23/03/08

Amarante Mancelos - Convento e Igreja Românica de São Martinho Mancelos, Amarante!























«Igreja de S. Martinho de Mancelos


Ano de Construção: Séc. XIII


Observações: Templo de estrutura românica, alterado por várias reconstruções. A fachada é antecedida por uma galilé flanqueada por uma torre sineira, ambas ameadas. Class: I.I.P..» in http://www.lifecooler.com/edicoes/lifecooler/desenvRegArtigo.asp?reg=350415&sm=1


«Igreja de Mancelos


Localização
Mancelos » Amarante » Porto


Descrição


Planta com desenvolvimento longitudinal, composta por nave, precedida por galilé, capela-mor e torre sineira quadrangular adossada a S. sensivelmente avançada. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas na igreja e plana na torre. Empenas da igreja e galilé com merlões. A fachada principal, orientada a poente, é flanqueada pela torre aberta por vão de arco pleno com trave reta, fresta e janela retangular. Sobre a cornija, dupla sineira coroada por pináculos e elementos curvos ao centro. Na galilé abre-se vão de arco sensivelmente quebrado e na empena nicho. O portal da igreja, de quatro arquivoltas de arco quebrado tem ornamentação fitomórfica. O tímpano, liso, é sustentado por duas figuras, uma feminina e outra masculina. Na parede lateral da face meridional admira-se uma arqueta decorada com uma figura humana e dois cavalos esculpidos. No interior da nave existem duas portas laterais, a do N., dando acesso a uma construção aposta à igreja, de construção rudimentar, outra do lado S., que comunica com o pátio do primitivo claustro. Possui no lado da Epístola e lateralmente, postos de ângulo, retábulos de talha branca e dourada. Arco triunfal quebrado sobre colunas. Teto de madeira com perfil curvo. A Capela-mor tem também retábulo de talha branca e dourada. Pela capela-mor ou pelo pátio tem-se acesso à sacristia, que se desenvolve em dois pisos. O adro fronteiro à igreja é delimitado lateralmente por muros de vedação a N. (cemitério) e a S. (propriedade privada); a O., tem duas fontes e, rematado o eixo da igreja, um cruzeiro delimitando-o no topo.


Épocas
Séc. XIII» http://www.turismoreligioso.org/monumentos_det.asp?recursoID=rnj9KRG6kXAh0iAu7Nhf7i5PU4cqjLIeLACyr7ZKlaEBGozfoE


«Freguesia de Mancelos


O nome toponímico "Mancelos", advêm de "Minutiellus", um diminutivo, de um nome romano "Minutius".

O antigo Concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega foi vigairaria da apresentação do ordinário e cabeça do couto de Mancelos.

Fez parte do mencionado concelho até 24 de Outubro de 1855.

A sua supervisão religiosa, coube à diocese de Braga, até 1882.

D. Sancho I, concedeu foral a esta freguesia, de acordo com as inquirições de D. Afonso II, em 1220, aquela que foi também vila.

Em 1110, Mem Gonçalves da Fonseca e Maria Paes Tavares, mandam erigir um convento.

O edifício religioso, o Mosteiro de Mancelos, alojou os crúzios, cónegos regrantes de Santo Agostinho, até 1540.

Mais tarde, João III, legou o mosteiro, aos dominicanos de Gonçalo de Amarante, vindo, o Papa Paulo III, confirmar o acto, em 1542.

De salientar, que no cartório do Convento de S. Gonçalo de Amarante, existiu em documento de D. Afonso Henriques que mencionava a doação de uma carta de couto, em 1131 ao Mosteiro de Mancelos e terras adjacentes, pela quantia de "duzentos módios" a Raimundo Garcia, Pedro Nunes, Gondezendo Nunes e Soeiro Pimentel, por serviços prestados ao Rei.

As regalias conferidas por aquele documento, incluíram ao seu prior, poder eleger o "juiz do couto" e redigir uma "carta de ouvidor ou de magistrado".

Para finalizar, Manhufe possui também exemplares interessantes de casas rurais e foi cenário de uma batalha contra os inimigos napoleónicos.» in http://carlosportela.no.sapo.pt/manceloshist.html




Mosteiro de Mancelos - Vila (Amarante)

Mais informações sobre esta Freguesia no site da Câmara Municipal de Amarante:
http://www.amarante.pt/freguesias/mancelos/


22/03/08

Viva o Desporto, viva a camaradagem!


É por isso que eu gosto do espirito desportivo; há camaradagem até às últimas consequências!

Educação em Portugal - Ainda acerca da Violência nas Escolas Portuguesas!

