FC Porto superou o Avanca (33-24), no Dragão Arena, na 16.ª jornada do campeonato.
O FC Porto recebeu e bateu nesta quinta-feira o Avanca (33-24), no Dragão Arena, em jogo relativo à 16.ª jornada do Andebol. Após este resultado, os azuis e brancos passam a somar 45 pontos, tantos quanto o líder Sporting, que tem menos um encontro disputado.
Os minutos iniciais até criaram alguma expetativa no Dragão Arena, mas assim que o coletivo portista acertou a pontaria, a vitória construiu-se com naturalidade, até porque a vantagem era já de seis golos ao intervalo. A etapa complementar jogou-se em ritmo de cruzeiro e confirmou mais um triunfo portista na principal competição nacional. Antonio Martínez viveu uma noite particularmente inspirada e chegou aos 10 golos, cotando-se como o melhor marcador do jogo.
“Sabe sempre bem ganhar e ver que a equipa teve a responsabilidade de assumir a diferença perante um adversário que não luta pelos mesmos objetivos que nós. Temos de sair daqui satisfeitos por esta vitória. Durante esta paragem até fevereiro vamos manter uma parte considerável dos atletas e vamos aproveitar para recuperar uma ou outra lesão e para prepararmos o que aí vem, de forma a fazermos mais e melhor. Desejo um Feliz Natal a todos e uma excelente entrada em 2024. Que seja um ano cheio de felicidade, alegria e saúde”, afirmou Carlos Resende após o encontro.
O FC Porto volta a entrar em campo no dia 3 de fevereiro de 2024 (sábado), em horário a definir, frente ao Boa Hora ou ao Tavira, em jogo dos 16 avos de final da Taça de Portugal.
FICHA DE JOGO
FC PORTO-AVANCA, 33-24
Andebol 1, 16.ª jornada
21 de dezembro de 2023
Dragão Arena
Árbitros: Rita Machado e Soraia Feitais
FC PORTO: Nikola Mitrevski e Diogo Rêma (g.r.); Pedro Valdés (4), André Sousa (2), Jakob Mikkelsen (1), David Fernández (1), Diogo Oliveira (2), Rui Silva (1), Daymaro Salina, Ignacio Plaza (1), Mamadou Diocou (3), Diogo Branquinho (5), Antonio Martínez (10), António Areia (1), Nikolaj Læsø (1) e Pedro Oliveira (1)
Treinador: Carlos Resende
AVANCA: Bruno Lima e Gonçalo Oliveira (g.r.); Ciprian Popovici (1), André Pinho, Rúben Santos (4), Lourenço Santos (1), Edmilson Ribeiro (3), Rodrigo Campos, Gonçalo Silva (3), Hugo Costa (1), Fábio Silva (3), Diogo Coelho, Felippe Teixeira (1), André Lima (2), Xavier Barbosa (5) e Eduardo Oliveira
«Solstício de inverno marca a chegada da estação mais fria do ano
Com a chegada do solstício de inverno iniciamos oficialmente a estação mais fria do ano: datas e celebrações pelo mundo.
O solstício de inverno marca oficialmente a chegada da estação mais fria do ano: depois do outono, preparamo-nos para um período onde a temperatura baixa, podendo até chegar a nevar em alguns sítios. Mas quais são as características deste fenómeno astronómico, quando ocorrerá em 2023 e, sobretudo, como é celebrado em todo o mundo? Celebrado desde a Antiguidade, o solstício de inverno ocorre uma vez por ano, entre 21 e 22 de dezembro.
Este acontecimento astronómico não só marca o início do inverno, como também traz uma condição singular: é o dia mais curto do ano. Precisamente devido à posição da Terra em relação ao Sol, as horas de escuridão excedem largamente as horas de luz. Além disso, como muitas pessoas sabem, os solstícios são invertidos consoante o hemisfério em que se encontra: enquanto o hemisfério norte celebra o solstício de inverno, o hemisfério sul celebra o início do verão. Deixamos em seguida todas as informações úteis sobre este fenómeno fascinante.
O que é o solstício de inverno e quando é que cai em 2023?
Em termos astronómicos, o termo solstício de inverno refere-se ao momento em que o Sol, no seu movimento aparente ao longo da elítica, atinge o seu ponto de declinação mínima. Isto resulta numa condição singular: a do dia mais curto do ano, em que as horas de escuridão excedem as de iluminação solar.
