Mostrar mensagens com a etiqueta História Arqueologia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta História Arqueologia. Mostrar todas as mensagens

03/08/18

Mundo - Stonehenge, um dos monumentos mais visitados do mundo, está localizado no condado de Wiltshire, no sul da Inglaterra, onde as 80 pedras que o compõem podem pesar até duas toneladas.



«Stonehenge. Ossos que "passaram um século calados" permitem agora desvendar parte do mistério

Observatório astronómico, templo religioso, local de encontro de druidas, sanatório, cemitério ou monumento à paz. Estas são as hipóteses já referidas sobre Stonehenge, um dos monumentos pré-históricos mais conhecidos do mundo. As questões são várias e não existem muitas respostas. Contudo, cientistas vêm agora dar uma explicação sobre a proveniência dos corpos encontrados no local, durante as primeiras escavações arqueológicas.

Recuemos entre 5.000 e 4.000 anos. A roda ainda não tinha sido inventada e, por isso, não havia forma de facilitar o transporte de grandes cargas. Stonehenge, um dos monumentos mais visitados do mundo, está localizado no condado de Wiltshire, no sul da Inglaterra, onde as 80 pedras que o compõem podem pesar até duas toneladas. Acredita-se que foram transportadas de vários locais, mas continua a ter mistérios por desvendar. Por exemplo, as montanhas de Preseli, a 225 quilómetros do local, são um dos locais de onde vieram as pedras. Porquê, não se sabe. Mas este não é o único mistério associado ao local.

As primeiras escavações arqueológicas no local (1919-1926) puseram a descoberto ossadas de 58 pessoas, tanto homens como mulheres, que tinham sido queimados. Por isso, era difícil chegar a conclusões. “As altas temperaturas alcançadas durante a cremação, de até 1.000 graus, destroem toda a matéria orgânica, inclusive o ADN. Isso limita a quantidade de informação que se pode obter”, explica Christophe Snoeck, químico de formação da Universidade Livre de Bruxelas, mas líder da investigação enquanto doutorando em Arqueologia na Universidade de Oxford, ao El País.

Os cadáveres de Stonehenge, que “passaram um século calados”, tem agora algo a contar. E tudo devido a um elemento presente na tabela periódica, o estrôncio. Com esta investigação, foram possíveis "novos desenvolvimentos na análise isotópica [processo que estuda uma reação química] de estrôncio presente nos ossos cremados", lê-se no estudo. 

Este metal, macio e prateado, fica logo abaixo do cálcio na tabela: têm uma estrutura tão semelhante que os ossos absorvem o cálcio mas também o estrôncio no seu lugar. Em Stonehenge, esta substância está presente nos restos das ossadas, o que leva os investigadores a dizerem que muitas delas chegaram ao local após percorrerem centenas de quilómetros.

Esta conclusão deriva, também, da análise aos solos. Segundo o jornal espanhol, as terras calcárias do sul da Inglaterra, sobre as quais se ergue Stonehenge, apresentam perfis de estrôncio diferentes das formações geológicas do oeste do País de Gales, onde se encontram as pedreiras de onde saíram algumas pedras do monumento.

Dos 25 corpos analisados, chega-se à conclusão que dez deles se alimentaram com vegetais do oeste de Gales na última década da sua vida, pelos níveis de estrôncio. Por isso, os habitantes das montanhas de Preseli podem ter percorrido o mesmo caminho que as suas pedras e depois foram enterrados entre elas. Todavia, a investigação de Snoeck também aponta outra possibilidade: talvez só os restos já cremados chegassem a Stonehenge.

Segundo o The Guardian, embora a equipa não possa provar que os restos mortais são de pessoas que realmente construíram o monumento, as primeiras datas de cremação são descritas como "tentadoramente" próximas da data em que as pedras foram trazidas para o local onde hoje se ergue Stonehenge.