«O coordenador da linha SOS Professor garantiu hoje que são recorrentes situações semelhantes à agressão de uma aluna a uma professora por causa de um telemóvel divulgada na Internet, alertando para a necessidade de promover uma "convivência saudável" nas escolas.
"Este foi um acto condenável, mas recorrente. Grande parte dos conflitos nas salas de aula deve-se a este tipo de aparelhos", afirmou João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, responsável pela Linha SOS Professor.
João Grancho falava à Lusa depois de uma professora da Secundária Carolina Michaelis, Porto, ter sido vítima de uma cena de violência física e verbal por parte de uma aluna, depois de lhe retirar um telemóvel.
A cena, filmada através do telemóvel de um outro aluno e divulgada no site YouTube, mostra uma aluna do 9º ano da escola a gritar e a empurrar uma professora quando a docente lhe tenta tirar o telemóvel.
Para João Grancho, "perante uma situação com esta gravidade, os responsáveis pela tutela deviam ter alguma palavra e dar um sinal à sociedade e à família de que a educação não é isto".
"É acima de tudo promover e melhorar a própria convivência", sublinhou.
Apelo ao trabalho dos pais
O coordenador da SOS Professor defendeu ainda que tem de "haver um reforço da consciencialização, também por parte dos pais".
Afirmando que as escolas têm de ter uma "atitude preventiva" relativamente a estes casos, João Grancho recusou-se a indicar quantos casos semelhantes foram registados pela linha SOS Professor, remetendo para um relatório que será apresentado em breve.
"Vamos apresentar o relatório no início de Abril, onde constam as comunicações e os pedidos de apoio desde o início de Setembro até ao final do segundo período deste ano lectivo", afirmou.
Também o CDS-PP, através do deputado Nuno Magalhães, apelou hoje ao Governo para que dê “algumas respostas” sobre o caso ocorrido na Carolina Michaelis.
"Queremos saber as respostas do Governo a este caso e segundo as respostas que tivermos é que vamos decidir que chamamos a ministra [ao Parlamento] ou não", disse Nuno Magalhães à Lusa.
Dizendo-se "chocado" com as imagens da agressão, o deputado criticou ainda o PS por ter rejeitado três propostas apresentadas pelo CDS-PP relacionadas com a segurança dentro e fora das escolas.
"Durante os últimos meses propusemos, para fazer face ao problema da violência dentro das escolas e das salas de aulas, a criação de um Observatório Escolar mais abrangente, onde estariam representantes do Ministério da Educação, dos pais, dos alunos, dos auxiliares de educação e do Ministério da Administração Interna, nomeadamente representantes do programa Escola Segura. Infelizmente o PS rejeitou este Observatório", disse o deputado.
Nuno Magalhães referiu ainda que o PS também rejeitou as propostas do CDS-PP de reforço do programa Escola Segura "para combater a violência fora do perímetro escolar" e de redefinição dos tipos de crimes ocorridos fora das escolas.
Em contrapartida, criticou o PS por ter aprovado o Estatuto do Aluno, que "desautoriza os professores" e "cria uma cultura propícia a este tipo de fenómenos".» in Marão on-line.

«No mesmo sentido afirmou o deputado Pedro Duarte do PSD:
"O Governo elegeu os professores como inimigo público, ofendendo a sua dignidade profissional, o que põe em causa a sua autoridade junto dos alunos. As medidas tomadas e a própria atitude do Governo perante o ensino não ajudaram a inverter a tendência para o aumento da violência nas escolas"»
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Volto á violência nas Escolas Portuguesas, dado que, com os governantes que temos, sempre disponíveis para a relativização do mal social, virão com certeza dizer que isto é um caso pontual, que não se passa nada! Mas ainda bem que aparecem os dados independentes, acima de qualquer suspeita, da Linha S.O.S. Professor. Eu sabia que a realidade é, infelizmente, a relatada pelo Presidente desta linha de apoio ao professor. Sabemos que a tutela lançou uma campanha vil contra a camada docente, tudo para minimizar o seu papel social e desvalorizar os seus ordenados, tudo isto é uma questão puramente economicista deste governo, que usa e abusa do liberalismo selvagem, pouco consentânea com um governo que se diz socialista, mas que parece mais, xuxalista. O desrespeito com que os encarregados de Educação falam e agem com os professores, os Conselhos Executivos que nos menosprezam e achincalham a mando de interesses partidários, a comunicação social que denigre constantemente a nossa profissão, são tudo culpa da política arrivista deste Ministério da Educação, personificado na Senhora Ministra. Se a tutela tivesse no seu comando professores das Escolas Públicas Portuguesas, dos Ensinos Pré-Escolar Básico e Secundário, não haveriam decerto, politicas que em última análise vão acabar com a Escola Pública, a que resultou de Abril, que muitos destes protofascistas se aproveitaram para subir nas suas carreiras, para agora destruírem e abrirem as portas da Educação aos privados. Senhora Ministra convido-a a dar aulas um anos numa qualquer Escola Portuguesa, a ser Directora de Turma e depois vamos conversar sobre a Escola Portuguesa. A Senhora vem das Universidades, está habituada a dar aulas a uma elite de alunos, não ao universo, mas descanse, as sementes de indisciplina e de irresponsabilidade que está a espalhar na Escola Pública chegarão às Universidades e em última análise à Sociedade Portuguesa. Eu sei, a Senhora já cá não estará para lhe pedirem contas; é pena! Fique a Senhora sabendo que todas as grandes sociedades assentam os seus alicerces numa Educação de qualidade e que, os Países que maltratam a Educação, são miseráveis. A Senhora vai ficar na história como uma personagem sinistra que promoveu a Mexicanização da Escola Pública, por isso, como os seus estragos são já irreversíveis e o primeiro Ministro também já se apercebeu disso, não se demita peço-lhe, acabe o seu trabalho sujo! Somos a classe que perdeu em média 12% dos salários e em que aumentou bastante a precarização do trabalho, mas a Senhora é muito bem paga, continue. Até porque depois da intoxicação que elaborou, tem a seu favor a opinião pública e publicada, continue, alguém há-de fazer um dia a avaliação do seu trabalho. Agora não peça é a nossa simpatia, pode-a ter de alguns lambe-botas, oportunistas ou falsos, mas genericamente não a terá! A senhora hoje em dia só tem professores arrasados, imersos em burocracia, doentes, mal pagos, mas a senhora está feliz, nota-se na sua expressão esfíngica. Boa Páscoa a todos os meus Colegas, aqueles que empreendem a nobre missão de Educar neste clima adverso! E Boa Páscoa para a Senhora também, a nossa discordância é politica e não pessoal!

