar às três tabelas (zona Norte) e fixando um novo recorde de 28 triunfos consecutivos para o campeonato.



«VITÓRIA E RECORDE PARA FECHAR 2016

Dragões venceram a Académica de Leça na segunda jornada do Campeonato Nacional de bilhar às três tabelas.

A equipa de bilhar do FC Porto venceu na noite de quinta-feira a Académica de Leça, por 4-0, conquistando o segundo triunfo em dois jogos realizados no Campeonato Nacional de bilhar às três tabelas (zona Norte) e fixando um novo recorde de 28 triunfos consecutivos para o campeonato.

Na Academia de Bilhar do Estádio do Dragão, os campeões nacionais venceram pela margem máxima a formação leceira, resultado que os deixa na liderança isolada de prova. A vitória foi contruída com triunfos de Alípio Jorge sobre Manuel Aguiar (40-29, em 46 entradas), Santos Oliveira sobre José Biscaia (40-25, em 35 entradas), João Ferreira face a Fernando Caldas (40-35, em 36 entradas) e de Rui Manuel Costa sobre Gonçalo Rodrigues (40-19, em 30 entradas).

Na próxima jornada, a terceira, agendada para o dia 17 de janeiro (21h30), os Dragões jogam no salão do Leça.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/bilhar-fc-porto-academica-de-leca-cn-zona-norte-2jor.aspx

Amarante Agricultura - "Quanto à agricultura a principal riqueza do concelho de Amarante é o vinho verde, conhecido e afamado em todo o país."


(Fotografias do saudoso mestre, Eduardo Teixeira Pinto)


«AGRICULTURA - Quanto à agricultura a principal riqueza do concelho de Amarante é o vinho verde, conhecido e afamado em todo o país. Os vinhos da Casa da Calçada, tratados e excelentemente apresentados no mercado pelo seu possuidor, Doutor A. Lago Cerqueira, têm feito o reclame dos vinhos de Amarante, pela sua excelente qualidade, que os tornam preferidos em todos os hotéis de classe.

Esta casa, que possue uma adega modelar, digna de ser visitada, com tudo quanto cientificamente existe para o tratamento dos vinhos, faz larga exportação para a África e Brasil.

São também afamadas as boas frutas que o concelho produz, em especial os célebres pêssegos de Amarante.

Amarante, Novembro de 1941,

Fernando dos Reis» in "PORTUGAL ECONÓMICO MONUMENTAL E ARTÍSTICO" da Editorial Lusitana, Fascículo LIV, Concelho e Vila de Amarante.


22/12/16

Amarante Natal - Vivemos uma época em que a hipocrisia atinge níveis superlativos, em que até a mentira mudou de nome: é a pós-verdade.



«Então é Natal…


Vivemos uma época em que a hipocrisia atinge níveis superlativos. Já nem a mentira se diz mentira: é a pós-verdade. Mais uma vez vamos ser invadidos por mensagens, de amigos e conhecidos, em maior número dos últimos, pois os primeiros estão em extinção, com promessas de paz e de amizade eternas, quando ao longo do ano, andamos todos de costas voltadas e sem por em prática os nobres sentimentos difundidos em mensagens que, de tão repetidas, começam a ficar banalizadas, não havendo já, sequer, paciência para as ler. Mas que vai ser uma torrente de palavras bonitas, avulsas ou não, com promessas vãs e de falsas esperanças, isso é garantido. Quais concursos de beleza, em que as jovens concorrentes, manifestam que o principal objetivo das suas vidas é curar os doentinhos, acabar com a guerra, fome e com a pobreza, quando, no seu dia a dia, o que importa é a sua vidinha de veludo em que vivem confortavelmente, à conta das suas carinhas e dos seus belos corpinhos, com que a natureza as dotou.

Desde tempos imemoriais, que o Natal foi considerado a Festa da Família, mas, atualmente, disso só restam alguns resquícios. Vivemos agora no Natal, uma autentica Festa Comercial, qual feira das mentiras e da lei das compensações. Os humanos altamente desumanizados, enfiam-se em grandes centros comerciais, e, compram putativas doses de ternura, afeto, carinho e amizade, em forma de bens que ficam rapidamente obsoletos e que fazem parte das modas urbanas, designadamente gadgets tecnológicos, conferindo uma sensação ilusória de satisfação de todas as necessidades humanas.

