26/11/15

Amarante Pessoas - O Senhor Pinto Coelho foi uma pessoa que conheci durante a minha mocidade, sendo que jamais o poderei esquecer, pela sua forma de ser: amigo, leal, exuberante, inteligente, culto e animado!




«Sr. Pinto Coelho Português de Amarante Gatão

O Senhor Pinto Coelho foi uma pessoa que conheci durante a minha mocidade, sendo que jamais o poderei esquecer, pela sua forma de ser: amigo, leal, exuberante, culto e animado. 

Tratava-se de um brilhante orador, um autentico contador de histórias, um homem que não estudou muito, mas que era capaz de relatar episódios da História de Portugal, como se de um historiador se tratasse. Ademais, tinha uma cultura acima da média, para quem não possuía formação académica superior. A sua vida de aventureiro, de viajante, de emigrante no Brasil, de mulherengo, de bom amigo do seu amigo e de pessoa de convivência muito fácil, só tornaram a sua bagagem cultural muito superior, enriquecendo-a com a chamada universidade da vida, neste caso, muito rica e variada em experiências. 

No Café Bar era comum estar no grupo dele, com o meu falecido Pai e o Sr. Pinto Coelho, sempre de forma estridente e apaixonada, em alegre cavaqueira, em tertúlias que só terminavam quando a noite já ia muito avançada. Falava das suas aventuras amorosas, nunca as reduzindo a relações sexuais… a mulher exercia naquele ser uma exaltação tal que, só a podia ver como um todo, de forma holística. Começava sempre por descrever os seus antigos amores, com frases do género: “olhem, ela tinha as mãos mais lindas que já encontrei; os lábios mais doces; os seios mais belos; as pernas longas e bem-feitas, o sorriso mais belo… etc.”. E discursava de igual modo entusiasmado, de política, de negócios, de futebol, da sociedade em geral que, ninguém ficava indiferente, à sua forma afectada de discursar na primeira pessoa.

Durante a primeira metade do século passado, a emigração para o Brasil foi sempre uma oportunidade para homens como o Sr. Pinto Coelho, pessoa bem relacionada, bem-falante e com bastante cultura, que não formação. E o valor destas pessoas é tal que, partindo para um novo mundo, como é o Brasil, a partir de um meio pequeno, como era então a Vila de Amarante, estas pessoas singravam rápido na vida, graças ao seu poder de adaptação, de persistência e de empreendedorismo. De facto, o Brasil foi sempre um palco à medida da ambição dos portugueses, um país rico e que permite que se cresça, um país em constante desenvolvimento, também pela sua dimensão territorial, que dá muito mundo e às pessoas que o queiram agarrar. 

O Sr. Pinto Coelho foi um desses emigrantes de meados do século XX que, de uma família remediada de Amarante, procurou subir na vida num palco que permitisse o seu crescimento, embora batalhando muito para tal, como se pode ver no clima socioeconómico da altura que passo a citar: «Apesar das muitas campanhas para combater esta saída de pessoas, a mesma mostrou-se sempre imparável até princípios dos anos 60 do século XX. No Brasil esta vaga continua de imigrantes, apesar de ser fundamental para o desenvolvimento do país, não deixava de levantar resistências, nomeadamente dentro da própria comunidade portuguesa. A vinda de mais imigrantes foi por vezes sentida como uma ameaça aos que já estavam instalados. Esta vaga migratória chegou mesmo a ser interpretada como a continuação da anterior ocupação colonial, o que era um incómodo para um país que procurava afirmar a sua independência para à sua antiga metrópole.» in “Memórias da Emigração Portuguesa”.

O que é certo é que em meados dos anos oitenta, quando regressou a Portugal, o Sr. Pinto Coelho, era um Homem bem na vida e de bem com a mesma. Acumulou uma pequena fortuna no Brasil, o que lhe permitiu manter em Portugal, um elevado nível de vida, que já tinha no Brasil. Era um vendedor de peças e acessórios de automóveis que corria semanalmente milhares de quilómetros no Brasil, para realizar os seus negócios. 

Mas, tal como Teixeira de Pascoaes, as saudades da terra eram grandes e falo em termos da terra em si; este Homem tinha saudades de mexer na terra, de tal forma que comprou uma quinta com um montado enorme, em zona de montanha, e, terraplanou, abriu caminhos, enfim, construiu uma nova quinta, que suplantou em muito a original. Plantou pomares, dos mais variados tipo de fruta, e de todo o tipo de curiosidades nas suas grandes hortas. Sempre sonhou em construir uma casa com vista direta para o Marão, o que não chegou a concretizar.

Tinha dois filhos, um de cada uma das mulheres com quem esteve legalmente casado, um homem e uma mulher. O homem ficou no Brasil a gerir os negócios do pai; a filha casou com um engenheiro inglês e vive em Inglaterra. 

Como a agricultura dificilmente deixa alguém rico, até metia dó ver o dinheiro que gastou para transformar montes em campos agrícolas. O meu falecido Pai sempre o foi alertando, mas a vontade daquele Homem em viver uma vida dedicada aos prazeres do campo, que ele recordava nas suas conversas e em que ficavam patentes as saudades que ele tinha dos tempos de menino, em que foi criado em ambiente rural; um tal saudosismo da terra que Pascoaes tão bem inscreveu na sua obra e que o desafiava constantemente. 

Mas, tratava-se de uma figura única, quantas vezes o vi desfilar, entrando e saindo de bancos, lojas e cafés, de fato branco, chapéu de cowboy branco, sapatos brancos, contrastando com o escuro predominante das pessoas da sua idade com que se cruzava, nos anos noventa idos. 

Homem de uma cultura ímpar, recitava poemas de Camões, de Pascoaes, citava passagens dos livros de Camilo Castelo Branco e de Eça de Queiroz, como se de um estudioso dessas matérias se tratasse. Amarante já não tem estes seres mágicos nos seus cafés, em tertúlias infindáveis e com tanto de inesperadas, como de espanto para quem os ouvia. 

Falava da sua meninice em Gatão, como Pascoaes também tratava nos seus livros e colóquios, de forma nostálgica. Mas tratava-se de uma saudade alegre que relembrava coisas fabulosas, que nos conferia esperança em poder viver assim... de forma tão apaixonada pelas coisas mais comuns e que, para eles, eram maiores. 

Faleceu em sua casa, como queria, na sua quinta, comendo badanas de bacalhau e sopas de tronchudas e comia com oitenta anos de idade uma melancia pela manhã, porque para o Sr. Pinto Coelho, noctívago de sempre, de manhã, bem cedo é que se começava o dia! Nos últimos tempos da sua existência passou dificuldades, pois o dinheiro que enterrou na terra, jamais teve retorno e aos poucos foi desaparecendo... teve no entanto a amizade da nossa família que sempre o ajudamos, mesmo quando ele não queria. Ele, na sua infinita bondade e amizade, sempre nos ajudou e apoiou. Homem de valores, um dos quais se fundava na amizade que cultivava de forma profunda, nobre e verdadeira.

