03/06/17

F.C. do Porto Ciclismo - O algarvio Ricardo Mestre segurou este sábado o segundo lugar da classificação geral do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, após concluir a segunda de três etapas da prova no 13.º posto, a 16 segundos do colombiano Omar Mendoza (Equipo Bolívia), que fechou a etapa no primeiro posto, destacado do pelotão, em 5h09m16s.



«RICARDO MESTRE SEGUE NO SEGUNDO POSTO APÓS CHEGADA A TRANCOSO

Raúl Alarcón foi melhor portista na segunda etapa do GP Beiras e Serra da Estrela, ao chegar em quinto.

O algarvio Ricardo Mestre segurou este sábado o segundo lugar da classificação geral do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, após concluir a segunda de três etapas da prova no 13.º posto, a 16 segundos do colombiano Omar Mendoza (Equipo Bolívia), que fechou a etapa no primeiro posto, destacado do pelotão, em 5h09m16s.

Após 192 quilómetros de muitos altos e baixos, o melhor portista na chegada a Trancoso foi Raúl Alarcón, que cortou a meta no quinto posto (a 16s), integrado no grupo principal onde seguia também Ricardo Mestre. No que diz respeito à classificação geral, a liderança continua na posse do russo Alexander Evtushenko, com oito segundos de vantagem para Mestre e 10 para o terceiro classificado, o espanhol Jesus Del Pino (Efapel).

Quanto à classificação coletiva, os Dragões subiram uma posição, para o segundo posto, com cinco segundos de atraso para a Lokosphinkx e com o mesmo tempo da Efapel.

Para domingo, naquela que será a derradeira etapa da prova, o pelotão nacional tem pela primeira vez no ano uma subida oficial à Torre, pela vertente de Seia, naquela que será a maior dificuldade da etapa rainha da prova. Ao todo serão 163 quilómetros entre as localidades de Belmonte e Manteigas que, além da subida à Serra da Estrela (primeira categoria), incluem uma contagem de montanha de terceira categoria e outra de segunda.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Grande-Premio-das-Beiras-e-Serra-da-Estrela-2017-2a-etapa.aspx

F.C. do Porto Atletas Internacionais - André Silva esteve em plano de destaque na goleada de Portugal ao Chipre (4-0), em jogo de caráter particular disputado este sábado no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.



«ANDRÉ SILVA BRILHA NA GOLEADA PORTUGUESA

Avançado dos Dragões fez golo e assistência no particular frente ao Chipre (4-0).

André Silva esteve em plano de destaque na goleada de Portugal ao Chipre (4-0), em jogo de caráter particular disputado este sábado no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril. O avançado portista fechou as contas com um excelente golpe de cabeça (70m), sendo que minutos antes tinha servido Pizzi de bandeja para o terceiro golo português (63m).

Antes disso, o ex-Dragão João Moutinho bisou com duas execuções irrepreensíveis de livres diretos, a abrir e a fechar a primeira parte (3m e 42m). No que diz respeito aos outros jogadores do FC Porto convocados por Fernando Santos, Danilo Pereira foi titular e substituído ao intervalo, enquanto o guarda-redes José Sá foi suplente não utilizado.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Portugal-Chipre-jogo-particular-030617.aspx


(Golo André Silva - Portugal 4 x 0 Chipre - Amistoso Internacional 03/06/2017)

Amarante Fregim - Rua do Rio com as suas habituais cores da Primavera, num espetáculo que se repete ano a ano...



(Amarante Fregim, Rua da Primavera, Rua do Rio)

02/06/17

F.C. do Porto Ciclismo - O portista Ricardo Mestre foi o melhor corredor da W52-FC Porto-Mestre da Cor no primeiro dia do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, cuja primeira etapa ligou esta sexta-feira as localidades de Penamacor e Celorico da Beira.



«RICARDO MESTRE FOI TERCEIRO NO PRIMEIRO DIA DO GP BEIRAS E SERRA DA ESTRELA

Ciclista do FC Porto terminou num trio de fugitivos a cinco segundos do vencedor.

O portista Ricardo Mestre foi o melhor corredor da W52-FC Porto-Mestre da Cor no primeiro dia do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, cuja primeira etapa ligou esta sexta-feira as localidades de Penamacor e Celorico da Beira. Naquela que foi a tirada mais extensa da edição de 2017 da corrida, o ciclista algarvio foi um dos quatro elementos de uma fuga que se adiantou 3m38s ao pelotão e da qual se destacou nos metros finais Alexander Evtushenko (Lokosphinx).

O ciclista russo concluiu os 199 quilómetros em 5h14m03s, com o trio composto por Mestre, Jesus Del Pino (Efapel) e Beñat Txoperena (Euskadi Basque Country-Murias) a terminar cinco segundos depois. Mais atrasado, mas ainda 42 segundos adiantado ao pelotão, terminou o alemão Nikodemus Holler (a 2m56s), sendo que o grupo principal chegou a 3m38s.

O portista inicia a segunda tirada na segunda posição da geral, a oito segundos de Evtushenko e com dois de vantagem sobre Del Pino. Na classificação coletiva os Dragões são terceiros, a cinco segundos da Lokosphinx.

No sábado, o pelotão parte de Fornos de Algodres em direção a Trancoso, num percurso de 192 quilómetros marcado pelas constantes subidas e descidas. Na totalidade da etapa os corredores terão de ultrapassar duas contagens de montanha de terceira categoria e uma de segunda, todas elas na segunda metade do percurso.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/ciclismo-1etapa-gp-beiras-e-serra.aspx

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Corona abriu caminho à vitória do México sobre a República da Irlanda (3-1), em jogo particular disputado na madrugada desta sexta-feira no Estádio MetLife, em Nova Jérsia, nos Estados Unidos.



«GOLAÇO DE CORONA NA VITÓRIA DO MÉXICO

Herrera, Layún e Reyes também alinharam no encontro particular em que a seleção asteca bateu a Irlanda (3-1).