No hemisfério norte, o solstício de inverno ocorre entre 21 e 22 de dezembro, ao passo que o solstício de verão no hemisfério sul ocorre no mesmo dia. Embora se trate de um fenómeno anual, existe uma explicação científica para a ausência de uma data fixa. No seu movimento de rotação em torno do Sol, a Terra não demora exatamente 365 dias, mas sim 365 dias e 6 horas. Com a adoção do calendário gregoriano em 1582, foi então decidido prever um ano bissexto de quatro em quatro: ao acrescentar um dia extra em fevereiro, as 24 horas extra acumuladas nos quatro anos anteriores são compensadas. Esta mesma razão explica o fato de o solstício de inverno não coincidir sempre com o mesmo dia.
Em 2023, o solstício de inverno está previsto para o dia 22 de dezembro, às 3h27 UTC (tempo universal coordenado).
Não é Santa Lúcia o dia mais curto do ano?
Embora, em termos astronómicos, seja o solstício de inverno que representa o dia mais curto do ano, na tradição popular este acontecimento está associado a Santa Lúcia, a 13 de dezembro. Porquê?
A primeira razão é cultural: dada a cegueira de Santa Luzia e o seu papel de protetora da visão e da luz, a sua figura tem sido associada ao dia mais curto do ano desde a antiguidade.
A segunda razão está relacionada com o já referido calendário gregoriano. Antes da sua introdução, devido à diferente forma de contar os dias do ano, o solstício de inverno ocorria por volta do dia 13 de dezembro.
Mitos e lendas do solstício de inverno
Como foi referido no início, o solstício de inverno é celebrado desde a Antiguidade: as primeiras civilizações humanas, nomeadamente as pré-colombianas, tinham, de fato, desenvolvido capacidades bastante avançadas de observação dos astros. Assim, este fenómeno astronómico tornou-se simultaneamente um momento de festa e de recolhimento, uma vez que simbolizava a eterna luta entre a luz e as trevas, bem como o início de uma estação particularmente rigorosa e sem colheitas.
O solstício nas civilizações pré-colombianas
As primeiras civilizações preparadas para celebrar o solstício de inverno foram os Incas, como o comprovam várias construções que sobreviveram até aos nossos dias. Em Machu Picchu, por exemplo, ainda hoje existe o Torreão, uma pedra talhada precisamente para observações astronómicas, onde também se regista o solstício. Em Cusco, por outro lado, é possível observar os Mojones: torres que permitiam à população local calcular quando ocorriam os solstícios e equinócios.
Para os povos incas, o solstício representava a vitória da luz sobre as trevas: após o dia mais curto do ano, os dias começavam a alongar-se progressivamente até à primavera seguinte. Por conseguinte, eram organizadas celebrações públicas, com ofertas de flores e alimentos às divindades.
O solstício na Roma Antiga
Correspondendo ao solstício de inverno, a Roma Antiga celebrava as chamadas Saturnais: intensas celebrações dedicadas a Saturno. De 17 a 23 de dezembro, sensivelmente. eram organizados grandes banquetes, ricos em iguarias, onde não faltavam mesmo grandes quantidades de vinho.
Em particular, as saturnais eram também uma ocasião para oferecer presentes ao próximo e, sobretudo, para eliminar as dívidas das classes mais pobres e reduzir as penas por crimes menores.
De Stonehenge ao Norte da Europa: o solstício dos povos celtas
Quando se fala de solstícios e equinócios, não nos podemos esquecer de Stonehenge: o sítio arqueológico britânico, com mais de 5000 anos, era de fato um ponto de observação privilegiado para este fenómeno astrológico. A disposição dos monólitos garantia um alinhamento perfeito dos raios solares, proporcionando assim um espetáculo único.
Foram, no entanto, os povos celtas e nórdicos que fizeram do solstício de inverno um dos fenómenos mais sentidos. Para estas civilizações, a chegada do inverno causava uma certa preocupação: as temperaturas extremamente baixas do Norte da Europa tornavam a vida difícil, bem como a dificuldade de aquecer as casas e de aproveitar os dons da terra. Assim, as celebrações assumiam um caráter escaramuçador, uma espécie de desafio contra o frio e a escuridão. Por exemplo, grandes pilhas de lenha eram incendiadas, com fogueiras que chegavam a ter dezenas de metros de altura, para sublinhar sempre a vitória da luz sobre as trevas.
Como é celebrado o solstício de inverno em todo o mundo
Ainda hoje, a chegada da estação mais fria do ano é celebrada com festas únicas em todo o mundo. E embora já não existam medos particulares relacionados com o frio ou a escuridão, estes rituais estão fortemente enraizados na cultura popular, em tradições que remontam a milhares de anos. Mas como é que o solstício de inverno é celebrado em todo o mundo?
O encontro fixo em Stonehenge
O já referido Stonehenge continua a ser um destino para os entusiastas e curiosos, por ocasião dos solstícios e equinócios. Dezenas de pessoas chegam ao sítio arqueológico, património da UNESCO, ao amanhecer, para observar o reflexo dos raios solares na superfície dos grandes monólitos de pedra presentes.