Pessoas de Amarante que eu conheci e que me marcaram; venham mais destas que vale a pena conviver com estes seres mágicos.» in http://birdmagazine.blogspot.pt/




Alexandra - "Zé Brasileiro" - (FC 1979)


Alexandra - "Zé Brasileiro"


Alexandra - "Zé Brasileiro"


"Zé Brasileiro
Alexandra

Zé brasileiro português de Braga
Sacola no medo e o navio aos pés
Perdeste o que foste ganhas-te o que és
Por comeres mais cedo o sal das marés
Zé brasileiro português de Braga
Fugindo p´ra longe das saias da mãe
Em Copacabana e outras avenidas
Comias tristezas nas noites perdidas
Tinhas na algibeira as cartas de casa
Falando das vinhas e da aguardente
E no horizonte que guarda a semente
E na alma é fruto com tudo o que sente
Zé que dividiste o tempo de ser
O tempo que é mesmo coragem de ver
O céu é redondo e o mar é profundo
Zé brasileiro português de Braga
Português do mundo"


F.C. do Porto Hóquei Patins: F.C. do Porto Fidelidade 8 vs Candelária 1 - Dragões venceram por goleada, regressando aos triunfos no Campeonato Nacional.



«REINALDO E GONÇALO “BISAM” NA GOLEADA AO CANDELÁRIA

Dragões venceram por 8-1, regressando aos triunfos no Campeonato Nacional.

O FC Porto Fidelidade venceu esta quarta-feira o Candelária, por 8-1, na nona jornada do Campeonato Nacional de hóquei em patins. O encontro foi antecipado devido ao jogo da Liga Europeia deste sábado, frente ao FC Barcelona, e a verdade é que cedo os Dragões resolveram a questão, marcando o primeiro golo logo aos dois minutos. Com esta goleada (que incluiu "bis" de Reinaldo Garcia e Gonçalo Alves), e mais um encontro disputado, os Dragões estão no terceiro lugar, com 21 pontos (menos três do que o líder Benfica), regressando aos triunfos após a derrota de domingo frente ao Óquei de Barcelos.

O Candelária apresentou-se com apenas oito jogadores, devido às ausências de Mauro Fernandez e Pedro Afonso. Também por isso, os açorianos adoptaram uma táctica com enfâse na defesa, em quadrado ou losango, o que procurava reduzir o desgaste físico do cinco inicial, que teria de cumprir a quase totalidade dos minutos em pista. Porém, Reinaldo Garcia provocou o primeiro rombo no Candelária logo aos dois minutos, com um remate de meia distância. A vantagem foi alargada por Jorge Silva (12), quando os Dragões estavam em power-play, e aos 14, com uma nova meia distância, desta vez de Gonçalo Alves. Os três pontos ficaram na mão, mas os forasteiros - que contra-atacavam com cautelas e receio de colocar em perigo os equilíbrios defensivos - ainda reduziram para 3-1, por intermédio de João Vieira. Mais um remate da zona exterior de Reinaldo Garcia estabeleceu o resultado ao intervalo (4-1).

Na segunda parte, rapidamente o FC Porto chegou ao 6-1 (golos de Gonçalo Alves e Vítor Hugo), o que não impediu que o guarda-redes Edo Bosch tivesse oportunidade para brilhar, evitando que João Vieira fizesse o segundo golo do Candelária, na conversão de um livre directo (31 minutos). Aliás, já no primeiro tempo o guardião - substituído nos derradeiros 17 minutos por Nélson Filipe - tinha defendido um penálti de Tiago Resende. Os dois últimos golos portistas foram apontados nos últimos cinco minutos, por Telmo Pinto e Álvaro Morais. A partida terminou com apenas quatro faltas de cada equipa, o que demonstra como a superioridade portista não teve contestação.

No final do encontro, Guillem Cabestany considerou o resultado justo, mesmo que os Dragões não tenham feito “um grande jogo”. “Era um encontro muito complicado psicologicamente, depois de uma derrota e antes de um jogo que se prevê muito importante. O Candelária defendeu sempre em zona, e poucas equipas o fazem. Se não se consegue abrir a baliza torna-se um jogo fechado, difícil de romper”, afirmou ao Porto Canal. O treinador admitiu ainda alguma “irregularidade” da equipa, mas reforçou que os objectivos se mantêm intactos: “Depois de duas derrotas em nove jogos, temos de continuar a melhorar jogo a jogo”.

FICHA DE JOGO 

FC PORTO FIDELIDADE-CANDELÁRIA, 8-1
Campeonato Nacional, 9.ª jornada
25 de Novembro de 2015
Dragão Caixa, no Porto

Árbitros: Paulo Santos e António Santos

FC PORTO FIDELIDADE: Edo Bosch (g.r., cap.), Reinaldo Garcia, Hélder Nunes, Rafa e Vítor Hugo
Jogaram ainda: Jorge Silva, Gonçalo Alves, Telmo Pinto, Álvaro Morais e Nélson Filipe (g.r.)
Treinador: Guillem Cabestany

CANDELÁRIA: Diogo Rodrigues (g.r.), Tiago Resende (cap.), João Vieira, André Moreira e Alan Fernandes
Jogaram ainda: Edgar Pereira
Treinador: Sergi Punset

Ao intervalo: 4-1
Marcadores: Reinaldo Garcia (2m e 23m), Jorge Silva (12m), Gonçalo Alves (14m e 27m), João Vieira (17m), Vítor Hugo (30m), Telmo Pinto (45m) e Álvaro Morais (47m)

Disciplina: cartão azul a Edgar Pereira (11m) e Reinaldo Garcia (31m)» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Campeonato-Nacional-FC-Porto-Candelaria-2015-16.aspx


Hóquei em patins: FC Porto Fidelidade-Candelária, 8-1 (Campeonato Nacional, 9.ª jornada, 26/11/15)

F.C. do Porto Basquetebol: ZZ Leiden 62 vs F.C. do Porto 70 - Brad Tinsley foi o melhor marcador na vitória sobre o ZZ Leiden (70-62).



«DRAGÕES VENCEM NA HOLANDA E MANTÊM-SE NA CORRIDA

Brad Tinsley foi o melhor marcador (17) na vitória sobre o ZZ Leiden (70-62).

O FC Porto conquistou, esta quarta-feira, a primeira vitória fora de portas desta época nas competições europeias ao vencer o ZZ Leiden por 70-62, em partida da quinta jornada do grupo G da Taça da Europa da FIBA. Os portistas assumiram as rédeas do encontro logo no primeiro período do jogo, disputado no Vijf Meihal, em Leiden, na Holanda, e nunca mais largaram a dianteira no marcador. Os melhores da partida pelos portistas foram Brad Tinsley (17 pontos e 3 assistências), José Silva (15 pontos e 5 ressaltos), Nick Washburn (13 pontos e 3 ressaltos) e Albert Fontet (3 pontos e 10 ressaltos).

