23/12/11

Amarante - A propósito de reorganizações administrativas, o nosso Concelho teve sempre muita mutação territorial ao longo dos tempos...

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«Amarante, Concelhos, Honras, Beetrias e Forais

Amarante constitui atualmente um concelho de 40 freguesias, reunindo em si três antigos concelhos, alguns coutos e algumas honras, que depois da reforma administrativa de 1834 nele foram incorporados. Eis alguns deles:

GESTAÇO – Antigo concelho, deu-lhe foral D. Manuel I a 15 de Março de 1514, sendo o seu primeiro senhor o Infante D. Pedro, Conde de Barcelos. D. João I deu-o a Gil Vasques da Cunha, seu alferes-mor, filho terceiro de D. Vasco Martins da Cunha.



«Gestaçô (Amarante)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Gestaçô ou Gestaçô era um concelho da antiga comarca de Penafiel, com sede na actual freguesia da Madalena do concelho de Amarante. O concelho teve foral em 1514 e foi extinto no início do século XIX.


Este antigo concelho não deve ser confundido com a atual freguesia de Gestaçô, do concelho de Baião. Esta tinha, no século XIX a designação de Campo de Gestaçô.


O antigo município de Gestaçô era constituído pelas freguesias de Ansiães, Bustelo, Candemil, Carneiro, Carvalho de Rei, Gondar, Jazente, Lufrei, Gestaçô (Santa Maria Madalena), Padronelo, Sanche, Várzea (São João) e Vila Chão do Marão. Tinha, em 1801, 7 505 habitantes.» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Gesta%C3%A7%C3%B4_(Amarante)


GOUVEIA – Antigo concelho, teve foral que lhe foi dado por D. Manuel I em 22 de Novembro de 1513, sendo seus donatários os Sousas, descendentes de Martim Afonso Chichorro, filho bastardo de D. Afonso III e de D. Aldonça ou D. Dulce Rodrigues de Sá. Esta Povoação já em 1125 tinha sido coutada por D. Afonso Henriques, doando-a aos Cónegos do Santo Sepulcro de Águas Santas (Maia).


«HISTÓRIA

A freguesia de Gouveia (S.Simão) situa-se a cerca de 10 km da sede do concelho de Amarante. Já foi uma antiga vila e sede de um concelho próprio que se denominou "Gouveia de Riba Tâmega" tendo recebido foral de D. Manuel em 22 de Novembro de 1513.

Depois de extinto o concelho próprio, fez parte do concelho de Soalhães, passando para o de Marco de Canavezes e deste transferida, em 31 de Dezembro de 1853, para o de Amarante.

Foram senhores e donatários de Gouveia os Sousas, descendentes de D. Martim Afonso Chichorro, filho bastardo de D. Afonso III e D. Aldonça, ou Dulce, Rodrigues de Sá. O primeiro Senhor foi D. Fernão de Sousa.

Anteriormente, Gouveia constituiu um couto feito por D. Teresa e D.Afonso Henriques em 1125 e doado aos Cónegos do Santo Sepulcro, do Convento de Águas Santas (Maia).

(Adaptado de Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura - vol. 9)» in http://ssimao.no.sapo.pt/historia.htm

OVELHA DO MARÃO – Antiga honra e beetria e hoje uma freguesia do concelho de Amarante. Foram-lhe dados alguns forais sendo o mais antigo o do tempo de D. Sancho I.




«Aboadela

Centro histórico de Aboadela

Bandeira
Brasão de armas

Localização no concelho de Amarante

Aboadela

Localização de Aboadela em Portugal
41° 15' 48" N 07° 59' 17" O
País Portugal
Concelho Amarante
- Tipo Junta de freguesia
Área
- Total 20,85 km2
População (2001)
- Total 887
- Densidade 42,5/km2
Código postal 4600-500 Aboadela
Orago Santa Maria de Aboadela
Correio eletrónico aboadela@sapo.pt
Aboadela é uma freguesia portuguesa do concelho de Amarante, com 20,85 km² de área, os quais são demarcados com as freguesias vizinhas de Canadelo, Sanche, Várzea, Olo e Ansiães. Apresenta 887 habitantes (2001). Densidade: 42,5 hab/km².


Índice [esconder] 

1 História
1.1 Origens e toponímia
1.2 Forais
1.3 Beetria do Reino de Portugal
1.4 Honra e Concelho
1.5 Invasão Francesa
1.6 A integração de Aboadela no concelho de Amarante
2 Geografia
3 Demografia
4 Economia
5 Figuras ilustres
6 Gastronomia
7 Festas populares
8 Símbolos e Património
8.1 Brasão
8.2 Bandeira
8.3 Ponte Românica
8.4 Cruzeiro
8.5 Pelourinho
9 Galeria de imagens


[editar]História

[editar]Origens e toponímia

Pode-se falar de Aboadela ao longo da história, mas na realidade, ao longo dos séculos a sua denominação foi alvo de várias alterações. Assim, nos seus primórdios, isto é, por volta de finais do século XII, designava-se por “Santa Maria de Bobadella”, que juntamente com a actual freguesia de Canadelo constituíram a “Honra e Ovelha do Marão”.
Neste território (Honra e Ovelha do Marão) encontrava-se um juiz, um ordinário, um vereador, um procurador, entre outros honrosos funcionários. Aqui, também estava presente uma Companhia de Ordenança que constituía um tipo de confraria que procurava defender a conscrição local, bem como a defesa de castelos, ou seja, tratavam da defesa e organização do território. Há ainda a salientar que a Companhia de Ordenança era chefiada por um Capitão-Mor. No caso do território da Honra e Ovelha do Marão, esta era sujeita ao Capitão-Mor de Gestaçô ou Gestaçô, que fora um antigo município na comarca de Penafiel que fora extinto no século XIX.
Durante vários séculos, Aboadela foi alvo de várias alterações. Deste modo, pode-se falar de múltiplas designações, as quais se passam a citar: Bobadella, Abovedela, Boudela, Bovedella, Bauadela, Buedela e Bobadela, sendo finalmente designada como Aboadela d’Ovelha do Marão, hoje conhecida somente por Aboadela. Quanto à sua toponímia, ela tem origem em “Aboar”, que significa pôr marcos, dividir, estremar ou demarcar.

