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30/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Marão"



"Marão

Por esta Serra,
Como abraços,
O nevoeiro enleva.
De ti nascem riachos,
Água do céu e da terra.
Várzeas magras,
Encostas d’ encantos,
Escarpas de cabras.
De brancos mantos,
Bravos pinheiros,
Mulheres de oração,
Igrejas e Santos.
Homens ordeiros,
Guerrilheiros do chão,
Lobos cordeiros,
Sem palha nem grão."

Eugénio Mourão

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Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Maresia"



"MARESIA 

Ó mar de pensar tão profundo,
A terra distante não esquecida,
Céu de uma gaivota perdida,
Grita a fome na faina do mundo.

Navegas sem destino, à bolina,
Mar de voltar cabazes de glória,
Saudade naufragada na memória,
Na voz rouca de uma varina.

Espuma salina do pescador,
Rosto com brisa a maresia, 
Ancoro a minha alma na poesia, 
E arrasto as malhas daquela dor."

Eugénio Mourão


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28/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Coisas Simples"



"COISAS SIMPLES... 

Não quero a paz a vida inteira,
Mas também não serei guerra.
Não quero ser a alta muralha,
De um castelo feito de areia,
Que um dia o mar derrubou.
Quero a fresca brisa da onda,
Que ao meu rosto não odeia,
E sob este céu de mortalha,
Quero ser da pedra a poeira,
Que o vento traz desta serra,
E que de mim não esconda,
O que da minha vida levou."

Eugénio Mourão.

27/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Fantasmas"



"FANTASMAS

Ao sonho pertence
A vida, já cadente.
Que o tempo não vence, 
De presente.

Estrelas moram nos olhos,
E quase em sono,
As lágrimas aos molhos
De fantasmas em abandono.

São fantasias de ternura,
Em lua cheia de solidão,
Deste céu em desventura,
Em noites de coração.

E ao escuro ser,
Um rosto, incerto
No seu querer,
Mas tão desperto.

Já a noite esfria,
Nos trémulos dedos,
Até ser dia…
E na alma, medos."

Eugénio Mourão


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26/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Fantasia de Natal"



"FANTASIA DE NATAL

Quero…
Que este dia,
Seja mais um,
E que de incomum
Tenha apenas a nostalgia,
Servida com muito vinho,
Para esquecer quem sou,
O sonho num sapatinho,
Que a realidade me prendou,
Cinzas de uma lareira,
A minha vida,
O frio de uma caveira,
No calor de um berço prometida.
Já fui menino,
E de diferente,
O meu ser indigente,
São marcas do divino.
Quero…
Que este dia,
Não seja igual,
E que a minha fantasia,
Um dia seja Natal."

Eugénio Mourão.


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22/12/14

Poesia - O meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Margens da Vida"



"MARGENS DA VIDA

Fui vê-la,
Nas margens de um rio,
E levava comigo palavras de sol,
Para cobrir
O frio
Do seu destino.
Estava despida,
Resignada,
E lamentava à corrente,
As suas folhas caídas,
Já quietas e molhadas.
Mas de repente,
Daquele outono sentido,
E de um sol proibido,
Fez-se a árvore da vida,
Porque um dia será primavera,
E as suas folhas serão mais verdes do que a esperança,
E agitadas,
Ao vento meigo e quente,
De um abril qualquer."

Eugénio Mourão.

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21/12/14

Poesia - "Natal triste".




"Natal triste


Está frio neste Natal
Não se vêm pessoas
Os corações estão dilacerados
Humanos seres são rochas
Olhos abertos estão fechados
Apagadas todas as tochas
Não se vislumbra qualquer chama
Seres vivos que estão mortos
Só pode viver quem ama
A esperança não vive de fogachos
Verdade é querer ser Tudo
Até o mar se alimenta de riachos
Calados silêncios ruidosos
São verdade na mentira
De quem não intenta o Infinito
Uma força que não tem guarida
Desespero da impotência
De uma vida não vivida
Natal que não tem clemência
Da nossa presença perdida..." 