Apesar de terem entrado na partida com um parcial desfavorável de 6-0, os portistas encontraram rapidamente o caminho para o cesto adversário e, a praticamente quatro minutos do final do primeiro período, tinham alcançado um parcial de 11-2 e já comandavam o marcador. Apoiados por um grupo de adeptos que se deslocou a Leiden, os Dragões continuaram a dominar no segundo período, destacando-se uma defesa bastante eficaz – que obrigava os holandeses a cometer vários erros no ataque – e uma percentagem de lançamento global de 43%, com 5/8 em lances livres e 55% em lances de dois pontos. As figuras máximas dos portistas ao intervalo, altura em que venciam por 33-21, eram Nick Washburn, com 9 pontos e 3 ressaltos, e José Silva, com 8 pontos e também 3 ressaltos.

Os Dragões fizeram uma entrada um pouco em falso na segunda parte, permitindo a aproximação do ZZ Leiden para números abaixo da dezena. A subida dos holandeses em termos de eficácia de tiro (interior e exterior) contribuiu para a diminuição da diferença, enquanto os azuis e brancos iam somando vários ressaltos ofensivos que os colocavam sempre na dianteira no aproveitamento debaixo do cesto. Com o jogo controlado, a equipa de Moncho López arriscou mais o lançamento exterior, capítulo em que atingiu 36% de aproveitamento, acabando por vencer com justiça (70-62) perante uma equipa que deixou de ser uma ameaça quando os portistas aceleraram o ritmo.

Os Dragões somam agora sete pontos, ocupam o terceiro lugar do grupo G e mantêm em aberto a possibilidade de se qualificarem para a fase seguinte. O Fraport Skyliners, adversário dos portistas na última jornada do grupo, é lider, com dez pontos, mais dois do que o Novo Mesto e mais cinco do que o ZZ Leiden, quarto classificado.

FICHA DE JOGO

ZZ LEIDEN-FC PORTO, 62-70 
Taça da Europa da FIBA, grupo G, 5.ª jornada
25 de Novembro de 2015
Vijf Meihal, Leiden, Holanda

Árbitros: Tamas Benczur (Hungria), Fedja Serhatlic (Suécia) e Evgeny Vetrov (Rússia)

ZZ LEIDEN: Kasper Averink (6), Worthy De Jong (15), Hieronymus Van Der List (13), Mohamed Kherrazi (8) e Thomas Koenis (5)
Jogaram ainda: Rogier Jansen (13), Deronn Scott (2), Jan Driessen e Floris Versteeg
Treinador: Eddy Casteels

FC PORTO: Brad Tinsley (17), Nick Washburn (13), Miguel Queiroz, Pedro Bastos (2) e Arnette Hallman (3)
Jogaram ainda: José Silva (15), Seth Hinrichs (9), Albert Fontet (3), André Bessa (8), Ferrán Ventura e João Gallina
Treinador: Moncho López

Parciais: 12-13, 9-20, 22-18 e 19-19.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/basquetebol-leiden-fcporto-251115.aspx

25/11/15

Amarante Mancelos - Mulheres Babo, na Quinta da Aldeia, Gateira, Mancelos, 1951, nos palheiros junto ao beiral coberto a colmo.


(Amarante, Mancelos, Gateira, Mancelos, Quinta da Aldeia, 1951, Mulheres Babo)

Segunda Liga: F.C. do Porto B 2 vs Mafra 0 - Dragões venceram o Mafra por duas bolas sem resposta, no jogo da 16.ª jornada da Segunda Liga.



«“BIS” DE LEONARDO DÁ MAIS UMA VITÓRIA AO FC PORTO B

Dragões venceram o Mafra (2-0) no jogo da 16.ª jornada da Segunda Liga.

O FC Porto venceu esta quarta-feira o Mafra por 2-0, no Estádio de Pedroso, em partida da 16.ª jornada da Segunda Liga. Dois golos do avançado colombiano Leonardo na segunda parte carimbaram a quarta vitória consecutiva da temporada dos Dragões - invictos há 12 jogos consecutivos -, que lhes permite reforçar a liderança da prova, com 36 pontos, mais oito do que o segundo, o Sporting B.

Três dias depois de terem derrotado o Everton (3-2), na Premier League International Cup, os portistas apresentaram-se no jogo com duas alterações no onze: Víctor García regressou ao lado direito da defesa e Omar Govea ao meio-campo para um encontro inédito na história da Segunda Liga. Foi uma primeira parte entretida, com oportunidades de golo para ambas as equipas, ainda que as mais flagrantes tenham pertencido ao FC Porto B: Rafa teve o 1-0 nos pés por duas vezes (6m e 8m), depois foi André Silva ameaçar o primeiro golo (34m). O Mafra, 20.º classificado, também obrigou Raúl Gudiño a aplicar-se em dois remates que o guarda-redes mexicano defendeu para canto (2m e 11m).

A segunda parte começou com os lisboetas a enviarem uma bola à trave (49m), mas foram os azuis e brancos a inaugurar o marcador: Rafa cruzou para a área onde se encontrava Leonardo - que ao intervalo substituíra André Silva - pronto para apontar o primeiro golo da tarde fria de Pedroso (63m). O Mafra tentou reagir, subiu no terreno e deu mais espaço ao FC Porto B para chegar ao segundo golo. Num remate de fora da área, Francisco Ramos deu o primeiro aviso, obrigando Diaw a uma boa defesa (80m).

O guarda-redes francês da equipa de Lisboa já nada pôde fazer sete minutos depois num remate forte e colocado de fora da área de Leonardo que estabeleceu o resultado final (87m). Dois remates, dois golos, 100 por cento de eficácia do colombiano, que já tinha apontado um “bis” ao Gil Vicente, na 14.ª jornada da Segunda Liga .

Este jogo será transmitido em diferido no Porto Canal a partir das 23h00, já que as regras da UEFA não permitem a transmissão simultânea de encontros das ligas domésticas com os seus jogos, como se verifica esta quarta-feira. Na próxima jornada, os azuis e brancos deslocam-se à Serra da Estrela para defrontar o Sporting da Covilhã (domingo, 11h15, SportTV). 

FICHA DE JOGO

FC PORTO B-MAFRA, 2-0
Segunda Liga, 16.ª jornada
25 de Novembro de 2015
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Hélder Malheiro (Lisboa)
Ássistentes:Hugo Ribeiro e José Luzia
Quarto árbitro: Bruno Vieira

FC PORTO B: Raúl Gudiño (g.r.); Víctor García, Diogo Verdasca, Rui Moreira e Rafa; Omar Govea, Francisco Ramos (cap.) e Graça; Cláudio, Ismael Díaz e André Silva
Substituições: Leonardo por André Silva (46m), Fede Varela por Graça (59m), Tomás Podstawski por Cláudio (76m)
Não utilizados: João Costa (g.r.), Maurício, Pité e Rodrigo
Treinador: Luís Castro

MAFRA: Mory Diaw (g.r.); André Teixeira, Sandro Silva, Rafael Mattos e Joel Ferreira; Tiago Costa (cap.), Leo, Laurindo Tavares;Vasco Varão, Diogo Ribeiro e Ivan Fidalgo
Substituições: Alisson por Diogo Ribeiro (48m), Érico Junior por Vasco Varão (66m), Luís Carlos por Laurindo Tavares (81m)
Não utilizados: Filipe Leão (g.r.), Pengfei Han, Luís Carlos e Diogo Gouveia
Treinador: Jorge Neves

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Leonardo (63m e 87m)

Disciplina: cartão amarelo a Omar Govea (56m), Francisco Ramos (71m), Tiago Costa (74m) e Diogo Verdasca (79m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/fcporto_mafra_16j_segundaliga.aspx

Liga dos Campeões - F.C. do porto 0 vs Dínamo de Kiev 2 - ​FC Porto derrotado pelo Dínamo Kiev na quinta jornada do Grupo G da Liga dos Campeões.