“Os nossos resultados salientam a importância das ligações entre diferentes regiões – que implicavam tanto movimentos de materiais como de pessoas – na construção e no uso de Stonehenge”, salienta Snoeck. Esta descoberta é, para o investigador, “uma amostra única de que os contatos e intercâmbios no Neolítico, há 5.000 anos, ocorriam em grande escala”.

A investigação, que vem desvendar parte de um dos mistérios do local, foi publicada esta semana na revista Nature Scientific Reports, com o título Strontium isotope analysis on cremated human remains from Stonehenge support links with west Wales [Análise isotópica de Estrôncio em resíduos humanos cremados de Stonehenge sustenta ligações com o este de Gales].

Há várias décadas que é tradição em Inglaterra acorrer a Stonehenge para celebrar a chegada do verão, uma vez que se permite o acesso ao anel formado pelas pedras do conjunto arqueológico.

Património da Humanidade da UNESCO desde 1986, é um monumento em semicírculo, e os arqueólogos nunca conseguiram confirmar se alguma vez formou um círculo perfeito.» in https://24.sapo.pt/vida/artigos/stonehenge-ossos-que-passaram-um-seculo-calados-permitem-agora-desvendar-parte-do-misterio


(Top 5 Facts About Stonehenge)


(Naked Science - Who Built Stonehenge?)


(Stonehenge: Mistério na Pré-história)


14/07/18

História Arqueologia - Os arqueólogos esperavam encontrar a primeira ermida construída em Cacela Velha, no Algarve, após a conquista cristã, mas os vestígios existentes no local pertenciam à necrópole cristã medieval e ao bairro islâmico que a antecedeu, disse uma investigadora.



«Arqueólogos detetam bairro islâmico onde pensavam estar ermida cristã de Cacela Velha

Os arqueólogos esperavam encontrar a primeira ermida construída em Cacela Velha, no Algarve, após a conquista cristã, mas os vestígios existentes no local pertenciam à necrópole cristã medieval e ao bairro islâmico que a antecedeu, disse uma investigadora.

Cristina Garcia, da Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCAlg), falou com a agência Lusa da campanha de escavação concluída esta semana para explicar que os trabalhos deram continuidade às escavações de 1998 e 2001, nas quais foram detetados vestígios do que se pensava ser a ermida, mas os resultados foram diferentes e os muros existentes eram afinal parte do bairro islâmico abandonado pelos árabes antes da conquista cristã e que foi depois sobreposto pela necrópole cristã medieval.

Como esses muros estavam num extrato aparentemente superior ao da necrópole cristã, os investigadores pensaram que pertenceriam à ermida, mas encontraram mais corpos do “cemitério medieval cristão, que teve uma utilização até ao século XV ou XVI” e agora precisam de “perceber exatamente quais são as áreas, por épocas, de distribuição deste cemitério”, justificou Cristina Garcia.

“Estávamos também à procura da ermida de Nossa Senhora dos Mártires, a ermida primitiva, a primeira instalada no território depois da conquista cristã, mas não a encontrámos, continua sendo o bairro islâmico, abandonado, que está debaixo deste cemitério, o que foi para nós curioso, porque não esperávamos”, reconheceu.

Estes dados permitiram perceber que houve “um planeamento na construção deste bairro”, porque “há uma construção em socalco” e até “mesmo uma escavação na rocha e uma preparação deste terreno para implantar” as edificações, sublinhou a investigadora, destacando o achado inesperado de um gato enterrado na necrópole cristã, porque nestes locais não “há registos bibliográficos” de enterramentos de animais domésticos, observou.

“Já temos projetos para continuar, porque de facto a necrópole continua com muita intensidade, com muitos enterramentos, o bairro islâmico estende-se e prolonga-se por todo este terreno, e temos que perceber quais são os limites do bairro, que área ocupa, para saber um pouco mais sobre o modo de vida desta comunidade que aqui habitava, a relação com o mar, com a terra, o que faziam. Portanto, já temos projetos para o futuro e muitas questões para colocar”, garantiu Cristina Garcia.