Corona abriu caminho à vitória do México sobre a República da Irlanda (3-1), em jogo particular disputado na madrugada desta sexta-feira no Estádio MetLife, em Nova Jérsia, nos Estados Unidos. Aos 16 minutos, numa diagonal da esquerda para o meio, o portista ultrapassou dois adversários e rematou ao ângulo da baliza defendida por Darren Randolph. Para além de Corona, Herrera e Reyes (que esteve em 2016/17 emprestado ao Espanhol de Barcelona) também foram titulares, tendo Layún entrado em campo ao intervalo, para o lugar de Carlos Salcedo.

Os outros golos foram apontados por Raúl Jiménez (25 minutos, de penálti) e Carlos Vela (54), com o irlandês Gleeson a estabelecer o resultado final aos 76. O México prepara dois encontros de apuramento para o Mundial 2018 (frente a Honduras e Estados Unidos, a 8 e 11 de junho) e ainda a participação na Taça das Confederações, em que terá Portugal como adversário na fase de grupos, logo na primeira jornada, a 18 de junho, em Kazan, na Rússia).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/futebol-golaco-de-corona-na-vitoria-do-mexico.aspx


(Vaya Golazo de Jesús Manuel Corona para el 1-0 sobre Irlanda!)

F.C. do Porto Ciclismo - O portista Samuel Caldeira é o vencedor da edição de 2017 da Taça de Portugal de Elite, após a Federação Portuguesa de Ciclismo ter decidido anular a segunda etapa do Grande Prémio do Dão, retirar da corrida os corredores que impediram o normal desenrolar da prova (após o Colégio de Comissários entender que estavam reunidas as condições de segurança para o fazer) e aplicar-lhes uma multa de 100 francos suíços.



«SAMUEL CALDEIRA É O VENCEDOR DA TAÇA DE PORTUGAL DE ELITE

Equipa da W52-FC Porto-Mestre da Cor venceu a classificação coletiva.

O portista Samuel Caldeira é o vencedor da edição de 2017 da Taça de Portugal de Elite, após a Federação Portuguesa de Ciclismo ter decidido anular a segunda etapa do Grande Prémio do Dão, retirar da corrida os corredores que impediram o normal desenrolar da prova (após o Colégio de Comissários entender que estavam reunidas as condições de segurança para o fazer) e aplicar-lhes uma multa de 100 francos suíços.

De recordar que a decisão do vencedor do título estava dependente da deliberação da entidade que superintende o ciclismo português, depois de no dia 14 de maio a segunda e última etapa do Grande Prémio do Dão ter sido interrompida devido a problemas na transição do policiamento da Guarda Nacional Republicana para a Polícia de Segurança Pública, na chegada à cidade de Viseu, o que fez com que os ciclistas parassem antes de cruzar a meta pela última vez.

Segundo pode ler-se no comunicado divulgado pela federação, “o Colégio de Comissários considerou nula a segunda etapa, devendo a classificação geral final ter em conta apenas os resultados da primeira, expurgando dos mesmos os ciclistas aos quais foi aplicada a expulsão da corrida”.

Deste modo, o portista Samuel Caldeira (166 pontos) foi o corredor que amealhou mais pontos ao longo das três provas pontuáveis para o troféu, sendo seguido por António Angulo (LA Alumínios/Metalusa - 155) e Daniel Mestre (Efapel - 132).

No que respeita à classificação coletiva a W52-FC Porto-Mestre da Cor foi também a equipa mais pontuada (58), somando mais sete pontos do que o Sporting (51) e 12 do que a Liberty Seguros (46).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/ciclismo-samuel-caldeira-vence-ta%C3%A7a-de-portugal.aspx

Amarante Literatura - Correspondência entre dois vultos maiores da literatura Portuguesa: Fernando Pessoa e Teixeira de Pascoaes.


«Em 1913, Pascoaes publicou «O Doido e a Morte» e mais uma conferência saudosista: «O Génio Português na sua expressão filosófica, poética e religiosa».

Começa também a rever e a corrigir a sua obra. Escrevia a Unamuno: «Eu anda agora a refazer a minha obra que foi escrita à pressa. De resto, agora sinto-me senhor da minha expressão.»

Em Setembro desse mesmo ano nasci eu.  Três meses depois morreu meu Pai.

Assim, desta trágica maneira, me tornei habitante da Casa de Pascoaes. Minha Mãe regressa ao lar da sua infância e eu com ela. O Poeta apaixonou-se pelo bebé que eu era. Fui crescendo rodeada de amor e de carinho, rodeada de mil cuidados.

A propósito da morte de meu irmão e de meu Pai, Fernando Pessoa escreveu uma carta muito bonita, datada de 5 de Janeiro de 1914:

"Meu querido camarada

Há dias, num dos atalhos de uma conversa com Mário Beirão, soube que, já depois da perda de seu sobrinho, sofrera o meu querido Amigo a de seu cunhado. Talvez porque quase nunca leio jornais e porque vivo, sem necessidade de atenção a sensações exteriores, dedicado sem querer a presenciar-me apenas a mim-próprio, essa notícia só assim me chegou. Não sendo assim, já antes lhe haveria escrito para lhe manifestar o quanto a alta e quase religiosa simpatia, que me liga fraternalmente ao seu grande Espírito, faz com que me comova com a sua dor, redobrada agora. Eu creio que o meu Amigo tomará esta carta no sentido da sinceridade que ela tem e não olhará ao seu aspecto de condolência banal, que estas, por sinceras que sejam, inevitavelmente vestem. Os pêsames que esta carta lhe leva vem do mais alto que o social de mim.

