11/12/07

Educação em Portugal - Pobre país este... que tem esta gente que nos governa a vilipendiar a Educação!



Paulo Guinote


«Cinco Erros que Pagaremos Caro


A actual política educativa assenta em muitos equívocos, chavões mal demonstrados, fundamentações erradas e muitos anúncios de “sucessos” que não passarão de falhanços a curto ou médio prazo. Algumas das medidas erradas irão demonstrar a sua invalidade daqui por uma mão-cheia de anos, enquanto outras que se anunciam terão efeitos devastadores a mais longo prazo, para lá de 2013, que é o horizonte da actual governança. Quando se realizarem as provas de um hipotético PISA 2018 perceberemos isso, mas entretanto já terá sido deitada fora a pouca água que resta na banheira, o bebé e tudo o que está à volta.
Aqui vou apenas alinhar aqueles que acho mais calamitosos:
1. A multiplicação de cursos que de profissionais ou profissionalizantes só têm o nome: na realidade muitos CEF (ou EFA) não passam de uma forma de combater o insucesso escolar - e em menor grau o abandono - através da criação de cursos praticamente sem meios técnicos, com uma capacidade de integrar os alunos no mercado de trabalho meramente provisória e uma estratégia cosmética para dar a entender que voltámos a ter uma espécie de ensino técnico intermédio. Na verdade são muitas vezes “turmas de nível” disfarçadas onde se promete sucesso em troca da presença na escola ou, se outras asneiras singrarem, apenas da matrícula. Entre nós apresenta-se, portanto, como grande iniciativa o que além-fronteiras já começou a ser questionado por fornecer uma educação de segunda qualidade, sem verdadeira relação com as necessidades de mão-de-obra e apenas iludindo os formandos com um diploma sem especial valor para os empregadores, conhecedores de tudo isso e que acabam por preferir trabalhadores formados através da prática no local de trabalho.
2. A quebra de qualquer laço de confiança entre a maior parte da classe docente e a tutela: o que acabou por acontecer nestes dois últimos anos foi a instalação de um clima de perfeita animosidade, repulsa e desânimo entre um número enorme de professore, em todos os escalões da carreira, muitos deles sem historial de postura muito crítica ou de adesão a “radicalismos” sindicais. Não são poucos os estudos que demonstram que sem um activo empenho dos docentes, nenhuma reforma educativa consegue ter sucesso, mesmo as que se baseiam em pressões directas sobre eles ou em truques legislativos para “inventar sucesso”. Viñao Frago, David Tyack, Diane Ravitch e outros têm escrito sobre isso, desmontando os mecanismos que fazem com que a intenção legislativa, mesmo quando é límpida e transparente, tem dificuldade em atingir o terreno concreto das realizações. Por maioria de razão, a situação piorará quanto mais a tutela desacreditar e amesquinhar aqueles que quer que lhe obedeçam. Porque quanto maior a pressão, mais forte tende a ser a reacção, a mais curto ou longo prazo.
3. A opção pela monodocência (coadjuvada) para um ciclo de escolaridade de seis anos: os resultados insatisfatórios dos vários testes comparativos do PISA demonstram até que ponto é essencial o aprofundamento das aprendizagens nos primeiros anos da escolaridade. Ora uma opção por um modelo generalista de docência, num país onde as bases da literacia (científica ou outra) são pouco firmes, é algo profundamente errado. O que os especialistas e responsáveis governamentais actuais parecem não entender é que os tempos, sendo de dispersão das áreas de conhecimento e de alguma hiper-especialização, não são necessariamente de molde a ganhar muito com educadores generalistas, quando os alunos cada vez acedem com maior facilidade a conhecimentos muito específicos sobre muitos temas. Quem interpreta a situação de forma superficial, considera que são necessários meros técnicos educativos com um saber pedagógico geral, complementado com uns créditos disto e daquilo, tudo polvilhado com um mestrado de pouco mais de seis meses. Quem entende o que se passa, percebe que é necessário exactamente o contrário. Que após uma fase inicial de aprendizagem de hábitos de trabalho, pesquisa, estudo e organização da informação, os alunos de hoje, da era digital e da informação rápida e acessível, precisam de educadores que tenham uma formação “forte” nas suas áreas de especialidade, por forma conseguirem ajudar os seus alunos a dar sentido ao manancial informativo disponível. E isso não se consegue com alguém “com umas ideias” de Matemática, com outras de História e mais algumas de Ciências ou Língua Portuguesa.
4. A definição de apenas dois ciclos de escolaridade de seis anos com pretensos fundamentos pedagógicos e alegando que visa reduzir o choque das transições para os alunos mais jovens (embora a taxa de retenção não confirme esse choque de forma iniludível), quando na realidade a medida tem, com estes actores políticos, meros objectivos de mascarar o insucesso escolar, pois o que se vai pretender é que só no final de cada ciclo possam existir retenções e que cada professor titular de turma seja directamente responsabilizado – na sua avaliação – pelo (in)sucesso dos alunos a seu cargo. O que, em países com uma alfabetização consolidada e com meios familiares capazes de acompanhar e ajudar os alunos nos seus estudos, pode ser uma vantagem e uma boa medida, entre nós dificilmente o será, porque corresponderá à extensão do actual modelo do 1º CEB com o consequente adiamento do aprofundamento dos conteúdos abordados, que a própria formação generalista dos docentes impedirá. Para além disso, é uma medida que visa reduzir o número de professores no activo, sem especiais vantagens para os alunos.
5. Um modelo errado de formação profissional e certificação de competências assente meramente numa certificação e não numa aquisição de competências ou conhecimentos, pois o projecto Novas Oportunidades baseia-se na seguinte lógica: atrair quem sente falta de uma “certificação” para aceder a uma situação melhor, entrando num esquema de formação que nada de substancial lhes traz (e a maioria dos potenciais empregadores sabem isso) para além do diploma e eventual participação em cerimónia oficial. O culminar de tudo é a distribuição de diplomas em catadupa, preparados em centenas de centros de validação de certificações, numa teia burocrática que absorve boa parte das verbas envolvidas (o formador e o certificador, por regra, ganham mais do que o formando/certificado), que depois se apresentam, em acções de propaganda, como enormes sucessos de uma política de requalificação da população activa com baixos níveis prévios de qualificação. O problema é que, nem se estudam a sério as consequências deste tsunami certificador em termos de ganhos efectivos de rendimentos pelos, nem estes novos diplomados são testados de forma independente e comparativa nas competências que supostamente adquiriram. E tudo acabará como os cursos do Fundo Social Europeu: a médio prazo, constatar-se-á que a população activa continua subqualificada em muitas áreas do mercado de trabalho. Apesar de dezenas e centenas de milhar de certificações e diplomas. Mas claro que, quando se perceberem os erros, a culpa nunca será de ninguém. Pois até aposto que os relatórios oficiais dificilmente negarão adjectivação abundante e entusiasmada
quanto ao “sucesso”. E a vidinha continuará como sempre.» in Correio da Educação N.º 317 10 de Dezembro de 2007.
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Concordo plenamente com esta visão avisada e que de forma substantiva, se vislumbra como claramente evidente. Mais cego é aquele que não quer ver...

