27/11/18

Zoologia - As térmitas 'Syntermes dirus' medem apenas um centímetro, mas durante quase quatro milénios criaram no Brasil uma rede subterrânea de túneis, cujas escavações deixaram 200 milhões de montes de terra numa superfície do tamanho da Grã-Bretanha.



«Construtoras por excelência da "Mãe Natureza", as térmitas criaram no Brasil uma cidade subterrânea do tamanho da Grã-Bretanha

As térmitas 'Syntermes dirus' medem apenas um centímetro, mas durante quase quatro milénios criaram no Brasil uma rede subterrânea de túneis, cujas escavações deixaram 200 milhões de montes de terra numa superfície do tamanho da Grã-Bretanha.

"É o maior exemplo conhecido de bioengenharia e construção na superfície da terra por uma só espécie (para além do ser humano), e tudo feito por um inseto de mais ou menos um centímetro de comprimento", explica à AFP Roy Funch, biólogo americano naturalizado brasileiro.

Toda esta obra de engenharia animal estende-se numa superfície de 230.000 km2, no nordeste do Brasil. Funch e outros três investigadores (dois americanos e um britânico) publicaram a sua descoberta na semana passada na revista científica Current Biology.

Eles detalham no artigo que a área escavada por estes insetos para criar uma estrutura como essa equivale a "4.000 pirâmides de Gizé", no Egito, também elas milenares.

Os habitantes do lugar conhecem desde sempre como "murundus" estes montes de 2,5 metros de altura e nove metros de diâmetro, cobertos pela vegetação da 'caatinga', o bioma semiárido do nordeste brasileiro.

Mas a desflorestação por ação humana deixou mais visíveis os termiteiros, e o uso de imagens de satélite permitiu concluir a área que cobrem. Mais de 90% pertence ao estado da Bahia. "Ficou então clara a sua extensão, e a importância científica do fenómeno", acrescenta Funch.

As imagens divulgadas no estudo mostram vastas extensões de terra pontilhada por estes montes cónicos, praticamente idênticos e com uma distribuição regular, separados por cerca de 20 metros uns dos outros.

O desenho da cidade

Para determinar a antiguidade da obra, os cientistas recolheram amostras do solo de onze montes e verificaram qual foi a última vez que estiveram expostas ao sol. A amostra mais antiga tinha 3.820 anos. Estas idades são comparáveis às das térmitas mais antigas do mundo, na África, diz a publicação.

Agora que foi determinado que estes termiteiros são parte de uma grande "cidade" subterrânea, a ideia dos cientistas é continuar a investigar a sua distribuição e funcionamento. Sabe-se, por exemplo, que os termiteiros têm um túnel vertical que conecta os canais subterrâneos com a superfície.

Os montes de terra que ficam na superfície são simplesmente a terra removida pelas térmitas para realizar a sua obra. "Os montes aparentemente não têm a função de abrigar os ninhos das térmitas. Servem somente como lugares de 'despejo' do material retirado dos túneis que estes animais cavam, continuamente, debaixo do chão", explica Funch.

Sabe-se também que estas estruturas subterrâneas servem para esses insetos se protegerem do "meio inóspito (e perigoso) da superfície". Segundo o estudo publicado, os túneis nunca ficam abertos ao meio ambiente exterior, de modo que não se trata de um sistema de ventilação, mas de uma via de comunicação.

À noite, quando há comida disponível, grupos de 10 a 50 'trabalhadores' e 'soldados' emergem dos montes através de tubos temporários de oito milímetros de diâmetro, escavados a partir de baixo. Depois de usados, os túneis temporários fecham-se hermeticamente.

"Não temos ideia da arquitetura das 'cidades' dos insetos. Devem ter um salão da rainha, 'berçários', espaços para guardar comida, etc., e muitos túneis a conectar tudo, mas é tudo ainda desconhecido para a ciência", acrescenta o biólogo.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/construtoras-por-excelencia-da-mae-natureza-as-termitas-construiram-uma-cidade-subterranea-do-tamanho-da-gra-bretanha


Vast 4,000-Year-Old Spatial Pattern of Termite Mounds/Curr. Biol., Nov. 19, 2018 - (Vol. 28, Issue 22)

26/11/18

Amarante Criminalidade - Acabou por voltar sempre para a habitação da progenitora, em Louredo, Amarante, repetindo-se o terror para a octogenária.



«Ex-preso espanca a mãe de 87 anos em Amarante Cumpriu pena por bater na vítima.

Voltou às agressões mal saiu.

Um homem de 48 anos foi detido, na quarta-feira, por agredir de forma recorrente a própria mãe, de 87 anos. 

O suspeito já havia sido condenado em dois processos por crimes idênticos contra a idosa, em 2013 e 2014. 

Acabou por voltar sempre para a habitação da progenitora, em Louredo, Amarante, repetindo-se o terror para a octogenária. Em maio de 2017, assim que terminou de cumprir pena de prisão, passou a residir, novamente, na casa da vítima. 