Já que me encontro escrevendo-lhe, aproveito-o para lhe pedir desculpa de antes lhe não ter escrito, agradecendo a oferta de «O Doido e a Morte». Logo após receber este poema, comecei uma carta para si, em que cuidadosamente delineava, isto é, começava a delinear – o que para mim se afigurava ser, literáriamente, o valor da sua alma. Circunstâncias exteriores, mínimas salvo na sua repercussão em mim, deixaram-me, há mais que alguns meses, sempre sem acrescentar uma linha às poucas linhas que pensava. Adiei indefinidamente essa carta, que, ainda escrevi, e conto um dia poder terminar e expedir. Perdoe-me o que de indelicado e moroso resultou, perante a delicadeza da sua pronta oferta, do meu constante e desanimador desalento. Nenhuma culpa teve nessa demora o que de mim é consciente e superior a mim-próprio, e é com essa parte da minha alma que admiro e me enterneço com a sua obra. Não que eu julgue «O Doido e a Morte» uma das suas obras melhores. Mas tem, como tudo quanto o meu Amigo escreve, um sabor espiritual e Eterno. Naquelas figuras álgidas, onde o Mistério esfriou em Medalha, tendo de um lado a loucura e do outro a Morte, Deus é presente na sua nocturna forma de Pavor e Silêncio. A sombra de uma esfinge ao luar – eis o que é para mim esse poema. Bem sei que isto é pouco lúcido, mas o meu espírito bambo e desfiado e não suporta já o peso de um raciocínio ou de uma analogia. Digo-lhe tudo por imagens e metáforas, e estas são a moeda falsa da inteligência.

Tenho seguido com atenção o que o meu Amigo tem escrito. Há páginas das «Elegias» em que a Dor é quase divina. E há períodos do «Verbo Escuro» que são estatuetas do Mistério, encontradas em túmulos de réis que num impossível falaram talvez com Deus.

Releve-me que me aproveite de lhe estar escrevendo sobre outro e tão diverso assunto para enfim lhe agradecer «O Doido e a Morte», e lhe falar do que tem escrito. Se não lhe falasse disso agora, quem sabe quando lho diria? Passo a vida a adiar tudo – e para quando?

Ao menos ganho com isso o ser simbólico. O que é cada um de nós, na sua essência absoluta e divina, senão uma perfeição adiada para Deus?

Abraça-o comovidamente o seu sincero Amigo e eterno admirador.”


Fernando Pessoa, 5 de Janeiro de 1914» in Fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos

01/06/17

Música Pop/Rock - Aos 47 anos, Giles Martin, o músico, produtor e ator acaba de assinar uma nova remistura de um dos álbuns mais emblemáticos de sempre: Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band que, a propósito dos 50 anos da edição original, regressou recentemente às lojas, numa série de edições com várias novidades.



«“Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, faz hoje 50 anos. E a BLITZ esteve em Abbey Road

Nos míticos estúdios londrinos, Giles Martin, filho de George Martin e autor da nova remistura de Sgt Pepper's explicou como tentou perceber “a intenção” dos Beatles. A BLITZ esteve lá.

Cheio como um ovo, o estúdio 2 de Abbey Road afadigava-se, no passado mês de abril, para ouvir falar Giles Martin. Aos 47 anos, o músico, produtor e ator acaba de assinar uma nova remistura de um dos álbuns mais emblemáticos de sempre: Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band que, a propósito dos 50 anos da edição original, regressou recentemente às lojas, numa série de edições com várias novidades.

Perante uma plateia de jornalistas de todo o mundo, o filho de George Martin, que já deixou a sua marca em numerosas empreitadas relacionadas com os Beatles, puxou pela memória para contar histórias sumarentas relacionadas com os Fab Four, recorrendo ainda à mais moderna tecnologia para ilustrar as diferenças entre a versão que todos conhecem de "Lucy in the Sky with Diamonds" ou "Getting Better" e aquelas que, a partir de 26 de maio, poderemos escutar na reedição do álbum de 1967, disponível em quatro versões: 1 CD, 2 LP, deluxe (2 CD) ou super deluxe (4 CD + 1 DVD + 1 Blu-ray).

"Não consigo falar e mexer no laptop ao mesmo tempo", brincou o britânico, segundos antes de, frente ao seu Mac, começar a selecionar algumas das faixas em que trabalhou, com o fito de partilhar e, na medida do possível, explicar o som "mais luminoso" da reedição. "Hoje em dia, já não ouvimos álbuns", comentou a certa altura.

"Bem, talvez vocês, que estão aqui hoje, ainda ouçam, mas cada vez acontece menos. E o Sgt. Pepper's é um álbum que nos leva a tantos sítios em apenas 38 minutos, e que tem tanta inovação e ideias lá dentro", elogia. "O mais fascinante nos Beatles é que eram eles a criar os seus sons. O meu pai participava [no processo], mas quem estava no estúdio eram eles, com as suas ideias, a fazer barulho. Foi isso que quisemos mostrar com os extras [que incluem conversas em estúdio]: que, no fundo, isto é tudo muito simples. É só inovação e toque humano", resume o inglês, que claramente herdou a paixão do pai pelos heróis de Liverpool.

Ao longo desta missão, na qual garante ter usado sempre doses generosas de "cuidado, carinho e atenção", o produtor tentou "entender a intenção" de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr quando, em 1966, começaram a gravar Sgt. Pepper's neste mesmo estúdio - e a essa intenção inicial aplicou a tecnologia hoje disponível.

"Creio que este é o álbum em que os Beatles abraçaram pela primeira vez o estúdio, em que perceberam que o estúdio era o seu recreio", considera. Libertos das obrigações da estrada, que abandonaram em 1966, os quatro músicos - acompanhados pelo "membro honorário", George Martin - entraram em Abbey Road para canalizar as ideias mais díspares. "O meu pai, que faleceu no ano passado, sempre sentiu que este disco marcava o pináculo da sua colaboração com os Beatles", partilha. "O universo do grupo movia-se incrivelmente depressa. Eles viviam numa bolha e, ao mesmo tempo, num universo excitante que evoluía tão rapidamente! E o Sgt. Pepper's foi o corolário da colaboração entre os Beatles e o meu pai - ele funcionava como um funil gigantesco", exemplifica.


Os Beatles em 1967

"Eles tinham uma data de ideias ali às voltas, por andarem enfiados em digressão e serem uma banda pop. Depois, pegavam nas ideias e tornavam-nas mais esquisitas. [Com a ajuda do meu pai], lá conseguiram filtrar tudo e fazer um disco que se tornou o Sgt. Pepper's." Ainda que as novas misturas tornem o som mais 'amplo', a prioridade continua a ser a mesma: a canção. "Aqui, não há samples, truques ou espelhos", afiança. "Eram só rapazes, numa sala, a fazer barulho. Um barulho bom."