10/12/07

Alunos em destaque da última semana!


Helder Cerqueira, muita garra, muita sabedoria, muito talento; parece portista!

O Marco começa a atinar com as aulas de TIC e não só... e isso deixou-me contente! A Vânia, além de ser uma excelente aluna, é uma simpatia!

O Diogo e a Luísa sempre muito simpáticos, amigos dos outros, voluntariosos e muito trabalhadores!

A Joana Azevedo sempre muito compenetrada no seu trabalho, está a melhorar bastante o seu aproveitamento!

Sempre trabalhadoras, simpáticas e bonitas, a Cátia e a Catarina!

A Helena continua uma aluna muito competente, voluntariosa e responsável. Oh p'ra ela aqui a fazer beicinho!

O Luís Teixeira está um jovem muito mais reponsável... e elas também acham!

09/12/07

Bob Dylan - Mais Arte Musical, de um Grande Músico!



Bob Dylan - "Cold Irons Bound"

Bob Dylan - "Thunder on the Mountain"

Bob Dylan - What Can I Do For You?

Bob Dylan - "License to kill"

"If Not For You" - Dylan/Harrison Duet

Bob Dylan - "Like a Rolling Stone"

Bob Dylan & Eric Clapton - "Don't Think Twice, It's Alright"


"Once upon a time you dressed so fine
You threw the bums a dime in your prime, didn't you?
People'd call, say, "Beware doll, you're bound to fall"
You thought they were all kiddin' you
You used to laugh about
Everybody that was hangin' out
Now you don't talk so loud
Now you don't seem so proud
About having to be scrounging for your next meal.