Foi detido, na quarta-feira, por militares do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) da GNR de Penafiel, após novos episódios de violência física e psicológica. O homem, alcoólico, foi levado ao Tribunal de Marco de Canaveses e ficou proibido de frequentar a habitação da mãe, bem como de contactar a idosa por qualquer meio que seja. 

O primeiro processo judicial remonta a 2013. O operário da construção civil foi, então, condenado a pena suspensa de dois anos de prisão. Segundo o 1º Sargento Diogo, chefe do NIAVE, a idosa era, na altura, protegida por um outro filho, mais novo, que tentava travar o irmão. 

Um ano depois, o agressor viria a ser novamente condenado, mas a três anos de pena efetiva, que cumpriu. Ao ver o irmão preso e a mãe protegida, o filho mais novo emigrou para França. Só que, assim que saiu em liberdade, em maio de 2017, o agora detido - que criou alarme social na vizinhança - voltou a residir na casa da mãe e aos episódios de violência psicológica e física - era recorrente a vítima apresentar hematomas no corpo.» in https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/ex-preso-espanca-a-mae-de-87-anos-em-amarante

Ambiente e Ecologia - Já se sabia que vários rios e lagos da Europa têm vestígios detetáveis de drogas, como cocaína, anfetaminas e ecstasy, que chegam à água depois de passar pelos sistemas de tratamento de águas residuais, mas faltavam conclusões sobre o seu impacto.



«Cocaína que vai parar aos rios está a deixar as enguias europeias "hiperativas"

As já ameaçadas enguias correm agora sérios riscos de extinção e a culpa é da cocaína.

Já se sabia que vários rios e lagos da Europa têm vestígios detetáveis de drogas, como cocaína, anfetaminas e ecstasy, que chegam à água depois de passar pelos sistemas de tratamento de águas residuais, mas faltavam conclusões sobre o seu impacto. Agora, um grupo de biólogos da Universidade de Nápoles Federico II debruçou-se sobre os efeitos da cocaína nas enguias e concluiu que a droga ameaça mesmo a sua sobrevivência.

Os investigadores mantiveram enguias europeias em água com uma quantidade de cocaína equivalente à encontrada nos rios, durante 50 dias e descobriram que estas pareciam hiperativas quando comparado com enguias colocadas em água sem a droga. A cocaína acumulou-se no cérebro, músculos, guelras, pele e outros tecidos dos animais expostos, lê-se no estudo, publicado no Science of the Total Environment, com os autores a alertarem que as lesões graves encontradas no músculo esquelético das enguias, incluindo colapso e inchaço, não sararam nem mesmo 10 dias depois de terem sido retiradas da água contaminada.

"Este estudo mostra que mesmo concentrações ambientais baixas de cocaína provocam danos graves na morfologia e fisiologia do músculo esquelético da enguia prateada", referem os investigadores.

Anna Capaldo, a bióloga que liderou o estudo, explica ainda que os níveis aumentados de dopamina provocados pela droga podem impedir as enguias de atingir a maturidade sexual, comprometendo a reprodução.

Em 2015, uma análise do Centro Europeu para a Monitorização de Drogas e da Toxicodependência concluiu que Londres tem a concentração mais elevada de cocaína nos esgotos.» in http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/2018-11-26-Cocaina-que-vai-parar-aos-rios-esta-a-deixar-as-enguias-europeias-hiperativas 

F.C. do Porto Boxe - Pedro “Golden-Boy” Ribeiro, atleta da secção de Boxe do FC Porto, sagrou-se Campeão Nacional de Seniores Consagrados na categoria de 64 kg, vencendo a final realizada na tarde deste domingo na Arena de Matosinhos.



«BOXE: PEDRO RIBEIRO SAGRA-SE CAMPEÃO NACIONAL
25 DE NOVEMBRO DE 2018 21:17

Atleta da secção de Boxe do FC Porto venceu na categoria de 64 kg.

Pedro “Golden-Boy” Ribeiro, atleta da secção de Boxe do FC Porto, sagrou-se Campeão Nacional de Seniores Consagrados na categoria de 64 kg, vencendo a final realizada na tarde deste domingo na Arena de Matosinhos.

Nancy Moreira (64kg) e Eva Branco (69kg), sem opositoras nas finais, venceram as respetivas categorias da classe feminina. O FC Porto ficou no 3.º lugar da classificação por equipas no Campeonato Nacional de Seniores Consagrados, realizado durante o fim de semana em Matosinhos.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181125-pt-boxe-pedro-ribeiro-sagra-se-campeao-nacional

F.C. do Porto Andebol: F.C. do Porto Sofarma 34 vs Magdeburgo 27 - Exibição tremenda do FC Porto Sofarma, que bateu o Magdeburgo (34-27) e segue para fase de grupos da Taça EHF.



«AZUL INTENSO E BRILHANTE
25 DE NOVEMBRO DE 2018 19:39

Exibição tremenda do FC Porto Sofarma, que bateu o Magdeburgo (34-27) e segue para fase de grupos da Taça EHF.

