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15/09/20

História e Arqueologia - Uma máscara de terracota do rosto do deus grego Dioniso foi encontrada num sítio arqueológica na Turquia.


«Encontrada máscara de Dioniso, deus grego das festa e do vinho, com 2.400 anos

Uma máscara de terracota do rosto do deus grego Dioniso foi encontrada num sítio arqueológica na Turquia. Esta era usada como uma forma de homenagear o deus.

Uma equipa de arqueólogos encontrou na antiga acrópole de Daskyleion, na Turquia, uma máscara de terracota do rosto de Dioniso, datando de há quase 2.400 anos. Dioniso era o deus grego dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insanidade, do teatro e dos ritos religiosos.

A máscara fornece uma nova perspetiva sobre os rituais, alimentos e outros aspetos dos povos antigos que viviam nesta área do ocidente turco. As ruínas de Daskyleion foram encontradas em 1952. A partir de 2012, os arqueólogos focaram a sua atenção na área da acrópole, onde já foram descobertos um palácio e um local de rituais religiosos, escreve o portal Ancient-Origins.

Já em 2018, foi encontrado um edifício com ferramentas relacionadas com a cultura culinária e hábitos alimentares dos antigos lídios, quase como uma espécie de cozinha. Foi precisamente neste local onde agora a equipa de arqueólogos encontrou a máscara de Dioniso.

Os investigadores disseram ao Daily Sabah que a cozinha era provavelmente “votiva” e usada para rituais ligados ao deus grego. O líder da escavação arqueológica, Kaan Iren, explicou ainda que as lendas gregas mencionam o uso de máscaras como uma forma de homenagear o deus Dioniso, porque permitiam que as pessoas se libertassem de “desejos secretos e arrependimentos ocultados”.

Dioniso tinha uma natureza dupla. Por um lado, trouxe alegria e êxtase divino. Por outro, o seu lado mais escuro, incluía uma raiva brutal e cegante. Juntas, essas duas faces de Dioniso refletiam a dualidade da natureza do vinho.

Ainda no ano passado, uma equipa de arqueólogos italianos encontrou uma cabeça de enormes dimensões e em mármore de Dioniso. O achado foi descoberto em Roma e tem mais de 2.000 anos.» in https://zap.aeiou.pt/encontra-mascara-baco-deus-grego-345416

10/08/20

História e Arqueologia - A descoberta de uma escultura Inca no interior de uma oferenda submersa no Titicaca demonstra que este lago era um local muito importante para os Incas.

 «Encontrada escultura Inca numa oferenda submersa no lago Titicaca

A descoberta de uma escultura Inca no interior de uma oferenda submersa no Titicaca demonstra que este lago era um local muito importante para os Incas.

Uma equipa de investigadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, encontrou uma pequena escultura de um lama feita de conchas e um objeto cilíndrico folheado a ouro, que os cientistas pensam ser uma versão minúscula de uma pulseira Inca.

Os artefactos foram descobertos no lago Titicaca, entre a Bolívia e o Peru. O artigo científico, publicado no dia 4 de agosto na Antiquity, realça que os objetos estavam dentro de uma caixa de pedra esculpida.

A região era muito importante para os povos tiwanaku e Inca, que utilizavam o lago para realizar rituais e deixar oferendas. Christophe Delaere, da Universidade Livre de Bruxelas, sugere que a caixa fazia parte de uma oferenda ao lago, já que várias crónicas dos séculos XVI e XVII indicam que havia várias oferendas submersas no Titicaca.

“Esta descoberta estende o conceito de ‘sacralidade’ a todo o lago”, disse Delaere, citado pelo New Scientist.

A Universidade belga tem, desde 2012, “um programa de pesquisa cujo objetivo é localizar e inventariar o património subaquático do lago Titicaca”. Numa expedição recente, os mergulhadores encontraram a caixa que, apesar de corroída, preservou os objetos que albergou durante vários séculos.

Os cientistas adiantam que a matéria-prima usada na fabricação do lama indica que era um objeto valioso: além da folha de ouro, a escultura foi feita com um tipo especial de concha, do género Spondylus fueron.

De acordo com a equipa, o lugar mais próximo onde os Incas poderiam ter encontrado este material é a costa do Equador – que ainda fica distante do lago Titicaca.

“O mundo subaquático permanece, em grande parte, inexplorado e oferece excelentes oportunidades para entender as sociedades pré-históricas. A herança subaquática do lago Titicaca ainda tem muitas surpresas para revelar”, rematou Christophe Delaere.» in https://zap.aeiou.pt/escultura-inca-lago-titicaca-339148

09/08/20

História e Arqueologia - Uma equipa de arqueólogos analisou uma embarcação naufragada, descoberta em 2015 em Israel, e encontrou vários símbolos cristãos e islâmicos, que remontam ao século VII.



«Encontrados símbolos cristãos e islâmicos em naufrágio do século VII em Israel

Uma equipa de arqueólogos analisou uma embarcação naufragada, descoberta em 2015 em Israel, e encontrou vários símbolos cristãos e islâmicos, que remontam ao século VII.

Há 1.300 anos, um barco com cerca de 25 metros de comprimento afundou a apenas algumas dezenas de metros da costa de Israel.