[editar]Forais

Os primeiros registos sobre esta freguesia datam do século XII, quando Aboadela recebeu o primeiro foral no ano de 1196 no reinado de D. Sancho I, em Guimarães. Os forais concediam direitos e deveres aos cidadãos, entre outros. Neste caso, o foral imposto pelo rei D. Sancho I estabelecia que cada casal pagasse uma renda de “seis ferros por anno”, não se sabendo no entanto, hoje, a que ferros o foral se referia, pensa-se contudo, que como o foral se destinava a pessoas que tinham terras onde estavam patentes minas de ferro em lavra, então o dito ferro poderia ser uma espécie de barra de ferro ou uma ferradura.
Outros forais foram atribuídos posteriormente, não havendo todavia, registos do seu conteúdo. Sabe-se porém, que em 1212, D. Afonso II atribuiu pela segunda vez um foral, e mais tarde, em 1514, D. Manuel I também atribuiu mais um, neste caso, o último.

[editar]Beetria do Reino de Portugal

Há registos que apontam que Aboadela terá sido vila e couto, no entanto, realça-se o facto de ter sido uma das dez “beetrias” do reino, em meados do século XV. As “beetrias” destacavam-se em relação aos contos e às honras por constituírem um povo livre, que gozava do direito de escolha e mudança de senhor, sempre que assim o desejassem, ao contrário do que acontecia nos coutos e nas honras.
Em Amarante existiram três das dez “beetrias” que fizeram parte de Portugal. Assim, para além do Ovelha, realça-se a Beetria de Amarante e a de Louredo. Quanto à Beetria de Ovelha do Marão, ela acabaria por ser extinta em 1550, no reinado de D. João III, passando depois a ser uma Vigararia e ainda uma Reitoria. Foram senhores da Beetria da Honra e Ovelha do Marão, Vasco Martins de Sousa, Martim Afonso de Sousa e D. Jaime, Quarto Duque de Bragança.


[editar]Honra e Concelho

Símbolo na antiga casa da Câmara.

No século XVI, com a extinção de “beetria”, Aboadela mudava mais uma vez de estatuto, desta vez sendo substituída por uma Honra que associada ao conceito de concelho permaneceu até ao período do Liberalismo, isto é, até ao século XIX. O novo concelho de Ovelha do Marão foi então constituído pelas freguesias de Aboadela de Ovelha do Marão e S. Pedro de Canadelo. Foram senhores desta terra, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, quarto morgado de Mateus e D. José Maria do Carmo de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, seu filho. É da época destes ilustres senhores que data o brasão existente na antiga Casa da Câmara, no Lugar da Rua, símbolo emblemático do poder que se fazia então sentir naquele período nesta região.

[editar]Invasão Francesa

As invasões francesas deram-se em três momentos, e num primeiro e segundo momento acabariam por atingir a vila de Amarante, mas também passaram por Aboadela, no concelho de Ovelha do Marão, tendo ocorrido aqui uma das mais violentas batalhas de então, isto precisamente a 9 de Maio de 1809. Aboadela foi deste modo, um sítio estratégico para o lado português. Nesta freguesia foi reforçada a artilharia portuguesa e ainda foi oferecido apoio logístico.
As tropas francesas à chegada a Aboadela e à semelhança do que faziam noutros lugares por onde passavam serviam-se da população, ou seja, procuravam abastecimento junto desta. Seguidamente, não tinham qualquer gesto de piedade, pilhando e destruindo tudo que pudessem. Contudo, há a registar a derrota das tropas francesas contra três corpos de cavalaria portuguesa enfraquecendo deste modo, o lado francês.

[editar]A integração de Aboadela no concelho de Amarante

No século XIX, Amarante recebeu muitas das freguesias dos concelhos que haviam sido extintos (Gestaçô, Gouveia e Santa Cruz de Ribatâmega). É pois nesta altura que a Honra e Ovelha do Marão é destituída, através do Decreto 06/11 de 1836. Assim, as freguesias de Canadelo e Aboadela ficam anexadas ao concelho de Amarante, as quais permanecem até aos dias de hoje.» in 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aboadela

Mosteiro


TRAVANCA – Foi antiga vila e couto, não tendo nunca foral e nela exerciam jurisdição os frades do Convento de Travanca, fundado em 970 por D. Garcia Moniz, e que é um dos nossos mais antigos e mais lindos monumentos românicos.




TELÕES – É uma atual freguesia de Amarante. Nela houve um convento beneditino fundado em 887 pelo Conde D. Rodrigo Forjaz. Em 1173, D. Afonso Henriques e a Rainha D. Mafalda doaram-nos aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.



LOUREDO – É uma das actuais freguesias do Concelho e teve foral dado por D. Afonso III.



MANCELOS – Foi um antigo couto e é hoje uma freguesia do concelho de Amarante.  Teve um convento beneditino fundado em 1110 por Mem Gonçalves da Fonseca e sua mulher D. maria Pais Tavares.» in (O Brasão da Vila de Amarante, de Artur da Mota Alves)




«Santa Cruz de Riba Tâmega
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Santa Cruz de Riba Tâmega é um antigo município português, na zona do Tâmega, que recebeu foral de D. Manuel I em 1 de Setembro de 1513 e foi extinto em Outubro de 1855, sendo integrado na sua maior parte no de Amarante.


A sua sede era a atual vila de Vila Meã, mas o seu território estendia-se também ao longo dos actuais concelhos de Lousada, Marco de Canaveses e Penafiel, englobando as freguesias de:


Aião
Amarante (São Veríssimo)
Ataíde
Banho
Caíde de Rei
Carvalhosa
Castelões
Constance
Santa Cristina de Figueiró
Figueiró de Riba Tâmega
Fregim
Louredo
Oliveira
Passinhos
Real
Recezinhos (São Mamede)
Recezinhos (São Martinho)
Santo Isidoro
Toutosa


Após as reformas administrativas do início do liberalismo, anexou as freguesias de Mancelos e Vila Caiz e foram desanexadas as freguesias de Aião, Amarante (São Veríssimo) e Recezinhos (São Martinho).