A investigadora advertiu, no entanto, que é necessário “financiamento e apoio” para pôr de pé “um projeto de investigação e musealização” que permita “contar a mostrar a história de Cacela aos visitantes” e que está orçamentado, estimou, em cerca de 150 mil euros.

“Temos projetos, sabemos quanto custa, mas tem que se entre todos, não pode ser só o poder local”, considerou, qualificando o apoio dado pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António como “preponderante na logística toda” para uma escavação que contou também com o apoio da DRCAlg e da Universidade do Algarve.

A formação foi também uma das componentes desta campanha arqueológica em Cacela Velha, proporcionando trabalho de campo a alunos, como nos casos de Miriam Soares e Francisco Cardoso, das universidades do Algarve e do Porto, respetivamente.

“É interessante, nós aprendemos nas aulas, mas depois, quando chegamos ao campo, é completamente diferente e somos confrontados com a realidade, ainda por cima esta situação, que não é tão usual, é uma experiência, é interessante”, afirmou Miriam Soares.

Francisco Cardoso também reconheceu que a escavação permitiu ter uma “boa experiência” e “sair do que é a teoria” aprendida nas aulas: “Por isso, vir para uma escavação fazer voluntariado é muito importante, porque só a teoria acaba por não chegar para um arqueólogo”.» in https://24.sapo.pt/vida/artigos/arqueologos-detetam-bairro-islamico-onde-pensavam-estar-ermida-crista-de-cacela-velha

28/11/17

História Arqueologia - É a mais recente descoberta no território do Vale do Côa, vestígios com mais de 70 mil anos considerados, pelos arqueólogos, "únicos" no interior peninsular.



«Homem de Neandertal terá passado pelo Côa há mais de 70 mil anos

Os arqueólogos acreditam que ainda “há muito para descobrir” porque, até ao momento, “nem uma dezena de metros quadrados foi escavada”.

É a mais recente descoberta no território do Vale do Côa. Vestígios com mais de 70 mil anos considerados, pelos arqueológos, "únicos" no interior peninsular.

"Foi possível identificar vestígios do homem de Neandertal, que aparece antes da arte do Côa”, avança o arqueólogo Thierry Aubry, recordando que a arte do Côa remonta aos 35 mil anos.

Foram encontradas “ferramentas, estruturas como pequenas fogueiras entre outros vestígios, que os homens pré-históricos deixaram neste sítio, o que o torna único no interior peninsular", detalha o arqueólogo.

A equipa de investigadores escavou até aos três metros de profundidade no sítio da Cardina, numa das margens do rio Côa, a jusante dos sítios arqueológicos da Quinta da Barca e da Penascosa, e foi aí que encontrou os vestígios com mais de 70 mil anos.

Segundo Thierry Aubry, “os elementos recolhidos mostram que o homem de Neandertal habitou durante anos o Vale do Côa, o que permite reconstituir a evolução climática e ambiental do território ao longo de um período de tempo que ultrapassa os 70 mil anos, até aos dias de hoje".

Os vestígios encontrados mostram “vários níveis de ocupação, quer dizer que não foram deixados durante uma fase de ocupação, mas que o homem Neandertal passou várias vezes neste sítio e deixou as ferramentas, as armas de caça mas também vestígios da vida quotidiana, defende o arqueólogo”.

“No mesmo sítio temos as páginas todas e podemos comparar do mais antigo até ao mais recente”, revela o arqueólogo, salientando que é possível “comparar quais são os vestígios da vida quotidiana do homem Neandertal. E, extremamente interessante, encontramos vestígios dos primeiros homens modernos que ocuparam a península ibérica e que, até a este momento, eram completamente desconhecidos nesta região”.

As escavações prosseguem e os arqueólogos acreditam que ainda “há muito para descobrir” numa área de centenas de metros quadrados. Até ao momento, “nem uma dezena de metros quadrados dos níveis do homem Neandertal foi escavada”.