Não é tudo mau, claro está. Em termos comerciais, espera-se vivamente que as pessoas comprem e consumam em excesso, que desperdicem em comidas que ninguém vai aguentar comer, tal o fartote de iguarias e de doces. Adquiram brinquedos aos chineses que, para a sua produção tratam miseravelmente os seus operários, se não é mesmo de escravatura de que estamos a falar. Encham os centros comerciais, onde parece que a vida se multiplica tal o frenesim de humanos que correm desesperados por resgatarem a essência da vida, em compras de bens que, jamais, poderão responder à insatisfação da essência humana. Que vamos dar ao Pai? …à Mãe? …à Avó? …à Tia? …ao Primo? – perguntam eles desesperados. Qual o bem material que poderá substituir o peso das nossas consciências, enegrecidas pela falta de verdadeiros valores humanos?...

E parece que se vão realizar alguns jantares de solidariedade com grupos de sem-abrigo, onde haverão prendas, até, para os pobres infelizes. Vamos assim comprar também os que nada possuem, alguns por nada quererem e que até consideram que, são mais felizes assim... Vamos todos dizer que vai ser um Natal mais justo, para todos sem exceção, mas o Natal, embora se considere que é sempre que um homem quiser, passa depressa e não dura muito. Esta quadra não pode ser apenas uma redenção das consciências, um conjunto de desígnios e de ideias positivas para a humanidade que, na prática, nunca se tornarão reais ou efetivos.

Apesar do excelente, corajoso e desafiante Ministério do Papa Francisco, existem zonas de guerra, como na Síria, onde se mata de forma indiscriminada, como se a vida humana não tivesse valor intrínseco. Cidades são devastadas, destruídas e as pessoas formam massas de seres migrantes que são tratados como lixo. Pessoas são colocadas em contentores flutuantes que atravessam o mediterrâneo, algumas são despejadas borda fora, ou porque estão mortos, ou muito doentes, ou porque sim. Os que sobrevivem são alojados temporariamente em refúgios humanitários, onde vão vivendo como animais, sempre à espera que alguém os alimente, ou que lhes dê abrigo temporário, pois uma nova pátria e uma nova vida, é difícil. Mas, para eles, também vai ser Natal.

Os peixes e aves marítimas, morrem empanturrados de plásticos que nós continuamos a enviar para o mar em quantidades massivas, assim como lixo e poluição de toda a espécie, que possamos imaginar. O clima mundial aquece de forma irreversível, as geleiras glaciares derretem inapelavelmente e de forma muito mais rápida que, até os cientistas mais pessimistas, podiam supor, levando a que o nível do mar suba rapidamente, para níveis inimagináveis. As catástrofes climáticas ocorrem em escala muito superior, ao que era comum há umas décadas atrás. O homem deixará uma pegada ecológica muito marcada no planeta. No futuro, só seres microscópios poderão viver no caldo químico em que o homem transformou, inexoravelmente, o planeta azul. Na sua ambição desmedida, o homem criou um conforto artificial durante as ultimas décadas de consumo e abuso dos recursos naturais, até ao esgotamento e degradação natural dos mesmos. Principalmente na Europa e América do Norte, os anglo-saxónicos, foi um fartote, com o mundo subdesenvolvido a levar com que a lotação humana do planeta fosse em crescendo até aos sete biliões. Gente a mais, degradação acelerada do ecossistema global, produção de alimentos insuficiente e altamente manipulada pelos caprichos do mercado, só poderá resultar em mais miséria, guerra, fome e epidemias.