Tinha, em 1801, 10 838 habitantes e, em 1849, 13 614 habitantes.» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Cruz_de_Riba_T%C3%A2mega


Tradições de Natal - A tradição natalícia do 'Magusto da Velha', que remonta ao século XVII e teve origem numa herança deixada por uma mulher cujo nome é desconhecido, vai ser revivida na segunda-feira em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda!

Imagem de Detalhe

«Tradição do 'Magusto da Velha' com 313 anos revivida em aldeia da Guarda


A tradição natalícia do 'Magusto da Velha', que remonta ao século XVII e teve origem numa herança deixada por uma mulher cujo nome é desconhecido, vai ser revivida na segunda-feira em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda.


A iniciativa é da Junta de Freguesia que, todos os anos, no dia a seguir ao Natal, oferece 150 quilos de castanhas e 150 litros de vinho à população e aos visitantes, explicou o presidente da autarquia.


Segundo a tradição, no dia 26 de dezembro, após o almoço, os habitantes daquela aldeia do Vale do Mondego concentram-se no largo da igreja, onde o madeiro ainda fumega.


"A Junta de Freguesia adquire as castanhas e o vinho e lança as castanhas da torre da igreja para o adro", contou Baltazar Lopes.


Quando as castanhas são apanhadas no chão, os mais jovens realizam as denominadas 'cavaladas', saltando para cima das costas daqueles que se baixam para as agarrar, provocando muito riso entre a assistência, revelou.


Apesar da atual crise económica, o autarca garante que a tradição será mantida e que naquele dia "as castanhas e o vinho não vão faltar".


Baltazar Lopes lembra que a tradição "tem mais de 300 anos" e continua a atrair muitos naturais de Aldeia Viçosa que ali se deslocam propositadamente naquele dia.


O costume secular tem origem numa herança que foi deixada aos habitantes locais por uma mulher abastada que ficou conhecida por 'velha', não se conhecendo o seu nome.


A tradição remonta a 1698 e ainda hoje a Junta de Freguesia recebe trimestralmente "uma renda perpétua" no valor de 14 cêntimos, que é depositada na sua conta bancária pelo Instituto de Gestão do Crédito Público, disse.


Em troca da doação, destinada a permitir que o povo pudesse comer castanhas e beber vinho "de borla" um dia no ano, a senhora exigia à igreja local que lhe rezasse um pai-nosso pela sua alma, lembra Baltazar Lopes, garantindo que a oração ainda é feita naquele dia por pessoas da aldeia.


A verba é atualmente "uma insignificância" mas a autarquia continua a manter a tradição de oferecer castanhas e vinho à população, na tarde do dia 26 de dezembro, salienta o responsável.


A herança é mencionada no "Livro de Usos e Costumes da Igreja do Lugar de Porco - Ano de 1698", mas nada é dito sobre o nome da benemérita.


No livro "Um Magusto - por obrigação e devoção", o historiador José Manuel Coutinho, falecido recentemente, aponta que o corpo da mulher poderá ser aquele que está sepultado num túmulo, no interior da igreja matriz da aldeia.


"Ainda não chegámos a uma conclusão definitiva sobre se, de facto, a 'velha' é aquela pessoa que o historiador diz que é", declarou o presidente da Junta, que acredita ser "complicado" apurar o verdadeiro nome, devido à morte do investigador.» in http://natal.sapo.pt/tradicoes/Tradi_o_do_Magusto_da_Velha_c

Bolo Rei - Uma madrugada na fábrica da Confeitaria Nacional, onde se segue a receita há 150 anos, desde a criação do Bolo Rei!



«O bolo-rei nasceu aqui

A massa, o dono do segredo, uma rádio com más notícias, cinco toneladas de bolo, 17 pessoas a encher três fornos que não se vão desligar até à tarde de dia 24. Uma madrugada na fábrica da Confeitaria Nacional, onde se segue a receita há 150 anos.

Não há cereja no topo deste bolo. Há figo, laranja, abóbora e um segredo sem cofre-forte mas que se mantém intocável há mais de cem anos. Guarda-se apenas na memória de três pessoas. O patrão, o filho do patrão e o pasteleiro Aníbal. Só o último o amassa. Homem de poucas falas, o guardião do enigma está na Confeitaria Nacional desde os 16 anos. Ora isso dá... "parece que 38". Não lhe façam perguntas difíceis numa altura em que já perdeu a conta aos ovos e aos quilos de farinha que amassou nos últimos dias. Trezentos ovos para cada massa, dá qualquer coisa como 150 bolos-rei. Quase nada na contabilidade de uma semana que termina a 24, com cinco toneladas do bolo amassado sem fava nem brinde, mas com o segredo de Aníbal. E se Aníbal falta? Pode ser um problema, mas quase sempre tem solução. Basta deixar a "poção mágica" em frascos.

Passa pouco das sete da manhã em Campo de Ourique. Cheira a canela e a açúcar caramelizado. À porta do número 6 da rua Azedo Gneco, ainda de noite, sai a primeira entrega do primeiro dos dias de verdadeiro caos. ‘Croissants', ‘garibaldis', ‘duchese' e dezenas de tabuleiros de bolos-rei acabados de sair dos três fornos eléctricos que por estes dias não têm direito a pausa na cozedura. Desde a meia noite de 22 até às três, quatro da tarde de dia 24 a operação é ‘non-stop' na fábrica da Confeitaria Nacional. Há dois anos que deixou as velhinhas instalações na rua do Duque para satisfazer uma procura cada vez maior e mais exigente, a condizer com a reestruturação da pastelaria e casa de chá da Praça da Figueira.

Conta a lenda ou a história, que foi ali que nasceu o bolo-rei e de lá se propagou a todo o país, tornando-se o bolo oficial do Natal português. Baltazar Castanheiro Jr., o filho do fundador da Confeitaria Nacional era um viajante e, na década de sessenta do século passado, trouxe com ele de França um ‘chef' e uma receita. O original ainda existe, num papel gasto pelo tempo, escrito numa caligrafia certa mas sumida. É seguida hoje, como antes. Nem uma alteração e, ao vê-la, nada do segredo é revelado.