Os arqueólogos desconfiam que ninguém morreu no incidente, mas a embarcação continha 103 ânforas cheias de produtos agrícolas, inúmeros objetos da tripulação, várias inscrições em árabe e grego e muitos outros artefactos, que foram engolidos pelo mar. Felizmente, a água salgada e a areia guardaram estes segredos durante séculos.

O naufrágio foi descoberto em 2015 e a embarcação foi analisada pelo Instituto de Estudos Marítimos da Universidade de Haifa, em Israel. O Jerusalém Post avança que os primeiros resultados da análise acabaram de ser divulgados pela instituição.

Os escombros revelaram a maior carga marítima de cerâmicas bizantinas e islâmicas algumas vez revelada em Israel. No entanto, dois dos seis tipos de vasos encontrados nunca haviam sido catalogados até hoje, tornando os destroços ainda mais valiosos.

“Não conseguimos determinar a causa do naufrágio, mas acreditamos que provavelmente foi um erro de navegação. Estamos a falar de uma embarcação muito grande, que foi cuidadosamente construída e está maravilhosamente conservada”, disse Deborah Cvikel, arqueóloga da universidade israelita.

“Não sabemos se a tripulação era cristã ou muçulmana, mas encontramos vestígios de ambas as religiões“, adiantou ainda a especialista.

A pandemia de Covid-19 obrigou a suspender as novas buscas ao local do naufrágio. Brevemente, os cientistas querem explorar a parte traseira da embarcação e analisar com mais detalhe os ossos de animais encontrados e os utensílios de cozinha.

Os primeiros resultados da investigação foram publicados na Near Eastern Archaeology.» in https://zap.aeiou.pt/simbolos-cristaos-islamicos-naufragio-338936


#história    #arqueologia    #israel    #jerusálem    #embarcação    #naufrágio

#religião    #igrejacatólica    #islamismo

30/07/20

História e Arqueologia - Há séculos, o monumento Stonehenge, do período neolítico e localizado no sul da Inglaterra, deixa historiadores e arqueólogos perplexos com os seus mistérios.


Há séculos, o monumento Stonehenge, do período neolítico e localizado no sul da Inglaterra, deixa historiadores e arqueólogos perplexos com os seus mistérios. Como terá sido construído? Qual era o seu propósito? De onde vieram as suas imponentes rochas de arenito?

A última questão pode finalmente ter sido respondida com a publicação de uma investigação esta quarta-feira, dia 29 de julho. O estudo descobriu que a maioria das pedras gigantes parece ter uma origem comum a 25 quilómetros, em West Woods, uma região repleta de atividade pré-histórica.

As descobertas dão suporte à teoria de que os megálitos foram levados à Stonehenge mais ou menos na mesma época: 2.500 a.C., a segunda fase de construção da estrutura. Este pode ser um sinal de que os seus responsáveis eram de uma sociedade altamente organizada.

Por outro lado, a novidade contradiz uma hipótese mais antiga de que uma das rochas grandes, a Heel Stone, veio de uma área vizinha ao local e foi erguida antes das outras.

Segundo David Nash, autor principal do estudo publicado na revista Science Advances, até recentemente não existia a tecnologia necessária para analisar os pedregulhos, que chegam a 9 metros de altura e pesam até 30 toneladas.

O professor da Universidade de Brighton contou à AFP que ele e sua equipa usaram primeiro equipamentos portáteis de raio-x para analisarem a composição das pedras. Elas são 99% sílica, mas contêm vestígios de vários outros elementos.

"Isso mostrou-nos que a maior parte das rochas tem uma química similar, o que nos levou a identificar que estamos à procura de uma mesma fonte principal", disse Nash.

De seguida, a equipa examinou duas amostras de uma das pedras, obtidas durante uma restauração feita em 1958. As amostras haviam desaparecido, mas ressurgiram em 2018 e 2019. Com uma técnica mais sofisticada de análise chamada espectrometria de massa, foi possível detectar uma maior variedade de elementos com maior precisão.

A "assinatura" resultante foi então comparada com 20 possíveis locais de origem das rochas sedimentares. West Woods, no condado de Wiltshire, foi o que melhor correspondeu.

"ENORME ESFORÇO"
Investigações anteriores revelaram que as pedras menores de Stonehenge vieram do País de Gales, cerca de 200 quilómetros a oeste. O novo estudo diz que elas e as pedras maiores foram colocadas ao mesmo tempo.

"Deve ter acontecido um esforço enorme na época", avaliou o investigador. "Stonehenge é como uma convergência de materiais trazidos de diferentes lugares".

Ainda não se sabe como os primeiros bretões foram capazes de transportar pedras de até 30 toneladas por uma distância de 25 quilómetros, mas a ideia predominante é de que elas foram arrastadas por trenós. O significado da estrutura também permanece um mistério. Nash acha que se trata de uma sociedade muito organizada.

A escolha de West Woods para a extração dos pedregulhos deve ter sido pragmática, por ser um local próximo, de acordo com ele. A região também concentrava atividades do início do Período Neolítico e inúmeros cemitérios antigos.

Nash disse ainda que o método desenvolvido pelos cientistas poderia ajudar a responder a outras questões arqueológicas, como a rota utilizada para transportar as pedras. Para além disso, ele e sua equipa esperam usar as técnicas em outros locais antigos espalhados pelo Reino Unido.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/noticias-viajar/artigos/tera-sido-esta-a-origem-misteriosa-das-pedras-de-stonehenge

(Stonehenge Monument | National Geographic)
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