21/03/08

Madredeus - O encanto da música erudita!


















Esta banda constituiu-se como uma referência de excelência, na música moderna Portuguesa

Madredeus - "Haja o que houver"

Madredeus - "O Pastor"

Madredeus - "A Vaca de Fogo"

Madredeus - "Alfama"

Madredeus - "Guitarra"

Madredeus - "Maio Maduro Maio"

Madredeus - "Oxalá" - (Hoping)

Madredeus - "O sonho"

Madredeus - "O Labirinto Parado" - (The Still Labyrinth)


Madredeus - "A Cantiga do Campo"

Madredeus - "Ao Longe O Mar"

Madredeus - "Silêncio"

Madredeus - "Moro em Lisboa"

Madredeus - "Faluas do Tejo"

Madredeus - "Vem" - (além de toda a solidão)

Madredeus - "O Brasil" - (1988)

Madredeus - "Adeus"

Madredeus - "Os dias são a noite"

Madredeus - "Pomar das Laranjeiras" - (The Orange Tree Garden)

Madredeus - "Matinal" - (Morning)

Madredeus - "Pregão"

«Os Madredeus são o grupo musical português de maior projeção mundial. A sua música combina influências da música tradicional portuguesa com a música erudita e com a música popular contemporânea, com destaque para a música popular brasileira (sobretudo a bossa nova).
A musicalidade do grupo sempre foi erroneamente referida como fado, gênero musical português mais conhecido internacionalmente, sobretudo pela imprensa fora de Portugal. O grupo jamais se descreveu desta forma, ainda que declarasse existir uma aproximação ao "espírito musical" do fado.
Em seus vinte anos de carreira, os Madredeus lançaram 14 álbuns e estiveram em turnê em 41 países - incluindo a Coréia do Norte e um festival de música na Noruega, dentro do círculo polar ártico.

Surgimento

Os elementos fundadores do grupo foram: Pedro Ayres Magalhães (violão), Rodrigo Leão (teclados), Francisco Ribeiro (violoncelo), Gabriel Gomes (acordeão) e Teresa Salgueiro (voz). Magalhães e Leão formaram o grupo em 1985, Ribeiro e Gomes juntaram-se a eles em 1986. Na sua busca por uma vocalista, descobriram Teresa Salgueiro numa casa nocturna de Lisboa, quando esta cantava alguns fados numa reunião informal de amigos. Teresa foi convidada para uma audição e aí surgia o grupo, o qual ainda não tinha um nome. A proposta inicial era a de uma oficina criativa, à qual todos os músicos levavam suas idéias e compunham em conjunto os temas e arranjos. Em 1987, o local de trabalho do grupo, o Teatro Ibérico (antiga igreja do Convento das Xabregas, no bairro lisboeta da Madredeus) serviu de estúdio de gravação para mais de quinze temas reunidos à época em um LP duplo, depois convertido para o formato de CD. Chamaram-no de Os dias da Madredeus e daí viria o nome do grupo. O caráter inovador do álbum fez com que os Madredeus se tornasse um fenômeno instantâneo de popularidade em Portugal à época.

Primeira fase

Concerto dos Madredeus em Aveiro, 1 de Agosto de 2005.Em 1990 foi editado o segundo disco dos Madredeus, Existir, que teve na canção O Pastor um grande sucesso. Apesar disso, o grupo era relativamente desconhecido no estrangeiro. Isto mudou quando os Madredeus deram uma série de concertos na Bélgica onde decorria a Europália, uma exposição que no ano de 1991 foi dedicada à cultura portuguesa. Outro fato que contribuiu para que os Madredeus se tornassem conhecidos no estrangeiro foi o uso da canção "O Pastor" num filme publicitário na Grécia, à revelia do grupo. Seguiu-se um disco gravado ao vivo em Lisboa, no qual o grupo interpretava canções dos dois primeiros discos e incluía novos temas, um dos quais ("Mudar de Vida") com a participação do guitarrista Carlos Paredes.
Em 1994 a banda lança O Espírito da Paz, um álbum que consolida o grupo no estrangeiro. O disco alcançou o primeiro lugar das tabelas de Espanha e levou o grupo a uma longa digressão internacional, a qual incluiu o Brasil e alguns países do Extremo Oriente .
Durante as sessões de gravação de O Espírito da Paz, que decorreram em Inglaterra, os Madredeus gravaram outro disco, que seria editado em 1995. Wim Wenders, impressionado com a música do grupo, os tinha convidado para musicarem um filme sobre Lisboa, chamado Lisbon Story (no Brasil, "O Céu de Lisboa"; em Portugal, "Viagem a Portugal"), do qual o grupo foi protagonista. A banda sonora deu ao grupo ainda maior projecção internacional.