«FRIEZA UCRANIANA GELOU O DRAGÃO

​FC Porto derrotado pelo Dínamo Kiev (0-2) na quinta jornada do Grupo G da Liga dos Campeões.

​O FC Porto perdeu esta terça-feira diante do Dínamo Kiev (0-2), no Estádio do Dragão, em jogo da quinta jornada do Grupo G da Liga dos Campeões, no qual os portistas dividem a liderança com o Chelsea, ambos com dez pontos. Yarmolenko, de grande penalidade (35m), e Derlis González (64m) apontaram os golos do triunfo ucraniano e ditaram a primeira derrota portista na presente temporada.

Entrou autoritário o FC Porto, apoderando-se da bola desde o apito inicial de Carlos Velasco Carballo. Com várias e naturais alterações na equipa em comparação com o jogo frente ao Angrense, para a Taça de Portugal, os Dragões mostraram cedo para o que vinham, mas o primeiro remate da partida, de Danilo Pereira, saiu fraco e ao lado da baliza de Shovkovskiy (3m). O mesmo Danilo Pereira, instantes depois, cabeceou à figura do guardião dos ucranianos, que criaram o primeiro lance de perigo num remate de Derlis González para defesa atenta de Casillas (25m).

Ora, é a partir desta altura que o Dínamo Kiev cresce no jogo, “sacudindo” desta forma a pressão exercida pelo FC Porto. Aos 28 minutos, Garmash cabeceia ao poste da baliza portista e Júnior Moraes, em posição privilegiada, remata ao lado na recarga, para alívio da plateia do Dragão. Só que, pouco depois, Imbula derrubou Rybalka dentro da área e o juiz da partida apontou para a marca de grande penalidade, cobrada com sucesso por Yarmolenko (35m). Foi, de resto, o momento que fez toda a diferença nos primeiros 45 minutos, nos quais o equilíbrio acabou por ser nota dominante.

Já com André André no lugar de Maxi Pereira, o FC Porto surgiu com outra determinação e começou por exercer uma forte pressão sobre o Dínamo Kiev no arranque da etapa complementar. Contra a corrente do jogo, numa rápida jogada de contra-ataque, Derlis González aumentou a vantagem ucraniana num remate feliz que Casillas parou com a luva esquerda, mas a bola seguiu o caminho da baliza e dificultou ainda mais a tarefa portista para o que restava jogar (64m). Lopetegui lançou Dani Osvaldo e Corona para os lugares de Brahimi e Imbula, respectivamente, mas a muralha erguida à frente de Shovkovskiy revelou-se difícil de derrubar.

A noite infeliz dos Dragões conheceu novo episódio aos 78 minutos, quando um corte de Rybalka após iniciativa de André André bateu caprichosamente no poste da baliza ucraniana. O médio dos Dragões estaria intimamente ligado aos lances de maior perigo do FC Porto na segunda parte, tendo inclusive rematado à barra já em período de compensação, ainda que com um desvio de um defesa do Dínamo Kiev. Mais um exemplo dos caprichos da sorte que não acompanhou o FC Porto numa noite que os ucranianos tornaram ainda mais gélida.

Ficha do Jogo» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/FC_Porto-Dinamo_Kiev_2015-2016.aspx

24/11/15

Amarante Igualdade - O programa da campanha “Amarante de Igual para Igual” vai regressar amanhã, 25 de novembro, com o seminário "Conversas de Igual para Igual" que terá lugar na Casa da Calçada, das 9h00 às 17h00.



«Amarante: Amanhã é dia de “Conversas de Igual para Igual”
24/11/2015, 11:43

O programa da campanha “Amarante de Igual para Igual” vai regressar amanhã, 25 de novembro, com o seminário "Conversas de Igual para Igual" que terá lugar na Casa da Calçada, das 9h00 às 17h00.

Destinada a profissionais e estudantes das áreas de intervenção social, saúde, educação, justiça e outras, esta iniciativa pretende “consciencializar para a necessidade de afirmação, garantia e respeito dos Direitos Humanos, alertando para as diferentes representações sociais e formas de discriminação que subsistem na sociedade atual, com base no género, na deficiência, na orientação sexual e no envelhecimento”, informou o município de Amarante.

A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição através do link: http://bit.ly/1NEWy5X

Recorde-se que a campanha "Amarante de Igual para Igual" arrancou a 21 de outubro ao assinalar o Dia Municipal para a Igualdade.

Pela primeira vez, a autarquia leva a cabo uma só campanha: "Amarante de igual para igual" para assinalar três datas: Dia Municipal para a Igualdade (24 de outubro); Dia Internacional de Luta contra a Violência Doméstica (25 de novembro); Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).

De 26 de novembro a 3 de dezembro, o programa prossegue com "Viver de igual para igual". A atividade “Branca de Neve e os Sete Anões” tem como destinatários os alunos do 1.º ciclo do ensino básico; e a atividade “Mini percurso Acessível com Barreiras” é destinado aos alunos do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário.

Programa do "Conversas de Igual para Igual"

Painel I: Estereótipos e Mitos sobre Envelhecimento

"Porque ninguém vive demais...", Representação do Grupo de Teatro de Fridão

Painel II: A deficiência numa Perspetiva Inclusiva

“O preconceito é o pior de todas as deficiências”, Representação dos clientes Cercimarante

Painel III: Discriminação com base na Orientação Sexual e Identidade de Género

“Ser diferente, também é ser gente”, Representação do Grupo de Teatro T’Amaranto

Painel IV: Prevenção e Combate à Violência de Género

Interpretação da Canção “Cansada”, da autoria da APAV, Letra e música Rodrigo Guedes de Carvalho, Interpretada por Elisabete Ribeiro» in http://www.averdade.com/pagina/seccao/19/noticia/11572?utm_source=e-goi&utm_medium=email&utm_term=Newsletter+A+VERDADE&utm_campaign=Newsletter+A+VERDADE

Televisão - A atriz da TVI, Sofia Ribeiro, usou a rede social Facebook para revelar que tem cancro da mama.



«Sofia Ribeiro. Quando o cancro bate à porta

A atriz da TVI usou a rede social Facebook para revelar que tem cancro da mama. "Quem me conhece de perto, e vocês também já me conhecem um bocadinho, sabem que não sou de desistir."