O FC Porto Sofarma está na fase de grupos da Taça EHF depois de receber e bater este domingo o Magdeburgo (34-27), no Dragão Caixa, na 2.ª mão da 3.ª ronda de qualificação. Na 1.ª mão, disputada na Alemanha, o Magdeburgo tinha vencido por 26-23, mas a equipa comandada por Magnus Andersson deu a volta à eliminatória num Dragão Caixa cheio e efervescente.

Mesmo tendo pela frente uma das melhores equipas do Mundo, atual segunda classificada da Bundesliga, o FC Porto não se atemorizou e protagonizou uma performance fantástica nos primeiros 30 minutos, construindo uma vantagem que, ao intervalo, colocava os Dragões na fase de grupos da Taça EHF (18-12). A grande atitude portista fez toda a diferença na etapa inicial.

A primeira parte do FC Porto foi mesmo muito boa, mas a segunda conseguiu ser ainda melhor, à exceção dos últimos dez minutos. Alfredo Quintana e Thomas Bauer foram autênticos gigantes na baliza dos Dragões e contagiaram o resto da equipa, que esteve intratável nos dois lados do campo. O triunfo, por 34-27, não deixa margem para qualquer dúvida, e este FC Porto tinha de estar na fase de grupos da Taça EHF.

“Defrontámos uma das melhores equipas do Mundo, mas jogámos um andebol fantástico, com uma grande defesa. Só assim se pode bater uma equipa desta qualidade. Ainda não acredito que conseguimos vencer o Magdeburgo, mas estou muito orgulhoso dos meus jogadores e da forma como lutaram por esta vitória. A atmosfera do Dragão Caixa é muito especial e nem em todo o tempo em que estive na Alemanha vi coisas assim. Espero que voltem a encher o Dragão Caixa no próximo jogo, que é mais um que queremos ganhar”, afirmou o treinador Magnus Andersson, no final da partida, em declarações ao Porto Canal.

Os azuis e brancos voltam a entrar em campo no dia 1 de dezembro (sábado), no Dragão Caixa, frente ao Benfica. O clássico, da 12.ª jornada da 1.ª fase do Andebol 1, inicia-se às 18h00 e tem transmissão em direto no Porto Canal.

FICHA DE JOGO

FC PORTO SOFARMA-MAGDEBURGO, 34-27
Taça EHF, 3.ª ronda de qualificação, 2.ª mão
25 de novembro de 2018
Dragão Caixa

Árbitros: Rickard Canbro e Jasmin Kliko (Suécia)

FC PORTO SOFARMA: Alfredo Quintana e Thomas Bauer (g.r.); Víctor Iturriza, Leandro Semedo, Yoan Balázquez, Miguel Martins, Djibril M´Bengue, Ángel Hernández, Rui Silva, Daymaro Salina, Leonel Fernandes, Alexis Borges, Diogo Branquinho, António Areia, André Gomes e Fábio Magalhães
Treinador: Magnus Andersson

MAGDEBURGO: Jannick Green Krejberg e Dario Quenstedt (g.r.); Zeljko Musa, Matthias Musche, Justus Kluge, Daniel Pettersson, Juan Morales, Ignacio Jiménez, Carlos Cosano, Mads Christiansen, Albin Lagergren, Christian O´Sullivan, Marko Bezjak, Robert Weber, Michael Damgaard e Luka Baumgart
Treinador: Bennet Wiegert

Ao intervalo: 18-12» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181125-pt-azul-intenso-e-brilhante


Andebol: FC Porto-Madgeburgo, 34-27 - (Taça EHF, 3.ª ronda de qualificação, 2.ª mão, 25/11/18)

25/11/18

F.C. do Porto Sub 15 Futebol: F.C. do Porto 5 vs Famalicão 0 - Dragões bateram o Famalicão, no Olival, na jornada inaugural da 2.ª fase do Nacional de Juniores C.



«SUB-15 ENTRAM A GOLEAR NA 2.ª FASE DO CAMPEONATO
25 DE NOVEMBRO DE 2018 12:42

Dragões bateram o Famalicão (5-0), no Olival, na jornada inaugural da 2.ª fase do Nacional de Juniores C.

A equipa de Sub-15 do FC Porto recebeu e bateu este domingo o Famalicão (5-0), no Olival, em jogo da 1.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores C. José Macedo (3m e 44m), Vítor Magalhães (51m), Joel Carvalho (53m) e Umaro Candé (58m) foram os marcadores de serviço nos Dragões, que já seguem no topo da tabela da série Norte.

Os Sub-15 portistas, comandados por Sérgio Ferreira, alinharam com Daniel Gomes, Gonçalo Esteves (Hélder Silva, 54m), Gabriel Brás, António Ribeiro, Marco Cruz, Jorge Meireles (Ismael Jacinto, ao intervalo), Francisco Guedes, Frederico Reis (Vítor Magalhães, ao intervalo), Umaro Candé (Euri Carvalho, 61m), José Macedo e Joel Carvalho.

