Imagens da Quinta da Aldeia, na Gateira, Mancelos em Amarante a partir de meados do Século XX.
A minha Avó materna, a Dona Arminda da Gateira foi sem dúvida uma Senhora que me marcou indelevelmente. Todos sabemos hoje, embora poucos reconheçam, a importância dos avós na formação integral das crianças e adolescentes. Mas eu, de quatro avós, só conheci a Dona Arminda Babo da Gateira e que Senhora. Viúva desde muito nova, dado que o meu Avó Jaime Babo morreu de morte súbita pouco depois de se casar, muito novo, a Dona Arminda deixou a sua vida citadina da urbe Portuense, para vir tomar conta da Quinta da Gateira. Sozinha, num tempo em que as mulheres eram relegadas para 2.º plano, a dona Arminda tinha uma força que pedia meças a muitos homens! Geria a Quinta com muito equilíbrio e parcimónia, fazia colchas de croché para ajudar às despesas, geria o Lagar de Azeite, as mondas dos Pinhais e ainda conseguia arranjar tempo, para tratar impecavelmente do seu quintal e da Capela da Quinta. Assisti muitas vezes a comerciantes de frutas, de vinhos, de azeite, de pinheiros, entrarem como leões para negociar com ela e saírem de fininho, pois a Dona Arminda não gostava de ser enganada. A vida custava-lhe muito trabalho e ela não se intimidava com negociantes trauliteiros que lhe apareciam. Tinha tanto para dizer sobre a minha avó, mas por hora só me saiu isto, dado que ela me marcou tanto, que tudo o que diga sobre Ela, me soará sempre a pouco. Bem haja Dona Arminda Babo da Quinta da Aldeia, da Gateira em Mancelos!
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