“Tenho uma difícil notícia para vos dar…” É assim que começa o post escrito e publicado por Sofia Ribeiro na sua conta de Facebook. A atriz de 31 anos usou a rede social onde acumula mais de 150 mil seguidores para revelar que no dia 13, “sexta-feira 13”, foi-lhe diagnosticado um cancro da mama. “Não há forma fácil de o dizer. É esta a verdade”, lê-se na respetiva página. 

É num longo texto que a artista associada à ficção nacional promovida pela TVI abre o jogo, admitindo o medo que sente: “Medo de perder os meus, medo de perder o meu trabalho, o meu futuro, medo do incerto, medo de tudo e mesmo assim medo de nada.” Apesar do receio, Sofia Ribeiro promete lutar e enfrentar de frente o “início de uma grande batalha”. “Quem me conhece de perto, e vocês também já me conhecem um bocadinho, sabem que não sou de desistir. Toda a vida lutei e vou continuar a fazê-lo, juro por tudo, por Deus, juro por mim e por todos os que acreditam em mim.” 

Num mesmo tom confessional, a artista solicita respeito e apoio, pedindo ainda que não tenham “pena”. Até ao momento, o post escrito na primeira pessoa já chegou a milhares de pessoas, pelo menos a julgar pelos quase 90 mil gostos e cerca de 17 mil partilhas. 

Tal como Sofia Ribeiro, já outras figuras da cultura portuguesa enfrentaram a mesma doença. Exemplo disso é a atriz Fernanda Serrano que descobriu que tinha um ‘caroço’ poucas horas antes de ser mãe, já lá vão quatro anos. A também ex-modelo chegou a documentar em livro — lançado em meados de 2013 — a experiência vivida, considerando medos, dúvidas e angústias associadas ao seu diagnóstico, coisas tão específicas como a vergonha que tinha em ficar nua à frente do marido, Pedro Miguel Ramos. 

Também Simone de Oliveira escreveu um livro, Nunca Ninguém Sabe, para falar abertamente sobre a condição que a fez submeter-se a uma mastectomia. Em agosto de 2003, a cantora portuguesa fazia um relato cru e real à revista CARAS: “Quando me diagnosticaram o cancro da mama e fui operada (…) a grande crise de desespero, raiva e medo que explodiu no quarto do hospital foi amenizada pelas mãos e pela voz do meu filho. Ajoelhado aos pés da minha cama, dizia-me: ‘Ó mãe, eu estou aqui, olha para mim, olha para mim…’ Nunca vou esquecer a força que ele me deu.”

Poucos dias antes de Sofia Ribeiro receber o diagnóstico, o Observador dedicava um extenso trabalho à doença que, todos os anos, afeita mais de 6.000 mulheres portuguesas, sendo que apenas uma percentagem recebe a notícia antes de completar os 40 anos. » in http://observador.pt/2015/11/24/sofia-ribeiro-cancro-bate-porta/


(Sofia Ribeiro quer ajudar a mãe)


Política Nacional - Há 40 anos, era fundado o “arco da governação”, esse mesmo que está, agora, por um fio e que se tornou mais alargado à esquerda...



«O Novembro quente de 1975

Há 40 anos, era fundado o “arco da governação”, esse mesmo que está, agora, por um fio. Recorde as imagens desse período e relembre, em seis pontos, como tudo aconteceu e descubra as diferenças entre aquele mês fervilhante e este novembro escaldante...

Em 1975, António Costa, atual líder do PS, tinha 14 anos e iniciava-se na atividade política. A 25 de novembro desse ano, forças moderadas e radicais defrontaram-se numa luta de morte. Ganharam os moderados. O arco da governação, composto por PS, PSD e CDS, iniciava o seu longo ciclo e os comunistas eram banidos do poder. Até hoje. Se tem menos de 40 anos e não percebe o que tem de tão especial e histórico o acordo recente que o PS fez com os partidos à sua esquerda, leia este texto. Se viveu os acontecimentos, recorde este clássico a preto e branco que nos espreita de um outro século, e confira, em seis perguntas e respostas, como tudo aconteceu.


1 - O QUE ERA A FUR?

Com a liderança do PCP, criada a 25 de agosto, a Frente de Unidade Revolucionária (FUR) tinha sido constituída, para preparar, nas ruas, o golpe que aniquilaria as forças da «reação» e colocaria no poder um governo da vanguarda revolucionária. O PCP deixaria cair o primeiro-ministro Vasco Gonçalves, seu compagnont de route, mas já esgotado por mais de um ano de sucessivos governos provisórios, cada vez menos populares. Sucedeu-lhe o almirante Pinheiro de Azevedo, aceite pelos comunistas mas que rapidamente lhes fez frente. A FUR incluía a LCI, movimento trotskista, onde militava Francisco Louçã, hoje no Bloco de Esquerda; o MDP (partido satélite do PCP, equivalente ao que são hoje os Verdes); a FSP (dissidentes do PS); o PRP-BR, de Isabel do Carmo e Carlos Antunes (mais tarde indiciados por atos terroristas); a Organização 1.º de Maio; e a LUAR, movimento autor de ações espetaculares contra a ditadura de Salazar e Marcelo Caetano. Os diversos partidos inscreviam-se nas correntes mais díspares – e rivais – e faziam a síntese impossível: havia leninistas, trotskistas, não alinhados, católicos progressistas e até alguns maoistas. Só a UDP, da linha albanesa, corria em pista própria. A junção de todos estes movimentos inconciliáveis só se percebia à luz da preparação de uma frente comum contra todos os que defendiam um regime parlamentar, pluralista, alinhado com a Europa Ocidental, a CEE e a NATO. A FUR tinha um braço-armado clandestino nas Forças Armadas, os SUV (Soldados Unidos Vencerão), encarregado de espalhar propaganda e promover a agitação nos quartéis, à margem da tr adicional disciplina militar.


2 - COMO AGIRAM OS COMUNISTAS?

Os comunistas recuaram no último momento. O todo-poderoso secretário-geral do PCP, Álvaro Cunhal, percebeu que, numa guerra civil, os revolucionários perderiam contra as forças moderadas, que detinham as principais unidades militares do País e tinham a grande maioria da população a seu favor. Em caso de conflito, e derrota, o PCP seria arrastado e corria o risco de desagregação, carregando o ónus da eclosão de uma guerra civil. Na composição parlamentar da Assembleia Constituinte, eleita a 25 de abril desse ano, as forças revolucionárias tinham 36 dos 250 deputados e as forças moderadas 214... Nas vésperas de 25 de novembro, no maior secretismo, elementos do MES, partido de socialistas radicais mas não totalitários, convencem Cunhal para um encontro secreto com o líder dos militares moderados, o prestigiado ideólogo do 25 de Abril, coronel Ernesto Melo Antunes.


3 - O QUE FOI O ENCONTRO SECRETO?

