08/10/24

Amarante Poesia - Um soneto belíssimo e intimista, inspirado pela beleza das manhãs de Gatão, da Poetisa Maria Helena Coelho.




"Manhã em Gatão


Sete horas. Pelos carreiros subi,

Pedaços de serra. A andar,

Minha alma cantava. Ergui,

Aos céus, hinos, prestes a sonhar.


Manhã serena, transparente,

Onde o sol risonho vinha a nascer,

Dum pássaro ouvi triste lamento.

Tanta beleza sempre a crescer!


Sorri à névoa da manhã.

Meu Deus! Que encanto! Que elevação!

Sentia-me casta e aldeã.

 

Que profunda e estranha comunhão!

O silêncio, seus braços, abriu-me

E larga paz, profunda cobriu-me.


Autoria: Maria Helena Teles Meneses e Silva Coelho


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