Segunda fase

Em 1995, incorporam-se nos Madredeus os músicos Carlos Maria Trindade, no lugar do tecladista Rodrigo Leão, e o violonista José Peixoto. Em 1996, Francisco Ribeiro e Gabriel Gomes deixam o grupo e em 1997, os Madredeus gravaram o primeiro álbum com a atual formação, intitulado O Paraíso. No mesmo ano ingressa no grupo Fernando Júdice (baixo acústico).
Em 1998, o grupo foi convidado a ser a atração do concerto de abertura da Expo'98 em Lisboa, ocasião na qual se apresentaram ao lado do tenor espanhol José Carreras. A parceria inusitada renderia outros encontros futuros.
O ano de 2000 marcou o lançamento do álbum Antologia, com canções de toda a discografia do grupo até então e mais duas canções inéditas: a bossanovista Oxalá e 'As Brumas do Futuro', tema do filme de estréia da atriz portuguesa Maria de Medeiros como diretora, "Capitães de Abril", sobre a Revolução dos Cravos.
Em 2001, o grupo lança Movimento, o segundo álbum de estúdio com a nova formação, e depois deste alguns álbuns experimentais que causaram acaloradas discussões entre os fãs e críticos: "Electronico", uma compilação de versões eletrônicas das canções do Madredeus feitas por alguns dos músicos eletrônicos mais renomados da Europa, e Euforia, um álbum duplo com canções gravadas ao vivo pelo grupo com a "Vlaams Symfonisch Radio-orkest", Orquestra Sinfônica da Rádio Flamenga, da Bélgica.
Em 2004, o Madredeus entrou em estúdio e de lá saíram canções suficientes para dois álbuns: "Um Amor Infinito", dedicado aos fãs de todo o mundo, e "Faluas do tejo", este último sendo considerado uma homenagem à cidade de Lisboa, terra natal do grupo.

Ano sabático e projetos paralelos

O ano de 2007 foi um ano sabático para o Madredeus. Seus integrantes desenvolveram projetos paralelos ao trabalho da banda, como Teresa Salgueiro, que lançou naquele ano dois álbuns, ambos produzidos por Pedro Ayres Magalhães, e a dupla José Peixoto e Fernando Júdice, que criaram o grupo Sal unindo-se à voz de Ana Sofia Varela e a percussão de Vicky.
Os integrantes do Madredeus sempre tiveram liberdade para conduzir projetos paralelos ao grupo: Carlos Maria Trindade, Pedro Ayres Magalhães, José Peixoto e Fernando Júdice atuam freqüentemente como produtores musicais. Trindade e Peixoto tem sólidas carreiras como solistas e, mais recentemente, José Peixoto e Fernando Júdice têm trabalhado em projetos conjuntos, como o álbum Carinhoso, no qual os dois músicos revisitam o repertório do compositor brasileiro Pixinguinha, e o supracitado grupo Sal.
Em 28 de novembro de 2007, porém, o anúncio da saída de Teresa Salgueiro, Fernando Júdice e José Peixoto tomou os fãs do grupo de surpresa. Pedro Ayres Magalhães declarou que o futuro do grupo é incerto e que, na opinião dele, torna-se difícil pensar em um retorno sem a presença de Teresa Salgueiro, cuja voz tornou-se emblemática para os Madredeus.

Madredeus e os países lusófonos

No Brasil, o grupo ficou conhecido pelo grande sucesso de suas apresentações em casas de espetáculo por todo o país - sempre com lotação esgotada, em que pese a quase ausência das músicas do grupo nas rádios brasileiras - e também por suas apresentações ao ar livre, com destaque para os concertos que realizou no Pelourinho, em Salvador, Bahia (1995), na Praia de Icaraí, em Niterói, estado do Rio de Janeiro (1997) e no Parque do Ibirapuera, São Paulo, e na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (2000), ambas por ocasião das comemorações dos 500 anos de descobrimento lusitano do Brasil. As canções do grupo também já foram tema de diversas produções televisivas no Brasil, desde a novela "As Pupilas do Senhor Reitor" (1995)(com a canção "A Vaca de Fogo) à minissérie da Rede Globo de Televisão "Os Maias" (2001)(com as canções "Matinal", "Haja o que Houver", "As Ilhas dos Açores" e a canção que se tornou o tema de abertura da referida produção televisiva, a emblemática "O Pastor".
O grupo também já se apresentou em Angola, Cabo Verde e Macau.