Na próxima ronda, a 2.ª, o FC Porto desloca-se ao terreno do Desportivo de Chaves (2 de dezembro, 11h00).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181125-pt-sub-15-entram-a-golear-na-2-a-fase-do-campeonato


Formação: Sub-15 - FC Porto-Famalicão, 5-0 - (CNJC, 2.ª fase, 1.ª jor., 25/11/18)

F.C. do Porto Solidariedade - Os adeptos do FC Porto contribuíram neste sábado para a campanha Fome Zero, respondendo positivamente ao desafio lançado pelo clube.




«ADEPTOS CONTRIBUÍRAM PARA A CAMPANHA FOME ZERO
24 DE NOVEMBRO DE 2018 23:37

Portistas responderam ao desafio do clube no dia da receção ao Belenenses.

Os adeptos do FC Porto contribuíram neste sábado para a campanha Fome Zero, respondendo positivamente ao desafio lançado pelo clube.

Os portistas que rumaram ao Estádio do Dragão para acompanhar a receção ao Belenenses (2-0) depositaram os alimentos solicitados nas caixas de recolha colocadas junto a todas as portas do recinto.

Os bens recolhidos serão armazenados e entregues a várias instituições. Obrigado a todos os adeptos do FC Porto pelo contributo para esta causa.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181124-pt-adeptos-contribuiram-para-a-campanha-fome-zero



Taça de Portugal: F.C. do Porto 2 vs Os Belenenses 0 - O FC Porto garantiu neste sábado o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal com uma vitória segura frente ao Belenenses, por 2-0, com golos de Soares (12m) e Otávio (57m).



«OITAVA VITÓRIA PARA OS OITAVOS
24 DE NOVEMBRO DE 2018 22:40

FC Porto regressou à competição com um triunfo seguro e inequívoco frente ao Belenenses.

O FC Porto garantiu neste sábado o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal com uma vitória segura frente ao Belenenses, por 2-0, com golos de Soares (12m) e Otávio (57m). Após a pausa para compromissos das seleções nacionais, os Campeões Nacionais regressaram à competição com um ritmo interessante e foco claro no objetivo: a oitava vitória consecutiva.

Sérgio Conceição frisou na antevisão do encontro que não costuma revelar antecipadamente o onze e tem bons motivos para o fazer. O treinador abriu uma exceção com o anúncio da titularidade de Soares, obtendo como resposta o golo do avançado ao 12.º minuto de jogo.

A exceção confirmou a regra e a regra justifica-se pelas dificuldades criadas ao adversário com a introdução de variáveis no jogo. Sem estudo prévio, a capacidade de resposta diminui consideravelmente. A introdução de Jesús Corona como lateral direito terá constituído uma surpresa para o Belenenses e seria o mexicano a desbravar caminho para o primeiro golo a partir da sua posição.

Jesús Corona recebeu a bola na linha do meio-campo, fletiu em velocidade para o centro e desenhou uma tabela com Adrián López. O espanhol devolveu com classe e o camisola 17 serviu Tiquinho Soares com um passe de primeira para o 1-0 no Estádio do Dragão.

O FC Porto, com cinco alterações no onze em relação ao triunfo frente ao Sporting de Braga (1-0), assumiu total controlo sobre o adversário e criou várias oportunidades para ampliar a vantagem ao longo da etapa inicial. André Pereira por duas vezes (15m e 18m), Jesús Corona (30m) e Óliver (33m) ameaçaram a baliza à guarda de Mika, contrastando com o que ia acontecendo do outro lado. Fabiano, uma das novidades no onze, fez a primeira defesa ao minuto 43, respondendo a um ensaio sem grande perigo de Licá.

Em noite de chuva intensa na cidade Invicta, o cenário de sentido único no jogo foi quebrado apenas por alguns minutos, na reta final da primeira parte e no reatamento. O Belenenses esboçou uma reação no início da etapa complementar mas voltou a quebrar perante a mobilidade das unidades mais ofensivas do FC Porto.

Mika defendeu uma grande penalidade cobrada por Otávio, a punir falta de Reinildo sobre Herrera (53m), mas o 2-0 chegaria pouco depois, com Otávio a responder em excelente lance individual. Recebeu de Soares ao centro, caminhou para a área, esperou pela linha de passe que não surgiu, deixou para trás o terceiro adversário e optou pela finalização, subtil, com a parte exterior do pé direito.

Os Dragões resolveram o jogo em tempo útil e mantiveram o controlo até final, perante as dificuldades do Belenenses em contrariar a superioridade portista. O guarda-redes da equipa lisboeta ainda negou o bis de Soares (73m) e Fabiano respondeu com qualidade a um remate de meia distância de Eduardo (75m), na melhor oportunidade dos visitantes ao longo de todo o encontro. Vitória segura e inequívoca no regresso à competição.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181124-pt-oitava-vitoria-para-os-oitavos


Taça de Portugal (4ª Eliminatória): Resumo FC Porto 2-0 Os Belenenses

F.C. do Porto Basquetebol: F.C. do Porto 97 vs Illiabum 68 - O FC Porto recebeu e bateu este sábado o Illiabum, no Dragão Caixa, em jogo referente à 8.ª jornada da 1.ª fase da Liga Portuguesa de Basquetebol, regressando assim às vitórias na prova.