Tudo aponta para que estejamos a viver um fim de ciclo qualquer. Os populistas começam a vencer eleições de forma preocupante, pelo mundo inteiro, com destaque para as grandes potencias, em que homens sem preparação académica e humanista, governam autênticos arsenais nucleares que tudo podem reduzir a pó. A morte saiu à rua em forma de ataques terroristas inopinados e cruéis. Em países como a Síria, por exemplo, a morte é uma coisa banal, ao jeito dos tempos da idade média. Os sonhos e quimeras da geração de sessenta, redundaram numa descentralização do homem dos seus valores essenciais. O muito esperado viver para o ser, deu lugar a um desesperado viver para o ter. Penso que já não há esperança em viver o Natal verdadeiro, mas teremos, por certo, um incandescente Natal artificial.

Esta não é, infelizmente, uma crónica pessimista, pois está estribada nos dados que com a realidade nos inunda constantemente, na espuma dos dias que correm. Apesar desta marcada desesperança, Bom Natal para todos, afinal estamos aqui a assistir às exéquias fúnebres da humanidade.» in http://birdmagazine.blogspot.pt/2016/12/entao-e-natal.html


John Lennon - "Happy Christmas"



"So This Is Christmas

So this is christmas
And what have you done?
Another year over
And a new one just begun

And so this is christmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young

A very merry christmas
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is christmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong

And so happy christmas
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight

A very merry christmas
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is christmas
And what have we done?
Another year over
And a new one just begun

Ans so this is christmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young

A very merry christmas
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear

War is over over
If you want it
War is over
Now"


F.C. do Porto Andebol: Águas Santas 21 vs F.C. do Porto 27 - Triunfo sobre o Águas Santas, na 18.ª jornada do Andebol 1, foi o 17.º em outros tantos jogos.



«DRAGÕES MANTÊM O PLENO E A LIDERANÇA

Triunfo sobre o Águas Santas (27-21), na 18.ª jornada do Andebol 1, foi o 17.º em outros tantos jogos.

O FC Porto venceu esta quarta-feira no Pavilhão do Águas Santas, por 27-21, em jogo da 18.ª jornada do Andebol 1. Os Dragões alcançaram a 17.ª vitória consecutiva no campeonato, tantas quanto os encontros disputados, e mantêm a liderança da prova, somando agora 51 pontos, mais um do que o Sporting, que tem um jogo a mais. No que diz respeito à presente temporada, os azuis e brancos continuam a só saber o que é ganhar: 24 triunfos em 24 jogos. Para o ano há mais, pois este foi o derradeiro compromisso de 2016.

Jogar em Águas Santas nunca é sinónimo de facilidades para o FC Porto, mas os Dragões entraram dispostos a contrariar essa ideia e ganharam quatro golos de vantagem nos primeiros 11 minutos (6-2), mas a diferença foi-se esfumando com o desenrolar dos acontecimentos. Os maiatos aproveitaram uma fase de maior desacerto portista e passaram pela primeira vez para a frente ao marcador pouco depois dos 20 minutos (9-8), forçando uma igualdade a 12 à ida para o descanso. José Carrillo era, ao intervalo, o melhor marcador do FC Porto, com três golos, mas até nem se mostrou tão eficaz como é habitual ao longo do primeiro tempo.

O descanso fez bem aos Dragões e a segunda parte foi de domínio portista, em grande parte devido a Alfredo Quintana, verdadeiramente imperial entre os postes e quase inultrapassável em alguns momentos. O guarda-redes do FC Porto, que voltou a marcar (2), foi o expoente máximo de um coletivo que demonstrou toda a sua força nos segundos 30 minutos, nos quais melhorou consideravelmente nos dois lados do campo. Assim que reassumiram a liderança do marcador, os azuis e brancos não mais a largaram: 27-21 foram os números finais da 17.ª vitória consecutiva do FC Porto no campeonato. Rui Silva (5) e Gustavo Rodrigues (5) foram os máximos goleadores da equipa portista, mas Miguel Martins (4) também esteve em excelente plano.