Discografia

Os Dias da MadreDeus (1987)
Existir (1990)
Lisboa (1992, ao vivo, gravado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa)
O Espírito da Paz (1994)
Ainda (1995, banda sonora de Lisbon Story)
O Paraíso (1997, primeiro álbum com a atual formação do grupo)
O Porto (1998, ao vivo, gravado no Coliseu do Porto, no Porto)
Antologia (2000, coletânea com duas canções inéditas)
Movimento (2001)
Palavras Cantadas (2001, coletânea direcionada ao público brasileiro e abrangendo o trabalho do grupo entre os anos de 1990 e 2000)
Electronico (2002) - releitura eletrônica de vários temas do grupo
Euforia (2002, ao vivo, com a participação da Flemish Radio Orchestra)
Um Amor Infinito (2004)
Faluas do Tejo (2005)

Videografia

Les Açores de Madredeus (1995) - documentário francês sobre o Madredeus filmado nos Açores, em VHS e DVD
Lisbon Story/Viagem a Lisboa(Portugal)/O Céu de Lisboa(Brasil) (1995) - filme escrito e dirigido por Wim Wenders, em VHS e DVD
O Espírito da Paz (1998) - VHS
O Porto (1998) - concerto ao vivo no Coliseu do Porto, em VHS
Euforia (2002) - concerto ao vivo do Madredeus com a Flemish Radio Orchestra, em DVD
Mar (2006) - registro da apresentação do Madredeus e do Lisboa Ballet Contemporáneo, em DVD

Regravações

As canções do Madredeus têm ganhado regravações feitas por diversos artistas:

A cantora portuguesa Marta Dias gravou O Sonho, do álbum O Paraíso;
A banda portuguesa de heavy metal Moonspell gravou Os Senhores da Guerra, do álbum O Espírito da Paz;
As cantoras brasileiras Zizi Possi e Luiza Possi, bem como o tenor espanhol José Carreras, gravaram Haja o que houver, do álbum O Paraíso que havia sido registrada em disco, antes do Madredeus, pela banda de rock portuguesa Delfins;
A cantora brasileira Rebeca Mata gravou O Mar, do álbum O Espírito da Paz;
O grupo instrumental brasileiro Quarteto Pererê gravou As Montanhas, do álbum Os dias da Madredeus;
A cantora brasileira Mylene lançou, em 2007, um álbum inteiramente dedicado às canções do Madredeus, com dezesseis temas de diversos álbuns.» in Wikipédia.

"Madredeus - Ao Longe O Mar

Porto calmo de abrigo
De um futuro maior
Porventura perdido
No presente temor
Não faz muito sentido
Não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior
Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar
Sim, eu canto a vontade
Canto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar
Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar
Quando avistei ao longe o mar
Sem querer, deixei-me ali ficar"

Mais informações sobre este grupo de grande qualidade, no seu site:
http://www.madredeus.com/entrada.asp























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S.C. Braga 1 vs F.C. Porto 0 - Liga Intercalar, derrota ao cair do pano do F.C. do Porto!

«Injustiça ao cair do pano

Numa partida marcada pelo equilíbrio durante 89 minutos, o tento minhoto, apontado em cima do apito final do árbitro, acabou por valer um imerecido triunfo bracarense, na partida relativa à 3ª jornada do Campeonato de Primavera da Liga Intercalar disputada esta sexta-feira, em Braga. A disputa foi sempre dividida, com ambos os conjuntos a procurarem o sucesso, que acabou por pender para a formação mais feliz.
Perante um adversário que chamou à partida vários dos principais intervenientes da primeira equipa, os Dragões entraram em campo dispostos a dar continuidade ao bom momento vivido nesta fase da prova. Não tardou, portanto, a surgir a primeira boa ocasião azul e branca no encontro, com Adriano a aparecer em posição privilegiada na área bracarense, após um lance de bom entendimento colectivo, rematando por cima da baliza minhota.
A formação da casa assumiu a iniciativa da partida, criando um punhado de oportunidades brilhantemente contrariadas pelas eficazes intervenções de Nuno. Na ofensiva azul e branca, Kazmierczak assumiu um papel de relevo ao longo dos primeiros 45 minutos, ao tentar a sorte em duas ocasiões, através de potentes remates de meia-distância que ameaçaram as redes defendidas por Dani.
A segunda metade não trouxe grandes alterações ao ritmo do encontro e a toada dividida continuou a imperar. No entanto, foi dos Dragões a melhor ocasião de golo até então, quando Mariano inventou um remate de belo efeito, aos 74 minutos, que falhou o alvo por centímetros, esbarrando caprichosamente na trave da baliza bracarense. Hélder Barbosa, na insistência do mesmo lance, surgiu também em boa posição, mas o remate do extremo foi parado por uma defesa apertada de Dani.
Antes ainda do apito final, o guarda-redes minhoto haveria de voltar a estar em destaque, quando parou um poderoso remate de Marco Aurélio, travando com sucesso a vantagem portista. Foi com um travo de injustiça que, em cima do final da partida, o Braga chegou ao golo da vitória, apontado por Frechaut, atribuindo um castigo imerecido à atitude e empenho revelados pelos Dragões ao longo do encontro.