Na versão deluxe, os fãs encontrarão o disco remisturado por Giles Martin e um segundo disco com maquetes e versões alternativas, sequenciadas na mesma ordem que o alinhamento original. Na super deluxe, a esse disco juntam-se mais dois, com 33 maquetes e versões alternativas; um quarto disco com o álbum em mono (ou seja, a versão original) e misturas em mono, inéditas, de "She's Leaving Home", "A Day in the Life" e "Lucy in the Sky with Diamonds", bem como o documentário "The Making of Sgt. Pepper", estreado em 1997, e os filmes promocionais de "A Day in the Life", "Strawberry Fields Forever" e "Penny Lane". Quanto a estes dois temas históricos, editados como single antes da edição do álbum mas deixados de fora do mesmo, o seu áudio surge nos extras da versão deluxe. Giles Martin explica a decisão de não acrescentar as canções ao alinhamento original: "Também remisturámos 'Penny Lane' e 'Strawberry Fields Forever'; estão na caixa, mas nos extras. Pensámos muito se deviam ser incluídas no álbum, e até falei com o Paul sobre isso, mas porquê mudar o disco? E íamos pô-las onde, no lado A ou no lado B?"

Com um mínimo de intromissão no espírito das gravações, Martin quis preservar "o calor e o amor que transparecem" das fitas e honrar a confiança que a 'família' dos Beatles sempre depositou em si. "Não quisemos simplesmente aumentar o volume da bateria", diz, referindo-se ao trabalho que fez com Sam Okell. "O que tentei é que vocês ouçam o que eu ouço, quando peguei nas gravações, e que tem a ver com claridade, impacto e o que uma canção nos faz sentir", afirma, adiantando que teve por referência principal a versão mono. "A lenda diz que a banda se empenhou na mistura mono do álbum; a estéreo, com que muitos de nós crescemos, foi despachada em meia hora." À "Mojo", Paul McCartney confirma: "Nós não gostávamos do estéreo, éramos fanáticos pelo mono. Achávamos que estéreo queria dizer que o som seria duas vezes mais alto, por haver dois altifalantes!", confessa, admitindo que a versão estéreo do disco se encontrava algo datada. Igualmente à "Mojo", Martin admite que tentou "tornar o estéreo mais mono, se é que isso faz sentido. Pôr a voz mais ao centro. Torna o som mais direto e os Beatles são melhores quando são diretos".

De volta a Abbey Road, o nosso anfitrião sublinha que, embora este trabalho resulte "do amor" dos envolvidos "pelo disco e pela música", tentou ser "frio e calculista" na hora de tomar decisões. "Ao preparar os extras, ouvi a voz do meu pai [nas fitas]. É emocionante. E a minha mãe veio ter comigo, quando estávamos a fazer as remisturas 5.1 [incluídas na versão super deluxe] e ouviu a 'Lovely Rita'. Ela não sabia o que estávamos a fazer, mas disse: está muito melhor! Continuo a não gostar da canção, mas está muito melhor", contou entre risadas. "Mas não podemos deixar-nos levar pelas emoções - temos de pôr aquilo a soar bem e as canções têm de nos fazer sentir alguma coisa, senão é só perfeição hi fi. Aprendi isso há dez anos, quando [remisturei] 'I Am the Walrus' para [o projeto] 'Love', aqui no estúdio 3. Soava espetacular e pensei: somos génios! Então fui ouvir o original, que é escuro, claustrofóbico e fixe, enquanto o meu parece Steely Dan", troça.

"Não tem só a ver com [obter um] bom som, mas com fazer as pessoas sentir as coisas certas." Disponível em CD, LP e digital, a reedição daquele que McCartney considera ser o disco mais influente dos Beatles parece seguir um dos motes de Giles Martin. "Os Beatles não soam a velho, e os seus discos não devem soar velhos", diz, para justificar o lifting sonoro. "Hoje em dia usa-se muito a palavra 'imersivo', mas este é um disco em que se pode mesmo mergulhar."

Artigo publicado originalmente na revista E, do Expresso, a 21 de maio de 2017.» in http://blitz.sapo.pt/principal/update/2017-05-26-Sgt.--Peppers-Lonely-Hearts-Club-Band-dos-Beatles-faz-hoje-50-anos.-E-a-BLITZ-esteve-em-Abbey-Road


José Cid - "Ode to the Beatles"



Jimi Hendrix - "Sargent Peppers"



The Beatles - "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band"



The Beatles - "A day in the life"


The Beatles - "Lucy in the sky diamonds"


"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
The Beatles

It was twenty years ago today
Sergeant Pepper taught the band to play
They've been going in and out of style
But they're guaranteed to raise a smile
So may I introduce to you
The act you've known for all these years
Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band

We're Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band
We hope you will enjoy the show
Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band
Sit back and let the evening go
Sergeant Pepper's Lonely
Sergeant Pepper's Lonely
Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band

It's wonderful to be here
It's certainly a thrill
You're such a lovely audience
We'd like to take you home with us
We'd love to take you home

I don't really want to stop the show
But I thought you might like to know
That the singer's going to sing a song
And he wants you all to sing along
So let me introduce to you
The one and only Billy Shears
And Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band

Billy Shears!"

Mundo - A Rota 66 traz a lembrança de uma época distante nos Estados Unidos, quando as pessoas partiam por esta estrada em busca de aventuras e de uma vida melhor. Depois de cair no esquecimento, a Rota 66 está a viver um período de revitalização e continua a atrair turistas do mundo todo.



«ROTA 66, A "ESTRADA MÃE" DOS EUA, VOLTA À VIDA

A Rota 66 traz a lembrança de uma época distante nos Estados Unidos, quando as pessoas partiam por esta estrada em busca de aventuras e de uma vida melhor. Depois de cair no esquecimento, a Rota 66 está a viver um período de revitalização e continua a atrair turistas do mundo todo.