O encontro secreto entre Cunhal e Melo Antunes (negado, até ao fim da vida, pelo líder histórico comunista, mas hoje inequivocamente comprovado...) dá-se em casa de Nuno Brederode Santos, um dos melhores amigos de Jorge Sampaio, cofundador do MES e depois aderente ao PS (em 1978, com Sampaio e outros socialistas independentes). O encontro, na residência situada na Estrada das Laranjeiras, em Lisboa, é narrado pelo anfitrião ao jornalista José Pedro Castanheira, no livro Jorge Sampaio, uma biografia: "Primeiro, apareceu o Melo Antunes, sozinho. Depois o Cunhal. Após as cortesias normais, retirei-me. Tomei banho, estive na cama a ler, até que ouvi o Melo Antunes a chamar. Fui até à sala e conduzi o Cunhal ao elevador. Melo Antunes ficou mais meia hora comigo. Não revelou nada de concreto, mas disse o suficiente para eu perceber que estava a tirar ilações corretas da conversa." Nenhum dos protagonistas jamais assumiu o encontro, mas o que parece é que, em troca da não participação do PCP em qualquer golpe, os moderados garantiam a sua sobrevivência, após a clarificação militar iminente e no quadro da nova recomposição política do País.


4 - QUEM ERA MELO ANTUNES?

Melo Antunes era um militar antimilitarão, intelectual, que preferia o fato e gravata à farda e que percebia mais de política do que de táticas castrenses. Ele já havia sido o ideólogo político do 25 de Abril e redator do programa do MFA (Movimento das Forças Armadas), e tinha sido, também, o redator do famoso Documento Melo Antunes, ou Documento dos Nove, por ser subscrito por nove oficiais do MFA e membros do Conselho da Revolução. Nesse texto de 9 de agosto, no auge da revolução, os signatários defendem uma via democrática e pluralista e, numa alusão aos revolucionários e ao PCP, rejeitam “qualquer tipo de totalitarismo”. A 10 de agosto o PCP reagia com uma reunião secreta do Comité Central, em Alhandra, onde Álvaro Cunhal não põe de lado a tomada do poder por meios não pacíficos. Esta reunião precede a criação da FUR, a 25 de agosto. Os vanguardistas querem levar a revolução marxista às últimas consequências. Os moderados têm em conta a vontade da população e os resultados eleitorais. A 25 de novembro os primeiros dão o primeiro passo militar que se salda pela vitória dos segundos. Fecha-se o ciclo revolucionário e acaba o PREC. Abre-se o caminho à democracia parlamentar e à integração europeia.


5 - QUEM FORAM OS PROTAGONISTAS?

Quando o golpe se dá, na madrugada de 25 de novembro, a ordem da direção do PCP aos seus militantes é para que "ninguém saia à rua!". Outra das figuras militares conotada com os golpistas, o poderoso comandante do COPCON (Comando Operacional do Continente) é também convencido a ficar quieto e é neutralizado. Otelo Saraiva de Carvalho passa a maior parte do tempo incontactável, fechado no Palácio de Belém, onde o Presidente Costa Gomes representa um papel crucial de moderação e de defesa da legalidade. Está evitada a guerra civil.

As forças moderadas, mais numerosas, organizadas e disciplinadas, são coordenados pelo até então obscuro coronel António Ramalho Eanes (que seria depois eleito Presidente da República, nas primeiras eleições presidenciais por sufrágio universal, em 1976, e reeleito em 1980), e anulam, com profissionalismo militar, a aventura dos revoltosos, mal organizados e pouco disciplinados. Pires Veloso, comandante da Região Militar Norte, Franco Charais, seu congénere do Centro e Vasco Lourenço, homólogo em Lisboa, são homens dos nove ou próximos do grupo. Têm o Exército na mão. Jaime Neves, líder dos Comandos da Amadora, protagoniza as ações mais espetaculares, ao expulsar os ocupantes do emissor de Monsanto da RTP e ao cercar o poderoso quartel de Lanceiros 2, na Ajuda, onde está a força revolucionária da Polícia Militar (PM) liderada pelo major Mário Tomé, mais tarde deputado da UDP (partido hoje absorvido pelo Bloco de Esquerda). Esta ação provoca os únicos mortos – três – do 25 de novembro, todos militares da PM. Não é, propriamente, o temido banho de sangue...


6 - COMO SE SAFOU O PCP?

No dia seguinte, Melo Antunes cumpre a sua parte do acordo com o líder comunista e trava as aspirações de uma certa direita revanchista. Ele sabe que é, nesse momento, o homem mais influente do País. Num instante, e em 35 palavras fundadoras, condiciona, através das câmaras da RTP, o que será o regime nas próximas décadas: "Eu quero dizer, neste momento, e considero isso muito importante, que a participação do Partido Comunista Português na construção do socialismo é indispensável. Não me parece que seja possível, sem o PCP, construir o socialismo”. Esta terminologia parece algo anacrónica mas, traduzida para linguagem atual, a "construção do socialismo" é o equivalente à "estabilização da democracia".

O Verão Quente, entre 11 de março e 25 de novembro, fora longo – oito meses de constante tensão político-militar e um clima de guerra civil latente. Pelo meio, o primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo chegou a ser cercado, com o seu Governo, em São Bento, por elementos da FUR e o Governo chegou a entrar em greve! O cerco repetir-se-ia, poucas semanas antes do 25 de novembro, em torno do Parlamento, pelos sindicatos da construção civil, apoiados pela FUR. Os deputados da Assembleia Constituinte estiveram sequestrados 48 horas, enquanto operários em fato de macaco ocupavam o vetustos sofás dos corredores, numa reconstituição lusitana da tomada do Palácio de Inverno, pelos bolcheviques, na revolução russa de 1917... O 25 de novembro normaliza o esquizofrénico clima político nacional. A estabilização surge com a aprovação da Constituição, em 1976, com os votos de todos os partidos à exceção do CDS, e com a eleição do I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares (PS).

O arco da governação durará 40 anos. António Costa tinha 14 anos e, embora filho de um militante comunista, começa a fazer política ao lado dos moderados. Aos 14 anos, é, também, um vencedor. Mas o líder socialista sempre conheceu bem os dois lados da barricada. Será ele, quatro décadas depois, a reabilitar os derrotados do 25 de novembro. Se Cavaco Silva, que começava, em 1975, a simpatizar com Sá Carneiro e com o PPD, o consentir. Uma ironia da História pode empurrar a decisão para... 25 de novembro. É já daqui a seis dias. fluis@visao.impresa.pt» in http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2015-11-24-O-Novembro-Quente-de-1975


(25 de Novembro de 1975)


Do 25 de Abril ao 25 de Novembro - (versão integral)



23/11/15

Amarante Criminalidade - José Dias, está desaparecido desde terça-feira um segurança arguido no caso Operação Fénix, que alegadamente estava a ser perseguido e ameaçado de morte.



«Segurança de Amarante está desaparecido desde terça-feira

Está desaparecido desde terça-feira um segurança arguido no caso Operação Fénix, que alegadamente estava a ser perseguido e ameaçado de morte. 

A Polícia Judiciária investiga o desaparecimento e admite todos os cenários. 