"Ainda não chegámos ao potencial do sítio, porque ainda não chegamos à rocha e ainda temos níveis de sedimentos para escavar. Temos aqui um livro com cada vez mais páginas e que vai permitir descobrir o porquê da escolha do território do Côa pelos homens pré-históricos para viverem", refere o arqueólogo Thierry Aubry.

A variedade ecológica do território do Vale do Côa poderá ser, no entender os arqueólogos, uma das razões para concentração destes homens pré-históricos que eram, essencialmente, caçadores/recolectores.

“Na minha opinião há uma diversidade ecológica nesta região que está directamente ligada com o encaixe dos rios, da rede hidrográfica e o acesso rápido para a meseta, para os planaltos graníticos, que tinha outros recursos animais, e a área protegia o vale”, realça o arqueólogo.» in http://rr.sapo.pt/noticia/99379/homem-de-neandertal-tera-passado-pelo-coa-ha-mais-de-70-mil-anos?utm_source=rss

15/11/17

História - Uma equipa de arqueólogos russos descobriu a sul do Cairo uma múmia bem conservada do período greco-romano, anunciou hoje o Ministério das Antiguidades do Egito.



«Múmia bem preservada do período greco-romano encontrada no Egito

Uma equipa de arqueólogos russos descobriu a sul do Cairo uma múmia bem conservada do período greco-romano, anunciou hoje o Ministério das Antiguidades do Egito.

A múmia estava num caixão de madeira e foi encontrada perto de um mosteiro na aldeia de Qalamchah, cerca de 80 quilómetros ao sul da capital, precisou o Ministério em comunicado.

A equipa “encontrou num caixão uma múmia bem preservada, envolta em linho, o rosto coberto com uma máscara humana com desenhos azuis e dourados”, diz-se no comunicado, no qual não se cita a data da descoberta.

Segundo Mohamed Abdel Latif, assessor do ministro, que é citado no comunicado, os arqueólogos fizeram uma primeira restauração da múmia e do caixão.

O grupo russo trabalha há sete anos na região, onde há monumentos do período islâmico e copta além do período greco-romano (330 a 670 antes de Cristo).» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/mumia-bem-preservada-do-periodo-greco-romano-encontrada-no-egito

08/11/17

História Arqueologia - Arqueólogos descobriram perto do Cairo um ginásio com mais de 2.000 anos que prova a influência grega na civilização egípcia, anunciou hoje o ministério das Antiguidades do Egito.



«Arqueólogos descobrem ginásio milenar no Egito

Arqueólogos descobriram perto do Cairo um ginásio com mais de 2.000 anos que prova a influência grega na civilização egípcia, anunciou hoje o ministério das Antiguidades do Egito.

Uma missão científica com investigadores alemães e egípcios descobriu o local em Watfa, a cerca de 80 quilómetros do Cairo, datando-o de há 2.300 anos, durante o período Helénico.

O ginásio consiste de um salão amplo decorado com estátuas, uma sala de refeições, um pátio e uma pista de corridas com cerca de 200 metros.

Em Watfa situou-se a cidade de Philoteris, fundada pelo rei Ptolomeu II, no terceiro século antes de Cristo.

Na Grécia antiga, o ginásio era um espaço em que se realizavam jogos públicos e se fazia vida social.» in http://24.sapo.pt/vida/artigos/arqueologos-descobrem-ginasio-milenar-no-egito

12/10/17

História - Margaretha Zelle, conhecida como Mata Hari, tinha 27 anos quando chegou a Paris em novembro de 1903.




«Mata Hari foi fuzilada há 100 anos. O mito continua vivo

Mata Hari foi fuzilada a 15 de outubro de 1917. Tinha 41 anos e foi acusada de ser uma agente dupla prussiana e francesa em plena Primeira Guerra Mundial. Cem anos depois, o mito sobre esta bailarina e mulher fatal continua vivo.

Margaretha Zelle, conhecida como Mata Hari, tinha 27 anos quando chegou a Paris em novembro de 1903. Deixou a sua Holanda natal, após se divorciar do marido, Rudolf Mac Leod, um oficial da Marinha 20 anos mais velho que ela. Partiu em busca de fortuna e fez tentativas fracassadas como modelo do pintor Octave Guillonnet.

