10/11/07

Política Nacional - Catalina Pestana, a mulher sem medo... da verdade!


«Catalina Pestana foi escolhida para ficar à frente da Casa Pia num momento difícil da instituição. Dois governos validaram essa escolha, o que significa que, de algum modo, passou o teste de ter o lugar apenas por compadrio político. É verdade que o critério para se estar à frente da Casa Pia, como da Santa Casa da Misericórdia, é um pouco bizarro e mal esclarecido, pois corresponde a um perfil muito sui generis de pessoas, que inclui sempre alguma relação privilegiada com a Igreja e com redes de influência entre o trabalho social, o militantismo católico, mesmo heterodoxo, e algumas maçonarias sem nome, como a que existia à volta de Maria de Lurdes Pintasilgo. São também, nos últimos anos, “lugares de mulheres”, na ideia que estas serão mais sensíveis aos problemas sociais que essas instituições defrontam. É uma mescla estranha, de que Catalina Pestana faz parte, mas isso neste caso funciona mais como território de independência.
O que Catalina Pestana tem vindo a dizer preto no branco em entrevistas públicas, a que se soma a informação que acrescentou em privado e confidencialmente aos responsáveis do MP e da Casa Pia, é que existe uma acção concertada, para proteger um grupo de poderosos envolvidos em crimes de pedofilia. Aponta o dedo a círculos do PS e da maçonaria. Concretiza as suas acusações reafirmando a sua convicção da culpabilidade de Paulo Pedroso e acusando os socialistas de terem alterado os Códigos para proteger os acusados no processo Casa Pia. Catalina Pestana não faz meias acusações, coloca nomes, circunstâncias e factos suspeitos na sua voz, na primeira pessoa.
A resposta a Catalina por parte dos visados é, para não ir mais longe, frouxa e incomodada. Por um lado, há uma clara tentativa de a desacreditar, por outro, uma ausência de acção que só dá força às suspeitas lançadas. Por exemplo, nomeia directamente Paulo Pedroso, que no passado processou muitos dos seus acusadores e jornalistas que trataram o caso, mas que agora diz ter intenção de não o fazer à sua acusadora actual. Do mesmo modo, continua sem ser esclarecida a história das alterações aos Códigos nos seus artigos mais sensíveis para o caso Casa Pia, sem se perceber o que aconteceu às actas da Comissão e quem introduziu essas alterações. Sabe-se quem diz que não foi responsável, não se sabe quem foi o responsável e parece cada vez mais que há um encobrimento sobre essa alterações.
Não me parece haver loucura especial nas palavras de Catalina Pestana e os que agora a tentam desacreditar foram alguns dos que a escolheram ou a aceitaram para as funções que exerceu. É verdade que essas palavras são diminuídas pelo clima de perseguição contra os políticos em geral para que o MP deixou descambar o processo Casa Pia cujas fragilidades são evidentes. Tanto se quis pescar de arrasto que se perdeu o foco nos primeiros peixes da rede, e há deficiências que Catalina aponta que não precisam de ser explicadas por qualquer conspiração, basta a negligência e a politização justicialista da investigação para as explicar. Mas, descontando tudo isto, alguma coisa sobra e é suficientemente grave para não ser coberta por qualquer manto de silêncio. O que Catalina Pestana diz, caso seja verdade, conduziria, em qualquer país civilizado, à queda do governo e à incriminação de todos os envolvidos naquilo que é, na verdade, o retrato de uma conspiração.» in Blog Abrupto.
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A Dra. Catalina Pestana constitui-se para mim, como uma enorme esperança, de que afinal, ainda há seres humanos pelos quais, vale a pena acreditar e que o amanhã poderá ser melhor. Enfim, que ainda existe uma réstia de esperança para a humanidade... ainda que muito ténue. Ela poderia ter seguido aquele costumo tão português, da pessoa bem colocada na vida, saindo para a sua reforma dourada. Mas não; existe algo muito grave a inquietá-la, ela sente que, por muito que a tentem silenciar e desacreditar, ainda tem uma missão por concluir. Trata-se de uma pessoa que não silenciou a sua revolta, em chás das tias e quejandos. Não, ela tem um imperativo de consciência, para revelar o que viu, o que verifica estar a ser paulatinamente encoberto e esquecido. O mais fácil para ela, seria certamente fugir, ignorar a sua consciência mais profunda e quedar-se num silêncio conivente, não levantar ondas; aposto que muitos passarões até lhe financiavam uma volta ao mundo, só para ela se esquecer, ou, simplesmente, para não falar de certas coisas... Ela não, ela quer salvaguardar os mais infortunados, os Bibis, os bodes expiatórios! Os senhores do poder, muitos, democratas de Abril, cedo se acostumaram, despudoradamente, a viver anafadamente, à custa da miséria dos mais desgraçados, a viver à grande, a serem uns senhores; quanto mais não seja senhores da podridão, pois foram imitar os piores vícios do regime ditatorial que Portugal aguentou durante 50 anos. Bem haja, Dra. Catalina Pestana, às vezes suspeitava que já não existia gente corajosa, gente frontal, gente com ideais; só vemos lambe-botas anafados e pidescos. Força Dra. Catalina Pestana, não desista de lutar por um país mais digno, nós precisamos de gente assim, para verdadeiramente honrarmos Abril, estamos fartos de tachistas de esquerda! Parabéns, Dr. Pacheco Pereira, excelente artigo, sobre uma grandiosa mulher, de grandes causas!

Amarante - Em Fregim, há matizes esplendorosas, de um Outono belíssimo!








Cores magnificas estas, deste Outono magnifico de 2007!