How does it feel
How does it feel
To be without a home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You've gone to the finest school all right, Miss Lonely
But you know you only used to get juiced in it
And nobody has ever taught you how to live on the street
And now you find out you're gonna have to get used to it
You said you'd never compromise
With the mystery tramp, but now you realize
He's not selling any alibis
As you stare into the vacuum of his eyes
And ask him do you want to make a deal?

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You never turned around to see the frowns on the jugglers and the clowns
When they all did tricks for you
You never understood that it ain't no good
You shouldn't let other people get your kicks for you
You used to ride on the chrome horse with your diplomat
Who carried on his shoulder a Siamese cat
Ain't it hard when you discover that
He really wasn't where it's at
After he took from you everything he could steal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Princess on the steeple and all the pretty people
They're drinkin', thinkin' that they got it made
Exchanging all kinds of precious gifts and things
But you'd better lift your diamond ring, you'd better pawn it babe
You used to be so amused
At Napoleon in rags and the language that he used
Go to him now, he calls you, you can't refuse
When you got nothing, you got nothing to lose
You're invisible now, you got no secrets to conceal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?"
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Quanto mais ouço Bob Dylan, mais aprecio o seu génio musical!

Ambiente e Ecologia - Planeta Terra - Temos que intervir, o quanto antes, não há tempo a perder para salvar o Planeta Azul...



O planeta terra está muito ameaçado, isso já todos o sabem. Todos nós poderemos e deveremos fazer algo para o ajudar, no sentido da sua preservação. O legado para as próximas gerações, depende em muito da nossa ação. Pequenas ações, pequenos gestos do dia a dia, serão o garante de uma revolução ecológica que só será consubstanciada, com uma revolução de mentalidades a este nível!


08/12/07

Quintal do Rio, Fregim, em Dezembro!




Em Dezembro, outras cores, as folhas cairam, colhem-se os últimos frutos, mas estes dias próximos do Natal, têm um encanto muito especial!

Eng. Mário Lino - Infelizmente, o senhor é um governante deste país, senão até teria píada!




«Aeroporto na margem Sul “jamais”
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, criticou hoje violentamente as opções de construção do novo aeroporto numa localização na Margem Sul em detrimento da Ota, afirmando mesmo que, na sua opinião, um aeroporto na margem sul "jamais"» in http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=296364&ListComment=1&CpMsgId=456370

«AR: Nunca disse aeroporto "na margem Sul `jamais`" - Mário Lino
Lisboa, 07 Dez (Lusa) - O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, defendeu hoje na Assembleia da República que as suas palavras sobre a construção do novo aeroporto internacional foram mal interpretadas e que nunca disse "na margem Sul `jamais`".
tamanho da letra
"O senhor deputado já sabe qual é a verdade, mas gosta disto", declarou Mário Lino, dirigindo-se a Abel Baptista, do CDS-PP, num debate de urgência sobre obras públicas pedido pelo PSD.
"O senhor deputado sabe perfeitamente que eu nunca disse que na margem Sul `jamais`, sabe que eu não disse. Sabe, sabe. A verdade é esta", acrescentou o ministro das Obras Públicas.
Mário Lino salientou que o actual Governo "está a desenvolver a alta-velocidade e o aeroporto", afirmando que "ficaram encalhados durante três anos" durante os governos PSD/CDS-PP.
"Ficam incomodados que o Governo o esteja a fazer. O país precisa de se modernizar, não é de conversa fiada", concluiu.
O deputado do CDS-PP Abel Baptista contrapôs que o ministro "nunca disse `toujours` nem `peut-être`, mas `jamais` disse", alegando que as suas declarações foram reproduzidas nesse sentido e que "nunca desmentiu".
IEL. Lusa/Fim» in RTP online.

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Mentir é feio, muito feio, senhor ministro. Fica mal mentir a qualquer pessoa, agora pessoas com responsabilidade, é grave. E se o senhor ministro faz estas acaloradas e infelizes afirmações a seguir aos almoços e jantares, melhor seria, não falar. E o senhor que se dá ao desplante de brincar em público com a licenciatura do Primeiro Ministro, que imagem quer que os portugueses tenham de quem os governa. De responsabilidade, de credibilidade ou do contrário. Olhe que pelas recentes amostras... E depois, o senhor ao dizer que é engenheiro e faz parte da respectiva ordem profissional, ainda mais envergonhado me deixa. sabe eu também sou engenheiro, tive mesmo que tirar o curso e tive que fazer admissão à ordem. Mas, não foi por fax, não um tive as prerrogativas de alguns...
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As declarações do senhor ministro podem ser ouvidas neste link:http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=312505&tema=27

07/12/07

Desportivo Chaves 0 vs F.C. Porto 2 - 1.ª Eliminatória da Taça de Portugal!