Começou então a dançar em salões privados com o cognome de Lady Mac Leod, antes de ficar famosa como Mata Hari ("o Sol" em malaio) com "danças indianas", apesar de nada saber  sobre elas. Apenas as imaginava, sustentada nas memórias da época em que viveu com o marido nas Antilhas Holandesas.

Emile Guimet, fundador do museu parisiense de artes asiáticas, abriu-lhe a sua sala de espetáculos para uma apresentação a 13 de maio de 1905. Começou vestida de princesa hindu e terminou nua. Foi o início de uma vida mundana que a transformou numa artista muito solicitada. Dizia ter nascido em Java e dançava como bem entendia, terminando sempre nua.

O sucesso das suas atuações foi passando boca a boca. E Mata-Hari acabou a dançar nos teatros parisienses da moda, do Folies-Bergère ao Olympia, e em outras capitais europeias. Só foi expulsa pelo diretor do Odeon por achar que não sabia dançar.

Viveu nos Champs Elysées, a principal avenida de Paris, onde foi cortesã, chegando a ter ministros entre os seus clientes.

Margaretha, Mata Hari e Agente H 21

Mas, de repente, explodiu a guerra. E, em 1915, Margaretha Zelle ou Mata Hari regressou à Holanda. No início de 1916, endividada pelo seu estilo de vida, aceitou que um diplomata alemão pagasse as suas dívidas em troca de informação. Tornou-se assim a agente H 21.

De volta a Paris, conheceu o capitão Ladoux, um oficial de contra-espionagem, que desconfiava dela. Por se relacionar com ministros, Mata Hari considerava-se intocável. Ladoux a incumbiu de diversas missões e vigiou-a. No verão de 1916, aumentaram as suspeitas quando ela se apresentou no serviço de informação do Exército francês a pedir um salvo-conduto para ir a Vittel, onde a França construía uma base aérea. Conseguiu o passe, mas foi o começo de seu fim.

Em janeiro de 1917, interceptaram uma mensagem da Alemanha que provava que H 21 era uma agente dupla. Segundo historiadores, os alemães sabiam que os franceses decifrariam o texto, o que significa que a abandonaram à própria sorte intencionalmente.

Foi detida a 13 de fevereiro no seu quarto no então Hotel Palácio do Eliseu (hoje sede do Executivo francês) e levada para a prisão de Saint-Lazare.

A 24 de julho, o conselho de guerra condenou-a à morte. O tenente André Mornet, no papel de procurador especial, admitiu posteriormente que não havia provas suficientes contra ela.

Perante o pelotão de fuzilamento, quando lhe perguntaram se tinha alguma revelação a fazer, Mata Hari respondeu: "Nenhuma e se tivesse alguma, guardaria para mim". A fama desta mulher foi de tal ordem que o seu nome foi usado ao longo das décadas para designar todas as cortesãs e espiãs. E inspirou cineastas, escritores e historiadores.» in http://24.sapo.pt/vida/artigos/mata-hari-foi-fuzilada-ha-100-anos-o-mito-continua-vivo


(Biografía Mata Hari)


(Mata Hari)


"La fin de Mata Hari" - (Mata Hari, la Vraie Histoire; 2003)

19/09/17

História Arqueologia - As mais recentes escavações arqueológicas no castro de S. João das Arribas, em Miranda do Douro, colocaram a descoberto “dados importantes” sobre a ocupação humana de um sítio que poderá remontar ao período alto medieval.


«Arqueólogos encontram povoado com 1.500 anos em Miranda do Douro

Escavações realizadas permitiram perceber que o castro de S. João das Arribas teve uma ocupação humana descontinuada, desde a Idade do Bronze até ao século I, já no Império Romano, e, depois, até ao século VII.

As mais recentes escavações arqueológicas no castro de S. João das Arribas, em Miranda do Douro, colocaram a descoberto “dados importantes” sobre a ocupação humana de um sítio que poderá remontar ao período alto medieval.