No entanto, o acesso é muitas vezes regulamentado e limitado, pelo que é necessário organizar-se com antecedência se quiser viver esta experiência. Recentemente foram introduzidas mais restrições devido à recente pandemia de Covid.
Espiritualidade e bem-estar no Japão
O solstício de inverno é uma data imperdível no Japão, onde se chama Toji. O fenómeno astronómico está, de fato, ligado à saúde, ao equilíbrio e ao cuidado de si próprio, dada a chegada de dias progressivamente mais longos.
Entre as várias tradições, destaca-se, em primeiro lugar, o costume de tomar banho com yuzu, o citrino de inverno. Estes frutos são, de facto, ricos em propriedades curativas para a pele e, além disso, se consumidos, podem ajudar a combater as doenças sazonais. Além disso, consome-se kabocha, uma abóbora de inverno que dá muita energia ao corpo.
Abundância e prosperidade na China
Na China, o solstício de inverno é celebrado há vários milénios como um momento de reunião e de partilha, para consumir em conjunto as colheitas do último outono e esperar que a estação fria não seja demasiado rigorosa.
A festa de Dongzhi é única. Celebrada de 21 a 23 de dezembro, envolve todas as famílias locais na celebração da chegada de dias mais longos. Espectáculos de fogo de artifício, festividades de rua e banquetes tradicionais completam esta festa, que atrai muitos entusiastas de todos os cantos do país.
A festa de Yule na Escandinávia
Em muitos locais dos países escandinavos, a festa de Yule, o "festival do solstício de inverno", ainda hoje é celebrada. As tradições celtas são retomadas, invocando o deus Thor, para lhe agradecer o regresso de dias progressivamente mais longos.
Algumas famílias acendem um grande tronco de madeira, cujos restos alimentam as fogueiras domésticas durante muitos meses, praticamente até à chegada da primavera. As cinzas, por outro lado, são utilizadas para fertilizar os campos e esperar uma colheita particularmente abundante.
Yalda no Irão, celebração do renascimento
No Irão, o solstício de inverno é também particularmente sentido, de tal modo que a festa de Yalda é celebrada em quase todo o lado a 21 de dezembro. Também chamada "noite do renascimento", nesta ocasião os amigos e os familiares reúnem-se para comer ricos banquetes e passar tempo de qualidade em conjunto.
Tal como noutros locais, o regresso dos dias mais longos é celebrado durante estas festas, também com cânticos e momentos de recolhimento espiritual, como desejo de prosperidade e saúde para os próximos meses.
Um labirinto de luzes no Canadá
Finalmente, há já algum tempo que o Canadá celebra um acontecimento singular por ocasião do solstício de inverno. Com o Festival das Lanternas do Solstício, alguns locais da cidade de Vancouver são transformados em verdadeiros labirintos de luz.
Os caminhos são feitos com velas e os presentes são convidados a entrar no labirinto, a deixar lá dentro os seus pensamentos mais sombrios, encontrando assim o caminho para a felicidade. Atualmente, as celebrações estendem-se por várias semanas, desde o final de novembro até praticamente ao Natal, e existem inúmeros eventos paralelos associados ao festival.» in https://www.idealista.pt/news/ferias/turismo/2023/12/20/60765-solsticio-de-inverno-o-que-e-e-onde-e-celebrado
No concelho de Amarante, um edifício parece um castelo e, afinal, servia para adoração e silêncio religiosos. O mosteiro de Travanca confunde inicialmente, com a sua característica torre de traços góticos mesmo colada à igreja. Aliás, confunde duplamente, porque nem sequer combina com o restante traço românico de todo o complexo. A torre foi construída no século XVI, embora com um propósito puramente simbólico, mas a igreja, com dedicação ao Divino Salvador, da qual resta a maior parte da planta original, data do século XI, com alguns acrescentos a prolongarem-se até ao século XIII.
É uma construção que impressiona pela sua dimensão, o que dá uma ideia da implantação e poder das ordens religiosas na zona do Sousa durante a Idade Média. Neste caso, da Ordem Beneditina. Construído sob o beneplácito da linhagem dos Gascos, à qual pertenceu Egas Moniz, famoso aio de Dom Afonso Henriques, era em tempos medievais um dos principais mosteiros masculinos da zona Entre-Douro-e-Minho.(Fotografia de Manuel V. Botelho)» in https://www.nationalgeographic.pt/viagens/mosteiros-visitar-neste-natal-portugal_4547
«Parem de plantar árvores (diz o ecologista que inspirou o mundo a plantar um bilião delas)
O ecologista que inspirou a campanha Trillion Trees das Nações Unidas, apelou aos ministros do ambiente presentes na COP28, no Dubai, que reduzam o plantio excessivo de árvores.