O Outono é sempre uma estação do ano, com uma combinação de cores magnificas. Este Outono soalheiro, ainda veio reforçar mais esta tendência natural. As vinhas, os diospireiros, os carvalhos, entre muitas outras espécies, estão com umas cores muito especiais, muito fotogénicas; umas matizes que só a natureza sabe criar e pintar... Este Outono de 2007, está radioso de cores! Estas tonalidades são autênticos quadros, ou melhor, são inspiradoras dos melhores quadros jamais pintados!

09/11/07

Música Pop/Rock - "The House of the Rising Sun" - Música Fabulosa!



Bob Dylan - "House Of The Rising Sun"

The Animals - "The House Of The Rising Sun"

Pink Floyd - "House of the Rising Sun"

Chiaki Naomi - "The House of The Rising Sun"

Duran Duran - "House of the Rising Sun"

Friid Pink - "House of the Rising Sun"

Joan Baez - "House of the Rising Sun"

Nina Simone - "The Bitter End Cafe" - (1968)

Muse - "House Of The Rising Sun" - cover


"House of the Rising Sun" / Devil went down to GA



«"The House of the Rising Sun" is a folk song from the United States. Also called "House of the Rising Sun" or occasionally "Rising Sun Blues", it tells of a life gone wrong in New Orleans. Depending on the version, the song may be sung from the perspective of a woman or a man. The best-known rendition of the song is by the English group The Animals in 1964, which was a number one hit in both the United States and United Kingdom.» in Wikipédia.




"House of the Rising Sun


There is a house in New Orleans
They call the Rising Sun
It's been the ruin of many a poor girl
And me, Oh Lord! was one
My mother was a tailor,
She sewed them new blue jeans.
My lover he was a gambler, Oh Lord,
Gambled down in New Orleans.


My lover, he was a gambling man
He went from town to town;
And the only time he was satisfied
Was when he drank his liquor down.
Now the only thing a gambling man needs
Is a suitcase and a trunk;
And the only time he's ever satisfied
Is when he's on a drunk.


If I only list'nd when my dear mother said:
Beware, my child, when you roam,
Keep away from drunkards and all those gambling men,
It's best by far to come home.
Go and tell my baby sister
Never do like I have done,
But to shun that house in New Orleans
That they call the Rising Sun.


With one foot on the platform,
And one foot on the train
I'm goin' back to New Orleans
To wear the ball and chain.
I'm going back to New Orleans
My race is almost run;
I'm going back to spend the rest of my life
Beneath that Rising Sun."

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Esta música que Bob Dylan foi o primeiro a tocar e a cantar, viria a tornar-se um êxito retumbante, pela interpretação dos The Animals, sendo uma das músicas mais tocadas de sempre e o seu êxito, em muito se deve, à excelente conjugação instrumentos, letra e voz que a composição encerra! É das tais músicas que, parece que existiram desde sempre, pelo menos para os amantes de música, como eu! Fico sempre extasiado, quando a ouço! Grande Música!


08/11/07

O anoitecer na ESA, captado por Dr. Micl!


Magnifica fotografia do anoitecer na ESA, neste Outono com um tempo e umas tonalidades fantásticas, captada pela objectiva de Dr. Micl (Michal Lewtak), o caçador de momentos.

07/11/07

Jimi Hendrix & Vários - "Hey Joe"







Jimi Hendrix - "Hey Joe"

Jimi Hendrix - "Hey Joe" - Cover by Electricladyband

David Gilmour ft. Seal - "Hey Joe"

Slash - "Hey Joe" - Jimi Hendrix Tribute

Jimi Hendrix at Woodstock 1969
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E pensar que eu nasci, nestes anos loucos, da década de 60 e pricípio de outra, não meno conturbada, a de 70. O meu ano, de excelente colheita, 1969, com o mais louco Woodstock de sempre, prometia novos mundos, para o mundo! Foram tempos de grandes revoluções... os actuais estão a pedir outras, isto está tudo muito conformado, andamos muito distraídos a arranjar dinheiro para comer, mas a vida não pode ser só isso! Se for só isto, mais vale desistirmos, da humanidade! Mais vale voar e fugir!

Novo Estatuto do Aluno - Brincadeira ou verdade?



«Se, por um lado, a escola passa a ter mais facilidade em punir o aluno nos casos de indisciplina, agressão ou absentismo, por outro, o fim dos chumbos para os alunos faltosos faz esquecer a mão pesada que o novo documento pretende pôr em prática. As expulsões da escola, por exemplo, deixam de estar previstas.
O problema da “indisciplina e incivilidade” na escola, a par do combate ao abandono e insucesso escolares, motivou o Governo a alterar os princípios que regem os direitos e deveres do aluno. Mas são muitos os que apontam o dedo à tentativa de mascarar os números do abandono escolar. O fim do chumbo por faltas e a realização de uma prova de recuperação a quem falte mais de três semanas (consecutivas ou interpoladas), sem regras que limitem o número máximo de testes que o aluno pode fazer, têm sido as principais críticas.
João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores e responsável pela Linha SOS Professor, é peremptório ao afirmar que “a ultrapassagem das faltas injustificadas deve continuar a determinar a retenção dos alunos”. Porém, não fecha portas aos planos de recuperação aos faltosos. “Pode e deve ser atribuído, mediante cada caso, um plano de recuperação do aluno” sujeito a determinados limites. “Teria que ser a escola a determinar as regras de atribuição do plano, a ultrapassagem das faltas não poderia ser reiterada e o plano só deveria ser aplicado uma vez em cada ciclo de ensino”, defende João Grancho. “Sem controlo [o novo estatuto] é um incentivo ao laxismo”.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, reafirmou ontem que não vai haver facilitismo. “Quero dizer, com muita clareza, aos jovens e às famílias, que não é verdade que, se faltarem, podem passar, pois isso não está escrito em nenhum ponto do estatuto do aluno”. A governante realçou que os alunos faltosos “vão ser obrigados a prestar contas”. “Agora as escolas têm autonomia para avaliar e intervir para corrigir o comportamento do aluno podendo, se assim o entenderem, chamar os pais logo à primeira falta do jovem”, explicou. “Seremos intolerantes com as faltas, excepto em caso de doença”, garantiu, sublinhando que o estatuto “visa restituir a autoridade às escolas e aos professores”.