(Helder Barros, 21-12-2014)



Rui Veloso - "Presépio de lata"


"Presépio De Lata
Rui Veloso

Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene

Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias

Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data

A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é
É o presépio de lata

Jingle bells, jingle bells"


Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Folhas que vão"



"FOLHAS QUE VÃO…

Tudo em lamento
Fica… mas nada em vão.
Nem as folhas ao vento
O são!
Caem por paixão.
Tão incompreendido,
O tempo do não,
Já foi querido!
E a árvore despida,
Já respira,
Por mais vida.
E suspira!
Do amor
À terra prometida,
A dor
Da despedida.
Nem um perdão!
Fica somente
O chão
E a semente.
No fim,
A solidão…
Outono de um jardim,
Num banco de Verão."

Eugénio Mourão


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19/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Disseram-me"



"DISSERAM-ME… 

Disseram-me,
Que o mundo era um arco íris,
E que éramos todos iguais,
Mas há cores que são mais bonitas.

Disseram-me,
Que o mundo era feito de verdade,
E que todos viveriam por ela,
Mas há quem não pense assim.

Disseram-me,
Que o mundo era de todos,
E que se podia ser livre em qualquer lado,
Mas há pessoas a fugir.

Disseram-me,
Que o mundo era muito feliz,
E que todos os humanos gostariam de cá morar,
Mas há lágrimas que são tristes.

Disseram-me,
Que o mundo era feito de paixão,
E que o amor era para sempre,
Mas há corações que têm idade.

Disseram-me
Que o mundo era uma bola de cristal,
E que se podia fazer magia com as palavras,
Mas nem sempre resulta.

Quem me disse,
Que o mundo era tudo isto, foi Deus,
Quando a fé era criança,
Mas ainda acredito."

Eugénio Mourão.


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16/12/14

Poesia - A Minha Colega e Amiga, Professora Anabela Borges, interpela-nos com o Poema: "A bruma da manhã"




"A bruma da manhã
aninha-se ao colo da terra.
Levará tempo 
até que se dissipe na aragem, 
gota por gota, 
até se espalhar no ar frio 
que respiramos num fumo lento, 
até se pregar nos telhados 
e nos vidros da minha janela, 
bem perto deste lugar protegido
onde agora me sento."

ANABELA BORGES

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14/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Sem sombra de Pecado"



"SEM SOMBRA DE PECADO...

Já não se ouvem os passos,
Daqueles fins de tarde,
E há sons de não, em dó,
Como se nada tivesse valido a pena,
As coisas que ficaram por fazer,
E o acontecer da saudade,
Num copo de mãos culpadas.
A vontade que aparece,
E quer ser carne.
Já é noite, e a alma fica cansada,
Cabisbaixa,
Como a chuva que cai lá fora.
Calada,
E o medo,
De um pensamento em pecado."

Eugénio Mourão.

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13/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Beijo".



"BEIJO

Não há chão,
Nem senso,
Tudo à volta é turbilhão.
E em consenso,
Os corpos aproximam-se,
Os olhos chamam-se, 
As pupilas dilatam-se,
E cegam.
Acorda o coração,
Taquicardia!
Apenas a respiração.
O silêncio clama, 
E já em harmonia,
Humedecem,
Bocas em chama.
E em sincronia,
Num movimento elíptico,
De desejo,
Os lábios fundem.
É isso o beijo!"

Eugénio Mourão.

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12/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Mulheres Amadas"



"MULHERES AMADAS 

Carência em ânsia crescente,

Rumos de direção em alento,
O que a um o outro sente
No peito, num momento.

Ao cruzar um gesto se faz

Tão distante, no embaraço
De dar, por não ser capaz
A vontade de um abraço.

São instantes em desvio,

Corações que batem à toa,
Ao preencher o vazio
Da vida, que tão magoa.

Por tão longe a idade

Da memória, num rosto,
Faz acordar a saudade.
Quanta por tão gosto!

Como pedras calçadas

De paixão, que foram ruas
De mulheres tão amadas,
Hoje, de palavras nuas."

Eugénio Mourão.