Na sua intervenção na COP28, Thomas Crowther salientou que as grandes plantações de árvores exageram frequentemente as suas capacidades de redução de carbono, prejudicam a biodiversidade e são usadas para compensar emissões sem cortes reais nas mesmas.
Um estudo conduzido por Crowther em 2019, na ETH Zurique, sugeriu que a Terra deveria ter mais 1,2 biliões de árvores — que iriam absorver emissões significativas de carbono.
O estudo inspirou a campanha Trillion Trees das Nações Unidas e desencadeou iniciativas de plantação de árvores em todo o mundo.
No entanto, estas iniciativas foram muitas vezes usadas por empresas e líderes mundiais como a Shell e Donald Trump para fazer greenwashing — políticas enganosas de relações públicas que promovem iniciativas falsamente amigas do ambiente, evitando assim reais reduções das emissões de carbono.
Na altura, Crowther enfrentou críticas de cientistas que argumentaram que o seu estudo sobrestimava a quantidade de solo necessário para a restauração das florestas e o potencial de absorção de carbono.
Em resposta a estas críticas, o ecologista alterou agora a sua posição, sublinhando que preservar as florestas existentes poderá ter um impacto maior do que plantar novas.
No seu artigo mais recente, que apresentou na COP28, o ecologista tenta contrariar o efeito de greenwashing que o seu trabalho anterior inadvertidamente apoiou, defendendo um investimento responsável na natureza, com ênfase no apoio às comunidades indígenas e na gestão sustentável da terra.
O estudo mais recente de Crowther, publicado em novembro na Nature e coautorado por mais de 200 cientistas, foca-se nos benefícios de preservar as florestas intactas e permitir que as existentes amadureçam, absorvendo assim quantidades substanciais de carbono.
Os Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28, anunciaram durante a cimeira planos para plantar 100 milhões de árvores até 2030, ao mesmo tempo que o país aumenta a produção de petróleo — um acto claro de greenwashing, diz Kate Dooley, investigadora da Universidade de Melbourne, citada pela Wired.
A COP28 trouxe progressos (discutíveis) no reconhecimento da importância de reverter a perda de florestas e no aumento do apoio a tais iniciativas.
Contudo, o desafio do greenwashing persiste, como é exemplificado pelas ações contraditórias da Noruega, que financia a conservação da Amazónia e ao mesmo tempo aprova novos projetos de exploração dos seus enormes depósitos de petróleo e gás.
«25 anos depois, o “Menino do Lapedo” vai ou não ser mostrado ao público?
Vinte e cinco anos depois da sua descoberta, o esqueleto do “Menino do Lapedo”, a criança neandertal portuguesa descoberta em 1998, permanece depositado no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa — e está por decidir se algum dia será exposto ao público.
No Lagar Velho, no vale do Lapedo, a cerca de 150 km de Lisboa, foi descoberto em 1998 o esqueleto conhecido como Menino do Lapedo - o esqueleto português que sugere que neandertais e humanos se cruzaram.
Com cerca de 4 anos, a criança foi enterrada neste local há cerca de 29 mil anos.
Na altura da descoberta, algo diferente no seu corpo chamou a atenção dos arqueólogos que começaram a escavar o sítio arqueológico.
“Havia algo estranho na anatomia da criança. Quando encontramos a mandíbula, sabíamos que seria um humano moderno, mas quando expusemos o esqueleto completo […] vimos que tinha as proporções corporais de um Neandertal”, explica João Zilhão, arqueólogo e líder da equipa que trabalhou na descoberta.
“A única coisa que poderia explicar essa combinação de características é que a criança era, de facto, evidência de que os neandertais e os humanos modernos se cruzaram”.
Mas a teoria do cientista português provocou então uma revolução nos estudos evolutivos, e imortalizou o Menino de Lapedo — que está depositado, desde então, nas reservas do Museu Nacional de Arqueologia (MNA).
Agora, no âmbito das comemorações dos 25 anos da descoberta, o MNA organizou uma visita ao esqueleto.
O MNA está encerrado ao público há mais de um ano, para remodelação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas algumas das obras e coleções, como o esqueleto do “Menino do Lapedo”, e laboratórios estão depositados em oito contentores climatizados, numa área ao ar livre do edifício.
Na visita conduzida pelo diretor do MNA, António Carvalho, foi possível ver as caixas onde estão colocadas as dezenas de fragmentos e ossos da “Criança do Lapedo”, com cerca de 29.000 anos, classificados como tesouro nacional.
A descoberta marcou a paleoantropologia internacional, por se tratar do primeiro enterramento Paleolítico escavado na Península Ibérica e porque a criança apresenta traços de ‘Neandertal’ e de ‘homo sapiens‘.