Uma estrada mítica que faz parte do nosso imaginário coletivo, construído pelos filmes e livros da cultura norte-americana.

Construída em 1926 e batizada de "estrada mãe" pelo escritor John Steinbeck, a estrada abarcava toda a essência das enormes dimensões do país: 4.000 km entre Chicago e Santa Monica, através de oito estados.

Mas depois de ser substituída, na década de 1980, por grandes autoestradas, a Route 66 parecia destinada a uma prateleira empoeirada da história, à medida em que iam sendo fechadas as lojas familiares, os motéis, os cafés e os postos de gasolina que faziam parte da vida da estrada.

"Povoados inteiros começaram a decair e o que tinha sido um carnaval de 2.400 milhas (4.000 km) tornou-se uma cidade fantasma de 2.400 milhas", disse o fundador e diretor-executivo da ONG National Historic Route 66 Federation, David Knudson.



Pelos caminhos da Route 66
créditos: Pixabay

Nos últimos anos, no entanto, a estrada icónica, que foi imortalizada em vários livros, canções, filmes e séries de televisão, está a passar por uma revitalização, impulsionada pela nostalgia que fascina turistas de todo o mundo.

"Os estrangeiros vêm percorrer a estrada porque esta dá a oportunidade de viver os Estados Unidos de antes de tornarmo-nos genéricos", explicou Michael Wallis, historiador e autor do livro "Route 66: The Mother Road".

Road trip

Numa velha estrada como essa, "você pode entrar num café, num restaurante barato, num lugar que vende tortas, num snack-bar e você não sabe o que vai encontrar", comentou o historiador. "Nada é previsível na Rota 66", disse Wallis.

A maioria dos grupos de turistas que passeiam pela velha estrada é de chineses e brasileiros, seguidos por europeus - todos em busca da "road trip" de uma vida.



Pelos caminhos da Route 66
créditos: Pixabay

Zsolt Nagy, um húngaro que se apaixonou pelo percurso há dez anos, organiza hoje tours a um custo de até US$ 8.000 (7,150 euros) por pessoa.

A idade dos clientes varia dos 20 aos 70 anos. Todos são "fascinados por esta rota e querem Mustangs conversíveis ou Harley Davidsons para vivê-la", revelou.

A cidade de Pontiac é um exemplo vivo dessa ressurreição. "A Rota 66 tem uma aura especial para o estrangeiro, porque representa a liberdade, a estrada aberta, o vento a soprar na echarpe em volta do pescoço e no cabelo", disse o autarca da cidade, Bob Russel, que conta com quatro museus, 27 grandes murais e é considerada uma das joias do trajeto.



Pelos caminhos da Route 66
créditos: Pixabay

Ao conduzir hoje pela estrada - 85% ainda pode ser transitada -, é possível ver os motéis remodelados com grandes anúncios em neon, museus e lojas de suvenirs extravagantes.

Mas também há conjuntos de casas abandonadas ou povoados fantasmas, que ilustram o romance "As vinhas da ira", de John Steinbeck, baseado na Grande Depressão dos anos 1930 e que conta a história de uma família que embarca numa viagem pela Rota 66, em fuga de Oklahoma para a Califórnia.

O lado escuro

E, enquanto para muitos a estrada pode evocar imagens de um país mais inocente, encapsuladas nas pinturas de Norman Rockwell, a Rota 66 guarda um lado mais sinistro.

Mais da metade dos 89 condados que a via atravessava eram conhecidos como "sundown towns" (cidades do pôr-do-sol), nas quais as pessoas negras eram proibidas de circular pelas ruas durante a noite.

"Todas essas narrativas americanas em torno do que significa fazer-se à estrada, à liberdade, e o simbolismo que vem com isso eram uma história dramaticamente diferente para os negros", apontou Candacy Taylor, uma escritora que encontrou "O livro verde para o motorista negro", quando estava a investigar para escrever um guia de viagem sobre a Rota 66.

O exemplar listava os lugares seguros para os negros nessa estrada e no resto do país. "Nunca voltei a ver a Rota 66 ou os Estados Unidos da mesma forma depois de saber deste livro", afirmou.

"Não é como se este guia fosse um esquema das atrocidades que podiam ocorrer na rota, é um documento engenhoso, inovador, revelador e útil, escrito por um carteiro", acrescentou Taylor.

Como exemplo, a escritora citou as Fantastic Caverns, uma atração turística popular em Springfield, no Missouri, onde o Ku Klux Klan se reunia e queimava cruzes.

Taylor trabalha num projeto para catalogar estes lugares terríficos, de modo a oferecer aos turistas não apenas a visão romântica, mas também uma mais real.

"É um ícone americano, assim como Marilyn Monroe ou Elvis", lembrou. "Mas a Rota 66 não é perfeita e brilhante. Há muitas falhas nessa metáfora, nessa ilusão do que os Estados Unidos são", completou.

Fonte: AFP» in http://viagens.sapo.pt/viajar/viajar-mundo/artigos/rota-66-a-estrada-mae-dos-eua-volta-a-vida


Route 66 - "The Rolling Stones" - (HQ)


"Route 66"- John Mayer - (with lyrics)


(Historic Route 66)


(Route 66 Documentary - Iconography of the American Highway)



"Route 66
Chuck Berry
  
Well if you ever plan to motor west
Just take my way that's the highway that's the best
Get your kicks on Route 66
Well it winds from Chicago to L.A.
More than 2000 miles all the way
Get your kicks on Route 66
Well it goes from St Louis, Joplin Missouri
Oklahoma city looks oh so pretty
You'll see Amarillo and Gallup, New Mexico
Flagstaff, Arizona don forget Winona
Kingsman, Barstaw, San Bernadino

Would you get hip to this kindly tip
And take that California trip
Get your kicks on Route 66
Well it goes from St. Louis, Joplin Missouri
Oklahoma city looks oh so pretty
You'll see Amarillo and Gallup, New Mexico
Flagstaff, Arizona don't forget Winona
Kingsman, Barstaw, San Bernadino

Would you get hip to this kindly tip
And go take that California trip
Get your kick on Route 66
Get your kick on Route 66?"