«REGRESSO ÀS VITÓRIAS
24 DE NOVEMBRO DE 2018 19:45

FC Porto bateu o Illiabum (97-68), no Dragão Caixa, na 8.ª jornada da 1.ª fase da Liga.

O FC Porto recebeu e bateu este sábado o Illiabum (97-68), no Dragão Caixa, em jogo referente à 8.ª jornada da 1.ª fase da Liga Portuguesa de Basquetebol, regressando assim às vitórias na prova.

O primeiro período mostrou porque é que o Illiabum tem sido uma equipa difícil de bater no passado mais recente, mas os dez minutos que se seguiram mostraram um FC Porto de grande nível: parcial de 28-16 e vantagem de 13 pontos ao intervalo (47-34). Os dois períodos da etapa complementar não foram mais do que a confirmação do triunfo portista (97-68), no qual Sasa Borovnjak (19 pontos), Boris Barac (18 pontos, 13 ressaltos e 6 assistências), João Soares (14 pontos) e Pedro Bastos (11 pontos) estiveram em particular destaque.

“Eles ficaram condicionados pela lesão do Michael Murray, e isso retirou-lhes algum potencial. Acabou por nos ajudar em vários aspetos. A equipa esteve muito bem, sobretudo no ritmo que ditou no jogo. Estivemos bem defensivamente e quisemos manter um ritmo elevado de jogo. Fizemos muitas assistências e vencemos bem. Todas as vitórias são importantes, e aqui a obrigação é vencer sempre. Acredito que vamos conseguir ser mais consistentes”, afirmou o treinador Moncho López, no final da partida, em declarações ao Porto Canal.

Os azuis e brancos voltam a entrar em campo no dia 8 de dezembro (sábado), no Pavilhão do Esgueira, frente ao Esgueira. O encontro, da 9.ª jornada da 1.ª fase do campeonato, inicia-se às 16h00 e tem transmissão em direto na RTP2.

FICHA DE JOGO

FC PORTO-ILLIABUM, 97-68
Liga Portuguesa de Basquetebol, 1.ª fase, 8.ª jornada
24 de novembro de 2018
Dragão Caixa

Árbitros: Fernando Rocha, Sónia Teixeira e Nuno Monteiro

FC PORTO: Toni Prostran (2), Ferrán Ventura (2), João Soares (14), António Monteiro (3) e Sasa Borovnjak (19)
Suplentes: Will Sheehey (9), Boris Barac (18), Vladyslav Voytso (4), Pedro Pinto (7), Pedro Bastos (11), Miguel Queiroz (6) e Diogo Araújo (2)
Treinador: Moncho López

ILLIABUM: Patrick McGlynn IV (26), Augusto Sobrinho (9), Michael Murray (2), Staphon Blair (16) e João Torrie (5)
Suplentes: Ruben Cotton, José Martins, Manuel Sicó, Kevin Coronel (8), André Occhialini (2), Marco Hajdic e Tiago Almeida
Treinador: João Figueiredo

Ao intervalo: 47-34
Parciais: 19-18, 28-16, 24-17, 26-17» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181124-pt-regresso-as-vitorias


Basquetebol: FC Porto-Illiabum, 97-68 - (Liga Portuguesa, 1.ª fase, 8.ª jornada, 24/11/18)

24/11/18

F.C. do Porto Sub 19 Futebol: F.C. do Porto 1 vs Desportivo das Aves 0 - A equipa de Sub-19 do FC Porto recebeu e bateu este sábado o Desportivo das Aves, no Olival, em jogo a contar para a 13.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores A.



«SUB-19 BATEM DESPORTIVO DAS AVES
24 DE NOVEMBRO DE 2018 16:54

Triunfo por 1-0, no Olival, na 13.ª jornada da 1.ª fase do Nacional de Juniores A.

A equipa de Sub-19 do FC Porto recebeu e bateu este sábado o Desportivo das Aves (1-0), no Olival, em jogo a contar para a 13.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores A. Fábio Silva (33m) assinou o golo dos Dragões, que passam a somar 36 pontos, mais quatro do que o Sporting de Braga, que tem menos um jogo disputado.

Os Sub-19 portistas, comandados por Mário Silva, alinharam com Francisco Meixedo, Tomás Esteves, Cláudio Silva, Levi Faustino, Tiago Matos, Rafael Pereira, Vítor Ferreira (Fábio Vieira, 70m), Afonso Sousa, Gonçalo Borges (Manuel Mané, 78m), Juan Perea e Fábio Silva (Ángel Yesid, 77m).