Questionado pela Lusa, António Carvalho disse que ainda está a ser debatido, e não há uma decisão tomada, sobre o futuro deste achado arqueológico: se permanecerá nas reservas do museu nacional, se poderá integrar a exposição permanente quando reabrir, ou se regressará ao sítio arqueológico, classificado como monumento nacional.
“No quadro da intervenção do museu certamente que esta questão e outras vão ser debatidas, porque é normal. Um museu que depois se oferece com todas as condições de conservação e de alguma projeção das suas reservas que vá ser objeto de reflexão, se se vão juntar determinados bens arqueológicos”, disse.
“Até para respeitar um princípio legal que é a da não-dispersão dos bens arqueológicos. Vamos ver”, detalhou António Carvalho.
Presente na visita, a antropóloga Cidália Duarte, que em 1998 fez parte da equipa de escavações, e que atualmente ainda trabalha no projeto de conservação, falou na “enorme responsabilidade” em lidar com este tesouro nacional.
“É uma descoberta tão importante que é uma responsabilidade que recai em cima de nós se isto se deteriora por alguma ação que queiramos fazer. Já o imaginei exposto de várias maneiras, mas eu tenho receio, todos nós temos de tratar dessa memória para o futuro”, acrescentou a antropóloga.
A antropóloga recordou que o esqueleto só esteve uma vez exposto ao público, numa exposição temporária, na Alemanha, no âmbito da exposição de 2011 que assinalou os 150 anos da descoberta do Homem de Neandertal nesse país.
A visita realizada esta quinta-feira é uma das várias iniciativas que assinalam os 25 anos da descoberta do Menino do Lapedo — agora também conhecido como a “Criança do Lapedo”.
Reduzido a dez desde o minuto 51, o FC Porto perdeu em Alvalade (2-0) na 14.ª jornada da Liga.
O terceiro clássico da temporada azul e branca terminou como os dois anteriores: com o FC Porto reduzido a dez e com o rival a vencer (2-0). Desta feita a sorte sorriu ao Sporting, que beneficiou da expulsão de Pepe no início da segunda parte para quebrar uma série de oito jogos sem bater o emblema da Invicta para se isolar no topo da classificação do campeonato, três pontos à frente dos portistas e um acima do vizinho Benfica.
Sérgio Conceição lançou Zé Pedro e João Mário de início, em vez de Fábio Cardoso e Jorge Sánchez, mas a melhor defesa do campeonato só manteve a folha limpa durante 11 minutos, até Gyökeres receber uma bola longa, rodar sobre Pepe e abrir a contagem num remate rasteiro que entrou junto do poste mais próximo.
No duelo seguinte com o sueco, o capitão viu o amarelo que Matheus Reis não viu no primeiro ataque do encontro e ficou condicionado logo ao quarto de hora, tal como Alan Varela. Os lisboetas apresentavam-se mais fortes nas divididas, os portistas tardavam em descobrir o caminho da baliza quando, aos 34, Gyökeres escapou ao cartão após pisão no tendão de Aquiles de Pepe.
Em cima do intervalo, já depois de Evanilson deixar o primeiro aviso e de Nuno Almeida assinalar falta sobre João Mário antes de a bola ultrapassar a linha de baliza visitante, o ala formado no Olival galgou metros pelo corredor direito, apareceu no último terço e cruzou na medida certa para Galeno cabecear, proporcionando a defesa da noite a Adán.
Das cabines regressaram os mesmos 22, que passaram a 21 num ápice: Matheus Reis envolveu-se com Pepe enquanto este tentava cobrar rapidamente um pontapé livre e o internacional português acabou expulso. Zaidu mudou-se da esquerda para o eixo, Galeno recuou para lateral e Diogo Costa manteve o marcador à distância mínima com a luva direita.
O guardião azul e branco nada pôde fazer para impedir que a equipa sofresse o segundo em contrapé e inferioridade numérica. Mesmo a jogar com menos um, os Dragões podiam ter marcado ao minuto 64, na sequência de um contra-ataque rápido que Evanilson não finalizou da melhor forma.
O avançado brasileiro até marcou, porém o golo viria a ser anulado por posição irregular de Mehdi Taremi - imediatamente antes de Zaidu e João Mário darem a vaga a Fábio Cardoso e Francisco Conceição. Apenas com dois defesas de raiz, os centrais, o FC Porto fazia o que podia, só que o Sporting tinha a faca e o queijo na mão. As entradas de Fran Navarro e André Franco, para os lugares de Evanilson e Eustáquio, ainda tentaram mexer com o jogo, porém o destino do clássico já estava traçado há muito.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231218-pt-a-classica-inferioridade-numerica
«Os dentistas Vikings eram surpreendentemente avançados
Um estudo recente, conduzido na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, revelou que a prática de odontologia durante a Era Viking era surpreendentemente avançada.