31/05/17

F.C. do Porto Andebol: F.C. do Porto 33 vs Águas Santas 19 - O FC Porto cumpriu a missão de vencer o Águas Santas, mas não foi suficiente para chegar ao primeiro lugar, uma vez que o Sporting também ganhou e sagrou-se campeão nacional na última jornada da fase final do Andebol 1.



«VITÓRIA SOBRE O ÁGUAS SANTAS NÃO BASTOU PARA CONFIRMAR O TÍTULO

FC Porto venceu por 33-19 na última jornada da Fase Final do Andebol 1.

O FC Porto cumpriu a missão de vencer o Águas Santas (33-19), mas não foi suficiente para chegar ao primeiro lugar, uma vez que o Sporting também ganhou e sagrou-se campeão nacional na última jornada da fase final do Andebol 1. O campeonato, porém, não será homologado até que o Conselho de Justiça da Federação de Andebol de Portugal se pronuncie sobre o recurso apresentado pelos azuis e brancos da decisão de indeferir o protesto apresentado relativamente ao jogo com o Benfica.

Caso esse clássico, disputado 20 de maio​, no Pavilhão da Luz, venha a ser repetido, como o FC Porto reclama, bastará um empate à equipa de Ricardo Costa para igualar os leões no primeiro lugar e assim garantir o título, uma vez que tem vantagem no confronto direto. No sexto e último lugar deste Grupo A ficou o Águas Santas que, pela quarta vez esta temporada, não resistiu ao poderio dos portistas.

Esta quarta-feira, no Dragão Caixa, cedo mostrou as dificuldades por que foi passando ao longo do jogo: precisou de dez minutos para marcar o primeiro golo.Os maiatos revelaram sempre muitas dificuldades em ultrapassar uma equipa que montou a sua tradicional defesa de betão e contou com dois guarda-redes num inspirado fim de tarde. Na primeira parte começou por brilhar Hugo Laurentino que, com um punhado de boas intervenções (uma delas num livre de sete metros), apenas permitiu aos maiatos nove remates certeiros contra 19 dos portistas, que não puderam contar com António Areia, a recuperar de lesão. Na segunda Alfredo Quintana não quis ficar atrás e também rubricou uma boa exibição, sofrendo apenas mais um do que o colega de posição.

O jogo foi de domínio absoluto do FC Porto na defesa e no ataque: à exceção de Spelic, todos os jogadores de campo marcaram, devendo destacar-se os sete golos de Yoel Morales, o melhor marcador da partida. Foi essa a vantagem com que os Dragões levaram para o intervalo e que foram ampliando a seu bel-prazer e com naturalidade ao longo do segundo tempo, até atingir no final uma diferença de 14 no marcador. Assim ficou sentenciada a vitória mais robusta dos Dragões sobre o Águas Santas em 2016/17.

As atenções voltam-se agora para a Taça de Portugal: às 18h00 do próximo sábado, no Multiusos de Fafe, os Dragões enfrentam o ABC para discutir um lugar na final de domingo.

FICHA DE JOGO

FC PORTO-ÁGUAS SANTAS, 33-19
Andebol 1, Fase Final, Grupo A, 10.ª jornada
31 de maio de 201
Dragão Caixa

Árbitros: Eurico Nicolau e Ivan Caçador (Aveiro)

FC PORTO: Hugo Laurentino (g.r.), Leandro Semedo (2), Yoel Morales (7), Rui Silva (3), Ricardo Moreira (1), Alexis Borges (1) e Marko Matic (4)
Jogaram ainda: Alfredo Quintana (g.r.), Victor Iturriza (2), Gustavo Rodrigues (2), Daymaro Salina (3), Miguel Martins (1), José Carrillo (1), Hugo Santos (2) e Miguel Alves (3)
Treinador: Ricardo Costa

ÁGUAS SANTAS: António Campos (g.r.); Elias António (5), Pedro Cruz (5), Luís Frade (3), André Rei (1) e Nuno Rebelo (1)
Jogaram ainda: Pedro Pacheco (g.r.), Gustavo Carneiro, Juan Couto, Mário Oliveira, Nuno Carvalhais (1), José Barbosa, Gonçalo Vieira (2), Pedro Sousa, Tiago Pereira e Luís Frade (3)< br/>Treinador: Paulo Faria

Ao intervalo: 16-9» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/fcp-aguas-santas-andebol1-j10-310517.aspx

Arte Literatura - O livro de Pedro Prostes da Fonseca conta a história da “banqueira do povo” que oferecia juros de 10%, gostava de champanhe, tinha passe da Carris, foi condenada a 10 anos de prisão e morreu, sozinha, num lar.



«Dona Branca, a banqueira que era um 'doce' perto de alguns casos do século XXI

O livro de Pedro Prostes da Fonseca conta a história da “banqueira do povo” que oferecia juros de 10%, gostava de champanhe, tinha passe da Carris, foi condenada a 10 anos de prisão e morreu, sozinha, num lar.

“Ganhara certos hábitos de rica – não prescindia de champanhe francês, muitas vezes logo de manhã –, mas ao mesmo tempo continuava-lhe colada a origem social: tinha passe da Carris e mandava consertar o calçado ao sapateiro”, descreve o jornalista Pedro Prostes em “Dona Branca – A Verdadeira História da Banqueira do Povo” (Dream Editora), nas livrarias a partir de 01 de junho.

A mulher que deu milhares de escudos a ganhar a milhares de pessoas ao longo de anos, numa atividade que, na altura, levantava dúvidas de legalidade, com juros seis vezes mais altos do que os praticados pelos bancos, foi condenada aos 78 anos pelo crime de burla agravada e pela emissão de 31 cheques sem cobertura. Deixou centenas de lesados.