O contra-relógio

Alex não tem ideia desse segredo diluído na massa que corta e pesa. 750 gramas, um quilo, um quilo e meio. Tem um lugar central na sala onde se amassa e estende o bolo. O rigor e a atenção que coloca em cada gesto em nada indicia que os repete há oito horas. Não sabe quantas mais vai estar de pé, num trabalho duro, que exige músculo. Além da precisão da balança, é ele quem despeja as amassadeiras, carregando quilos de massa para dentro de depósitos que mais tarde vai ter de despejar para cima da mesa onde trabalha. Cada um tem 45, 50 quilos de massa. Não se queixa. Sabe que há-de ir descansar cinco horas no apartamento que a Confeitaria tem mesmo por cima da fábrica. É tudo a que cada um tem direito, por turnos, durante estes dias.

Na fábrica, o tempo corre em função das encomendas e não dos ponteiros do relógio enfarinhado, por cima de um rádio de onde sai uma música mil vezes tocada em cada Natal. "Gosto de bolo-rei", diz Alex, carregando nos ‘rr', "mas não é muito diferente do bolo da minha terra", um sorriso e continua a pesagem da massa que segue para tender, depois repousar, ser novamente moldada, passada com clara de ovo, enfeitada com pedaços grandes de fruta confitada e não cristalizada. O processo e o fornecedor são os mesmos de sempre. "Aqui não há corantes", informa Benedita Salema, a "toda-poderosa" da fábrica que se quer expandir e modernizar.

Este é o seu primeiro ano de bolo-rei. Veio da hotelaria e está ali há apenas dois meses. Atende telefones, toma decisões, prova os frutos secos, pergunta se não estarão a calcar demais os bolos. Conhece cada um dos 60 funcionários da casa, dez dos quais, pasteleiros a tempo inteiro na fábrica. Em tempo de Natal, sobem para 17 e sobem também os encontrões num espaço que não consegue nunca responder a todas as encomendas. "Não sentimos a crise. Não há variação entre este ano e os anos anteriores porque trabalhamos sempre na nossa capacidade máxima. Temos de rejeitar muitos pedidos", esclarece ainda Benedita.

E o rádio toca agora uma canção velhinha de Brian Adams mas ninguém parece ouvir. Pergunta-se pelo ‘chantilly' para as receitas de sempre, até no Natal. Paulo vê se há uma fornada pronta a abrir. Quanto tempo? "Vê-se pela cor". Acede a ser mais preciso. Quem não tem mão nem olho para estas coisas, que conte 40 minutos.

Conte ainda que entre abrir o primeiro pacote de margarina e sair um bolo pincelado com geleia pronto para entrar na caixa passam seis horas. Há quem se lembre de fazer café. Quem diz que não? E a rádio informa que o Governo quer cortar os três dias e férias de bónus. Em vez dos 25 passa-se aos antigos 22 dias. Nem um ai, e nem um olhar a desviar-se da tarefa.

E o café que não vem e a pausa para o cigarro numa descompressão de risos e músculos e ar e luz do dia. Alex pede ajuda ao rapaz de luvas brancas que decora um bolo com chocolate. Os dois fazem caretas ao levantar do chão mais uns 50 quilos de massa. Aníbal já não pode. Arranjou duas hérnias com aquilo. Aquilo que só prova no Natal e no Ano Novo. Uma fatia basta. "Só para cumprir a tradição". E o que acha dos bolos dos outros? "Experimentei alguns, mas não gostei. Já não experimento mais".

E a rádio continua a tocar relíquias. "I should have known better...", canta uma voz que ficou perdida nos anos oitenta, e o pasteleiro que não tem nada a ver com o bolo-rei desenha linhas de ‘chantilly' num bolo de ananás. São nove da manhã, há nove horas que se trabalha e ainda só é dia 22. Nunca mais chega o Natal.» in http://economico.sapo.pt/noticias/o-bolorei-nasceu-aqui_134409.html

Reportagem - "Bolo Rei" - (Praça da Alegria)


Industria Portuguesa - O setor da cortiça ia perdendo o comboio para outros materiais, mas ao apostar em investigação e desenvolvimento, deu a volta por cima!

Portugal exporta cortiça para mais de 100 países


«Apesar dos desafios, Portugal continua a liderar o setor da cortiça

O setor da cortiça ia perdendo o comboio para outros materiais, mas ao apostar em investigação e desenvolvimento, deu a volta por cima. Portugal é líder e em 2012 continuará no pódio.

Portugal exporta cortiça para mais de 100 países

As rolhas são o principal produto, mas outras indústrias como a moda e a engenharia aeroespacial e automobilística estão a apostar na cortiça.

Em 2008 o futuro da cortiça esteve em perigo quando a rolha começou a ser substituída por cápsulas de alumínio e rolhas de plástico, contudo até o argumento economicista destes novos produtos não convenceu os mais distintos críticos de vinho do mundo. Hoje nas grandes provas internacionais verifica-se que o índice de problemas associados aos vedantes de plástico é superior ao dos vinhos engarrafados com cortiça.