Ficha de Jogo
Liga Intercalar 2007/08
3ª Jornada do Campeonato da Primavera (21 de Março de 2008)


Estádio AXA, em Braga

Árbitro: Sérgio Pereira
Assistentes: Serafim Nogueira e José Ribeiro 4º Árbitro: Fernando Montenegro

SC Braga: Dani; João Pereira, Paulo Jorge «cap.», Rodriguez e Carlos Fernandes; Contreras, Vandinho e César Peixoto; Zé Manel, Matheus e Linz
Jogaram ainda: Wender, Roberto Brum, Jaílson, Frechaut e Miguelito
Não utilizados: Paulo Santos e Breno
Treinador: Manuel Machado

F.C. Porto: Nuno; Eridson, João Paulo «cap.», Stephane e Lino; Bolatti, Castro e Kazmierczak; Mariano, Adriano e Hélder Barbosa
Jogaram ainda: Chula e Marco Aurélio
Não utilizados: Ruca, Graça, Miguel Galeão e Josué
Treinador: Rui Barros

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Frechaut (90 min)
Disciplina: Cartão amarelo para João Pereira (50 min), Wender (51 min).» in Site F.C. do Porto.
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Bravos Dragões que a jogar contra a poderosíssima equipa Bracarense, no Estádio AXA, em Braga, tão boa réplica deram e com boas exibições individuais, com destaque para Mariano González que continua em excelente forma. Esta competição é uma bênção para os menos utilizados poderem mostrar as suas capacidades, manterem ritmo competitivo e aumentarem os níveis de confiança. Boa Páscoa a todos!

20/03/08

Educação em Portugal - Indisciplina nas Escolas!


Bem pode a tutela e o Senhor Albino Almeida dizer que não, mas este é apenas um caso visível, a ponta do iceberg da realidade das Escolas Portuguesas!

«"Os professores são as novas vítimas do bullying", sustentou a investigadora que é docente da Universidade do Minho (UM) e presidente da Comissão Directiva e Cientifica de Doutoramento em Estudos da Crianças.
Embora sem números oficiais, Maria Beatriz mostra-se "muito preocupada" com a forma como o bullying, a agressão continuada e sem motivo, está a atingir os professores.
"Tenho acompanhado casos em que os professores esperam ansiosamente que o ano escolar termine", referiu a investigadora à margem do Fórum Educação para a Saúde, organizado pela Câmara de Famalicão.
No fórum, a docente apresentou a comunicação "O bullying na escola. Que tipo de intervenções?", remetendo-se apenas à violência entre pares, "de crianças e jovens para crianças e jovens".
"Os professores têm dificuldade em controlar os alunos, não conseguem incentivá-los e ficam cada vez mais desmotivados", frisou Maria Beatriz Pereira.
Dos estudos desenvolvidos há, para a investigadora, uma certeza: "quanto maior é o insucesso escolar maior é a incidência de bullying".
As mesmas crianças e jovens que maldosamente agridem e maltratam os colegas, no recreio, dentro da sala de aula, "ofendem os professores, chamam-lhes nomes e ameaçam-nos, não com agressões físicas, mas com avisos de que, por exemplo, lhes vão destruir o carro".
"Nos casos que acompanho, os professores são constantemente denegridos, rebaixados e humilhados pelos alunos", referiu a docente da UM.
Como defesa, admitiu Maria Beatriz Pereira, os professores pouco podem fazer.
"Apresentam queixa contra os estudantes no conselho executivo, as crianças podem ou não ser suspensas, os pais são chamados à escola e pouco mais", disse.
De todas as formas de bullying, as que mais parecem deixar marcas nos professores são, segundo Maria Beatriz Pereira, "o rebaixamento junto de colegas e alunos e as observações maldosas sobre o aspecto físico ou a forma de vestir" dos professores.
"O que caracteriza o bullying é que há sempre um controlo através do medo e isso tanto acontece junto de crianças como de adultos", sustentou.
Desde 1997 que a investigadora do Instituto de Estudos da Criança trabalha sobre a violência escolar. Em 2002 publicou o livro "Para uma escola sem violência. Estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças".
De acordo com os dados então recolhidos, em Portugal pensa-se que "uma em cada cinco crianças e jovens é afectada pelo bullying".
Dos seis mil e duzentos estudantes do 1, 2 e 3 Ciclo, observados no triénio 1995/97, a equipa de Maria Beatriz Pereira concluiu que o insucesso escolar está intimamente ligado ao bullying.
"Quanto maior é o insucesso, maior é a agressividade e a necessidade de maltratar os outros", referiu.
A "única solução" para reduzir os efeitos das agressões físicas e verbais é, para a docente da UM, "a criação, por parte das escolas, de regras rígidas e de punições para quem não as cumprir".
"A comunidade educativa tem que reconhecer a existência do problema, criar um grupo de trabalho com ligação directa à direcção da escola que proceda ao diagnóstico da realidade a partir da qual, uma equipa vai definir as regras de intervenção", disse a investigadora.» Com Lusa in http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/20080320+Bullying+nas+escolas.htm
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Podem vir com retóricas, com teorias inovadoras, mas o que é um facto incontornável, tem a ver com a vil campanha que o Ministério da Educação lançou contra a nobre Profissão da Docência, veiculando por todos os meios disponíveis uma ideia errada dos Professores Portugueses. Depois claro, aparecem muito chocados com estes casos de violência sobre Professores, apenas os visíveis, porque os invisíveis são aos milhares nas Escolas Portuguesas. Os Senhores Governantes deviam dar aulas um mês em certos meios, que eu queria ver as Novas Teorias! É que parece que eles não sabem, mas os problemas sociais entram todos na Escola Pública! Mas não são os Professores que devem resolvem os problemas de fundo das famílias Portuguesas; são os Senhores políticos, os bem pagos, mas isso não é nada com eles... é melhor dizer que a culpa é dos Professores! Pobre país este que não ama nem respeita os seus Mestres, a Classe Docente, os construtores da Educação!