Além de revolver o processo legal do primeiro escândalo financeiro da democracia portuguesa, o jornalista (ex-Lusa, ex-24 Horas e ex-Sol) conta a vida de Branca dos Santos, nascida em 1911. Não sabia ler, apenas sabia assinar o nome, mas tinha muito jeito para os números.

Ao longo de 228 páginas, o jornalista, autor do livro “A Porta da Liberdade”, sobre a fuga de Álvaro Cunhal de Peniche, conta agora como começou, na década de 40 do século passado, o negócio de emprestar dinheiro, a começar pelas peixeiras.

O negócio de Dona Branca

O início do negócio está associado às varinas na zona do Intendente, em Lisboa, nesses anos da década de 40.

“Guardava o dinheiro da venda das varinas, recebendo no final dos dias uma pequena compensação. Com o tempo, acumulou o suficiente para emprestar, com juros, às varinas para irem à lota comprar peixe, copiando o negócio da Nazaré”, descreve o autor.

A vida corre-lhe bem e recebe uma herança, permitindo-lhe ter mais dinheiro, e o negócio de "banqueira" vai crescendo.

“Branca pagava juros a 8% ao mês (só subiria para os 10% muito mais tarde) a quem depositava e concedia empréstimos a 12% e 15%”, descreve o autor.

Cresceu tanto que nos anos 70 e 80, no meio de mais uma crise - quando os sindicalistas se manifestavam com bandeiras pretas da fome no distrito de Setúbal – os juros subiram aos 10% e o negócio floresceu.

O êxito foi tal que acabou por ditar o seu fim. Com muitos milhares “depositados”, uma atividade que levantava dúvidas ao fisco e ao Governo, e as notícias de primeira página nos jornais, a “banqueira” acabaria por ser detida, a 08 de outubro de 1984.

A descoberta dos crimes

A sentença, num processo atribulado, aconteceu em 1990 e D. Branca foi condenada a 10 anos. Já não voltou à prisão, dado que tinha sido libertada em agosto de 1988 e nessa altura estava internada numa clínica.

O processo, de Maria Branca dos Santos e mais 68 arguidos, começou a ser julgado em 1988, por crimes de associação criminosa, burla agravada e emissão de cheques sem cobertura.

O ex-ministro da Justiça Rui Machete revelou que a estratégia do Governo para acabar com o caso D. Branca, em 1984, foi pôr o ministro das Finanças Ernâni Lopes a lançar um “sentimento de incerteza” no negócio.

Ernâni Lopes, então ministro das Finanças no Governo PS-PSD liderado por Mário Soares, “no princípio estava mais inclinado para um caminho mais formal, através dos trâmites da Justiça”, mas “acabou por ceder” e “fez uma declaração pública, chamando a atenção que se tratava de uma atividade ilegal e sobretudo que tinha um risco”, contou Machete a Pedro Prostes, autor de outros livros como “O Assassino de Catarina Eufémia”.

Branca dos Santos tinha começado a trabalhar no negócio há muitos anos, ainda na década de 1940, e tinha já muitos clientes quando o semanário Tal&Qual noticiou, em 1983, que a D. Branca era “um autêntico banco” e que “o cacau” estava tão seguro “nas mãos desta mulher de cabelos brancos, como nos cofres da mais sólida instituição de crédito”.

Entre os amigos da “banqueira”, contavam-se “políticos, magistrados, artistas e figuras da televisão como Ribeirinho, Henrique Santana ou Camilo de Oliveira”.

Para escrever este livro, Pedro Prostes da Fonseca consultou o processo judicial que acabou com a condenação de D. Branca a 10 anos de prisão, dois anos antes de morrer, e falou com parte das pessoas que colaboraram com a “banqueira do povo”.

Na obra, faz-se a história das amizades, de familiares que estiveram ao lado de D. Branca, de como o negócio existia desde os anos de 1949, as tentativas de última hora, já após revelado o caso nos jornais, de vender apartamentos para pagar juros e devolver dinheiro “depositado” ou ainda a falsificação de recibos, uma das justificações dadas pela “banqueira” para a sua falência.

Conta-se no livro que meses depois de o negócio ter rebentado a Polícia Judiciária encontrou papéis a comprovar que, em apenas quatro dias, de 13 a 17 de junho de 1984, tinham sido passados recibos de depósitos no valor de 1,4 milhões de contos, cerca de 33 milhões de euros a valores de hoje.

E de como muitos dos lesados não apresentaram queixa e a própria “banqueira” se coibiu de dizer nomes de clientes do seu negócio.

Um paralelo com os casos bancários atuais

Nas notas finais, Pedro Prostes da Fonseca faz um paralelo, que “poderá, à primeira vista, parecer descabido”, com os casos que envolveram vários bancos nos últimos anos.

“Se [a comparação] for feita a partir dos danos causados ao Estado, a posição de D. Branca em relação a João Rendeiro (BPP), Oliveira e Costa (BPN) ou Ricardo Salgado (BES) é insignificante; se for pelos prejuízos causados aos depositantes, fica também muito aquém daqueles tubarões; se for pela rapidez da sua prisão, destaca-se no primeiro lugar”, afirma.

Além do mais, destes casos conclui-se que "D. Branca era um 'doce' – como foi batizada pelo Charlie Hebdo – perto dos banqueiros que destruíram uma boa parte do sistema financeiro no século XXI".

O fim 

Branca dos Santos morreu aos 80 anos, em 1992, dois anos depois de ter sido condenada, num lar, em Lisboa, onde eram poucos os que a visitavam. Como poucos foram os que assistiram ao seu funeral, cinco pessoas.

“Num chocante contraste com a multidão que a rodeou no tempo em que era uma ‘banqueira’ de sucesso”, descreve o autor.

Quase até ao fim da vida, esteve consciente, ao contrário do que invocou o seu advogado para justificar a sua ausência do julgamento.

Nos últimos meses de vida, nunca saiu à rua. Tinha poucas visitas. À porta da clínica chegaram a passar pessoas a gritar “Ladra! Ladra!”

