«Intenso mas curto
Uma entrada intensa, especialmente alicerçada na velocidade das transições, aproximou o tricampeão da vantagem aos primeiros esboços de ataque e prolongou os contornos de uma admirável série de vitórias com sublinhados em Alvalade, Kiev e Istambul. De regresso ao Dragão, marcaram Rodríguez e Raul Meireles, que ampliaram a sequência para cinco triunfos, no mesmo local onde o Guimarães fora derrotado. A iminência do golo, que se fez anunciar ao longo de 23 minutos, foi carregada a cada movimentação, a cada investida na direcção da baliza de Peskovic, mesmo quando o remate não concluía todo o labor que o precedera e o preparara. Entre várias oscilações de ritmo, quase sempre premeditadas, testando a validade e a aplicação de variantes ofensivas e o encaixe do opositor, a equipa portista produziu os melhores exemplares a velocidades asfixiantes e, por isso, impossíveis de repetir incessantemente.
O objectivo dos Dragões, invariavelmente apontados à rede adversária, percebia-se nas jogadas de entendimento entre Hulk e Lisandro, nas combinações de Lucho e Meireles, nas acelerações de Rodríguez ou na crescente audácia dos laterais, elementos integrantes do ataque. Marcar era a missão, clara e assumida, numa estratégia sem segredos. O golo, o inevitável, chegou pela cabeça de Rodríguez, a corresponder e a responder afirmativamente a um livre de Raul Meireles, num toque subtil que não reservou direito de defesa a Peskovic, nem esgotou a tarefa portista, tanto mais que um remate de Cris colocaria tudo como antes, então empatado a um.
Pressionante e a alta rotação, o F.C. Porto retomou a direcção de sempre, apenas interrompido pelo intervalo, pelo que ao descanso bastou somar cinco minutos de persistência azul e branca para ver Hulk superar uma barreira de três adversários e cruzar para o golo de Raul Meireles. Outros golos, outros tantos, pelo menos, estiveram para acontecer. Em especial, no momento em que Lucho colocou a bola na marca de penalty e atirou ao poste, uma fracção de segundo depois de ter convencido o guarda-redes da Académica a escolher o lado errado. Então, ao 85º minuto, a proximidade do golo dava lugar à iminência de nova vitória. Inquestionavelmente merecida, apesar de os números não fazerem justiça à exibição e, sobretudo, à torrente ofensiva.FICHA DE JOGO
Liga, 10ª jornada 1 de Dezembro de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistên
cia: 31.810 espectadores Árbitro: Elmano Santos (Madeira) Assistentes: Sérgio Lacroix e Álvaro Mesquita 4º árbitro: Albano Correia
F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Fucile; Lucho, Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodríguez Substituições: Sapunaru por Tomás Costa (60m) Não utilizados: Nuno, Stepanov, Guarin, Mariano, Lino e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
ACADÉMICA: Peskovic; Pedrinho, Luiz Nunes, Orlando e Pedro Costa; Pavlovic «cap»; Cris, Miguel Pedro e Diogo Gomes; Sougou e Garcês Substituições: Garcês por Éder (64m), Miguel Pedro por Lito (69m) e Pavlovic por Madej (90m) Não utilizados: Pedro Roma, Carlos Aguiar, Edson e Nuno Piloto
Treinador: Domingos Paciência
Ao intervalo: 1-1 Marcadores: Rodríguez (24m), Cris (36m) e Raul Meireles (50m)
Disciplina: cartão amarelo a Diogo Gomes (23m), Hulk (78m), Pavlovic (78m), Pedro Costa (84m); cartão vermelho a Sougou (63m)» in site F.C. Porto.
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