Ao longo de um mês, foram realizadas quatro sondagens arqueológicas e os arqueólogos descobriram ocupação humana que remonta ao período alto medieval -séculos V e VI..

Segundo a arqueóloga Mónica Salgada, é possível ver o que resta de “quatro edifícios, uma calçada, um possível lagar, uma lareira e um conjunto de artefactos em bronze, moedas e muita cerâmica”.

O balanço do trabalho realizado, é por isso, muito positivo, “não só pela quantidade de material encontrado, mas também pela beleza das peças encontradas, que apontam para a monumentalidade do sítio arqueológico, que se encontra em estudo”, realça a arqueóloga.

Os arqueólogos que integram o Projecto de Investigação S. João das Arribas sublinham ainda que as escavações realizadas no ano passado permitiram perceber que “o castro teve uma ocupação humana descontinuada, desde a Pré-História (Idade do Bronze) até ao século I, já no Império Romano, e depois da queda deste até ao século VII”.

O arqueólogo Pedro Pereira, da Universidade do Porto, considera que é preciso escavar mais para melhor compreender este sítio arqueológico que pode ir desde a Idade do Bronze até ao período alto medieval.

“Se queremos compreender, é necessário escavar e quanto mais escavamos mais compreendemos, também surgem muitas novas questões, mas é isso o interessante na investigação”, refere.

E até ao momento o que os arqueólogos conseguiram compreender, por exemplo, a nível de cerâmica é que se trata de “cerâmica doméstica ou seja, são níveis de ocupação de habitação”.

“Temos locais que estão associados ao depósito de matérias-primas devido aos espaços colocados a descoberto, tais como um celeiro ou um lagar”, exemplifica.

O projecto de investigação S. João das Arribas vai já no seu segundo ano, de um conjunto de quatro. Os próximos dois anos serão reservados para a abertura de mais sondagens e para o início do processo de musealização de todos os achados que, ao que tudo indica, ficarão em Aldeia Nova, a localidade mais próxima deste castro situado no distrito de Bragança.

“Pretendemos criar um museu, onde possa ficar exposto todo o espólio encontrado e deixar no local e à vista de todos algumas das construções descobertas”, revela Mónica Salgado.

Quanto ao material descoberto nas mais recentes escavações “vai ficar guardado num sítio apropriado, para ser estudado, catalogado, inventariado e limpo, para se poder fazer uma interpretação rigorosa do conjunto do espólio arqueológico exumado”, frisa a técnica.

Nas escavações participaram voluntários de Espanha, Rússia, Polónia, Ucrânia, Itália, França e Irão.

O castro de S. João das Arribas está classificado como monumento nacional desde 1910. Fica no Parque Natural do Douro Internacional, junto à localidade de Aldeia Nova, no concelho de Miranda do Douro.

O Projecto de Investigação S. João das Arribas, na Aldeia Nova, Miranda do Douro, é um projecto de investigação arqueológica que, através de operações de baixo impacto, como prospecções e sondagens, pretende trazer à luz novos dados sobre a romanização e ocupação humana no território do planalto mirandês.» in http://rr.sapo.pt/noticia/93626/arqueologos_encontram_povoado_com_1500_anos_em_miranda_do_douro?utm_source=rss

09/09/17

História Arqueologia - O Egito anunciou hoje a descoberta na cidade de Luxor (sul) de um túmulo da época faraónica de um ourives da realeza que viveu há mais de 3.500 anos durante o reinado da 18.ª dinastia.



«Descoberto de túmulo com 3.500 anos no Egito

O Egito anunciou hoje a descoberta na cidade de Luxor (sul) de um túmulo da época faraónica de um ourives da realeza que viveu há mais de 3.500 anos durante o reinado da 18.ª dinastia.

O túmulo situa-se na margem ocidental do rio Nilo num cemitério onde estão sepultados nobres e altos funcionários do Governo.