A AC Nielson divulgou um recente estudo que prova que a qualidade da cortiça é inegável ao analisar as 100 maiores marcas de vinhos dos EUA. Ao longo de um ano, foram testados 64 vinhos com rolha de cortiça e 36 com vedantes de alumínio e plástico. O resultado em todas as vertentes é favorável à rolha de cortiça. Mais: os que tinham rolha de cortiça aumentaram em 11 por cento as suas vendas, os outros pelo contrário, caíram 1,5 por cento.
Cortiça deu a volta por cima
O setor da cortiça a partir de 2010 apostou em Inovação e Desenvolvimento e foi este o segredo.
Conseguiu reagir à concorrência e neste momento está numa nova fase voltando ao pódio. E apesar de a rolha continuar a ser o principal negócio, representando cerca de 65 por cento das vendas, a realidade é que a cortiça soube entrar noutros mercados, caso da moda, design, construção, indústrias de ponta, como a automóvel, aeroespacial, caiaques, pranchas de surf, entre outras áreas. Só para citar o exemplo da indústria aeroespacial, pensa-se incorporar cortiça nas naves que fazem o lançamento dos satélites para o espaço, tanto no nariz das próprias naves como no interior das câmaras de combustão. Empresas como a Airbus e a Boeing estão a estudar a cortiça para aplicar no interior dos aviões por ser um material leve, isolante e antivibrático.
Outra novidade: este material passou a estar na moda na vertente da construção. A Corticeira Amorim revestiu o chão da Sagrada Família, uma catedral que recebe 3 milhões de pessoas por ano. Outro exemplo foi o caso do Pavilhão de Portugal da Expo Xangai 2010 que recebeu o prémio de Design pelo Bureau International des Exhibitions.
A Rússia, os Estados Unidos e a Alemanha têm sido bons clientes nesta vertente do negócio. Desengane-se quem pensa que os pavimentos são iguais aos do passado. Mais uma vez esta indústria aproveitou para fazer o trabalho de casa e investindo em investigação descobriu forma de dar cor e outros formatos a este material, conseguindo assim várias tonalidades para os pavimentos.
Portugal é líder de vendas
Portugal exporta para mais de 100 países, tendo como principais clientes França, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Espanha, Chile e Austrália. Portugal representa 33 por cento da área de sobreiros a nível mundial, é responsável por 54 por cento da produção e 75 por cento da transformação mundial. Estes números levam a empregar 10 mil pessoas diretamente e 3000 temporariamente, essencialmente no período da extração. Nesta fase, em média, cada trabalhador ganha entre 60 e 70 euros por dia.
Cada quilograma de cortiça custa, neste momento, 1,7 euros. Os produtores vendem a arroba (15 kg), o que dá uma média de 25 euros. Prevê-se que a exportação renda cerca de 750 milhões de euros. O futuro da cortiça augura-se positivo. É um material 100 por cento natural e a indústria aposta na sustentabilidade. Além disso, 60 por cento das necessidades energéticas são satisfeitas a partir de fontes renováveis, porque no setor da cortiça tudo se aproveita. As florestas de sobro mundial retêm por ano 14 mil milhões de toneladas de CO2. Mais: o setor também aposta na reciclagem de rolhas. Em 2010 foram recicladas 43 milhões de rolhas, dando origem a outros produtos e 74 por cento dos resíduos gerados são valorizados.» in http://noticias.sapo.pt/economia/artigo/portugal-e-lider-mundial-no-seto_1970.html

22/12/11

O Meu Amigo Poeta, Ângelo Ochôa, supera-se novamente, com o Poema: "Cesareia"



"Cesareia: Romanos, lusos, ameríndios, índios, etíopes,
nipónicos, arianos, turcos, arménios,
ucranianos, croatas, chinos,
africanos, gregos, esquimós, hebreus, árabes,
à cor irreal, pasmámos.
Entrementes, quando nos sentámos, a ver que dava,
partiam, adereços aviados, saltimbancos."


(Ângelo Ochôa, Poeta)



(Ângelo Ochôa, Poeta)

F.C. do Porto Sub-19: F.C. do Porto 1 vs Boavista 0 - Jovens Dragões continuam na frente e invictos!




«SUB19: GOLO DE MIKEL DERROTOU O BOAVISTA


Um golo de Mikel, apontado aos 73 minutos, garantiu a vitória da equipa Sub19 do FC Porto sobre o Boavista, em jogo da 18.ª jornada da primeira fase do Nacional de Juniores A, disputado esta quarta-feira, no mini-estádio do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia.


Invicta, somando 46 pontos e privada de Vion e Tiago Ferreira (convocados para o jogo da Taça da Liga, entre Paços de Ferreira e FC Porto), a equipa orientada por Rui Gomes mantém os 16 pontos de vantagem sobre o Vitória de Guimarães, o Braga e o Nacional, que partilham a segunda posição.» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Formacao/noticiaformacao_futsub19fcpboavistacro_211211_65998.asphttp://www.fcporto.pt/Noticias/Formacao/noticiaformacao_futsub19fcpboavistacro_211211_65998.asp

Bwin Cup - Paços de Ferreira 1 vs F.C. do Porto 2 - Dragões continuam em boa forma, com um super cebola de fim de ano!



«O "INCRÍVEL" ENTROU PARA RESOLVER


O FC Porto encerrou 2011, um ano cheio de conquistas, com mais uma vitória. O protagonista não foi surpreendente: o "Incrível" Hulk entrou em campo na segunda parte para "carimbar" uma vitória por 2-1, no terreno do Paços de Ferreira. O triunfo foi para a Taça da Liga, uma competição que pode não ser prioritária, mas em que os azuis e brancos entram naturalmente para triunfar.


No estádio do Paços de Ferreira, o apoio das claques azuis e brancas foi constante, mesmo com uma temperatura certamente abaixo dos 10 graus. O primeiro a "aquecer" o encontro, logo aos 90 segundos, foi Cristian Rodríguez. O uruguaio foi inteligentemente desmarcado na esquerda por Kléber e rematou de forma imparável para a baliza de Cássio. O "Cebola" marcava pelo segundo jogo consecutivo e os Dragões partiram para 15 minutos de bom nível.


Com Varela posicionado mais sobre o meio, os azuis e brancos conseguiram chegar por várias vezes às imediações da área dos pacenses, controlando a partida. No entanto, o Paços de Ferreira empatou na primeira vez em que fez a bola chegar à área portista. William acorreu a uma defesa incompleta de Bracali e fez o 1-1. Os locais equilibraram então a partida, muito disputada a meio campo. O FC Porto, cum uma frente de ataque muito móvel – Djalma, Varela, Rodríguez e Kléber trocavam frequentemente de posição – terá acusado alguma falta de entrosamento. Mangala, Alex Sandro, Souza ou Rodríguez não têm actuado muitas vezes esta época.


Nos últimos 15 minutos da primeira parte, o FC Porto, que nunca deixou de dominar em termos de posse de bola, recuperou alguma acutilância no ataque. Belluschi, aos 33 minutos, disparou para defesa de Cássio e, dez minutos depois, uma triangulação entre Alex Sandro, Kléber e Rodríguez culminou em mais um remate perigoso. O lateral brasileiro, que fez o seu segundo jogo com a camisola azul e branca, destacou-se pelas constantes subidas no seu flanco e pela técnica apurada.