A mulher de José Dias residente em Amarante desconhecia as ameaças e teme agora o pior.» in http://portocanal.sapo.pt/noticia/75038/


Amarante Mancelos - Em Pidre, Mancelos, na Estrada nacional N.º 211-1, uma casa singela ostenta esta magnifica peça de Arte da Azulejaria, representando São José.




«A VIDA DE SÃO JOSÉ

José nasceu provavelmente em Belém, o pai se chamava Jacó (Mt 1,16) e parece que ele fosse o terceiro de seis irmãos. A tradição nos passa a figura do jovem José como um rapaz de muito talento e de temperamento humilde, manso e devoto.

José era um carpinteiro que morava em Nazaré. Com a idade de mais ou menos 30 anos foi convocado pelos sacerdotes do templo, com outros solteiros da tribo de David, para se casar. Quando chegaram ao templo, os sacerdotes colocaram sobre cada um dos pretendentes um ramo e comunicaram que a Virgem Maria de Nazaré teria se casado com aquele em que o ramo se desenvolvesse e começasse a germinar.

Maria, com a idade de 14 anos, foi dada em casamento a José, todavia ela continuou a morar na casa da família em Nazaré da Galileia ainda por um ano, que era o tempo pedido pelos Hebreus, entre o período do casamento e a entrada na casa do esposo. Foi ali, naquele lugar, que recebeu o anúncio do Anjo e aceitou: "Eis-me, sou a serva do Senhor, aconteça a mim aquilo que disseste" (Lc 1,38).

Como o Anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida (Lc 1,39), pediu a José para acompanhá-la a casa da sua prima que estava nos seus últimos três meses de gravidez. Tiveram que enfrentar uma longa viagem de 150 km porque Isabel morava a Ain Karim na Judeia. Maria ficou com ela até o nascimento de João Batista.

Maria, voltando da Judéia, colocou o seu esposo diante a uma maternidade que ela não podia explicar. Muito inquieto José combateu contra a angústia do suspeito e meditou até de deixá-la fugir secretamente (Mt 1,18) para não condená-la em público, porque era um esposo justo. Na verdade, denunciando Maria como adultera a lei previa que fosse lapidada e o filho do pecado morresse com ela (Levitino 20,10); Deuteronomio 22,22-24).

José estava para atuar esta idéia quando um Anjo apareceu em sonho a fim de dissipar os seus temores: "José, filho de David, não temer de casar com Maria, tua esposa, porque aquele que foi gerado nela, vem do Espírito Santo" (Mt 1,20). Todos os turbamentos sumiram e não só, antecipou a cerimonia da festa de ingresso na sua casa con a esposa.

Com ordem de um edito de César Augusto que ordenava o recenseamento de toda a terra (Lc 2,1), José e Maria partiram para a cidade de origem da dinastia, Belém. A viagem foi muito cansativa, seja pelas condições desastrosas, seja pelo estado de Maria já próxima à maternidade.

Belém naqueles dias era cheia de estrangeiros e José procurou em todas as locandas, um lugar para a sua esposa mas as esperanças de encontrar um bom acolhimento foram frustradas. Maria deu a luz ao seu filho em uma gruta na periferia de Belém (Lc 2,7) e alguns pastores correram para visitá-la e ajudá-la.

A lei de Moisés prescrevia que a mulher depois do parto fosse considerada impura, e ficasse 40 dias segregada se tivesse parido um macho, e 80 dias se uma fêmea, e depois deveria se apresentar ao templo para purificar-se legalmente e fazer uma oferta que para os pobres era limitada a duas rolas e dois pombos. Se o menino era primogénito, ele pertencia pela lei ao Dio Jahvé. Vindo o tempo da purificação, eles vão ao templo para oferecer o primogénito ao Senhor. No templo encontraram o profeta Simeão que anunciou a Maria: "e também a ti uma espada trespassará a alma" (Lc 2,35).

Chegaram depois os Magos do oriente (Mt 2,2) que procuravam pelo recém nascido Rei dos Judeus. Vindo ao conhecimento disto, Herodes teve um grande medo e procurou com todos os meios de saber onde estava a criança para poder eliminá-la. Os Magos entanto encontraram o menino, estiveram em adoração e ofereceram os dons dando tranquilidade à Santa Família.

Depois que eles partiram, um Anjo do Senhor, que apareceu a José, o convidou a fugir: "Levanta-te, pega o menino e a sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que não te aviso quando voltar; porque Herodes está procurando o menino para matá-lo. (Mt 2,13).

José foi logo embora com a família (Mt 2,14) para uma viagem de mais ou menos 500 km. A maior parte do caminho foi pelo deserto, infestado da numerosas serpentes e muito perigoso por causa dos brigantes. A S. Familia teve assim que viver a penosa experiência de prófugos longe da própria terra, para que acontecesse, quanto tinha dito o Senhor por meio do Profeta (Os XI,1): "Eu chamei o filho meu do Egito" (Mt 2,13-15).

No mês de Janeiro do ano 4 a.C., imediatamente depois da morte de Herodes, um Anjo do Senhor apareceu em sonho a José no Egito e lhe disse: "Levanta-te, pega o menino e sua mãe e vai na terra de Israel; na verdade morreram aqueles que procuravam matar o menino" (Mt 2,19). José obedeceu às palavras do Anjo e partiram mas quando chegou a eles a notícia que o sucessor de Herodes era o filho Archelao teve medo de ir embora. Avisado em sonho, foi embora da Galileia e foi morar em uma cidade chamada Nazaré, porque assim aconteceria quanto foi dito pelos profetas: "Ele será chamado Nazareno" (Mc 2,19-23).

La S. Família, como cada ano, foi a Jerusalém para a festa da Pascoa. Passado os dias de festa, retornando a casa, acreditavam que o pequeno Jesus de 12 anos fosse na comitiva. Mas quando souberam que não era com eles, iniciaram a procurá-lo desesperadamente e depois de três dias, o encontraram no templo, sentado no meio dos mestres, enquanto os escutava. Ao verem ele, ficaram perplexos e sua mãe lhe disse: "Filho, porque nos fez isto? Eis, teu pai e eu, angustiados te estávamos procurando". (Lc 2,41-48).

Passaram outros vinte anos de trabalho e de sacrifício para José, sempre perto a sua esposa e morreu pouco antes que seu filho iniciasse a predicação. Não viu a paixão de Jesus no Golgota provavelmente porque não teria podido suportar a atroz dor da crucificação do Filho tanto amado.» in http://digilander.libero.it/monast/giuseppe/porto/vita.htm


(A HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ)


(São José Operário cancaonova com Santo do Dia!)


(Conheça a bela história de vida de São José)


Amarante Capela de São José - Entre os dias 14 de outubro e 13 de novembro, decorreram, no espaço envolvente às ruínas da igreja de Santa Clara, trabalhos de arqueologia e de conservação que permitiram a descoberta de parte do arco cruzeiro da igreja, da sacristia e parte da capela-mor, divulgou o município de Amarante.