CURSOS PROFISSIONAIS DÃO ORIGEM A ESTÁGIOS


O Governo apresenta hoje, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, os resultados escolares dos últimos dois anos. Numa cerimónia com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, e da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, serão assinados os primeiros protocolos com algumas empresas para a “criação de estágios” para os alunos que terminem os cursos profissionais do Secundário. O Governo convidou uma série de empresas e empresários, destacando-se representantes da Cotec Portugal e da Associação EIS – Empresários pela Inclusão Social. De acordo com os últimos dados do Ministério da Educação, relativos ao ano lectivo 2006/07, registou-se um aumento do número de alunos matriculados, com mais 21 192 estudantes que no ano lectivo anterior. O número de alunos inscritos nos cursos de educação e formação do 9.º ano subiu de 11 512 para 24 418 e nos cursos profissionais do Secundário matricularam-se 44 466 alunos, mais 11125 que em 2005/06.


TELEMÓVEIS FICAM À PORTA DA SALA


Não é de carácter obrigatório, mas está bem explícito no artigo 15º do estatuto, que é dever do aluno não transportar “equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos, passíveis de, objectivamente, perturbarem o normal funcionamento das actividades lectivas”. Dependendo do humor ou boa vontade do professor, os telemóveis, ipod´s, leitores de música, gameboys e playstations portáteis, entre outros equipamentos do género, passam a ficar à porta da sala de aula. Além de acabar com as mensagens escritas nas aula, o novo estatuto põe fim a algumas fórmulas mais actuais de fazer cábulas.


AS PRINCIPAIS NOVIDADES


ARTIGO 15


O aluno não pode transportar equipamento tecnológico (telemóveis, ipod ou mp3, por exemplo).


ARTIGO 18


São consideradas faltas as ausências a aulas e outras actividades obrigatórias, mas também a actividades facultativas nas quais o aluno se tenha inscrito.


ARTIGO 19


Os pais ou encarregados de educação ou o aluno, se maior de idade, só têm três dias úteis para justificar as faltas.


ARTIGO 22


Se o aluno faltar 10 dias, os pais são chamados à escola. Se as faltas atingirem o triplo dos tempos lectivos semanais, sejam ou não justificadas, o aluno tem de realizar uma prova de recuperação nas disciplinas onde atingiu o limite de faltas. É a escola quem decide quais as consequências da realização da prova no aproveitamento escolar e no percurso escolar. O aluno pode realizar mais que uma prova de recuperação à mesma disciplina, no mesmo ano.


ARTIGO 26


De entre as medidas correctivas contam-se a realização de tarefas escolares, o condicionamento de acesso a certos espaços escolares ou a mudança de turma. A expulsão de escola deixa de existir.


ARTIGO 27


A transferência de escola apenas é aplicada aos alunos com dez ou mais anos de idade e se a nova escola estiver situada na mesma localidade ou seja servida de transporte público ou escolar.


ARTIGO 43


É o presidente do conselho executivo ou director que tem a competência para instaurar procedimento disciplinar caso o comportamento configure a aplicação das medidas disciplinares sancionatórias. A transferência de escola é da competência do Director-Regional de Educação.


ARTIGO 47


O aluno que estiver sob procedimento disciplinar, com suspensão temporária, deve ter um plano de actividades pedagógicas durante o período de ausência da escola.


REACÇÕES


MARCELO R. DE SOUSA (Prof. Universitàrio)


"O novo estatuto do aluno prevê a balda total nas faltas no Ensino Público. As escolas privadas não vão alinhar nisso, o que vai acentuar a diferença entre elas”


ALBINO ALMEIDA (Pres. da CONFAP)


"Faz sentido os alunos fazerem o exame. É uma medida generosa que não pode deixar de ser posta em prática só porque alguns possam fazer um mau aproveitamento dela"


JOÃO GRANCHO (Linha SOS Professor)


"Entendemos que a ultrapassagem das faltas injustificadas deve determinar a retenção dos alunos mas pode e deve ser atribuído, mediante cada caso, um plano de recuperação do aluno”


PAULO PORTAS (Presidente do CDS-PP)


"Não posso concordar com um sistema educativo onde se promove o laxismo e o facilitismo em vez de ensinar regras de disciplina e de hábitos de trabalho”.


EMÍDIO GUERREIRO (Deputado do PSD)


"Os estudantes não vão ter melhor ensino nem aproveitamento. O novo regime de faltas apenas resolve o plano estatístico. Permite aos estudantes transitar de ano sem rigor, sem avaliação”


NOTAS


MINISTÉRIO PÚBLICO E POLÍCIAS NA ESCOLA


Em caso de perigo para a saúde ou para a segurança dos alunos, o conselho executivo da escola pode solicitar a presença policial, dos conselhos de acção social ou do Ministério Público


COMISSÃO DE MENORES CHAMADA A INTERVIR


Quando o limite de faltas é ultrapassado pelo aluno e a família é chamada à escola sem qualquer tipo de feedback, a escola pode accionar a ajuda da comissão de protecção de menores da região


PSICÓLOGOS PARA DETECTAR PROBLEMAS


Os técnicos dos serviços de psicologia e orientação ajudam a identificar e prevenir situações problemáticas e na elaboração de planos de acompanhamento, envolvendo a comunidade educativa


SUSPENSÃO PREVENTIVA COM MÁXIMO DE 5 DIAS


De acordo com a proposta do PS a suspensão preventiva do aluno não pode ser superior a uma semana, nem continuar para além da data da decisão do procedimento disciplinar


MAIS RESPONSABILIDADE PARA OS PAIS


Entre o momento da instauração do processo disciplinar ao aluno e a sua conclusão, os pais e encarregados de educação são chamados à escola para ajudarem a esclarecer os factos da punição


BASTA AVISO AOS PAIS PARA APLICAR SANÇÕES


O procedimento para a aplicação de medidas correctivas aos alunos, no actual estatuto, exige muita burocracia, entre reuniões e abertura de autos. No novo estatuto basta avisar os pais


MUDANÇAS


São vários os artigos alterados. O Governo propôs, mas é a versão do PS que será aprovada pela Comissão de Educação.