FICHA DE JOGO

ÁGUAS SANTAS-FC PORTO, 21-27
Andebol 1, 1.ª fase, 18.ª jornada
21 de dezembro de 2016
Pavilhão do Águas Santas, Maia

Árbitros: Fernando Costa e Diogo Teixeira (Braga)

ÁGUAS SANTAS: António Campos (g.r.); Elias António (3), Pedro Cruz (3), Luís Frade (1), Nuno Carvalhais (2), André Rei (2) e José Barbosa (1)
Jogaram ainda: Pedro Pacheco (g.r.), Gustavo Carneiro, Juan Couto, Mário Oliveira (1), Rúben Sousa (4), Miguel Gomes (1), Gonçalo Vieira, Pedro Sousa (2) e Nuno Rebelo (1)
Treinador: Paulo Faria

FC PORTO: Hugo Laurentino (g.r.); Yoel Morales (1), Leandro Semedo, Rui Silva (5), Daymaro Salina (2), Ricardo Moreira (2) e José Carrillo (3)
Jogaram ainda: Alfredo Quintana (g.r.) (2); Alexis Borges (1), Felipe Santaela, Spelic, Gustavo Rodrigues (5), Miguel Martins (4), Marko Matic (2), Miguel Pinto e Hugo Santos
Treinador: Ricardo Costa

Ao intervalo: 12-12
Disciplina: cartão vermelho a Alfredo Quintana (60m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Aguas-Santas-FC-Porto-18a-jornada-Andebol-1.aspx


Andebol: Águas Santas-FC Porto, 21-27 (Andebol 1, 18.ª jornada, 21/12/2016)

21/12/16

Amarante Arte - Quem por estes dias visita Amarante encontra um presépio com peças esculpidas em madeira de freixo, em tamanho natural, pelo engenho e arte de um carpinteiro habituado a fazer urnas funerárias.



«Amarante tem presépio esculpido em madeira por carpinteiro de urnas

Quem por estes dias visita Amarante encontra um presépio com peças esculpidas em madeira de freixo, em tamanho natural, pelo engenho e arte de um carpinteiro habituado a fazer urnas funerárias.

"Eu faço isto por brincadeira", contou Carlos Costa, de 49 anos, para quem a escultura em madeira não vai além de um passatempo.

O dia-a-dia de labuta, contou à Lusa, passa-o a cortar madeira para ser usada no fabrico caixões, num concelho que tem tradição naquela indústria e onde muita gente se dedica ao ofício.

Esculpir madeira é algo mais especial e alegre, contou, rindo, recordando que faz aquele tipo de peças desde a juventude.

"Lembro-me de ter 18 anos e de ir para o monte ajudar o meu pai a tomar conta dos animais. Enquanto pastavam, ia fazendo alguns trabalhos com uma pequena navalha", disse.

Há dez anos, fez a imagem da Senhora das Neves, começando então a burilar figuras religiosas.

Também desde novo, prosseguiu, gostava de apreciar presépios nas redondezas de Amarante e Celorico de Basto, que ia visitando. Há meses, lembrou-se de associar as duas paixões e partir para o trabalho que agora exibe, orgulhoso, no centro da sua cidade.

"Foi um desafio que coloquei a mim próprio. Queria ver se era capaz, e pus mão à obra", contou.

Durante cerca de seis meses, na sua oficina, improvisada na adega da casa, nas serranias da Meia Via, começou a dar forma de figuras de presépio, com extraordinária minúcia, a um troco de freixo que o próprio cortara no seu terreno, usando formões, plainas, machados e outras ferramentas.

"Só faço isso nas horas vagas", reafirmou.

As expressivas imagens de José e Maria, expostas no Largo de Arquinho têm, cada uma, mais de 1,60 metros de altura. O Menino Jesus tem quase 60 centímetros. As três peças, no conjunto, pesam mais de 200 quilogramas. José, o mais volumoso, pesa 124.

"O meu sonho era fazer peças grandes, quase de tamanho natural", rematou.

Há meses, numa feira realizada na sua aldeia de Rebordelo, onde expunha o seu presépio pela primeira vez, o presidente da Câmara de Amarante conheceu, espantado, o trabalho daquele conterrâneo. Foi assim que surgiu o convite para apresentar as peças, por altura do Natal, no centro da cidade.