Afinal, houve um grande número de lesados que não receberam juros e muito menos recuperaram o dinheiro “depositado”.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/dona-branca-a-banqueira-que-era-um-doce-perto-de-alguns-casos-do-seculo-xxi


Falar de Ivone Silva ("Dona Branca" e "Vestido preto")

Amarante Parque Aquático - Esta quinta-feira reabre ao público o Parque Aquático de Amarante, para uma nova temporada, que vai até ao próximo dia 17 de Setembro.



«Parque Aquático de Amarante reabre

Esta quinta-feira reabre ao público o Parque Aquático de Amarante, para uma nova temporada, que vai até ao próximo dia 17 de Setembro.

O ‘FastMountain’ é uma das grandes atracções do circuito de pistas, escorregas e piscinas do maior parque aquático de montanha da Península Ibérica. Com 180 metros de comprimento e 22 metros de altura, este escorrega aquático tubular é um dos maiores da Europa. Sendo um verdadeiro desafio para os fãs das estruturas em altura, este escorrega apresenta um percurso sinuoso, pelo qual se desliza através de boias insufláveis, vencendo-se de forma espetacular os desníveis da encosta.

Para além do ‘FastMountain’ o Parque Aquático de Amarante conta ainda com seis pistas múltiplas, quatro pistas rápidas, um caracol, dois tobogans e, para os mais pequenos, dois parques aquáticos infantis. No total são 36 mil metros quadradosde circuitos de pistas, escorregas e piscinas, que todos os anos levam milhares de famílias e grupos, nacionais e não só, a não dispensar uma visita ao espaço durante os meses de Verão.

Integrado no RTA Tâmega Clube, o Parque Aquático de Amarante tem ainda serviços de bar e snack-bar com esplanada para refeições ligeiras.» in http://www.turisver.com/parque-aquatico-amarante-reabre/


(Amarante, Parque Aquático HD)


(Parque aquático Amarante - Portugal)


(Parque Aquático da Amarante - PORTUGAL)

Amarante Fotografia - Exposição "O prazer de fotografar" de Eduardo Teixeira Pinto no Museu Municipal de Vouzela de 2 a 28 de junho.



«Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto

Exposição "O prazer de fotografar" de Eduardo Teixeira Pinto no Museu Municipal de Vouzela de 2 a 28 de junho.» in https://www.facebook.com/eduardoteixeirapinto/photos/a.341794845972540.1073741832.330393387112686/832576980227655/?type=3&theater


(EDUARDO PINTO EXPOSIÇÃO PRAZER DE FOTOGRAFAR VIANA DO CASTELO)

30/05/17

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Bruno Costa assinou o segundo golo da vitória por 3-1 de Portugal sobre a Coreia do Sul no jogo dos quartos de final do Mundial Sub-20 disputado ao início da tarde desta terça-feira.



«BRUNO COSTA MARCOU NA VITÓRIA DE PORTUGAL NO MUNDIAL SUB-20

Médio do FC Porto B foi um dos melhores no jogo em que a seleção derrotou a congénere da Coreia do Sul (3-1).

Bruno Costa assinou o segundo golo da vitória por 3-1 de Portugal sobre a Coreia do Sul no jogo dos quartos de final do Mundial Sub-20 disputado ao início da tarde desta terça-feira. Foi aos 27 minutos que Xande Silva colocou a bola à entrada da área onde apareceu o médio do FC Porto para atirar forte para o fundo da baliza contrária.

Na segunda parte Bruno Costa poderia ter voltado a festejar, mas o guarda-redes coreano negou-lhe o bis por duas vezes. O médio que cumpriu grande parte da sua formação no FC Porto foi titular ao lado dos outros três jogadores azuis e brancos convocados para a competição: o guarda-redes Diogo Costa e os defesas Jorge Fernandes e Diogo Dalot.

Os outros dois golos de Portugal foram apontados por Bruno Xadas (10m e 69m), tendo os asiáticos fixado o resultado final por intermédio de Lee Sangheon (81m).

A equipa das quinas vai defrontar nos quartos de final o vencedor do Uruguai-Arábia Saudita, num jogo agendado para domingo, às 10h00 de Portugal Continental, em Daejeon.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/golo-bruno-costa-mundial-sub-20-300517.aspx

História Paleontologia - O material genético de múmias egípcias com centenas de anos foi recolhido e analisado pela primeira vez por uma equipa internacional de cientistas que estudam a evolução genética das populações



«ADN de múmias que viveram em 1400 A.C foi analisado pela primeira vez

O material genético de múmias egípcias com centenas de anos foi recolhido e analisado pela primeira vez por uma equipa internacional de cientistas que estudam a evolução genética das populações.

Os investigadores estudaram ao todo 90 múmias de pessoas que viveram entre 1400 A.C. e o ano 400, usando-as como fontes de material genético, apesar das dúvidas iniciais sobre se seriam utilizáveis.

Para a recolha, começaram com 151 indivíduos mumificados de Abusir el-Meleq, ao longo do Nilo, de duas coleções antropológicas preservadas na Alemanha.

Os estudos genéticos de múmias do Antigo Egito são raros porque os métodos de preservação das múmias contaminam e, por vezes, degradam o ADN.

Nesta investigação, extraiu-se ADN nuclear e provou-se que pode ser analisado, um progresso revolucionário que abre a possibilidade de se estudarem restos mumificados.

Descobriu-se que os antigos egípcios eram mais parecidos geneticamente com as populações do Levante, no Mediterrâneo oriental e com os neolíticos da Península da Anatólia, na Turquia e da Europa.

Em comparação com a composição genética dos egípcios modernos, descobriu-se que nos últimos 1.500 anos aumentou a concentração de genes das populações da África subsaariana, o que poderá explicar-se pelo aumento de mobilidade ao longo do Nilo, seja pelas trocas comerciais, seja pelo trânsito de escravos.» in http://24.sapo.pt/vida/artigos/adn-de-mumias-que-viveram-em-1400-a-c-foi-analisado-pela-primeira-vez

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(No Deserto do Saara)


(As Grandes Maravilhas do Mundo: "O Deserto de Saara")


Viajando aos Extremos - Mali: Deserto do Saara - (TV Escola)