«Apuramento ao primeiro toque

Um golo de Adriano, apontado nos últimos instantes da partida, sentenciou o destino de uma eliminatória que Hélder Postiga começara a escrever pelo mesmo método e com idêntica perícia. Nas duas situações, Rui Rego, guarda-redes do Chaves, nada pôde fazer para alterar a direcção das redes traçada por dois remates precisos, que dispensaram preparação.
Apesar da entrada atípica no encontro, justificada em partes iguais pelas características de um tradicional jogo de Taça e pelas alterações significativas introduzidas no onze, parcialmente preservado para as exigências da Champions, o F.C. Porto revelar-se-ia a equipa mais ameaçadora, fundamentando o apuramento para a quinta eliminatória da competição com um punhado de ocasiões flagrantes de golo.
Depois dos ensaios da primeira parte, aos quais Rui Rego negou repetidamente o golo, Hélder Postiga colocou os campeões em vantagem aos 56 minutos, finalizando, de primeira, uma jogada rápida executada a três toques: numa longa abertura, João Paulo solicitou Kazmierczak do lado oposto, à esquerda, que, de cabeça, lançou Postiga para o remate fulminante.
Em vantagem, os Dragões poderiam ter resolvido a questão da qualificação nos instantes imediatos, quando, por fim, a equipa flaviense procurou reagir, mas seria Adriano, agradecido aos céus, a selar o apuramento portista ao nonagésimo minuto, rematando colocado e sem defesa, a cruzamento de Lucho, que entra meia hora antes para interpretar os melhores movimentos de ruptura e desequilíbrio.
FICHA DE JOGO
Taça de Portugal, 4ª eliminatória7 de Dezembro de 2007Estádio Municipal de Chaves
Árbitro: Elmano Santos (Madeira)Assistentes: Sérgio Serrão e Tiago Leandro4º Árbitro: António Rodrigues
CHAVES: Rui Rego; Nando, Abadito, Ricardo Rocha e Tiago; Luís Vouzela, Bruno Magalhães «cap», Carlos Pinto e Bruno Madeira; Tiago Martins e InzaghiSubstituições: Tiago Martins por Evandro (65m), Carlos Pinto por Hélder Ferreira (82m) e Inzaghi por Gustavo (82m) Não utilizados: Laurentino, Hugo Pinheiro, Romaric e BambaTreinador: António Borges
F.C. PORTO: Nuno; Fucile, João Paulo, Pedro Emanuel «cap» e Lino; Mariano, Bolatti, Kazmierczak e Leandro Lima; Hélder Postiga e AdrianoSubstituições: Leandro Lima por Lucho (62m), Mariano por Lisandro (76m) e Hélder Postiga por Cech (89m)Não utilizados: Ventura, Bruno Alves, Paulo Assunção e EdgarTreinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0Marcadores: Hélder Postiga (53m) e Adriano (90m)Disciplina: cartão amarelo a Ricardo Rocha (11m), Abadito (23m), Hélder Postiga (55m), Luís Vouzela (55m) e Adriano (56m)» in site F.C. Porto.
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Desta vez não houve golpe de teatro e os jogadores que entraram para substituir os habituais titulares, não tendo realizado um bom jogo, tiveram a virtude de lutar muito, contra a abnegada e honrada equipa do Desportivo de Chaves. Salientaram-se as boas actuações dos centrais, de Mariano Gonzalez, de Helder Postiga e do Imperador Adriano. Estes dois jogadores voltaram aos golos, o que pode ser muito importante para o futuro da equipa. Destaque para a entrada de El Comandante, Lucho Gonzalez que veio dar tranquilidade a um onze pouco rodado e para a dignidade da equipa do Desportivo de Chaves. Alguns elementos como Kaz, Lino, Leandro Lima e Bollati, estão longe de justificar a aposta feita neles, e não se perspectiva para tão cedo, a entrada no onze principal. Uma palavra de desagrado também para com as televisões portuguesas, as quais, mormente a estação pública, desprezaram mais uma vez a equipa da capital do norte e melhor de Portugal, mais a muito digna e nobre equipa de Chaves, representante mor de Trás-os-Montes. Mais uma vez os elitistas, sulistas e centralistas vilipendiaram as gentes do norte de Portugal... lamentável!


