Andebolista de 23 anos muda-se dos suíços do HSC Suhr-Aarau para o FC Porto.
A mais recente contratação da equipa de andebol do FC Porto chega à Invicta oriunda de terras helvéticas. Diogo Oliveira, central que representava o HSC Suhr-Aarau desde 2019, chegará ao Dragão Arena no início da nova época para integrar o plantel azul e branco. O acordo do atleta com o FC Porto foi selado em janeiro do ano transato – com a perspetiva de precaver a eventual saída de um dos centrais da seleção portuguesa, cobiçados pelos emblemas mais poderosos da Europa – e é válido por três temporadas, até 2024.
Nascido e formado em Leça da Palmeira, Diogo Oliveira passou pelos juniores portistas antes de ingressar no Avanca, clube onde foi orientado por Carlos Martingo, atual adjunto de Magnus Andersson. A primeira experiência internacional do central de 1,93 metros teve lugar na Alemanha, ao serviço do Balingen-Weilstetten, antes da transferência para a Suíça. Em conversa com a FC Porto TV e com o Porto Canal, o andebolista de 23 anos revelou estar “muito feliz por regressar a Portugal e em concreto ao FC Porto”. Quando surgiu o interesse dos campeões nacionais, Diogo não hesitou: “Não pensei duas vezes antes de aceitar e dizer que sim, porque jogar na equipa principal do FC Porto é um sonho que eu sempre tive.”
Já Carlos Martingo considera uma “sorte” e um “privilégio” ter trabalhado com o jovem português “durante alguns anos”. “Estamos todos muito contentes pelo regresso dele”, revela o técnico adjunto do FC Porto, que vê um atleta “preparado para poder acrescentar algo ao FC Porto” e “que é uma mistura entre o Rui Silva e o Miguel Martins, com capacidade de tiro exterior também”.
Diogo Oliveira
“Estou muito feliz por regressar a Portugal e em concreto ao FC Porto, onde já tive oportunidade de jogar e de conhecer a casa. Ainda para mais num momento em que o FC Porto é uma equipa tão forte e uma das melhores equipas da Europa neste momento. Claramente que é algo que me deixa muito feliz. Um dos meus maiores objetivos era continuar cá fora, porque não esperava que o FC Porto falasse comigo. Quando isso aconteceu não pensei duas vezes antes de aceitar e dizer que sim, porque jogar na equipa principal do FC Porto é um sonho que eu sempre tive. Estou há três anos fora, nunca joguei na Liga dos Campeões, que é o sonho de qualquer andebolista, e no FC Porto terei essa oportunidade. Sinto que, estando em Portugal, também será mais fácil ser visto pelo selecionador nacional e ter uma oportunidade na seleção. A competitividade dentro da equipa é uma das coisas mais importantes. Conheço pessoalmente todos os jogadores que jogam no FC Porto neste momento, sei que são todos grandes jogadores e grandes pessoas. O Rui Silva, para mim, é um central que sempre adorei ver jogar e é alguém com quem eu poderei aprender muito. Estou ansioso por lutar pelo meu lugar e por aprender muito com ele, porque de certeza que tem muito para me ensinar. O trabalho que o Magnus Andersson tem feito no FC Porto é muito bom. Quando eu joguei na Alemanha o Magnus foi apresentado no FC Porto e eu tinha um colega, que tinha sido jogador dele no Goppingen, que me disse muito bem dele. Por isso também estou ansioso para trabalhar com ele. O Carlos Martingo foi meu treinador no Avanca e nas camadas jovens do FC Porto, é alguém com quem eu evoluí muito e foi, provavelmente, o melhor treinador que eu já tive até hoje. É sempre um prazer voltar a trabalhar com ele. Agora sou um jogador mais maduro, com mais experiência e que não comete os erros que cometia com 18 ou 19 anos. Tenho mais vivências, títulos e a expectativa de ganhar mais para mostrar o que valho. As minhas referências são o Rui Silva e o Gilberto Duarte, ambos já passaram pelo FC Porto, e são os dois jogadores com que mais me identifico e mais gosto de ver jogar. Internacionalmente a minha grande referência é o Andy Schmid, central suíço do Rhein-Neckar Löwen. É um jogador que gosto muito de ver jogar e a quem vou buscar algumas ideias para mim.”
Carlos Martingo
“Tive a sorte e o privilégio de trabalhar com o Diogo durante alguns anos. Fui eu que o levei do FC Porto para o Avanca e ainda é um jovem que em Portugal demonstrou grande qualidade. Isso fê-lo assinar por um clube da II Bundesliga e foi fazendo o seu percurso com sucesso. Agora está na Suíça, numa equipa que embora não seja a melhor conquistou a Supertaça e onde ele é uma peça fundamental. Foi um jogador que teve fora do nosso radar e agora, por um conjunto de circunstâncias, felizmente pôde regressar a casa. Estamos todos muito contentes pelo regresso dele. Nós sabemos que neste momento temos um plantel muito apetecível para os jogadores, o que é um ótimo sinal e nos enche de orgulho. Mas também sabemos que não é fácil entrar na equipa sénior do FC Porto. Há muitos exemplos de jogadores que vão passar algum tempo fora da equipa para poderem continuar a sua evolução e nós cá estaremos, sempre atentos a eles, a avaliá-los para saber se podem acrescentar algo à grande qualidade já existente. Neste caso achámos que o Diogo está preparado para poder acrescentar algo ao FC Porto, por isso entrámos em ação e convidámo-lo a integrar o nosso plantel. O Diogo é um jogador criativo, mas também organizador. Digamos que é uma mistura entre o Rui Silva e o Miguel Martins, com capacidade de tiro exterior também. Tem várias opções de remate e diversas variedades de remate num jogo de dois contra dois com o pivô. Penso que tem de evoluir no jogo coletivo, na preparação de jogo para os laterais, mas com a qualidade e o treino diário com atletas de excelência vai continuar a evoluir e penso que vai acrescentar algo. Nos últimos tempos tem defendido e crescido, o que era uma das pechas dele, e penso que também poderá integrar o nosso sistema de jogo em algumas posições da defesa.”» in
https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20210419-pt-diogo-oliveira-e-dragao-ate-2024
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