Moutinho entrou em campo ao intervalo, recuando Djalma para o posto de lateral-direito. Era uma aposta de ataque a que Cristian Rodríguez quase dava sequência, aos 49 minutos, mas Cássio desviou o remate para canto. Em todo o segundo tempo, apenas Melgarejo, aos 60 minutos – num lance que parece precedido de falta sobre João Moutinho -, colocou em perigo as redes de Bracali.


Nesse momento, já Hulk tinha entrado em campo. O brasileiro cumpriu 30 minutos em alta rotação e, aos 69 minutos, criou o lance que haveria de originar o 2-1. Numa arrancada pela direita, ultrapassou um adversário e foi carregado pelo segundo, Fábio Faria. Penálti evidente, que o brasileiro concretizou de forma certeira.


Até ao apito final, os Dragões circularam a bola e controlaram o jogo. Aos 80 minutos, Belluschi ainda serviu Hulk para uma nova arrancada, que culminou num remate de pé esquerdo que Cássio desviou para canto. Estavam garantidos os três pontos neste primeiro encontro da fase de grupos. Agora, os portistas têm dois jogos em casa, frente a Vitória de Setúbal e Estoril, para garantir o acesso às meias-finais da Taça da Liga.


FICHA DE JOGO

Paços de Ferreira-FC Porto, 1-2

Taça da Liga 2011/12
21 de Dezembro de 2011
Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira


Árbitro: Rui Costa (AF Porto)
Assistentes: Nuno Manso e Tomás Santos
Quarto árbitro: Hugo Pacheco


PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Diogo Figueiras, Javier Cohene, Fábio Faria e Luisinho; Filipe Anunciação (cap.), André Leão e Vítor; Manuel José, William e Melgarejo
Substituições: Vítor por Bacar (75m), William por Michel Lugo (83m) e Diogo Figueiras por Caetano (86m)
Não utilizados: António Filipe, Josué, Luiz Carlos e Eridson
Treinador: Henrique Calisto


FC PORTO: Bracali; Maicon, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Souza, Belluschi (cap.) e Varela; Djalma, Kléber e Rodríguez
Substituições: Maicon por João Moutinho (46m), Varela por Hulk (58m) e Souza por Fernando (79m)
Não utilizados: Kadú, Iturbe, Tiago Ferreira e Vion
Treinador: Vítor Pereira


Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Rodríguez (2m), William (16m) e Hulk (70m, pen.)
Cartões amarelos: Mangala (64m), Fábio Faria (69m) e Luisinho (82m)» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futpferreirafcpcro_211211_66011.asp


(Paços de Ferreira 1 vs F.C. do Porto 2)

21/12/11

F.C. do Porto Andebol - Xico Andebol 25 vs F.C. do Porto Vitalis 46 - Dragões vencem em Guimarães de forma esmagadora!




«MAIS UM TESTE À BARREIRA DOS 50


Quatro dias depois da vitória esmagadora sobre o Belenenses (29-48), o FC Porto Vitalis voltou a fazer a abordagem à meia centena de golos, vencendo, esta noite (quarta-feira), o Xico Andebol por 25-46, em jogo da 17.ª jornada do Andebol 1, disputado em Guimarães, de onde saiu ainda mais líder, cerca de uma hora depois do empate do Águas Santas em Belém (30-30).


Os Dragões, que venciam por 11-21 ao intervalo, tiveram em Tiago Rocha e Daymaro Salina os elementos mais produtivos, com os dois portistas a dividirem a condição de melhor marcador da partida, depois de os pivôs português e cubano terem apontado oito golos cada.


Os restantes golos dos azuis e brancos foram da autoria de Gilberto Duarte (5), Vasco Santos (1), Ricardo Costa (5), Filipe Mota (3), Pedro Spínola (4), Elias António (3), Sérgio Rola (3), Nenad Malencic (5) e Duarte Carregueiro (1).


Com a conjugação dos resultados desta noite, o FC Porto Vitalis, que soma 47 pontos, alargou para dois a vantagem para o Águas Santas, que ocupa a segunda posição.» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Andebol/Noticias/noticiaandebol_andxicoandebolfcpcro_211211_66007.asp

F.C. do Porto Hóquei Patins: Infante de Sagres 2 vs F.C. do Porto Império Bonança 10 - O FC Porto Império Bonança mantém o registo 100 por cento vitorioso na época 2011/12!




«DRAGÕES SÓ SABEM VENCER


O FC Porto Império Bonança mantém o registo 100 por cento vitorioso na época 2011/12, depois de vencer esta quarta-feira por 10-2, no terreno do Infante de Sagres, em jogo da nona jornada do campeonato nacional. Cumprida na íntegra esta ronda, os Dragões recuperam a liderança que tinham circunstancialmente perdido, por menos de 24 horas.


Com três golos, Gonçalo Suíssas foi o melhor marcador da partida que encerrou o ano competitivo dos Dragões. Reinaldo Ventura e Filipe Santos “bisaram”, com Pedro Moreira, Pedro Gil e Filipe Santos a apontarem os restantes tentos. Ao intervalo, os azuis e brancos venciam por 3-1.


O FC Porto tem agora 27 pontos, mais dois do que o Benfica, segundo classificado.


A equipa orientada por Tó Neves alinhou e marcou: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura (2), Pedro Gil (1) e Gonçalo Suíssas (3). Jogaram ainda: e Nélson Filipe (g.r.), Filipe Santos (2), Caio, Nélson Pereira e Tiago Santos (1).» in

Religião - Maria da Conceição de Pimentel Teixeira, ou Sãozinha de Alenquer!




«MARIA DA CONCEIÇÃO DE PIMENTEL TEIXEIRA


SÃOZINHA
1923-1940


SÃOZINHA


Maria da Conceição Ferrão de Pimentel, conhecida pelo nome de Sãozinha, nasceu em Coimbra, no dia 1 de Fevereiro de 1923. Menina rica, filha única, bonita, aluna distinta, condecorada com muitas medalhas pelos seus triunfos escolares, piedosa, pura como um anjo, sofria uma grande tristeza : seu pai, médico distinto, não praticava a religião.