Alguns momentos de mais uma vitória da armada portista!

Música Portuguesa - (Re)Invenções Felizes e Harmoniosas!


Tim - "Por quem não esqueci" - (Original - Sétima Legião)
Vasco Santana e Polo Norte - "Fado do Estudante"
Madredeus - "Haja o que Houver" - Original Delfins
GNR - "Pronúncia do Norte"
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Há muita e boa música portuguesa, basta estar atento e procurar. E a década de 80 também foi fértil em revelar, músicos, vocalistas e bandas! José Cid referiu recentemente num programa de TV que, no tempo em que ele começou, por exemplo no espectacular projecto musical "Quarteto 1111", faltavam muitos meios técnicos, comerciais, logísticos, marketing, mas sobressaía o espírito de fazer contra tudo e contra todos, e a técnica individual tinha que ser mais apurada. Concordo totalmente, mas isso não pode ser sinal de que não existam projectos contemporâneos de grande qualidade. Em todas as épocas, em todos os contextos sócio-culturais, a excelência sobressai sempre. E a música Portuguesa, felizmente, continua a surpreender tudo e todos, com uma excelente nova geração de músicos. Bem hajam, por tornarem os nossos dias mais harmoniosos, criativos e felizes!


06/12/07

Electricistas de Manutenção - Acabou a nossa experiência!









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Grande grupo este, grandes momentos que vivemos nestes 3 anos!
No inicio ninguém se acreditou neste grupo. Era um conjunto muito complicado, pouca gente estava ali para um projecto de formação, aliás, como se constatou. Foi a perseverança destes 7 heróis formandos que levou a este desfecho possível; afinal apenas estes terminaram a formação tecnológica, com equivalência ao 12.º ano de escolaridade. Além da força de vontade deles, contou muito neste processo, a vontade da ACIA, consubstanciada na paciência e amizade da Dra. Sofia, Dra. Cristina e Dr. José Luís Gaspar. Claro está que para os Tecnocratas de Lisboa este foi um projecto economicamente reprovado. Mas, contextualizando, porque havia ali formadores dispostos a estabelecer uma relação que extravasava a formação pura e dura, podemos fazer um balanço extremamente positivo. Afinal, estes jovens foram rejeitados pelo ensino tradicional e tiveram aqui uma oportunidade de desenvolverem as suas competências, adquiriram uma formação tecnológica, estabeleceram laços com as empresas locais do sector eléctrico, onde no âmbito do processo formativo, puderam testar e desenvolver os seus conhecimentos, "bebendo" concomitantemente, aprendizagens em contexto de posto de trabalho, através do proficiente e generoso acompanhamento dos tutores das empresas. Estes empresários e colaboradores de PME's, deram deste modo um contributo incontornável, para a formação integral destes jovens. Jovens estes que não terão dificuldades ao nível da empregabilidade, dado que, se assim o entenderem, as próprias empresas onde os formandos estagiaram, recebem de bom grado, estes técnicos que ajudaram a formar e a qualificar. Entre ter 7 jovens em abandono escolar, sem emprego e entregues sabe-se lá a quais actividades, a andarem por aí e a actual situação, o balanço económico-financeiro pode não ser brilhante, mas em termos humanos, eu acho que não há palavras que definam o ganho social conseguido... Não há Sociedades civilizadas, com jovens abandonados! Obrigado electricistas, o que aprendi convosco em termos humanos é indelével, nunca vos esquecerei! Uma palavra especial para o meu formando, Armando, pela sua elevada proficiência operativa, com uma espectacular mostra de capacidade de saber, saber-fazer e saber-estar, conduzindo a seu pedido as aulas laboratoriais, construindo com os seus colegas a Fonte de Alimentação, que tem as suas fases de construção evidenciadas, na apresentação PowerPoint acima. Quem quiser saber mais sobre este génio da Electrónica, pode e deve visitar o seu blogue pessoal, em:
http://electronica-armando.blogspot.com/

U2 - "One" - Excelente Música!