SAIBA MAIS


- 60 artigos compõem o estatuto do aluno que ainda está em vigor. De acordo com a proposta em discussão, serão modificados 33 artigos. Alguns são revogados e outros apenas alterados.


- 10 dias úteis é o limite máximo de suspensão da escola aplicada aos alunos. A forma como é registada a assiduidade e a avaliação do aluno durante o período da suspensão são da responsabilidade de cada uma das escolas.


EM VIGOR


O actual estatuto, que deve vigorar até ao início do próximo ano lectivo, foi aprovado no período em que David Justino esteve à frente do Ministério da Educação.


VOTAÇÃO


Depois da aprovação na especialidade, o estatuto, já alterado, volta ao hemiciclo para votação final. Deve passar com os votos da maioria socialista na Assembleia.


VETO


Após a aprovação na Assembleia da República, o documento segue para Belém, onde o Presidente da República o analisa. Em caso de veto de Cavaco Silva, o estatuto regressa ao Parlamento.» in Correio da Manhã, 7 de Novembro de 2007, jornalistas Diana Ramos / Edgar Nascimento.
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Ora vamos lá a ver se nos entendemos. Diz a Excelentíssima Snra. Ministra da Educação, que não lhe interessa se o aluno falta às aulas, ou não; o que lhe importa é se ele sabe, ou não sabe. Estou quase tentado a processar os magníficos professores da Escola Superior de Educação do Porto, onde fiz a minha Profissionalização em Serviço. Não é que eles me ensinaram, que quando avaliamos os alunos, são três grandes eixos que devemos ter como referencial, designadamente: o saber; o saber fazer; ser e saber estar. Ora, ao não se fazer a distinção entre faltas justificadas e faltas não justificadas, podendo no limite o aluno ser avaliado só pelo saber, não estaremos a subverter tudo isto? Mais, ao apostarmos fortemente no ensino profissional, grande bandeira desta ministra, pergunto eu que profissionais serão estes que são formados, não dando qualquer valor à assiduidade? E se o aluno falta, para onde vai, onde anda, com quem anda? Para que se obrigam os professores a estarem na escola a fazer substituições, se os alunos vão poder faltar à vontade? Porque é que a assiduidade conta para a avaliação dos professores e deixa de ter cabimento na avaliação dos alunos? Alguém que me esclareça, pois suspeito, que o que se pretende, é passar administrativamente, os alunos absentistas e o insucesso escolar diminui. Será o sucesso do absentismo?! Será isto tudo uma brincadeira... Sr. Presidente da Republica, ponha termo a isto, não deixe passar esta palhaçada; sejamos coerentes!

06/11/07

F.C. Porto 2 vs Marselha 1 - F.C. Porto já lidera o grupo A da Liga dos Campeões!






«Líder também na Europa
Líder é, em rigor, o termo, vocábulo que acompanha o F.C. Porto a cada tentativa de caracterização, uma espécie de sinónimo com aplicação alargada e indiferente a limites ou fronteiras. Líder é a palavra mais vezes associada ao Dragão, conquistando minúcia crescente a cada utilização, como se um e outro fossem, em essência, a mesma coisa. Seja na Liga ou na Europa, seja fora ou em casa. Líder do campeonato, a equipa de Jesualdo Ferreira é também líder na UEFA Champions League. É repetitivo, já sabemos, mas são os azuis e brancos que não permitem a escolha de outra expressão, deixando, quando muito, a hegemonia como alternativa ou género assemelhado.
Em boa verdade, a vitória sobre o Marselha chegou com duas semanas de atraso, permitindo ao F.C. Porto rectificar o desfecho imerecido e pernicioso do encontro do Stade Vélodrome, que já então deveria ter feito justiça ao bicampeão europeu. Renitente por vezes, a liderança fez-se aguardar também no Dragão, esperando pelos momentos finais e por Lisandro, já muito depois de parecer ter-se rendido à imprevisível magia de Tarik.
Soberbo, portento de coragem, assombro de técnica e velocidade, o golo de Tarik quebrou o gelo de uma resistência peculiar e de um encontro de feições pouco claras, inesperadamente marcado pela frequência de um contra-ataque marselhês indefinido por uma vontade superior à aptidão, capaz de confundir o campeão português por longos minutos.
Tarik é que não se deixou enganar. Recolheu a bola no meio-campo defendido pelo F.C. Porto e ultrapassou, sucessivamente, três adversários, entre arranques, dribles e simulações. Ousou, inclusive, passar pelo meio dos dois últimos, a porta para a baliza de Mandanda, o guarda-redes que contornou com mestria antes de encomendar o encontro da bola e das redes. Desferiu com o pé esquerdo o toque definitivo, que poderia ter sido o de misericórdia.
O final do jogo poderia ter chegado ainda antes do intervalo, mas, clemente, o alemão Stark perdoou o penalty cometido sobre Ricardo Quaresma. Para lá de outros erros. Em vez disso, surgiu o empate, pouco depois do recomeço, apontado por Niang, o avançado que deu oportunidades de sobra ao árbitro do jogo de Marselha para ser expulso antes e depois do golo apontado no Vélodrome, o que seria razão de sobra para impedir a sua utilização no Dragão.
Recompôs-se o F.C. Porto, enquanto o Liverpool goleava o Besiktas em Anfield. E persistiu, experimentando uma variada gama de soluções. Lisandro precisou apenas de um ensaio, que fez embater na trave. Sete minutos depois dos preparativos, novamente assistido por Quaresma e outra vez desde a direita, o argentino voltou a cabecear e a acertar na trave. Mas, agora, a bola percorria só parte do percurso para o golo, que, cada um na sua vez, Postiga e Fucile também poderiam ter feito. Os Dragões estão na frente, com os oitavos-de-final à vista e duas etapas para os alcançar: Liverpool e Besiktas, em casa.