Uma equipa de investigadores analisou os dentes de indivíduos sepultados em Varnhem, na Suécia, uma região conhecida pelas suas escavações arqueológicas das eras Viking e medieval, cujas condições ambientais permitiram a boa conservação dos esqueletos encontrados.
A pesquisa, que examinou 3.293 dentes de 171 indivíduos, revelou evidências de que os indivíduos tinham cáries generalizadas e sofriam de dores de dentes, e que os Vikings usavam técnicas dentárias surpreendentemente sofisticadas.
O estudo, publicado na passada terça-feira na revista PLOS ONE, mostrou que 49% da população Viking tinha pelo menos uma cárie, e 13% dos dentes adultos apresentavam sinais de várias cáries, principalmente nas raízes.
No entanto, crianças com dentes de leite ou com uma combinação de dentes de leite e dentes adultos estavam completamente livres de cáries.
Apesar da prevalência de problemas dentários, a pesquisa também descobriu sinais de tentativas de resolver estes problemas. Foram encontradas evidências de uso de palitos de dente, indícios de limagem dos dentes da frente e até mesmo tratamentos dentários para dentes infetados.
Uma descoberta particularmente intrigante foi a presença de orifícios limados nos molares, provavelmente perfurados para aliviar a pressão e aliviar dores de dentes severas causadas por infeções.
Essa técnica é surpreendentemente semelhante às práticas dentárias modernas que envolvem perfurar dentes infetados.
Os autores do estudo sugerem que os Vikings podem ter usado essas técnicas dentárias por conta própria ou procurado a ajuda de profissionais especializados. Os dentes da frente limados, encontrados exclusivamente em homens, podem ter servido como forma de identificação ou marcador de estatuto social.
“Estes resultados mostram que os Vikings estavam não só cientes dos problemas dentários, mas também tinham conhecimento de técnicas para lidar com eles”, diz Carolina Bertilsson, autora principal do estudo, em nota publicada no site da Universidade de Gotemburgo.
“Este conhecimento, juntamente com as tentativas evidentes de manter uma boa saúde bucal, indica que os dentes tinham grande importância na cultura Viking”, conclui a investigadora.
«ARSENAL É O ADVERSÁRIO NOS “OITAVOS” DA CHAMPIONS
18 DE DEZEMBRO DE 2023 11:17
A primeira mão terá lugar no Estádio do Dragão e a segunda em Londres.
O FC Porto vai defrontar o Arsenal nos oitavos de final da Liga dos Campeões, ditou o sorteio realizado esta segunda-feira na sede da UEFA, em Nyon (Suíça).
A primeira mão da eliminatória está agendada para os dias 13, 14, 20 ou 21 de fevereiro no Estádio do Dragão, enquanto a segunda se disputa a 5, 6, 12 ou 13 de março na capital inglesa. As datas serão confirmadas hoje mesmo.
Os Dragões atingem a fase a eliminar da principal prova de clubes pela 18.ª vez depois de terminarem o Grupo H no segundo posto, com os mesmos 12 pontos e melhor diferença de golos do que o Barcelona, mas em desvantagem no confronto direto com os catalães. Por sua vez, o Arsenal venceu o Grupo B, com 13 pontos, à frente do PSV, Lens e Sevilha.
O histórico de confrontos oficiais entre as duas equipas teve início há 17 anos, em Londres, e é ligeiramente favorável aos britânicos: nos seis duelos desde então, todos referentes à Champions, o Arsenal venceu três, o FC Porto dois e o único empate (a zero) remonta a 2006. Fábio Vieira transferiu-se dos Dragões para os gunners no Verão de 2022.
Atleta do FC Porto sagrou-se campeão na classe BC3.
O FC Porto fez-se representar por quatro atletas na primeira divisão do Campeonato Regional de boccia da classe BC3. Acompanhados pelos respetivos operadores de calha, Alice Moreira, Diogo Castro, Tiago Tavares e Virgílio Ferreira foram os embaixadores portistas na competição que decorreu durante o fim de semana no Complexo Desportivo do Vale de São Cosme, em Vila Nova de Famalicão.
Virgílio Ferreira e Diogo Castro alcançaram os melhores resultados: o primeiro subiu ao degrau mais alto do pódio e sagrou-se Campeão Regional, o segundo terminou no terceiro posto. Tiago Tavares encerrou a participação no quinto lugar e Alice Moreira em oitavo.
«“Deus escreve direito por linhas tortas”: 10 frases que não estão na Bíblia
Há frases que muitas pessoas dão como garantido que estão escritas na Bíblia, mas não estão. Umas são adaptações, outras são distorções.