Na próxima ronda, a 14.ª, o FC Porto desloca-se a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave (2 de dezembro, 15h00). Antes, na quarta-feira (28 de novembro, 14h00, Porto Canal), os Dragões recebem o Schalke, no Olival, na 5.ª jornada do Grupo D da UEFA Youth League.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181124-pt-sub-19-batem-desportivo-das-aves


Formação: Sub-19 - FC Porto-Desportivo das Aves, 1-0 - (CNJA, 1.ª fase, 13.ª j, 24/11/18)

F.C. do Porto Solidariedade - Os jogadores e treinadores das modalidades de pavilhão do FC Porto contribuíram nesta sexta-feira para a recolha de alimentos que o clube está a promover, numa iniciativa integrada da causa “Fome Zero”.



«"JUNTOS PODEMOS FAZER A DIFERENÇA"
23 DE NOVEMBRO DE 2018 18:10

Jogadores e treinadores das modalidades de pavilhão contribuíram para a recolha de alimentos.

Os jogadores e treinadores das modalidades de pavilhão do FC Porto contribuíram nesta sexta-feira para a recolha de alimentos que o clube está a promover, numa iniciativa integrada da causa “Fome Zero”. Os adeptos podem seguir o exemplo no sábado, dia da receção ao Belenenses no Estádio do Dragão.

Os capitães das equipas de andebol, basquetebol e hóquei em patins deixaram mensagens de incentivo para os adeptos portistas: “Juntos podemos fazer a diferença. Traz um bem alimentar para o jogo contra o Belenenses e contribui para esta causa”, disse Hugo Laurentino.

“Há coisas mais importantes na vida que o desporto. Contribui para a causa Fome Zero. Traz um alimento para o jogo do FC Porto contra o Belenenses”, desafiou Miguel Queiroz, secundado por Hélder Nunes: “No próximo jogo no Dragão, podes ajudar-nos a fazer a diferença. Contribui com um alimento para a campanha Fome Zero.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181123-pt-juntos-podemos-fazer-a-diferenca

Amarante Sanche - Tarde de outono chuvoso, quase no confluência dos rios Ovelha e Marão, os níveis de caudal dos rios estão a recompor-se...


(Amarante, Sanche, Rio Ovelha)

Amarante Motociclismo - Os amarantinos Paulo Amado e Afonso Magalhães, e o portuense Pedro Martins vão iniciar na sexta-feira uma aventura de moto entre Moçambique e Amarante.



«Moçambique-Amarante de moto durante 30 dias

Os amarantinos Paulo Amado e Afonso Magalhães, e o portuense Pedro Martins vão iniciar na sexta-feira uma aventura de moto entre Moçambique e Amarante. São mais de 15 mil quilómetros de viagem, atravessando 15 países de sul a norte de África e ainda da Europa, que vai durar cerca de 30 dias.

A ideia surgiu no âmbito das experiências turísticas em moto todo-o-terreno que Paulo Amado já desenvolve na Quinta da Pousadela, em Ôlo, Amarante. "Em tom de brincadeira", os amigos Afonso Magalhães e Pedro Martins, radicados em Moçambique, lançaram-lhe o desafio de fazer de moto a viagem entre a cidade moçambicana de Nampula e Amarante. "Da brincadeira nasce a asneira" e não tardou que se tornasse coisa séria.

E porquê esta ligação? Porque a cidade de Amarante está geminada com a de Nampula. E o ex-bispo D.Manuel Vieira Pinto é natural da primeira e exerceu durante 34 anos na segunda. "Existem laços entre as duas cidades que agora queremos reforçar, trazendo por terra os cumprimentos da Câmara de Nampula", explica Paulo Amado, empresário de 48 anos.

A primeira etapa dos quinze mil quilómetros de percurso começa esta sexta-feira, 23 de novembro. Uma espécie de prólogo de 2200 quilómetros entre a capital Maputo e Nampula. No dia 25 arranca a aventura que os vai levar por territórios da Tanzânia, Quénia, Etiópia, Sudão, Egito, Israel e Grécia, prosseguindo depois pelos Balcãs e pela costa do Mar Adriático, Itália, França, Espanha e Portugal.

O objetivo é chegar antes do Natal, portanto estima-se uma viagem de 30 dias. Mas para alcançar este objetivo os três amigos terão de a cumprir a quilometragem diária, previamente estipulada, de cerca de 800 quilómetros.

Os maiores receios concentram-se no território africano, pois podem ter de lidar com "focos de instabilidade", já que "a possibilidade de encontrar algum é grande". Na bagagem levam alimentação e combustível para vários dias no caso de precisarem de ter alguma autonomia. As pernoitas serão decididas dia-a-dia consoante as condições do momento. Atravessar fronteiras em África é o "desafio-chave, pois é um filme que tanto pode demorar a resolver umas horas como uns dias".

Resumidamente, "serão nove mil quilómetros de moto-aventura e o resto de moto-turismo".