U2 - "One"

U2 & REM - "One"

U2 & Mary J. Blige - "One"

U2 - "One" - (Buffalo Version)

"One" - U2 & Mary J. Blige
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Música excelente dos U2, um dos grandes músicos da história do Rock mundial

05/12/07

Amarante - Trabalhadores do Núcleo Florestal doTâmega passam para o quadro de mobilidade!

«Dispensados com base em avaliação do século passado!


Funcionários que passam para o quadro da mobilidade têm mais de 40 anos e podem ser despedidos. Trinta e oito trabalhadores afectos ao Núcleo Florestal do Tâmega, Área Metropolitana do Entre Douro e Vouga, sediado em Amarante, foram colocados na "prateleira" da Função Pública. Esta reestruturação, decretada ao abrigo da lei da mobilidade, leva, inclusive, à extinção de postos de trabalho. Por exemplo, deixa de haver guarda-nocturno para vigiar o Parque Florestal de Amarante. A maioria dos trabalhadores foi "dispensada" com base na avaliação de desempenho profissional realizada em 1999 . Outros tiveram como base para a dispensa avaliações de 2003. Os funcionários têm agora dez dias para impugnar a decisão do Ministério da Agricultura. Caso contrário, a mudança passará a definitiva com publicação em Diário da República. Os funcionários do núcleo receberam a comunicação da passagem ao quadro da mobilidade, na passada quarta-feira, ao final da tarde. Todos com mais de 40 anos viram-se, assim, confrontados com uma mexida laboral que, em último caso, pode levá-los ao despedimento. A classe dos auxiliares agrícolas é a mais afectada. Dos 32 no activo, dez passam a engrossar o quadro da mobilidade, restando 20 para trabalhar. Ao todo, a medida atinge 13 classes do núcleo cuja área de actuação, abrangia, além do parque florestal, as serras do Marão, da Meia Via e da Ordem, esta última já em território de Baião. A área de actuação estende-se a outras zonas. Por exemplo, se é preciso tratar de um determinado jardim no Grande Porto, sob a tutela do Ministério da Agricultura, os trabalhadores são deslocados para esse serviço. As lágrimas eram disfarçadas por algumas brincadeiras de ocasião. A certeza que o futuro é sombrio trouxe-lhes à memória uma vida dedicada ao trabalho que agora os dispensa. "Comeram-nos a carne, agora que comam os ossos", desabafou Cândido Manuel Medeiros, 42 anos, jardineiro. Ao lado, o operador de máquinas, Álvaro Martinho Mesquita, 47 anos, explicou que o seu coeficiente de avaliação, marcava 3,8 e que o colega com quatro mantinha o trabalho. É é aqui que está a contestação Para que as chefias escolhessem os 38 funcionários a dispensar num universo de 79, houve que recorrer a classificações com vários anos para desempatar. Luís Corte Real, director do núcleo, explicou que "havia um grupo de funcionários que tinha o mesmo coeficiente de avaliação". "De acordo com a legislação em vigor, fomos recuando nos anos de serviço até que se fizesse o desempate", explicou. Prestações para pagar de 350 euros e salários que oscilam entre os 500 e os 700 euros levantam receios aos funcionários. De acordo com a lei, nos primeiros dois meses mantém o salário. Depois dos dois meses até aos dez é-lhes feito um corte de 1/6 do salário. Dos dez meses até aos dois anos, recebem menos 2/6 do que recebiam até aqui. A partir dos dois anos, se entretanto não forem colocados em nenhum serviço, são despedidos.» notícia de António Orlando, Jornal de notícias.
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Isto há coisas muito difíceis de compreender, aliás apenas explicáveis pela tal obsessão pelo deficit que tanto assola os actuais governantes, facto que no passado os mesmos tanto repudiaram e zurziram tão ferozmente. Não bastaria o drama das famílias afectadas, por mais este rude golpe para a nossa região, para só por si justificar a nossa preocupação. Amarante é uma cidade situada aos pés da enorme Serra do Marão, da Serra da Aboboreira e muito próxima da Serra do Alvão, e rodeada de enormes montes, com pinhais e eucaliptais desde a zona duriense, até às zonas de Basto. Não necessitaremos de 80 trabalhadores para fazer a manutenção de tanta mata, já para não falar no auxílio que ainda prestam nos jardins municipais que pelos vistos se estende até ao Porto. O Parque Florestal de Amarante, um dos ex-líbris da cidade, não valerá a pena a sua preservação e manutenção, em contraponto ao abandono. Então a famosa aposta no turismo do Município de Amarante e de Portugal, não contemplará a preservação a todo o custo, deste espaço mágico?! Não será importante o contributo destes valorosos homens na prevenção dos fogos florestais. Quanto custará arder tudo e não falo só em dinheiro, mas muito mais em ecologia! Pobre país este que se inclina de uma forma perigosa e letal, para o litoral, desertificando tudo o resto. E de deserto não falo só pelo abandono dos solos, refiro-me à desertificação humana... Amarante merece mais!