Não foi o primeiro caso, não vai ser o último: Daddy Yankee anunciou que deixa o mundo da música para se centrar no mundo da religião.
O protagonista de sucessos como Gasolina ou Despacito disse num concerto que esta mudança é o “momento mais importante” da sua vida.
“Não me envergonho por dizer ao mundo inteiro que Cristo vive em mim e que eu viverei para ele. Este é o fim de um capítulo e o início de um novo”, explicou.
Esta frase é mesmo de Daddy Yankee. Mas há frases, citações, que muita gente (provavelmente o próprio cantor) pensa que estão na Bíblia, mas não estão.
Talvez embalados por esta notícia, encontramos na Bíblia Sagrada Online exemplos dessas confusões.
“O cair é do homem, o levantar é de Deus” – até está presente em canções, é utilizada para justificar erros, mas não está no conjunto de livros. Há um salmo que indica: “O Senhor puxa todos os que caem e levanta todos os que andam curvados”; poderá ser daqui.
“Deus escreve direito por linhas tortas” – talvez a mais famosa desta lista. Numa passagem lê-se: “Pensa naquilo que Deus fez: quem pode endireitar aquilo que nasceu torto?”, que na verdade neste contexto “torto” significa mesmo “inclinado”, não é “errado”:
“Quem com ferro mata, com ferro morre” – virá do Evangelho segundo Mateus, onde se lê “Torna a pôr a tua espada na bainha, porque todos os que se servem da espada à espada morrerão”.
“Deus ajuda a quem muito madruga” – mais um ditado popular que não está na Bíblia, mas que aparece nos Provérbios: “Vai ver a formiga, ó preguiçoso; vê como ela faz e aprende a lição. Ela não tem capataz, nem oficial, nem patrão, mas faz as suas provisões de comida no Verão; armazena no tempo da ceifa o seu alimento”.
“O dinheiro é a raiz de todos os males” – quase que está na Bíblia. Mas no original, em Timóteo, lê-se “A raiz de todos os males é a ganância do dinheiro”.
“Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem tu és” – em Coríntios lemos “Não se deixem enganar! «As más companhias estragam os bons costumes»”.
“Quem dá aos pobres empresta a Deus” – mais um ditado popular baseado nos… Provérbios da Bíblia: “Quem faz bem ao pobre empresta ao Senhor: ele lhe retribuirá o benefício”.
“Fazer o bem sem olhar a quem” – entre outras possibilidades, destaca-se a passagem em Gálatas: “Não nos cansemos de praticar o bem pois, se não desanimarmos, teremos a colheita no tempo devido”.
“É a dar que se recebe” – mais uma com clara inspiração bíblica. Nos Actos dos Apóstolos: “Mostrei-vos em tudo que é trabalhando assim que podemos ajudar os necessitados e recordar estas palavras do Senhor Jesus: “É mais feliz quem dá do que quem recebe”.
“A voz do povo é a voz de Deus” – esta não terá inspiração na Bíblia, ao contrário de todas as anteriores. Aliás, há quem diga que esta frase vai contra o que se deveria dizer, porque se a voz de Deus fosse a voz de muitas pessoas… A origem será a expressão em latin “Vox populi, vox Dei”.
FIFA confirmou a presença dos Dragões na competição que se realiza em 2025 nos Estados Unidos.
O FC Porto tem lugar garantido no novo Mundial de Clubes. O Comité Executivo da FIFA reuniu este fim de semana na Arábia Saudita e aprovou por unanimidade o método de qualificação para a competição que terá lugar nos Estados Unidos entre os dias 15 de junho e 13 de julho de 2025.
“Com o objetivo de assegurar a melhor qualidade possível com base em resultados desportivos nas últimas quatro temporadas”, o organismo assegurou a presença de clubes das seis confederações e anunciou o formato da prova: oito grupos de quatro equipas, oitavos de final entre os dois primeiros classificados de cada grupo e todas as eliminatórias decididas num só jogo.
Além dos Campeões Mundiais de 1987 e 2004 também Real Madrid (Espanha), Manchester City (Inglaterra), Chelsea (Inglaterra), Bayern Munique (Alemanha), Paris Saint-Germain (França), Inter de Milão (Itália), Benfica (Portugal), Al Hilal (Arábia Saudita), Urawa Red Diamonds (Japão), Al Ahly (Egipto), Wydad (Marrocos), Monterrey (México), Club León (México), Seattle Sounders (Estados Unidos), Auckland City (Nova Zelândia), Palmeiras (Brasil), Flamengo (Brasil) e Fluminense (Brasil) têm lugar reservado na renovada competição.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231217-pt-fc-porto-garantido-no-mundial-de-clubes
«A Bíblia não refere animais no nascimento de Jesus, mas os presépios incluem-nos. Porquê?