Quanto sacrifícios e orações ofereceu pela sua conversão a filha querida ! Sobretudo no Natal e Páscoa pedia e esperava tão grande graça. No Natal de 1939, o último que passou na terra, desabafa com a mãe : “Ainda não foi desta que o paizinho recebeu Nosso Senhor e eu estava tão cheia de esperança, e nem sequer foi beijar o Menino Jesus como os outros !”


Para arrancar ao Céu tão grande graça faz o maior d todos os sacrifícios : oferece a sua vida pela conversão do Pai. Aceitou o Senhor a heróica oferta. Depois de dois meses de atroz sofrimento, morre aos 17 anos de idade em Lisboa, aos 6 de Junho de 1940.


Esmagado pela dor, continuava empedernido seu pai, até que chegou o dia da graça.


“Aprouve a Deus ― escreve o Doutor Alfredo Pimentel ― que a missa do 30° dia, em sufrágio de alma da Sãozinha fosse rezada, justamente na igreja de São Francisco, em Alenquer, onde ela fizera a sua Primeira Comunhão, no dia mais feliz da sua vida. Ali, depois de evocar, com o coração retalhado de saudade, a doce figura da minha filha, as suas virtudes heróicas, a sua candura e simplicidade, toda a sua vida de amor e abnegação, revi, com a alma repassada de amargura, todo o meu passado de indiferença religiosa e compreendi que, para além da vida terrena, outra vida, mais perfeita e mais bela, nos espera no seio de Deus.


Então, quase instintivamente, abeirei-me do confessionário e fiz com humildade a minha confissão aos pés do confessor, preparando-me assim para receber comovidamente a Sagrada Comunhão. Sãozinha, a minha querida Filha, acabava de ver realizado o que tão ardentemente pedia ao Senhor ! Desde então procuro, com a graça de Deus, cumprir todos os meus deveres de cristão”.


Fonte: Patriarcado de Lisboa» in http://alexandrina.balasar.free.fr/saozinha_pimentel_pt.htm

(Retrato da Sãozinha de Alenquer, enviada pelo Meu Amigo Poeta, Ângelo Ochôa)


(Sãozinha de Alenquer)


Espaço - Astrónomos descobriram os dois mais pequenos planetas fora do Sistema Solar, com dimensões semelhantes à Terra e a orbitar uma estrela parecida com o Sol, revela hoje a revista científica Nature, citada pelas agências internacionais!




«Descobertos os dois mais pequenos planetas fora do Sistema Solar


Astrónomos descobriram os dois mais pequenos planetas fora do Sistema Solar, com dimensões semelhantes à Terra e a orbitar uma estrela parecida com o Sol, revela hoje a revista científica Nature, citada pelas agências internacionais.


O método de precisão usado permitiu à sonda norte-americana Kepler, da NASA, detectar os pequenos exoplanetas [planetas fora do sistema solar], que orbitam uma estrela baptizada como Kepler 20.


O diâmetro de um dos pequenos planetas ultrapassa pouco mais (três por cento) o da Terra e o do outro é ligeiramente mais pequeno (três por cento) que o do ‘planeta azul’.


Bem mais próximos da sua estrela do que a Terra do Sol, os dois novos exoplanetas percorrem a sua órbita em menos de uma semana ou um mês. São rochosos como a Terra, mas as suas temperaturas à superfície são demasiado elevadas para permitir vida.


O sistema extra-solar da estrela Kepler 20, situado a mil anos-luz da Terra, inclui mais três planetas, maiores, com tamanho similar ao de Neptuno.


De acordo com os astrónomos, apenas três exoplanetas se encontram em “zona habitável”, onde a água pode ser detectada em estado líquido e, desta forma, a vida ser possível: Kepler 22, a cerca de 600 anos-luz da Terra, e Gliese 581d e HD 85512b, a dezenas de anos-luz do ‘planeta azul’.


Lançada em Março de 2009, a sonda Kepler tem por missão observar mais de cem mil estrelas semelhantes ao Sol, visando a detecção de planetas-irmãos da Terra susceptíveis de acolher vida.


O aparelho já descobriu 28 exoplanetas e recenseou 3.326 «planetas candidatos», que continuam por confirmar por outros métodos.


Lusa / SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=36768


(Los Planetas: Tierra firme - The Planets: Terra Firma)

20/12/11

Amarante - Algumas curiosidades sobre o Brasão da Antiga Casa da Câmara, que mais tarde foi cadeia!

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«(…) Irmos ao longe descortinar a origem do burgo amarantino, assistindo à sua organização e à evolução do seu município, é tarefa impossível no meio da obscuridade dos tempos, com falta de documentos escritos e epigráficos que tantas invasões e guerras queimaram e destruíram. Antiquíssima devia ter sido a sua formação, se atendermos a que a constituição dos concelhos, de alguns coutos e honras hoje incorporados no concelho de Amarante depois da reforma de 1834, nos aparecem com o alvorecer da própria nacionalidade, quase todos com o seu foral e alguns objetos de doações régias (Documento n.º 2).

O município amarantino, rudimentar a princípio, foi-se aperfeiçoando e desenvolvendo, aparecendo-nos a sua população já mencionada nas Inquirições mandadas fazer em 1220 por D. Afonso II, e nas de D. Afonso III em 1258.

Em 1527, D. João III ordena a cada a um dos seus corregedores, o arrolamento da população em cada uma das suas comarcas, encontrando-se em Amarante, que então era «… huma rua comprida…» 236 moradores, como veremos no documento transcrito no final (Documento n.º 3).

Em 1736 a população tinha aumentado para 1108 almas, espalhadas por uns 380 fogos, continuando no entanto a vila a ser uma só paróquia.

