«Impacto dos aerossóis no clima está a ser subestimado
Filipa Alves (03-08-11)
Um estudo realizado por cientistas da Universidade do Michigan revela que as projecções do efeito dos aerossóis no clima terrestre calculadas com base em dados de satélite pecam por defeito na ordem de 3 a 6 vezes devido a um erro de cálculo.
A queima de combustíveis fósseis resulta na produção de aerossóis, como são os de sulfato. O aumento da estas partículas de líquido em suspensão no ar causa a formação de nuvens que vão causar um aumento da reflexão da luz solar e, portanto, um arrefecimento do planeta, minimizando desta forma os impactos dos Alterações Climáticas.
As estimativas da dimensão deste efeito de arrefecimento calculadas com base em valores de parâmetros determinados a partir de dados de satélite, que comparam a quantidade de radiação reflectida na actualidade com aquela da era pré-industrial (e portanto, sem a poluição atmosférica associada), são sistematicamente inferiores às estimadas por modelação matemática.
Isto contribui para que haja uma incerteza grande no que diz respeito à dimensão do Aquecimento Global, que pode variar entre menos de 2ºC, cujas consequências não seriam dramáticas, ou mais de 2ºC, podendo superar os 3ºC, com impactos catastróficos.
No entanto cientistas da Universidade do Michigan revelam, num artigo publicado na revistaProceedings of the National Academy of Sciences, que devido a falhas nos cálculos subjacentes, estas medições pecam sempre por defeito com erros na ordem de 3 a 6 vezes.
Os investigadores chegaram a esta conclusão através da modelação recorrendo a parâmetros realistas. Embora não possam afirmar que os modelos matemáticos estejam completamente correctos, defendem que os cálculos devem, passar a combinar os dados de satélite e os resultados da modelação matemática.
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