Arte Poesia - O Rio Tâmega que tanto inspirou Teixeira de Pascoaes...























Na falta de argumentos para descrever por palavras o que esta Terra e este Rio me fazem sentir, nada melhor do que pegar na Poesia do Poeta Maior de Amarante, Teixeira de Pascoaes.


"A sombra do Tâmega - Teixeira de Pascoaes


Rio Tâmega


Minha santa janela, onde eu medito
E digo adeus ao sol e falo ao vento...
E saúdo a aurora e leio no Infinito
E sinto, às vezes, um deslumbramento!


Vejo, de ti, a Serra e aquele val',
Onde aparece a imagem indecisa
Dum rio de águas mortas, espectral,
Que, entre sombrias árvores, desliza.


E vejo erguer-se o rio cristalino,
Transfigurado em sonho ou nevoeiro...
E faz-se eterno espírito divino
Aquele corpo de água prisioneiro.


Ó láctea emanação! Ó névoa densa!
Ó água aberta em asa! Ó água escura!
Água dos fundos pegos, no ar, suspensa,
Vestida, como um Anjo, de brancura!


Água gélida e negra, que te elevas,
Qual fantasma, no Azul, que desfalece!
Ó claro e heróico sol, que vence as trevas,
Porque será que, ao ver-te, empalidece?


Ó água d'além túmulo! Água morta!
Ó água do Outro Mundo! Aparições
De neblina, entre as trevas... Absorta
Paisagem povoada de visões...


E enchendo todo o espaço de esplendores,
De desmaios, de síncopes e mágoas,
Diluindo tudo em místicos alvores,
Ergue-se a sombra lívida das águas...


Quantas vezes, de ti, boa janela,
Eu lhe falo e a interrogo... E, com certeza,
A tua sombra, ó água, é irmã daquela
Que anda em meu coração, e é só tristeza...


Ei-la a pairar na humana solidão
Infinita da noite, quando as cousas
São quimérica e estranha emanação
De silêncios e névoas misteriosas...


Ei-la que paira, ouvindo a voz da lua,
E a voz louca do vento e as ansiedades
Das sombras, que, na terra branca e nua,
Parecem desenhar profundidades...


Ei-la a pairar nas trevas que em nós deixam.
Nas almas e nas pedras da lareira,
Os olhos lacrimosos que se fecham
E dão, em vez de luz, cinza e poeira...


Bem mais do que neste ar, que se respira,
Pairas na minha alma... E com teus dedos
De penumbra, arrebatas minha lira,
Ó Tâmega de sonhos e segredos!


E vais compondo versos de neblina
às árvores do monte, à dura frágua...
Elegias de orvalho à luz divina,
Endeixas de remanso e cantos de água...


E sobes, a voar... E, num sombrio
Gesto de asa, percorres as Alturas!
E molhas minha fronte, aéreo rio;
E, através dela, sonhas e murmuras...


Ó bendita janela, entre as janelas,
Onde fala comigo a luz do luar,
E a claridade viva das estrelas
Que traz, e sangue, os pés de tanto andar!


Bendita sejas tu, ó sempre aberta
Sobre o meu coração e estes outeiros,
E esta noite fantástica e coberta
De espectros, de visões e nevoeiros!"

A Magia da Páscoa nas Aldeias Portuguesas!

«A Páscoa na Aldeia

Volto de novo à terra, Doiro acima de comboio, a carreira à minha espera no largo da estação, para me levar até ao planalto, a fiel carreira da Meda que, às dezasseis e trinta, me deixará nos Pereiros.
À chegada será Primavera clara ou quase e eu seria capaz de reconhece-la em qualquer parte do Mundo, pelo perfume das amendoeiras em flor, pelo chilrear dos pássaros, pelo zumbido das abelhas, pela cheiro a terra lavrada, pela simbiose perfeita entre estes cheiros, sons e cores.
Do forno comunitário já sobe o cheiro do pão e, na mesa, a minha mãe tem prontos todos os seus mimos, bola de carne, folar, biscoitos, com que vou matar saudades e fome, logo ao subir da escada.
- Um beijo à avó, minha filha. Olhe como a sua neta está linda, minha mãe !
Amanhã cedo vou à missa como todos os meus conterrâneos, vestirei uma opa vermelha para pegar no pálio na procissão e, com voz afinada, cantarei aleluia, aleluia, respondendo às invocações do Abade Celestino, no salmo em que anuncia à Mãe a ressurreição do Filho, afinal o mais sublime desejo de qualquer mãe que há três dias tenha perdido o seu.
À tarde sairá o compasso que vou receber em nossa casa, na companhia de quem quiser entrar para partilhar alegrias, trocar mimos, comungar afectos!
Os sinos repicarão toda a tarde e eu, pelo jeito de tocar, vou identificar quem toca e prestarei homenagem a quem consegue transformar em sinfonia duas notas repetidas, dlim dlão, dlim, dlão.
Vem daí, João, homem de Deus. Como pediste, as mimosas que conhecemos por acácias, estarão em flor, terás na mesa uma bola de azeite e uma regueifa fresquinha, e, se prometeres que vais, vou rogar a música de Custóias para dar brilho à nossa Páscoa!»
Joaquim Nascimento

«A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egipto (Portugal, África e Timor) Egito (Brasil).
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
A última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “seder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pesach(páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o historiador inglês do século VII, Beda.