04/12/07

Música Portuguesa - Pedro Abrunhosa - O canta(dor) de palavras!


Pedro Abrunhosa - "Momento"

Pedro Abrunhosa - "Viagens"

Pedro Abrunhosa - "Tudo o que eu te dou"


Pedro Abrunhosa - "Será"

PEDRO ABRUNHOSA - "ILUMINA-ME"

Pedro Abrunhosa - "Quem Me Leva Os Meus Fantasmas"


Pedro Abrunhosa - "Eu não sei quem te perdeu..."

Pedro Abrunhosa - "Beijo"

Pedro Abrunhosa

PEDRO ABRUNHOSA - "A CADA NÃO QUE DIZES"

LENINE E PEDRO ABRUNHOSA - "DIABO NO CORPO"


«Pedro Abrunhosa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Pedro Abrunhosa (20 de Dezembro de 1960, Porto), é um cantor, e compositor português.
Inicia cedo os estudos musicais. Termina o Curso de Composição do Conservatório de Música do Porto. Estuda e trabalha com os professores Álvaro Salazar e Jorge Peixinho.
Faz o Curso de Pedagogia Musical com Jos Wuytack. Começa a sua carreira como docente aos 16 anos na Escola de Música do Porto. Dá igualmente aulas no ensino oficial, na Escola do Hot Clube, em Lisboa, e na Escola de Música Caiús.

Desenvolve os estudos de Contrabaixo. Funda a Escola de Jazz do Porto e a Orquestra da mesma, que dirige e para a qual escreve.

Trabalha nesta área por toda a Europa com Joe Hunt, Wallace Rooney, Gerry Nyewood, Steve Brown, Todd Coolman, Billy Hart, Bill Dobbins, Dave Schnitter, Jack Walrath, Boulou Ferré, Elios Ferré, Ramon Cardo, Frankie Rose, Vicent Penasse e Tommy Halferty.

Escreve e executa as bandas sonoras dos filmes: “La Lettre” de Manoel de Oliveira (música incidental), “Amour en Latin”, de Serge Abramovic, “Adão e Eva” de Joaquim Leitão e “Novo Mundo” do cartoonista António. Compõe ainda para as peças de teatro “Possessos de Amor”, “A Teia” e “O Aniversário de Infanta” e “150 anos De Bonfim”.

Em 1994 edita “Viagens”, o seu primeiro álbum com os “Bandemónio”. Atinge vendas recorde de 243.000 unidades atingindo a marca de tripla platina. Neste álbum conta com a participação do saxofonista de James Brown, Maceo Parker. Faz mais de duzentos espectáculos em dois anos. Apresenta-se ainda nos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Macau, França, Suíça, Espanha, Luxemburgo, França, Itália e outros.

Lança em 1995 o Maxi-single “F”, juntamente com um livro, alcançando com ambos um inesperado impacto.

Em 1996 edita “ Tempo”, o seu segundo álbum de originais. “Tempo” vende acima das 180.000 unidades, ultrapassando a marca de quádrupla platina, tendo logo na primeira semana vendido 80.000 exemplares. Neste álbum trabalha em Minneapolis, Memphis e Nova Iorque com toda a banda de Prince, os New Power Generation e Tom Tucker, seu engenheiro principal. Com estes músicos apresenta-se em digressão. Neste álbum participam ainda Carlos do Carmo, Opus Ensemble e Rui Veloso.

Com a música “ Se Eu Fosse Um dia o Teu Olhar , extraído deste disco para o filme Adão e Eva”, bate todos os recordes de bilheteira. Essa música, entretanto editada no Brasil, vende mais de 8000.000 mil cópias.

É convidado por Caetano Veloso a realizar um espectáculo conjunto na Expo 98, realizando a maior enchente da Exposição Universal.