07/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Poema Parido"



"POEMA PARIDO

Deitas-te numa cama despida,
E adormeces
A dor,
Encostada num travesseiro de penas,
Enquanto envelheces
A vida.
Cubro-te com os meus poemas
Feitos de amor.
E quando já a noite extinta,
Acordas parida,
Em verso.
Ainda há derramada
Tinta,
No teu corpo perverso,
Que quer,
De amada
Mulher."

Eugénio Mourão.

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23/11/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Sonhei..."



"SONHEI…

Sonhei …
Que a vida era bonita,
Que o mundo tinha sido feito a sorrir,
E as lágrimas eram a água doce,
Que descia dos montes.

Sonhei…
Que todos os sonhos podiam ser,
Que eram a coisa mais simples do mundo,
Bastava fechar os olhos e desejar,
E que ninguém nos ralhava por isso.

Sonhei …
Que os homens inventaram a saudade,
Para não esquecerem,
E que a dor só aparecia quando caíamos,
E que passava com o tempo.

Sonhei …
Que se podia fixar o sol sem chorar,
E que o céu era já ali em cima,
E que quando se olhava uma estrela,
Se podia ficar com ela.

Sonhei …
Que as palavras a sonhar falavam alto ,
E que chamavam por mim,
E quando acordava, havia alguém 
A ler o meu poema.

Sonhei …
Que eras um sonho,
E sonhava contigo até não aguentar mais,
E quando ficava cansado, adormecia,
Para voltar a sonhar-te.

Sonhei…
Que tínhamos o mesmo sonho,
E que era mesmo de verdade."


Eugénio Mourão.


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21/11/14

20/11/14

Amarante Literatura - Fábulas em verso com belas mensagens e ensinamentos, com Textos de Anabela Borges e Ilustrações de Aurélio Mesquita, no próximo dia 6 de dezembro, pelas 16 H, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, com a Editora Lugar da Palavra!



«As Famílias dos Animais

Gentes de Amarante e arredores, de todas as cidades lusas, dos lugares mais famosos, assim-assim, e recônditos do mundo, desta láctea galáxia e alienígenas galáxias do Universo, ORGANIZEM-SE E PREPAREM A PEQUENADA!

Temos livro novo. Ou um novo livro. Um livro para TODAS AS IDADES, pleno de sentidos, ensinamentos, valores éticos, morais, de cidadania e das mais altas democráticas atitudes e decisões. 

SÃO FÁBULAS, só podia ser! 

No próximo dia 6 de Dezembro, pelas 16H, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira. Com a Editora Lugar da Palavra.

Haverá histórias e canções. Tudo à volta desses nossos grandes amigos: OS ANIMAIS!
ESTÃO TODOS CONVIDADOS!» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=732812580146452&set=a.186361621458220.43721.100002531506939&type=1&theater&notif_t=mentions_comment

16/11/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão interpela-nos com o Poema: "CENTO E QUARENTA E QUATRO PALAVRAS…"



"CENTO E QUARENTA E QUATRO PALAVRAS…

Palavras são lágrimas num rosto,
E que nos lábios se escrevem,
Quando a boca se cala,
Porque não devem,
As de dor.
Feitas com letras silenciosas,
Que se juntam para gritar,
Em poesia ou em prosas,
O medo de terem cor,
De desgosto.
Palavras com que me animas,
À noite num papel em branco,
Antónimas, sinónimas, anónimas,
No coração atranco, não ditas,
As que são beijos.
Gosto das tuas alheias e indiretas,
E dos teus erros de ortografia,
São letras que não ficam quietas,
Quando com “z” escreves desejos,
As mais bonitas.
Naquela árvore escritas,
Ou na pedra para sempre gravadas,
Por bem ou por malditas,
Segredadas aos céus,
São de amor.
São simples as especiais,
As que são e as já idas,
Ainda que com a palavra “ais”,
Nunca ditas em rancor,
São de adeus."

Eugénio Mourão.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=763952093685658&set=a.215009225246617.52914.100002126234550&type=1&theater


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