Meses depois, em plena praça, o sucesso tem sido grande, provocando espanto aos residentes e aos turistas que patenteiam a mestria do carpinteiro que, por estes dias, já trabalha, em madeira de amieiro, numa imagem de S. Gonçalo, padroeiro da cidade, com mais de meio metro de altura.» in https://www.noticiasaominuto.com/cultura/708932/amarante-tem-presepio-esculpido-em-madeira-por-carpinteiro-de-urnas

F.C. do Porto Sub 19 Futebol: Porto 3 vs Rio Ave 0 - “Bis” de Xavier e um golo de Michael Morais construíram triunfo sobre o Rio Ave no Estádio de Pedroso.



«SUB-19 DESPEDEM-SE DO ANO COM MAIS UMA VITÓRIA

“Bis” de Xavier e um golo de Michael Morais construíram triunfo (3-0) sobre o Rio Ave no Estádio de Pedroso.

Há muito apurada para a próxima fase, a equipa de Sub-19 do FC Porto recebeu e venceu o Rio Ave por 3-0, em jogo relativo à 18.ª jornada da primeira fase do Campeonato Nacional de Juniores A disputado esta quarta-feira no Estádio de Pedroso. Dois golos de Xavier e um Michael Morais na segunda parte construíram a 16.ª vitória dos Dragões no campeonato, que passam a liderar com 50 pontos.

Neste reencontro entre as duas equipas quase e três meses depois de terem empatado a um golo em Vila do Conde, assistiu-se a uma primeira parte equilibrada, ainda que o FC Porto tenha tido mais posse de bola, maior número de ataques, de remates e de cantos, e tenha criado os poucos lances de perigo registados até ao intervalo. Logo aos cinco minutos, na sequência de um canto, João Lameira, de cabeça, levou a bola passar perto da baliza; ao 23, foi Madi que, em boa posição, permitiu a defesa de Carlos Alves, após uma bela combinação com Moreto. Já perto do intervalo foi Michael Morais que esteve muito perto de inaugurar o marcador num remate forte e colocado à entrada da área (40m).

Os portistas chegariam à vantagem no início da segunda parte, por intermédio de Xavier: servido por Madi Queta, o ponta de lança arranjou espaço entre os dois centrais e rematou para o primeiro golo da tarde (52m). O Rio Ave respondeu no minuto seguinte e quase chegou ao empate, não fosse uma boa defesa de Diogo Costa, mas o domínio do jogo e as melhores oportunidades de golo continuaram a pertencer aos azuis e brancos.

Primeiro foi Xavier que depois de roubar a bola a um defesa foi lesto perante a saída do guarda-redes aos seus pés (66m). Era um sinal para o que viria a acontecer quatro minutos: um remate cruzado e indefensável de Michael Morais colocou o FC Porto a vencer por 2-0 e praticamente sentenciou a partida (70m). Já perto do minuto 90, surgiram mais duas oportunidades para a equipa de António Folha: a primeira não foi aproveitada, já que Paulo Estrela não foi capaz de converter um penálti a castigar uma falta sobre Diogo Dalot (85m); a segunda teve mais deu origem ao terceiro golo, novamente por Xavi, que assinou o nono no campeonato, reforçando o primeiro lugar na lista de melhores marcadores dos azuis e brancos (90m).

Os Sub-19 alinharam com: Diogo Costa (g.r.); Diogo Dalot, Diogo Queirós, João Lameira, Oleg Reabiciuk; Paulo Estrela, Ayoub (Dinghao, 81m), Moreto Cassamá (cap.) (James Arthur, 82m); Michael Morais (Lamba, 78m), Xavi e Madi Queta. O regresso à competição está agendado para 7 de janeiro, com a receção ao Moreirense, no Estádio Luís Filipe Menezes, num jogo com início marcado para as 15h00 e com transmissão em direto na Sport TV.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/sub-19-fcporto-rioave-18aj-cnja.aspx


Formação: Sub-19 - V. Guimarães-FC Porto, 0-3 (CNJA, 17.ª jornada, 17/12/16)

Arte Literatura - Na Suiça, o Dr. Bircher, médico psiquiatra, tinha uma clínica para senhoras nervosas - Land House Murpfli, em Obervil, onde praticava a «cura pelo espírito».


