17/06/16

Amarante Arte - Em 1939, Pascoaes perdeu um grande e incomparável amigo, o pintor António Carneiro.




«Em 1939, Pascoaes perdeu um grande e incomparável amigo, o pintor António Carneiro, há pouco regressado do Brasil onde vendera uma tela enorme e valiosíssima, muito bonita -«Camões lendo os Lusíadas aos frades de Sintra». A obra ficou no Gabinete Português de leitura.

Numa conferência realizada na Escola de Belas Artes do Porto, em Outubro de 1950, Pascoaes diria:

"Se existe um santo na Pintura é ele, em Portugal, e, na Itália, Fra Angélico. Ambos pintavam de joelhos: um, perante a sua própria filha; outro, perante os anjos do senhor. Há momentos em que pintar é rezar."

"O António Carneiro pintou ou rezou a filha até lhe a levar a morte. O pintor não era ele, mas sim o doloroso amor. Em certas horas, somos apenas um sentimento do nosso coração. E tal sentimento abrange-nos o corpo, a alma e a própria divindade."» in Fotobiografia "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos.


Camões lendo "Os Lusíadas" aos Frades de São Domingos - (1927 - António Carneiro)



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