Uma teoria da conspiração, defendida pelo historiador alemão Heribert Illig, argumenta que quase três séculos de História podem ter sido inventados.
Uma teoria conhecida como a “hipótese do tempo-fantasma” divide céticos e crentes. Esta hipótese postula que uma parte significativa da história da Humanidade, desde 614 d.C. até 911 d.C., pode não passar de uma elaborada invenção. Será possível que estejamos a viver no ano de 1726 e não em 2023, como pensamos?
A premissa é que quase três séculos de história, incluindo acontecimentos, governantes e desenvolvimentos, podem ter sido inventados ou manipulados por um grupo poderoso durante a Idade Média. De acordo com os proponentes, indivíduos como o Sacro Imperador Romano Otão III desempenharam um papel fundamental na orquestração deste grande logro.
No centro desta teoria controversa, defendida pelo historiador alemão Heribert Illig, estão vários princípios fundamentais. Uma das figuras mais emblemáticas da história europeia, Carlos Magno, que governou durante os séculos VIII e IX, é posta em causa. Os defensores da hipótese do tempo-fantasma sugerem que a sua existência pode ter sido total ou parcialmente fabricada.
Esta conspiração alega que documentos históricos críticos, incluindo registos papais e moedas, foram forjados ou adulterados para criar a ilusão de uma linha temporal histórica diferente. A teoria baseia-se na afirmação de que o calendário gregoriano, introduzido pelo Papa Gregório XIII em 1582, foi manipulado para fabricar três séculos. Este ajustamento do calendário significaria que não estamos no ano 2023, mas sim no ano 1726.
A ideia é que o calendário tenha sido manipulado para transportá-los para o ano especial de 1000 d.C., e para reescrever a História para legitimar a reivindicação de Otão ao Sacro Império Romano.
No entanto, é essencial notar que a teoria é olhada de lado por muitos. Um vasto conjunto de provas históricas de diversas culturas e fontes apoia a linha temporal tradicional. Isto inclui registos escritos, descobertas arqueológicas e observações astronómicas que se alinham com a cronologia comummente aceite.
Os críticos identificaram numerosas inconsistências e erros nos cálculos e pressupostos da teoria da conspiração. As manipulações propostas dos registos históricos exigiriam um nível de coordenação sem precedentes em diferentes regiões e épocas. A reivindicação da teoria de uma linha temporal fabricada levanta questões sobre como as sociedades mantiveram a continuidade linguística, cultural e tecnológica ao longo deste alegado período fantasma.
Embora esta hipótese possa despertar a curiosidade das pessoas, continua a ser uma teoria marginal sem provas significativamente sólidas. O consenso esmagador entre historiadores, arqueólogos e académicos é que a cronologia tradicional é exata.
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