Dissemos há pouco, que Amarante soubera sempre fazer respeitar as suas antigas regalias, escolhendo livremente o seu senhor, quase sempre um príncipe da Casa de Bragança e realmente assim era, porque, por um instrumento de 27 de Dezembro de 1143, confirmado em 30 de Janeiro de 1444 por D. Afonso V, o Juiz, Vereadores, Procurador, Homens Bons e mais moradores da Vila de Amarante, escolheram novamente para seu senhor a D. Afonso, Duque de Bragança e Conde de Barcelos, filho de D. João I, carta que em 18 de Junho de 1496 foi confirmada ao Príncipe D. Jaime.

A pedido da Câmara de Amarante, D. João II mantem o senhorio da vila na pessoa de seu filho D. Afonso e em 1491 o mesmo senhorio é confirmado a D. Jaime, juntamente com o da Honra e Beetria de ovelha do Marão, hoje uma das freguesias do concelho de Amarante.

Sucediam-se, como vimos, as confirmações do senhorio da vila na pessoa de um príncipe da Casa de Bragança, até que em 1639, alguém conseguiu a mercê da alcaideria-mor desta vila. A Câmara de Amarante ao ter conhecimento de tal nomeação, reuniu em sessão magna juntamente com o povo e resolveu protestar energicamente e pôr embargos a tal mercê, que vinha contrariar e ofender os seus antiquíssimos direitos. O protesto surtiu os seus efeitos, não sendo nomeado o alcaide-mor e esta Câmara continuou a usufruir as suas antigas regalias.

Economicamente eram diminutos os rendimentos da Câmara e necessário era fazer certas obras, muito principalmente a construção da Casa da Câmara e a Torre do relógio, para as quais não havia rendimento, tendo a Câmara solicitado em 1555 a D. João lhe concedesse uma imposição sobre o azeite, carne, vinho, mel e sal parar com esses rendimentos fazer face às despesas das obras.

Mas os 10 anos, que na aludida imposição lhe foram concedidos, acabam e as obras não estavam concluídos, resolvendo a Câmara solicitar de D. Sebastião, pois já era falecido D. João III, a prorrogação por mais 15 anos da imposição que lhe tinha sido concedida, para poder concluir as obras, pedido que lhe foi satisfeito e talvez em sinal de reconhecimento é que na fachada dessa antiga Casa de Câmara nós encontramos um escudo com as armas de D. Sebastião, a que nos vamos referir.

Nesse antigo edifício, hoje transformado em cadeia comarcã, existe na fachada entre o primeiro e o segundo andar, um escudo de armas que não hesitamos atribuir a D. Sebastião e que aqui reproduzimos em gravura.

Como se verifica do escudo, heraldicamente mal composto, existem três setas que, atravessando o escudete das quinas, vêm sair por detrás do escudo dos castelos, sendo encimado por uma coroa aberta, usada naquele tempo.

As setas que guarnecem este escudo e que nos aparecem em outros do tempo de D. Sebastião devem filiar-se na tradição e do uso que D. sebastião fez de algumas setas para ornamentar os seus brasões, mandando até gravar duas nas moedas de ouro, por ordenança de 6 de Novembro de 1559. (…)» do livro "O Brasão de Amarante" de Artur da Mota Alves.
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Uma perplexidade que me assola tem a ver com o abandono de um edifício com tanto interesse histórico, tanto local, mas também de dimensão nacional. Torna-se evidente, a importância que os amarantinos colocaram na sua construção e ao apoio financeiro para a sua consecução com que, designadamente, os Reis D. João III e D. Sebastião quiseram legar aos amarantinos, reconhecendo a importância da então Vila de Amarante, nesta importante Região do Baixo Tâmega. 

Estranha-se o abandono a que este edifício foi votado pela Câmara Municipal de Amarante, apesar da sua importância histórica, do contributo que poderia dar para o turismo e não só... enfim, critérios!


Jose Cid - "A lenda d'el Rei D. Sebastião" - (1970)

José Cid/Quarteto 1111 - "A lenda d'El Rei D. Sebastião"

(A Lenda d'el Rei Dom Sebastião)

Batalha de Alcácer - "Quibir"


Amarante - Tios Azuíl e Maria Amélia da Casa da Calçada, Mancelos, Amarante!

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Estes são os Tios e Padrinhos de Minha Mãe, da Casa da Calçada, Mancelos, Amarante! O Tio Azuíl, homem austero, ourives na Rua 31 de Janeiro, na Cidade do Porto, contrastava com o feitio da Tia Maria Amélia Babo, do Convento de Mancelos, uma Senhora de gargalhada fácil e com um humor contagiante. Na fotografia está também a Ti'Ana, criada da Casa da Aldeia, Gateira, Mancelos e que alinhava em todas as brincadeiras da Minha Mãe, que por esse e outros motivo, a adorava! Esta foi uma Visita dos Tios à Casa da Aldeia, o que por si só era motivo suficiente para boa disposição geral!

Amarante - Tendo como referência S. Gonçalo, teve lugar, em meados de Dezembro, a apresentação da “Confraria da Santa Bengala”!

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«“Louvores” ao doce de S. Gonçalo em quadras brejeiras


Tendo como referência S. Gonçalo, teve lugar, em meados de Dezembro, a apresentação da “Confraria da Santa Bengala”. Agora, foi a vez do lançamento do livro “Quadras brejeiras ao doce de S. Gonçalo de Amarante”, da autoria de António Patrício, que é também o promotor da Confraria.


A apresentação decorreu na Confeitaria Pardal, perante uma assistência entre o curioso e o divertido que, de sorriso incontido e matreiro, ouviu quadras brejeiras, ditas e cantadas com acompanhamento de violão.


Quadras inéditas que, segundo Luís Miguel, presidente da Associação Empresarial de Amarante (que patrocinou a edição do livro), devidamente mostradas, “embrulhadas” em outros produtos turísticos, ajudam a “vender” Amarante no exterior.


Da mesma opinião foi Armindo Abreu, Presidente da Câmara de Amarante, que reconheceu o bom gosto do escriba, contido, que não cedeu ao mau gosto, antes produziu uma escrita inteligente, criativa, ainda que marota.


O livro, de capa sugestiva e design susceptível de interpretações várias, custa 3,5 euros (preço a condizer com a crise) e pode ser uma interessante prenda para pôr no sapatinho amarantino.» in http://www.jornalaberto.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1895&Itemid=1
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