Origem dos Símbolos da Páscoa
É sugerido por alguns historiadores que muitos dos atuais símbolos ligados à Páscoa (especialmente os ovos de chocolate, ovos coloridos e o coelhinho da Páscoa) são resquícios culturais da festividade de primavera em honra de Eostre que, depois, foram assimilados às celebrações cristãs do Pessach, depois da cristianização dos pagãos germânicos. Contudo, já os persas, romanos, judeus e armênios tinham o hábito de oferecer e receber ovos coloridos por esta época.
Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver com libações e outras ofertas corporais.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do 1º milênio depois de Cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de Páscoa mantém-se um pouco por todo o mundo nesta festa, quando ocorre o equinócio da primavera.

Ovo de Páscoa
O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. O hábito de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-os com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.

A data da Páscoa Cristã
A data da Páscoa foi fixada no primeiro concílio de Nicéia, no ano de 325.
Assim, a Páscoa cristã é comemorada (segundo o costume da Idade Média e da Europa) no primeiro domingo após a primeira Lua cheia da Primavera (no Hemisfério Sul, Outono).: a data ocorre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril.
A decisão equalizava todas as correntes cristãs, mas é bem provável que nenhum método de cálculo da data tenha sido explicitamente indicado.
Essa decisão não foi sem discussão. Havia o problema da coincidência da data da Páscoa com as festas pagãs do início da Primavera. As igrejas da Ásia, principalmente, acreditavam que devia ser seguida a data do sacrifício do cordeiro em Pessach (14 de Nissan), que seria a data exata da morte de Cristo.

As festas móveis
Ver artigo principal: Cálculo da Páscoa
Como o calendário judeu é baseado na Lua, a Páscoa cristã passa a ser móvel no calendário cristão, assim como as demais datas referentes a Páscoa, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Protestantes e Igrejas Ortodoxas:
A Páscoa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo o primeiro domingo após a lua cheia seguinte à entrada do equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

As datas móveis que dependem da Páscoa são: [1] [2]

Terça-feira de Carnaval - quarenta e sete dias antes da Páscoa
Quaresma - Inicia na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Ramos (uma semana antes da Páscoa)
Domingo de Ramos - Celebra a entrada de Jesus em Jerusalém. Domingo anterior à Páscoa.
Quinta-Feira Santa - Dia em que se celebra a instituição da Eucaristia por Cristo. A quinta-feira anterior à Páscoa. Feriado nacional.
Sexta-feira Santa - Dia que relembra a morte de Cristo. Não há missas, somente uma ação litúrgica às 15:00 hs. A sexta feira anterior à Páscoa. Feriado nacional.
Sábado Santo - Sábado de Aleluia - Sábado da Solene Vigília Pascal - o sábado de véspera. Feriado nacional.
Ascensão do Senhor - o sexto domingo após a Páscoa.
Pentecostes - o sétimo domingo após a Páscoa.
Santíssma Trindade - o domingo após Pentecostes.
Corpus Christi ou Corpo de Deus - a quinta-feira imediatamente após o domingo da Santíssima Trindade.» in Wikipédia.
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Recebi na minha caixa de correio - email - este magnífico Conto de Páscoa enviado pelo meu Primo Costa Barros, texto cuja autoria é de Joaquim Nascimento, e que diz muito, pelo menos para aqueles que como eu passaram muitas Páscoas na Aldeia. O Conto transporta-nos para um imaginário muito confortante e vem trazer à memória muitas e boas recordações do passado. Eram as Páscoas dos cheiros a rosmaninho, das campainhas a tocar, do anho ou cabrito conforme as posses, do folar, das amêndoas, dos doces caseiros, enfim, a Páscoa na Aldeia! Deixo agora um Poema do Grande Poeta Amarantino, Teixeira de Pascoaes, que melhor do que qualquer um, abordou esta temática.

"PÁSCOA NA ALDEIA - TEIXEIRA DE PASCOAES

Minha aldeia na Páscoa...
Infância, mês de Abril!
Manhã primaveril!
A velha igreja.
Entre as árvores alveja,
Alegre e rumorosa
De povo, luzes, flores...
E, na penumbra dos altares cor-de-rosa .
Rasgados pelo sol os negros véus.
Parece até sorrir a Virgem-Mãe das Dores.
Ressurreição de Deus! (...)
Em pleno azul, erguida
Entre a verde folhagem das uveiras.
Rebrilha a cruz de prata florescida...
Na igreja antiga a rir seu branco riso de cal.
Ébrias de cor, tremulam as bandeiras...
Vede! Jesus lá vai, ao sol de Portugal!
Ei-lo que entra contente nos casais;
E, com amor, visita as rústicas choupanas.
É ele, esse que trouxe aos míseros mortais
As grandes alegrias sobre-humanas.
Lá vai, lá vai, por íngremes caminhos!
Linda manhã, canções de passarinhos!
A campainha toca: Aleluia! Aleluia! (...)
Velhos trabalhadores, por quem sofreu Jesus.
E mães, acalentando os filhos no regaço.
Esperam o COMPASSO...
E, ajoelhando com séria devoção.
Beijam os pés da Cruz.

Teixeira de Pascoaes"
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