FICHA DE JOGO
UEFA Champions League, 4ª jornada
6 de Novembro de 2007
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 42.217 espectadores
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha)
Assistentes: Jan-Hendrik Salver e Mike Pickel
4º árbitro: Marc Seemann
F.C. PORTO: Helton, Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves «cap» e Fucile; Raul Meireles, Paulo Assunção e Cech; Tarik, Lisandro e Quaresma
Substituições: Cech por Hélder Postiga (59m), Raul Meireles por Bolatti (68m) e Tarik por Mariano (87m)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Leandro Lima e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira
MARSELHA: Mandanda; Bonnart, Rodriguez, Givet e Taiwoo; Cana «cap» e M’Bami; Valbuena, Nasri e Ayew; Niang
Substituições: Niang por Cissé (63m), Ayew por Arrache (77m) e M’Bami por Cheyrou (84m)
Não utilizados: Hamel, Oruma, Zenden e Zubar
Treinador: Erik Gerets
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Tarik (27m), Niang (47m), Lisandro (78m)
Disciplina: cartão amarelo a Helton (90m) e Fucile (90m)» in site F.C. Porto.
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Pois é, o F.C. do Porto continua a ser a equipa portuguesa com maior relevância internacional e nacional. Eu sei que para os defensores da capital, capitalista, dever doer muito, saber que um clube ao qual denominam de regional, ter toda esta dimensão internacional. Afinal, lideramos o Grupo A, da Liga dos Campeões. E ademais, ainda puderam constatar que a tradicional benevolência dos árbitros nacionais, vide o exemplo do jogo de Paços de Ferreira, não é seguida pelos juízes internacionais, que não tiveram contemplações em expulsar um jogador, depois de mais uma entrada assassina, que em Portugal, na nossa permissiva liga, distribui porrada em todos os jogos, imune a qualquer repreensão ou penalização, verbal ou efectiva. Mas isso nem nos interessa nada. Mesmo com as exibições muito aquém do esperado, continuamos a ser a melhor equipa portuguesa, ainda que isso doa muito à imprensa sulista, elitista, centralista e macrocefalista, mais entretida em patrocinar filmes ficcionais sem assinatura! Ou antes, filmes cujos realizadores, não tem coragem para assinar a autoria! Neste jogo ressalta o grande golo de Tarik, e o enorme centro de Quaresma para o 2.º golo. Mas, foi por demais evidente a falta do nosso comandante, Lucho Gonzalez, o nosso patrão!


Vídeo com os momentos mais importantes, de mais uma magnifica jornada europeia por parte do F.C. Porto!

Arte Poesia: Graça Ôchoa - O Clã Ôchoa nasceu para a arte e para a sua difusão plena e de sempre para sempre!


Graça Ôchoa, o Clã Ôchoa, deu ao Mundo, mais uma poetisa!


Eles andem aí, andem, andem!


Joe Berardo e o mini-caixotinho - gato fedorento

Chico Buarque - O Poeta da Música Brasileira e da Língua Portuguesa!







Chico Buarque, o Poeta Músical!


Chico Buarque - "Construção"


Chico Buarque e Milton Nascimento - "Cálice" - Censurado pela ditadura


Chico Buarque e Milton Nascimento - "O que será?"

Chico Buarque - "Cotidiano"

CHICO BUARQUE - "MULHERES DE ATENAS"

Chico Buarque e Elis Regina - "Eu te Amo"

Chico Buarque - "O Meu Amor"

Fagner e Chico Buarque - "Traduzir-se"

Chico Buarque - "Vai passar"

Chico Buarque - "Tanto Mar"


Chico Buarque - "Geni e o zepelim" - Cover


«Chico Buarque
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Chico Buarque

Nome completo:
Francisco Buarque de Hollanda
Origem(ns):
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
País de nascimento:
Brasil
Data de nascimento:
19 de junho de 1944
Data de morte:
{{{falecimento}}}
Apelido:
{{{apelido}}}
Período em atividade:
1962 - presente
Instrumento(s):
voz, violão
Modelo(s) de instrumentos:
{{{modelos}}}
Discos vendidos:
{{{discos vendidos}}}
Gênero(s):
Bossa nova, Samba, MPB
Gravadora(s):
{{{gravadora}}}
Afiliação(ões):
{{{afiliações}}}
Website:
http://chicobuarque.uol.com.br/
Francisco Buarque de Holanda, conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944) é músico, cantor, compositor, teatrólogo e escritor brasileiro.
Índice[esconder]
1 Biografia
2 O começo: participação nos festivais da MPB nos anos 60
2.1 Estilo musical
3 Composições para o Cinema e livros que se tornaram filmes
4 Contribuição para o teatro e a literatura
5 Programas de televisão
6 A crítica à Ditadura
7 O "eu" feminino
8 Os intérpretes de Chico
9 Obra teatral
10 Discografia
11 Ligações externas
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[editar] Biografia
Filho de Sérgio Buarque de Holanda, um importante historiador e jornalista brasileiro, e de Maria Amélia Cesário Alvim.
Foi casado com a atriz Marieta Severo com quem teve três filhas: Sílvia, que é actriz e casada com Chico Diaz, Helena, casada com o percussionista Carlinhos Brown e Luísa. É irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina.
Nascido numa família ilustre, conheceu Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini dentre outros, antes de iniciar sua carreira, pois eles visitavam com frequência seus pais em sua casa na Itália.