É convidado igualmente pelo realizador Manoel de Oliveira para protagonista masculino do filme “La Lettre”, rodado em Paris, Itália, Nova Iorque, Lisboa e Londres. Contracena com Chiara Mastroianni. Com esse filme, laureado no Festival de Cinema de Cannes com o Grande Prémio do Júri, tem a oportunidade de fazer a famosa “subida dos 24 degraus”.
Escreve, compõe e produz o musical “Rapaz de Papel”, encomenda do Festival dos Cem Dias. Posteriormente grava todas estas músicas no álbum “Amanhecer”, interpretado por Diana Basto.

Em 1999 edita “Silêncio”, um disco de viragem extremamente importante para a carreira dos Bandemónio. Ultrapassa as 40.000 unidades, atingindo a marca de platina.

As suas canções são gravadas e interpretadas no Brasil, onde se desloca amiúde para digressões, por artistas como Caetano Veloso, Lenine, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Sandra de Sá, Syang, Rio Soul, entre muitos outros.

Em 2002 editou “Momento”, um êxito de vendas e airplay em todas as rádios nacionais, e atingindo novamente a marca de dupla-platina, com vendas superiores a 90.000 unidades. Durante dois anos, a canção homónima “Momento” foi a mais tocada em Portugal.

Em 2003 edita o álbum triplo, “Palco”, resultado dos emblemáticos concertos ao vivo com os Bandemónio e os HornHeads de Prince. Com palco, dupla platina, atinge vendas de 72.000 unidades.

Em 2004 encerra o Rock in Rio Lisboa, concerto integrado na sua digressão 2002/2004 com mais de 120 espectáculos realizados.

Editou o livro “Canções”, que rapidamente esgota, contendo partituras das suas mais emblemáticas músicas.

Prepara o seu quinto álbum de originais bem como o DVD, gravado ao vivo na inauguração de Casa da Música do Porto.

Entretanto, tem feito inúmeras palestras, debates e conferências por todo o país, sobretudo em Faculdades, Escolas, Bibliotecas ou afins. Escreveu para a TSF, Magazine Artes, Fórum Estudante e tem trabalhos editados nas mais variadas publicações. Em 2006 participou também como vocalista numa das musicas do álbum de estreia da banda portuguesa Cindy Kat, música essa - "A Saída".

Autor e compositor de todas as músicas incluídas nos seus álbuns, Pedro Abrunhosa define-se como “cantautor”.

Lançou em 3 de Abril de 2007 o Single "Quem me leva os meus fantasmas", o primeiro single do novo álbum "Luz" lançado em 25 de Junho de 2007.

O primeiro concerto de Pedro Abrunhosa e Bandemónio após o lançamento do álbum "Luz" teve lugar no espaço "Paradise Garage" em Lisboa, na noite de 26 de Junho de 2007.

Em Setembro de 2007 vai voltar ao pequeno ecrã na telenovela da TVI, Deixa-me Amar.
[editar] Discografia
[editar] Álbuns
1994 - Viagens
1995 - F
1996 - Tempo
1997 - Tempo Remix Versões
1998 - Pedro Abrunhosa
1999 - Silêncio
2002 - Momento
2003 - Palco
2005 - Intimidades
2007 - Luz
[editar] Prémios
Pedro Abrunhosa foi galardoado, entre outros, com os seguintes prémios:
Dois Globos de Ouro
Prémio Bordallo de Imprensa
Quatro prémios BLITZ
Quatro prémios Nova Era
Prémio prestígio Nova Gente
Prémio de Melhor Banda Sonora, em Espanha
Prémio Melhor Compositor, pela RCL.
Prémio Telemóvel de Ouro, pelo recorde de downloads das suas músicas
Prémio Arco-Íris 2007 da Associação ILGA Portugal pelo tema "Balada de Gisberta", do álbum Luz




"Tudo o que eu te dou
Composição : Pedro Abrunhosa


Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
as vezes fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias noutro dia o luar
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser
Foram tantas as noites sem dormir
tantos quartos de hotel, amar e partir
promessas perdidas escritas no ar
e logo ali eu sei...


(Que) Tudo o que eu te dou
tu me das a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me das a mim
e tudo o que eu te dou
Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques que aprendeste no cinema
mais peço-te eu, já me sinto a viajar
para, recomeça, faz-me acreditar
"Não", dizes tu, e o teu olhar mentiu
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação
estrelas de mil cores, ecstasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor ou da-me liberdade
deixa-me voar, cantar, adormecer
refrão"


Mais informações sobre este músico e os Bandemónio, no seguinte link:


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