«Amarante: 1ª fase dos trabalhos arqueológicos nas ruínas da igreja de Santa Clara está concluída
21/11/2015, 20:02

Entre os dias 14 de outubro e 13 de novembro, decorreram, no espaço envolvente às ruínas da igreja de Santa Clara, trabalhos de arqueologia e de conservação que permitiram a descoberta de parte do arco cruzeiro da igreja, da sacristia e parte da capela-mor, divulgou o município de Amarante.

Segundo a mesma fonte, associadas a estas estruturas encontraram-se, também, alguns painéis de pintura mural, pisos lajeados, parte de uma sepultura, canalizações e os vestígios do lavabo da sacristia.

A sondagem arqueológica e o desaterro de entulhos possibilitaram a recolha de faianças da época moderna, cerâmica comum diversa, azulejos policromados do séc. XVII, elementos arquitetónicos da igreja, alfinetes, tacões de sapatos da época moderna e restos de tecido.

“Os trabalhos evidenciaram que o espaço envolvente à antiga igreja das Clarissas foi profundamente alterado entre os finais do séc. XIX e XX, no âmbito da construção de edifícios relacionados com a parte rústica (lagares, adega, armazéns e cavalariças) da agora designada casa da Cerca”.

Com a conclusão dos trabalhos arqueológicos foi montada uma estrutura temporária com uma cobertura layher, que irá permitir a secagem, por processo natural, de alvenarias, rebocos, argamassas e pintura mural da capela de S. José, para, posteriormente, ser dada continuidade aos trabalhos de conservação e restauro das ruínas da igreja monástica.

O município de Amarante fez saber que após a análise, tratamento e catalogação dos objetos exumados, irá divulgar publicamente os resultados desta campanha arqueológica. A autarquia pretende ainda “desenvolver novos trabalhos que possibilitarão o aprofundamento dos conhecimentos acerca do mosteiro mais antigo da cidade de Amarante, cuja fundação parece estar relacionada com Dª. Mafalda de Portugal”.» in http://www.averdade.com/pagina/seccao/19/noticia/11559

22/11/15

F.C. do Porto Basquetebol: F.C. do Porto 68 vs Galitos 62 - FC Porto venceu o Galitos em partida da 9.ª jornada da Liga.



«DRAGÕES ARRANCAM PARA A VITÓRIA NA SEGUNDA PARTE

FC Porto venceu o Galitos por 68-62 em partida da 9.ª jornada da Liga.

O FC Porto venceu, este domingo, o Galitos por 68-62 em encontro da nona jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol, disputado no Dragão Caixa. Foi uma vitória suada dos portistas, a quem pareceu faltar sempre um pouco de intensidade e agressividade, fruto também da excelente exibição da equipa contrária. Com este resultado, os Dragões colocaram-se no segundo lugar da competição, com 15 pontos, a um ponto apenas do líder Benfica.

Foi uma entrada pouco assertiva dos Dragões, que foram pouco eficazes no ataque e deram demasiado espaço aos barreirenses na defesa. Com nove pontos só neste período, o visitante Jarred Jackson (acabou o jogo com 25 pontos marcados) esteve imparável, pelo que foi sem surpresa que o Galitos terminou o primeiro período com uma vantagem de 22-14. Moncho López fez algumas correcções na equipa e os azuis e brancos começaram a ser mais agressivos e a sair rapidamente para o contra-ataque pelo que, a 6m24 do intervalo, os portistas passaram para a frente no marcador - 26-24, com um triplo de Arnette Hallman. 

O Galitos reagiu e, ao intervalo, o FC Porto perdia por 34-33, com a estatística a explicar um pouco do que se passava no jogo: a eficácia nos dois pontos era penalizadora para os Dragões (29% contra 37% dos visitantes) e nos triplos o cenário não melhorava (30% contra 46%), o que fazia com que tivessem apenas 29% de eficácia no final da primeira parte. Nick Washburn (6 pontos e 7 ressaltos), José Silva (5 pontos) e Seth Hinrichs (4 pontos e 4 ressaltos) cotaram-se como os melhores dos Dragões neste período, que tinham como indicador positivo os ressaltos (23) e o domínio nas tabelas.

Pedro Bastos deu o mote com 2m25 decorridos na segunda metade, ao concretizar um lançamento triplo que devolveu a liderança no marcador aos Dragões (39-38), mas a equipa não acompanhou e a eficácia nos lançamentos manteve-se reduzida. Mais aguerridos na defesa, impedindo o adversário de tentar o lançamento interior, aos comandados de Moncho López - apesar da boa prestação de Albert Fontet, poderoso nos ressaltos - faltava um clique para se lançarem para a frente. Ferrán Ventura (com um triplo a 2m55 para o final do terceiro período, fazendo o 43-42) deu expressão ao bom momento da equipa, voltando a concretizar um tiro exterior a um minuto do final do período. A eficácia dos portistas nos lances livres aumentou para 70% e esse foi um dos factores que levou o resultado para uns justos 54-45.

A equipa visitante diminuiu a vantagem dos portistas para uma distância máxima de seis pontos, mas Ferrán Ventura voltou ao activo e, a 5m30 do final, concretizou mais um triplo (63-54), igualando Albert Fontet com nove pontos na lista de melhores marcadores dos comandados de Moncho López. O Galitou reduziu a diferença logo de seguida, prometendo um jogo intenso até ao fim da partida; à entrada para o último minuto, a vantagem dos portistas era de apenas dois pontos (64-62) e, a 18 segundos do final, Pedro Bastos converteu dois lances livres (66-62) que acabaram por decidir o jogo, que terminou com 68-62.

Vitória sofrida dos portistas, numa partida em que os destaques naturais vão para Albert Fontet (MVP, com 9 pontos e 10 ressaltos), Ferrán Ventura (10 pontos) e Nick Washburn (6 pontos e 14 ressaltos). O próximo jogo dos Dragões é na Holanda, frente ao ZZ Leiden, na VIJF Meihal Arena, pelas 19h30 de Portugal Continental, em encontro da quinta jornada do grupo G da FIBA Europe Cup.

FICHA DE JOGO

FC PORTO-GALITOS, 68-62 
Liga Portuguesa de Basquetebol, 1.ª fase, 9.ª jornada
22 de Novembro de 2015
Dragão Caixa, no Porto

Árbitros: Fernando Rocha, Pedro Maia e Pedro Lourenço

FC PORTO: José Silva (5), Brad Tinsley (2), Nick Washburn (6), André Bessa (4) e Seth Hinrichs (6)
Jogaram ainda: António Monteiro (2), Albert Fontet (9), João Gallina (3), Ferrán Ventura (10), Pedro Bastos (8), Arnette Hallman (9) e Miguel Queiroz (4)
Treinador: Moncho López

GALITOS: Jarred Jackson (25), Henrique Piedade (9), Artur Castela (6), Miguel Minhava (5) e Ismael Aguillar (4)
Jogaram ainda: Diogo Correia, Carlos Dias, Jacques Conceição (7) e Pedro Belo (6)
Treinador: André Martins

Parciais: 14-22; 33-34; 54-45» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/basquetebol-fcporto-galitos-221115.aspx