[editar] O começo: participação nos festivais da MPB nos anos 60
No início da carreira conheceu Elis Regina, que havia ganhado o Festival de Música Popular Brasileira de 1965 com a canção Arrastão; mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Chico Buarque se revelou ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), patrocinado pela TV Record, com A Banda, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com Disparada, de Geraldo Vandré).
No festival de 1967 faria sucesso também com Roda Viva, interpretada por ele e pelo grupo MPB-4 -- amigos e intérpretes de muitas de suas canções. Em 1968 voltou a vencer outro Festival, o III Festival Internacional da Canção da TV Globo. Como compositor, em parceira com Tom Jobim, com a canção Sabiá. Mas desta vez a vitória foi contestada pelo público, que preferiu a canção que ficou em segundo lugar: Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré.

[editar] Estilo musical
A participação no Festival, com A Banda, marcou a primeira aparição pública de grande repercussão apresentando um estilo amparado no movimento musical urbano carioca da Bossa nova, surgido em 1957. Ao longo da carreira, o samba e a MPB também seriam estilos amplamente explorados.

[editar] Composições para o Cinema e livros que se tornaram filmes
Chico participou como ator e compôs várias canções de sucesso para o filme Quando o Carnaval chegar, musical de Cacá Diegues. Compôs a canção-tema do longa-metragem Vai trabalhar Vagabundo, de Hugo Carvana -- a canção ficou tão boa, que Carvana chegou a modificar o roteiro, a fim de usá-la melhor. Faria o mesmo com os filmes seguintes desse diretor: Se segura malandro e Vai trabalhar vagabundo II. Adaptou canções de uma peça infantil para o filme Os Saltimbancos Trapalhões do grupo humorístico Os Trapalhões e com interpretações de Lucinha Lins. Outras adaptações de uma peça homônima de sua autoria foram feitas para o filme A Ópera do Malandro, mais um musical cinematográfico. Vários filmes que tiveram canções-temas de sua autoria e que fizeram muito sucesso além dos citados: Bye Bye Brasil, Dona Flor e seus dois maridos e Eu te amo, os dois últimos com Sônia Braga. Recentemente, chegou a ter uma participação especial como ator no filme Ed Mort. Ele escreveu o livro que virou filme Benjamim, que foi ao ar nos cinemas em 2003, tendo como personagens principais Cleo Pires, Danton Melo e Paulo José

[editar] Contribuição para o teatro e a literatura
Musicou as peças Morte e vida severina e o infantil Os Saltimbancos. Escreveu também várias peças de teatro, entre elas Roda Viva (proibida), Gota d'Água, Calabar (proibida), Ópera do malandro e alguns livros: Estorvo, Benjamim e Budapeste.
Chico Buarque sempre se destacou como cronista nos tempos de colégio, seu primeiro livro foi publicado em 1966, trazia os manuscritos das primeiras composições e o conto Ulisses, e ainda uma crônica de Carlos Drummond de Andrade sobre A Banda. Em 1974, escreve a novela pecuária Fazenda modelo e, em 1979, Chapeuzinho Amarelo, um livro-poema para crianças. A bordo do Rui Barbosa foi escrito em 1963 ou 1964 e publicado em 1981. Em 1991, publica o romance Estorvo e, quatro anos depois, escreve o livro Benjamim. Em 2004, o romance Budapeste ganha o Prêmio Jabuti. Oficialmente, a vendagem mínima de seus livros é de 500 mil exemplares no Brasil.

[editar] Programas de televisão
Deixou de participar de programas populares de televisão, tendo problemas com o apresentador Chacrinha, que teria feito uma piada com a letra da canção Pedro Pedreiro, ao ouvir o ensaio. Irritado, Chico foi embora e nunca se apresentou no programa. O executivo Boni proibiu qualquer referência a Chico durante a programação da TV Globo, depois que ambos também tiveram um entrevero, mas por pouco tempo, uma vez que ainda durante a década de 70 (e o começo da de 80) músicas suas constavam das trilhas de várias telenovelas, como Espelho Mágico e Sétimo Sentido. Ao fim da proibição vários anos depois, Chico aceitou fazer um programa com Caetano Veloso, que contou com a participação de outros artistas.

[editar] A crítica à Ditadura
Ameaçado pelo Regime Militar no Brasil, esteve exilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Nessa época teve suas canções Apesar de você (alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici) e Cálice censuradas pela censura brasileira. Adotou o pseudônimo de Julinho da Adelaide, com o qual compôs apenas três canções. Na Itália Chico tornou-se amigo do cantor Lucio Dalla, de quem fez a belíssima Minha História, versão em português (1970) da canção Gesubambino, de Lucio Dalla e Paola Palotino.
Ao voltar ao Brasil continuou com composições que denunciavam aspectos sociais, econômicos e culturais, como a célebre Construção ou a divertida Partido Alto. Apresentou-se com Caetano Veloso (que também foi exilado, mas na Inglaterra) e Maria Bethânia. Teve outra de suas músicas associada a críticas a um presidente do Brasil. Julinho da Adelaide, aliás, não era só um pseudônimo, mas sim a forma que o compositor encontrou para driblar a censura, então implacável ao perceber seu nome nos créditos de uma música. Para completar a farsa e dar-lhe ares de veracidade, Julinho da Adelaide chegou a ter cédula de identidade e até mesmo a conceder entrevista a um jornal da época.
Uma das canções de Chico Buarque que criticam a ditadura, é uma carta em forma de música, uma carta musicada que ele fez em homenagem ao Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar.
A canção se chama Meu Caro Amigo e foi dirigida a Boal, que na época estava exilado em Lisboa. A canção foi lançada originalmente num disco de título quase igual, chamado Meus Caros Amigos, do ano de 1976.
Nordeste já
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