PLANO DE VIAGEM:

1. Maputo - Inchope (1099 km)

2. Inchope - Nampula (991 km)

3. Dia em Nampula contactos com as organizações locais

4. Nampula - Masasi (Tanzânia) (831 km)

5. Masasi - Morogoro (790 km)

6. Morogoro - Arusha (700 km)

7. Arusha (Tanzania) - Bubisa (Quénia) (859 km)

8. Bubisa (Quénia) - Debra Zeit (Etiópia) (829 km)

9. Debra Zeit - Shededi (Etiópia) (911 km)

10. Shededi (Etiópia) - Khartoum (Sudão) (611 km)

11. Khartoum (Sudão) - Wadi Halfa (Sudão) (761 km)

12. Wadi Halfa (Sudão) - Hurghada (Egito) (771 km)

13. Hurghada - Cairo (531 km)

14. Cairo - Eilat (Israel) (781 km)

15. Eilat (Israel) - Petra (Jordânia) - Haifa (Israel) (536 km)

16. Telavive - Atenas (avião)

17. Atenas - Tirana (Albânia) (731 km)

18. Tirana (Albânia) - Dubrovnik (Croácia) (266 km)

19. Dubrovnik (Croácia) - Rijeka (Croácia) (604 km)

20. Rijeka (Croácia) - Nice (França) (791 km)

21. Nice (França) - San Sebastian (Espanha) (910 km)

22. San Sebastian (Espanha) - Amarante (Portugal) (691 km)

Total: 14.994 quilómetros» in https://www.jn.pt/local/noticias/porto/amarante/interior/mocambique-amarante-de-moto-durante-30-dias-10222121.html

23/11/18

Espaço - Quando uma corrente de vento solar atinge a Terra, os magnetómetros ao redor do Círculo Polar Ártico normalmente ficam descontrolados, com as agulhas a balançarem caoticamente com a reação dos campos magnéticos locais ao impacto.



«Vento solar “deu música” ao planeta Terra durante horas

Ondas sinusoidais excecionalmente puras andaram a “serpentear” pelo Campo Magnético Polar da Terra nos últimos dias. Foi como se fizessem música - e ao mesmo tempo podem ter dado origem a auroras.

Quando uma corrente de vento solar atinge a Terra, os magnetómetros ao redor do Círculo Polar Ártico normalmente ficam descontrolados, com as agulhas a balançarem caoticamente com a reação dos campos magnéticos locais ao impacto. Contudo, a 18 de novembro último aconteceu algo diferente: o vento solar atingiu a Terra e produziu uma onda sinusoidal pura e praticamente musical.

O fenómeno foi detetado por investigadores de um observatório nas Ilhas Lofoten, na Noruega, que indicam que estas ondas sinusoidais excecionalmente puras persistiram por horas e estão relacionadas com algo que se denomina de "tearing instabilities” e a explosões no campo magnético da Terra - e também a auroras nos céus árticos…

"Uma oscilação magnética muito estável de ~15 segundos começou e persistiu por várias horas", referiu Rob Stammes, o cientista que registou o sucedido, citado pelo Spaceweather.com. "O campo magnético oscilava para frente e para trás (…) com a regularidade de um metrónomo".


A publicação explica o fenómeno comparando-o com um pedaço de papel que vibra com a respiração quando é soprado. Será esse o tipo de efeito que o vento solar tem nos campos magnéticos. As ondas gravadas a 18 de novembro são essencialmente flutuações que se propagam pelos flancos da magnetosfera terrestre, estimuladas pela “respiração” do sol, e que os cientistas denominam de "pulsações contínuas", ou Pc.

Esta ondas Pc estão divididas em cinco tipos, consoante a sua cadência. As registadas agora - no intervalo de 15 a 45 segundos - são classificadas como Pc3. O investigador já tinha registado muitas outras ondas Pc no passado, mas num “muito raro episódio”, esta foi a primeira vez que registou uma de categoria Pc3.

Este tipo de ondas às vezes flui em redor do campo magnético da Terra e provoca uma "instabilidade violenta" na cauda magnética do planeta. Tal poderá criar as condições para uma explosão, à medida que os campos magnéticos na cauda se voltam a conectar.

Várias naves da NASA terão sobrevoado recentemente uma dessas explosões, com os seus sensores a registarem a projeção de jatos de partículas de alta energia. Investigadores da Universidade de New Hampshire afirmam que um desses jatos foi projetado em direção à Terra e terá dado origem a auroras quando atingiu a atmosfera superior.» in https://tek.sapo.pt/noticias/computadores/artigos/vento-solar-deu-musica-ao-planeta-terra-durante-horas


(Planeta Terra visto do satélite, NASA ORIGINAL 2015 [HD])

Ambiente e Ecologia - Um estudo levado a cabo pela investigadora Joana Castro Pereira, da Universidade Lusíada e IPRI-NOVA, aponta para um aumento do fosso entre a ciência e a ação política, e expõe razões de ordem cognitiva, cultural, institucional e política que levam a humanidade a negligenciar e a não agir perante o risco de catástrofe climática.