A Bíblia não menciona a presença de um burro e um boi no nascimento de Jesus Cristo, mas várias interpretações da Natividade incluem os animais.
Em lares ao redor do mundo, decorações de Natal incluem representações da Natividade. Ornamentos, presépos, cartões e artesanatos caseiros perpetuam uma tradição que remonta ao início do Cristianismo.
Segundo a Britannica, as primeiras representações da Natividade datam do século IV, mas os detalhes evoluíram significativamente ao longo dos milénios. De facto, a conceção moderna e popular da cena não se alinha completamente com os evangelhos, relata o Grunge.
Os próprios evangelhos têm discrepâncias entre si sobre o nascimento de Jesus. Dois deles, incluindo Marcos — considerado o mais antigo — não mencionam o seu nascimento. A história da Natividade é encontrada em Mateus e Lucas, embora nenhum dos livros contenha todos os elementos populares.
Mateus menciona os três reis magos, a estrela e a ameaça do Rei Herodes; Lucas fala do presépio e dos pastores. As tendências estéticas e teológicas prevalecentes determinaram quais aspetos da Natividade foram incluídos na arte, e alguns elementos foram ocasionalmente proibidos pela igreja por violarem a doutrina.
Entre as características da Natividade que enfrentaram proibição estava a presença de animais, tipicamente um boi e um burro, que remonta às primeiras representações e não é mencionada em nenhum dos evangelhos.
O Papa Bento XVI, no seu livro “Jesus de Nazaré: As Narrativas da Infância”, atribuiu a presença deles a menções de ambos os animais noutras partes da Bíblia. Bento XVI foi consideravelmente mais recetivo do que alguns dos seus predecessores, garantindo que os animais ficassem nas representações da Natividade do Vaticano.
O Livro de Pseudo-Mateus incorpora elementos dos evangelhos de Mateus e Lucas, embora os eventos sejam rearranjados. Conforme Lucas, José e Maria viajaram para Belém para um censo, e um anjo informou os pastores sobre o nascimento de Cristo.
Segundo Mateus, três reis magos vieram prestar homenagem a Jesus após seu nascimento, e o Rei Herodes procurou a morte da criança. Mas Pseudo-Mateus inclui o burro que Maria montou a caminho de Belém e até tem um anjo ordenando que o animal se levante e leve Maria a um abrigo numa caverna.
Em Pseudo-Mateus, o burro de Maria e os bois de um estábulo amaram Jesus à primeira vista após visitá-lo. Animais raramente associados à Natividade ou ao Natal, como dragões, panteras e leões, também expressaram amor por Cristo.
Enquanto se escondiam noutra caverna de Herodes, Jesus e a sua família encontraram dragões, que o jovem Jesus rapidamente domesticou. Quando a sua família voltou ao deserto, foram acompanhados por panteras e leões, que amaram Cristo como o boi e o burro.
Segundo a professora Vanessa Corcoran, o Livro de Pseudo-Mateus, também conhecido como o Evangelho da Infância de Mateus, data do século VII. Corcoran credita o livro como o primeiro a incluir animais na Natividade. Mas a imagem popular — um boi e um burro ao lado de pastores, três reis magos, José e Maria e Jesus — terá nascido das cenas da Natividade ao vivo popularizadas por São Francisco de Assis no século XIII.
Francisco visitou Israel entre 1219 e 1220 e provavelmente foi essa visita que o inspirou a encenar uma representação ao vivo da Natividade em 1223. Com permissão do Papa Honório III, organizou a cena numa caverna fora de Greccio, Itália, naquele Natal.
O boi e o burro eram reais, mas Jesus foi representado por um boneco. Pelo menos uma testemunha relatou uma visão do boneco como o verdadeiro menino Jesus nos braços de Francisco, a chorar lágrimas reais, e o feno usado na cena foi posteriormente relatado como proporcionando curas a animais e pessoas.
Juniores B do FC Porto empataram com os do Boavista (1-1) na ronda 16 do campeonato.
A equipa de Sub-17 do FC Porto empatou a uma bola, diante do Boavista, num jogo a contar para a 16.ª jornada da 1.ª Fase do Campeão Nacional Zona Norte. Leonardo Santos assinou o golo portista em Ramalde (68m), antes de o conjunto da casa repor a igualdade já dentro da reta final (81m). Com este resultado, os azuis e brancos passam a somar 39 pontos e a ter quatro de atraso para o líder SC Braga, que recebe o Padroense às 16h00.
Os Sub-17 portistas, orientados por Ricardo Costa, alinharam com Denis Gutu, Pedro Davide, Filipe Sousa, Rodrigo Pinto, Martim Cunha, Duarte Nogueira, André Miranda, Tiago Silva, Mateus Mide, João Abreu e Vasco Sousa.