28/07/07

Amarante Política Local - Amarante e a reorganização de trânsito na cidade!



"Amarante: Estudo defende libertar centro urbano para peões
28 de Julho de 2007, 18:08

Amarante, 28 Jul (Lusa) - A cidade de Amarante tem que reorganizar o estacionamento automóvel, sobretudo na periferia do casco urbano, para dar primazia às zonas pedonais e induzir residentes e visitantes a fruir o rio Tâmega.

Estas ideias consubstanciam as conclusões preliminares de um estudo de mobilidade que está a ser elaborado há três meses por Paula Teles, especialista em mobilidade urbana e actual coordenadora da Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos.

A equipa de projecto realizou hoje um inquérito à população que circula de automóvel, no que foi a sua primeira acção no terreno.

O plano de mobilidade, a concluir até ao fim de Outubro, procurará definir os modos de transporte e os espaços de estacionamento, em articulação com os documentos de planeamento existentes ou em curso, nomeadamente planos de pormenor, plano de urbanização e o próprio plano director municipal.

De resposta anónima e voluntária, o inquérito pretende ainda apurar quem faz os percursos entre a periferia e o centro, que formação tem, quem conduz, o número de ocupantes por veículo, a que estrato social pertence e o respectivo escalão do nível de rendimentos.

Estes dados vão ser fundamentais, segundo Paula Teles, para perceber quem se desloca à cidade de Amarante e as razões por que o faz, permitindo adequar no futuro, por exemplo, a oferta cultural do Verão ao nível etário, académico e sócio-económico dos seus potenciais visitantes.

Segundo esta responsável, o plano assenta no "estudo das entradas da cidade", no reforço da sua sinalização para induzir os utentes a utilizar os acessos mais aliviados, "na reorganização do estacionamento", sobretudo evitando o desperdício de lugares por inexistência de marcações no pavimento, e na "articulação com os documentos de planeamento".

"A criação de políticas de estacionamento é fundamental para trazer residentes para o centro da cidade", defende Paula Teles, que pretende sensibilizar a Câmara de Amarante a implementar planos de preços para residentes (estacionamento nocturno, sobretudo), envolvendo não apenas o aparcamento público mas também os três parques privados existentes.

A construção de uma ponte pedonal entre as duas margens, a jusante da ponte de S. Gonçalo, algures entre o Rossio e o parque florestal, é também considerada "fundamental para levar as pessoas ao centro", com a vantagem de poderem fruir o rio.

Quanto à ponte de S. Gonçalo, "onde já não deveriam passar automóveis", lembra Paula Teles, a técnica reconhece que existem alguns estrangulamentos que impedem o seu encerramento definitivo aos automóveis.

Defende, por isso, uma solução mista, que passa por fechar o trânsito no casco urbano - praça da República (ou largo de S. Gonçalo), rua cinco de Outubro, rua 31 de Janeiro e avenida General Silveira - aos fins de semana e à noite, induzindo os visitantes a deixar os automóveis nos parques de estacionamento da periferia.

JDS" in Lusa

Estou muito contente pela realização deste estudo de mobilidade urbana em Amarante que, quanto a mim, só peca por tardio. Era eu estudante na bela cidade do Porto, por início da década de noventa do século passado, podendo constatar com grande tristeza o fenómeno de desertificação humana da cidade. Pois, o processo não teve retrocesso por mais planos que se fizessem, pois, parece-me que os planos foram traçados por mimetismo com as soluções e orientações, neste domínio, seguidas pelas principais metrópoles europeia, que sofreram deste problema. Quanto a mim, devemos traçar medidas que passem pela reabilitação urbana dos edíficios mais antigos e devolutos da cidades, com condições de atractividade económica, para captação da franja mais jovem. Sem jovens, uma cidade, nunca terá vida, nem desenvolvimento! Quanto a mim deverá também ser construída uma nova ponte rodoviária a montante da "ponte nova", encerrando o trânsito na ponte de S. Gonçalo. Outra ideia que eu perspectivo, será a deslocalização do Mercado Municipal, de forma a termos um espaço multiusos, que fosse parque de estacionamento em permanencia e espaço de localização de actividades culturais, concertos, festas, marchas, etc. Outra forma de atrair gente a Amarante seria a valorização do comércio tradicional, com muita promoção do mesmo, sorteios, brindes e o carinho derigido ao público que esta forma de comércio, tem como característica. E porque não, a criação de um comboio de verão pelo menos Julho, Agosto, Natal e Páscoa. Feriado Municipal deveria também ser realizado a 10 de Janeiro, potenciando o dia de S. Gonçalo e a peregrinação religiosa. Como, grande parte do comércio, foi deslocalizado para o Tâmega Parque, antigo edifício da Tabopan, porque não pensar numa pequena rede de transportes públicos ecológicos, que ligassem os principais pontos de interesse da cidade. São algumas propostas de um amante de Amarante!
A Princesa do Tâmega tem momentos de beleza poética!

2 comentários:

  1. Concordo com tudo, Helder, excepto retirar o mercado do sítio onde está. Quando muito seria de alargar a sua área de implantação avançando pelo antigo Parque de Campismo. Como sabes eu sou uma grande frequentadora do centro da cidade e digo-te que o centro só tem movimento em dias de mercado. Se o tiras dás o golpe final numa cidade que permanece nove meses ao ano moribunda.É a minha opinião, claro.

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