[editar] O "eu" feminino
Composições que se notabilizaram pela decantação de um "eu" feminino, retratando temas a partir do ponto de vista das mulheres com notória poesia e beleza: esse estilo é adaptado em Com açúcar e com afeto escrito para Nara Leão; continuou nessa linha com belas canções como Olhos nos Olhos e Teresinha, gravadas por Maria Bethânia, Atrás da Porta, interpretada por Elis Regina, e Folhetim, com Gal Costa e Iolanda (versão adaptada de letra original de Pablo Milanés), num dueto com Simone.

[editar] Os intérpretes de Chico
Para muitos fãs, o melhor intérprete das canções de Chico Buarque é o próprio Chico. Mas como ele nunca se negou a oferecer a seus amigos e familiares cantores composições originais, não se pode negar que algumas dessas canções passaram a ter versões "definitivas" em outras vozes, tal a qualidade das mesmas: além das citadas canções do "eu" feminino, temos o exemplo da antológica performance de Elis Regina na canção Atrás da Porta; Cio da Terra, com gravações emocionantes de Milton Nascimento e da dupla rural Pena Branca & Xavantinho; e de interpretações de Ney Matogrosso. O sucesso de Cio da Terra alcançado pela dupla sertaneja citada mostra, aliás, que a arte de Chico não se restringe ao entendimento das elites da MPB.
Isso já havia sido notado quando ele compôs diversos sambas (Olê Olá, Quando o Carnaval chegar), que agradavam o público e a maioria dos artistas tradicionais desse gênero musical. Não foi por menos que, já consagrado, em 1998, Chico Buarque foi tema do enredo da escola de samba Mangueira que sagrou-se campeã do carnaval naquele ano.
Deve-se mencionar ainda seu êxito com outras composições que fez para cantores populares já com a carreira em declínio, como nos casos de Ângela Maria, que gravou Gente Humilde e Cauby Peixoto com Bastidores. Dentre os artistas que regravaram músicas suas em estilo popular podem ser citados ainda Rolando Boldrin, que relançou Minha História.
Parceiros
Desde muito jovem, conquistou reconhecimento de crítica e público tão logo os primeiros trabalhos foram apresentados. Ao longo da carreira foi parceiro como compositor e intérprete de vários dos maiores artistas da Música Popular Brasileira como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento e Caetano Veloso. Seus parceiros mais constantes são Francis Hime e Edu Lobo.

[editar] Obra teatral
Em 1965, a pedido de Roberto Freire (o escritor e terapeuta, não confundir com o político), diretor do Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), Chico musicou o poema Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto, para a montagem da peça. Desde então, sua presença no teatro brasileiro tem sido constante:
Roda viva
A peça Roda viva foi escrita por Chico Buaque no final de 1967 e estreou no Rio de Janeiro, no início de 1968, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, com Marieta Severo, Heleno Pests e Antônio Pedro nos papéis principais. A temporada no Rio foi um sucesso, mas a obra virou um símbolo da resistência contra a ditadura durante a temporada da segunda montagem, com Marília Pêra e Rodrigo Santiago. Um grupo de cerca de 110 pessoas do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) invadiu o Teatro Galpão, em São Paulo, em julho daquele ano, espancou artistas e depredou o cenário. No dia seguinte, Chico Buarque estava na platéia para apoiar o grupo e começava um movimento organizado em defesa de Roda viva e contra a censura nos palcos brasileiros. Chico disse no documentário Bastidores, que pode ter havido um erro, e que peça que o comando deveria invadir acontecia em outro espaço do teatro.
Calabar
Calabar: o Elogio da Traição, foi escrita no final de 1973, em parceria com o cineasta Ruy Guerra e dirigida por Fernando Peixoto. A peça relativiza a posição de Domingos Fernandes Calabar no episódio histórico em que ele preferiu tomar partido ao lado dos holandeses contra a coroa portuguesa. Era uma das mais caras produções teatrais da época, custou cerca de 30 mil dólares e empregava mais de 80 pessoas. Como sempre, a censura do regime militar deveria aprovar e liberar a obra em um ensaio especialmente dedicado a isso. Depois de toda a montagem pronta e da primeira liberação do texto, veio a espera pela aprovação final. Foram três meses de expectativa e, em 20 de outubro de 1974, o general Antônio Bandeira, da Polícia Federal, sem motivo aparente, proibiu a peça, proibiu o nome "Calabar" e proibiu que a proibição fosse divulgada. O prejuízo para os autores e para o ator Fernando Torres, produtores da montagem, foi enorme. Seis anos mais tarde, uma nova montagem estrearia, desta vez, liberada pela censura.
Gota d'água
Em 1975, Chico escreveu com Paulo Pontes a peça Gota d'Água, a partir de um projeto de Oduvaldo Viana Filho, que já havia feito uma adaptação de Medéia, de Eurípedes, para a televisão. A tragédia urbana, em forma de poema com mais de quatro mil versos, tem como pano de fundo as agruras sofridas pelos moradores de um conjunto habitacional, a Vila do Meio-dia, e, no centro, a relação entre Joana e Jasão, um compositor popular cooptado pelo poderoso empresário Creonte. Jasão termina por largar Joana e os dois filhos para casar-se com Alma, a filha do empresário. A primeira montagem teve Bibi Ferreira no papel de Joana e a direção de Gianni Ratto. O saudoso Luiz Linhares foi um dos atores daquela primeira montagem.
Ópera do malandro
O texto da Ópera do malandro é baseado na Ópera dos mendigos (1728), de John Gay, e na Ópera de três vinténs (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill. O trabalho partiu de uma análise dessas duas peças conduzida por Luís Antônio Martinez Corrêa e que contou com a colaboração de Maurício Sette, Marieta Severo, Rita Murtinho e Carlos Gregório.
A equipe também cooperou na realização do texto final através de leituras, críticas e sugestões. Nessa etapa do trabalho, muito valeram os filmes Ópera de três vinténs, de Pabst, e Getúlio Vargas, de Ana Carolina, os estudos de Bernard Dort O teatro e sua realidade, as memórias de Madame Satã, bem como a amizade e o testemunho de Grande Otelo. Participou ainda o professor Manuel Maurício de Albuquerque para uma melhor percepção dos diferentes momentos históricos em que se passam as três óperas. O professor Werneck Viana contribuiu posteriormente com observações muito esclarecedoras. E Maurício Arraes juntou-se ao grupo, já na fase de transposição do texto para o palco. A peça é dedicada à lembrança de Paulo Pontes.
O Grande Circo Místico
Ver artigo principal: O Grande Circo Místico
Inspirado no poema do modernista Jorge de Lima, Chico e Edu Lobo compuseram juntos a canção homônima para este espetáculo. Em 1983, e durante os dois anos seguintes, viajaram o país apresentando este que foi um dos maiores e mais completos espetáculos já realizados. Um disco coletivo foi lançado pela Som Livre para registrar a obra, com interpretações de grandes nomes da MPB.