(Clinica do Dr. Bircher, Land House Murpfli, em Obervil, onde se curavam senhoras nervosas, com Poesia de Teixeira de Pascoaes)


(Dr. Bircher em na Casa de Pascoaes, em Gatão, Amarante)



«Na Suiça, o Dr. Bircher, médico psiquiatra, tinha uma clínica para senhoras nervosas - Land House Murpfli, em Obervil, onde praticava a «cura pelo espírito».


Esse método consistia na leitura e explicação dos poemas traduzidos do meu Tio, como, por exemplo, o «Regresso ao Paraíso». essas sessões eram apoiadas pela publicação de uma revista exclusivamente dedicada à obra de Pascoaes, à qual o Dr. Bircher deu o título de «A Fonte».


Mais tarde, fundou em Engelberg, com o pensador suíço Talhoff, um círculo poético para interpretar e aprofundar o estudo da obra poética de Pascoaes. Albert Thelen, então a viver na Suiça, viria a ser convidado a ir aos Alpes para falar da vida e obra do poeta do Marão.



Bircher viria a Portugal para conhecer a casa e o ambiente em que Pascoes vivera, mas o Poeta já tinha desaparecido do mundo dos vivos.» in Fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos. 




«Regresso ao paraíso



Daqui a cem anos pode não haver Renascença Portuguesa, e pode até nem haver República Portuguesa. Caso isso seja assim, nada haverá para lamentar, desde que esteja

vivo o superior sentido que o poeta emprestou às formas terrenas, a do regresso ao paraíso; é por aí que passa o perene, não pelo restante, que é acessório, transitório e susceptível de metamorfose. Insistir na conservação de formas estanques e limitadas, tomando-as nas mãos como se do essencial se tratasse, é mais prejudicial do que benéfico: em lugar de aproximarmos a organização social da visão do poeta e da liberdade do místico, libertando-a do supérfluo e dando-lhe o sopro da vivência eterna...» 



António Cândido Franco


«Sem Poesia Não Há Humanidade



Sem Poesia não há Humanidade. É ela a mais profunda e a mais etérea manifestação da nossa alma. A intuição poética ou orfaica antecede, como fonte original, o conhecimento euclidiano ou científico. E nos dá o sentido mais perfeito e harmónico da vida. Aperfeiçoando o ser humano, afasta-o do antropóide e aproxima-o dos antropos. Que a mocidade actual, obcecada pela bola e pelo cinema, reduzida quase a uma fotografia peculiar e uma espécie de máquina de fazer pontapés, despreza o seu aperfeiçoamento moral; e, com o seu fato de macaco, prefere regressar à Selva a regressar ao Paraíso. E assim, igualando-se aos bichos, mente ao seu destino, que é ser o coração e a consciência do Universo: o sagrado coração e o santo espírito. Eis o destino do homem, desde que se tornou consciente. E tornou-se consciente, porque tal acontecimento estava contido nas possibilidades da Natureza. Sim, a nossa consciência é a própria Natureza numa autocontemplação maravilhosa. Ou é o próprio Criador numa visão da sua obra, através do homem. E, vendo-a, desejou corrigi-la, transfigurando-se em Redentor.»


Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo" 



"A uma fonte que secou


"Com teus brandos murmúrios embalaste
O decorrer dos meus primeiros dias.

E pelos teus gemidos os contaste;

Eu era então feliz e tu sofrias.

As minhas velhas árvores regaste,

O meu jardim de Abril reverdecias

E, quando as tuas lágrimas choraste,

Como a dor que hoje sofro, entenderias!

Mas, ai, tudo mudou! Longa estiagem

Bebeu, a arder em febre, as tuas águas;
Versos de água cantando a minha imagem.
Raios de sol que as fontes evaporam,
Levando para Deus as suas máguas,
Secai também os olhos dos que choram!"

(in Terra Proibida)




Regresso ao Paraíso (excerto)


Adão amava agora, com ternura,
O velho Pai celeste; e imaginava

Descobrir, numa auréola, o seu perfil,

De brancas, longas barbas agressivas,

Clamando irado contra o seu pecado,

Sobre o bronze das nuvens trovejantes!