«ESTUDO PORTUGUÊS ALERTA QUE RISCO DE CATÁSTROFE CLIMÁTICA É MAIS PROVÁVEL DO QUE SE SUPÕE
23 nov 2018 13:29

Um estudo levado a cabo pela investigadora Joana Castro Pereira, da Universidade Lusíada e IPRI-NOVA, aponta para um aumento do fosso entre a ciência e a ação política, e expõe razões de ordem cognitiva, cultural, institucional e política que levam a humanidade a negligenciar e a não agir perante o risco de catástrofe climática.

Estudo português alerta que risco de catástrofe climática é mais provável do que se supõe.

Um novo estudo científico publicado na revista Global Policy conclui que o risco de catástrofe climática (RCC) é mais sério e provável do que usualmente se supõe. O estudo, da autoria de Joana Castro Pereira (Universidade Lusíada e IPRI-NOVA) e Eduardo Viola (Universidade de Brasília), assinala a degradação da resiliência das florestas tropicais e boreais, e como a perda de grande parte destes biomas poderá conduzir o planeta a uma catástrofe climática durante este século.

O estudo aponta ainda para um aumento do fosso entre a ciência e a ação política, e expõe razões de ordem cognitiva, cultural, institucional e política que levam a humanidade a negligenciar e a não agir perante o RCC.

Os autores procuram igualmente alertar para a negligência destas questões na política internacional e apresentam um conjunto de recomendações para lidar com a problemática: a) mais pesquisa sobre alterações climáticas catastróficas por parte das ciências sociais, o que contribuirá para avaliações mais robustas do IPCC (Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) e para uma melhor comunicação destes riscos às elites políticas e ao público em geral; b) a criação de um fórum internacional envolvendo as principais potências climáticas, de forma a promover a cooperação ao nível de pesquisa avançada sobre alterações climáticas catastróficas; c) e um maior enfoque científico e político na promoção da resiliência das florestas boreais e tropicais, nomeadamente da floresta amazónica, como ação basilar para evitar um cenário de catástrofe climática.

Falta de ferramentas para agir
No estudo, o conceito de catástrofe global foi definido como um "evento ou processo que, a acontecer, reduziria a população mundial em 10% ou mais (…) ou teria um impacto equivalente", segundo o "Global Catastrophic Risks Report" da "Global Challenges Foundation", publicado em 2016.

Para Pereira e Viola, a humanidade encontra-se ainda desprovida de ferramentas que lhe permitam perceber, aceitar e gerir o RCC. Tal, concluem os investigadores, tem quatro causas principais:

1. Limitações cognitivas e políticas: o cérebro humano está mais capacitado para perceber fenómenos lineares, em correlação, e não mudanças súbitas e exponenciais. Os indivíduos, bem como os sistemas político-legais existentes na maioria das sociedades, estão mais habituados a mudanças climáticas estáveis e previsíveis, e adaptam o seu conhecimento e práticas a essa realidade. Contudo, as alterações climáticas estão a acelerar e resultam de processos espontâneos e não-lineares, o que desafia as estruturas mentais e políticas existentes.

2. Predomínio da dicotomia natureza-sociedade: a perceção de que o clima é algo externo ao ser humano insiste em manter-se, ao mesmo tempo que essa realidade se altera. De acordo com o estudo de Crutzen e Stoermer (2000), o homem é agora um “agente geológico”, e a perceção da indissociabilidade dos mundos natural e social exige a criação de novas ideias e práticas que repensem e mitiguem a nossa influência sobre o clima.

3. Ausência de disponibilidade psicológica: o estudo argumenta que as gerações atuais precisam de melhores incentivos para adotarem novas práticas. O conceito de “gerações futuras” é demasiado distante e abstrato, criando pouca empatia às gerações de hoje para mudarem os seus comportamentos. O mesmo se aplica à relação entre as atuais gerações e o ambiente: as
pessoas tendem a relacionar-se mais com desastres/riscos ambientais concretos e experienciáveis do que com cenários catastróficos futuros.

4. Desafios à cooperação global: impedir uma catástrofe climática implica uma cooperação global profunda, complexa e estruturada. Mas historicamente, a cooperação só tende a acontecer depois de uma crise, não antes. A incerteza climática do futuro gera efetivamente um incentivo coletivo à ação, mas um desincentivo individual pelo preço que cada país tem de pagar para se adaptar à nova realidade. Se todos os países cooperarem por igual, o RCC reduz-se, mas pelo contributo que cada país tem de dar nesta matéria, o incentivo individual reduz-se, e os países começam a empenhar-se de forma diferente no esforço de redução do RCC.

O estudo, intitulado “Catastrophic Climate Change and Forest Tipping Points: Blind Spots in International Politics and Policy”, foi publicado na revista Global Policy. Os autores, Joana Castro Pereira e Eduardo Viola, fazem investigação sobre alterações climáticas e relações internacionais.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/estudo-portugues-alerta-que-risco-de-catastrofe-climatica-e-mais-provavel-do-que-o-que-se-supoe
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