[editar] Discografia

Chico Buarque em apresentação no Canecão.
Chico Buarque de Hollanda (1966)
Morte e Vida Severina (1967)
Chico Buarque de Hollanda - vol.2 (1968)
Chico Buarque de Hollanda - vol.3 (1968)
Chico Buarque de Hollanda – compacto
Umas e outras - compacto (1969)
Chico Buarque de Hollanda – compacto (1969)
Chico Buarque na Itália (1969)
Apesar de você (1970)
Per un pugno di samba (1970)
Sambas do Brasil (1970)
Chico Buarque de Hollanda - vol.4 (1970)
Construção (1971)
Quando o carnaval chegar (1972)
Caetano e Chico juntos e ao vivo (1972)
Chico canta (1973)
Sinal fechado (1974)
Chico Buarque & Maria Bethânia ao vivo (1975)
Meus caros amigos (1976)
Cio da Terra compacto (1977)
Os saltimbancos (1977)
Gota d'água (1977)
Chico Buarque (Samambaia) (1978)
Ópera do Malandro (1979)
Vida (1980)
Show 1º de Maio compacto (1980)
Almanaque (1981)
Saltimbancos trapalhões (1981)
Chico Buarque en espanhol (1982)
Para viver um grande amor (1983)
O Grande Circo Místico (1983)
Chico Buarque (Vermelho) (1984)
O Corsário do rei (1985)
Ópera do malandro (1985)
Malandro (1985)
Melhores momentos de Chico & Caetano (1986)
Francisco (1987)
Dança da meia-lua (1988)
Chico Buarque (1989)
Chico Buarque ao vivo Paris Le Zenith (1990)
Paratodos (1993)
Uma palavra (1995)
Terra (1997)
As cidades (1998)
Chico Buarque da Mangueira (1999)
Chico ao Vivo (1999)
Chico e as cidades (DVD) (2001)
Cambaio (2001)
Chico Buarque – Duetos (2002)
Chico ou o País da delicadeza perdida (DVD, direção Roberto Oliveira) (2003)
Meu Caro Amigo (DVD, direção Roberto Oliveira) (2005)
A Flor da Pele (DVD, direção Roberto Oliveira) (2005)
Vai passar (DVD, direção Roberto Oliveira) (2005)
Anos Dourados (DVD, direção Roberto Oliveira) (2005)
Estação Derradeira (DVD, direção Roberto Oliveira) (2005)
Bastidores (DVD, direção Roberto Oliveira) (2005)
O Futebol (DVD, direção Roberto Oliveira) (2006)
Romance (DVD, direção Roberto Oliveira) (2006)
Uma Palavra (DVD, direção Roberto Oliveira) (2006)
Cinema (DVD, direção Roberto Oliveira) (2006)
Saltimbancos (DVD, direção Roberto Oliveira) (2006)
Roda Viva (DVD, direção Roberto Oliveira) (2006)
Carioca (CD + DVD com documentário Desconstrução, direção Bruno Natal) (2006)
Carioca - Ao Vivo (2007) » in Wikipédia.





"Construção
Chico Buarque


Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague"
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Chico Buarque é o eterno romântico que compõe, toca e canta músicas que refletem a sua maneira de ser. Ele é o eterno menino que, joga futebol em cada lugar que passa, qual puto enamorado por uma bola e sempre pronto para uma peladinha. A qualidade da sua música, deve-se, em grande parte, ao grande investimento que este músico faz na composição e arranjos musicais, e ao facto de se saber rodear de músicos de enorme talento. As parcerias e duetos que levou a cabo ao longo da sua carreira, assim como as épocas conturbadas ao nível sociopolítico, influenciaram em muito, a criar o músico, Chico Buarque, talo como o conhecemos. Para mim, trata-se indubitavelmente, do maior génio vivo, da música de expressão portuguesa!

Mais informações sobre este músico, podem ser encontradas no seu site pessoal, em:
http://chicobuarque.uol.com.br/


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