O ministro das Antiguidades, Khaled el-Anany, disse que o túmulo, com as estátuas do ourives e da sua mulher, bem como com uma máscara funerária, está deteriorado.

Adiantou que um poço existente na tumba continha múmias de egípcios que viveram durante a 21.ª e a 22.ª dinastias.

O túmulo foi descoberto por arqueólogos egípcios e o anúncio foi planeado para impulsionar a indústria do turismo no Egito em lenta recuperação.» in http://24.sapo.pt/vida/artigos/descoberto-de-tumulo-com-3-500-anos-no-egito

02/09/17

História - As autoridades alemãs começaram hoje as operações de preparação para a retirada, no domingo, de cerca de 60 mil pessoas do oeste de Frankfurt, cidade onde se procederá à desativação de uma grande bomba da Segunda Guerra Mundial.



«Bomba da II Guerra Mundial obriga a tirar de casa 60 mil pessoas em Frankfurt

As autoridades alemãs começaram hoje as operações de preparação para a retirada, no domingo, de cerca de 60 mil pessoas do oeste de Frankfurt, cidade onde se procederá à desativação de uma grande bomba da Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o relato da agência de notícias espanhola Efe, as equipas de proteção civil fizeram hoje a mudança de cerca de 100 doentes internados numa clínica e duas dezenas de bebés que estavam internados num hospital de Frankfurt afetado pela possível zona perigosa do desmantelamento da bomba, a maior da história moderna da Alemanha.

A bomba foi encontrada na terça-feira, durante os trabalhos de construção de um bairro em Westend, em Frankfurt.

A bomba é uma mina aérea HC 4000, com 1,4 toneladas de explosivos.

Mais de 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, continuam a ser descobertas todos os anos bombas, num total que ronda as duas mil toneladas de explosivos não deflagrados.

No princípio desta semana, por exemplo, a desativação de uma bomba em Berlim obrigou a encerrar durante várias horas o aeroporto de Tegel, forçando 20 voos a serem desviados para o futuro aeroporto internacional da capital alemã, o que permitiu aos passageiros experimentarem as novas instalações.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/bomba-da-ii-guerra-mundial-obriga-a-tirar-de-casa-60-mil-pessoas-em-frankfurt

01/09/17

História Arqueologia - Dois canhões dos séculos XVI e XVII foram resgatados por uma equipa espanhola ao largo de Faro, pondo fim a uma campanha iniciada em 2015 na qual Espanha conseguiu impedir que uma empresa ficasse com o espólio.



«Resgatados dois canhões de fragata do século XIX afundada ao largo de Faro

Dois canhões dos séculos XVI e XVII foram resgatados por uma equipa espanhola ao largo de Faro, pondo fim a uma campanha iniciada em 2015 na qual Espanha conseguiu impedir que uma empresa ficasse com o espólio.

A notícia foi avançada hoje pelo jornal Público, recordando que a campanha levada a cabo por Espanha retirou com sucesso, em três etapas, várias peças da fragata "Mercedes", afundada em 1804 por uma armada inglesa ao largo de Faro.

Contactado pela agência Lusa, o arqueólogo Pedro Barros, da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), sublinhou a importância da recuperação das peças "para ajudar a compreender a vida a bordo naquela época, e as circunstâncias do afundamento da fragata".

Esta recuperação de património histórico não foi feita apenas ao mar, mas também a uma empresa privada, norte-americana, a Odyssey Marine Explorations, que se dedica a caçar tesouros, e que perdeu um processo longo nos tribunais, depois de Espanha ter reclamado o espólio da embarcação que levava a sua bandeira.

De acordo com Pedro Barros, nesta terceira, "e provavelmente última campanha", os arqueólogos espanhóis também foram acompanhados por uma equipa portuguesa, por a fragata ter afundado perto do Cabo de Santa Maria, no Algarve, na Zona Económica Exclusiva portuguesa.

"A Nuestra Señora de Las Mercedes vinha de Montevideo, e estava bastante carregada de material, incluindo um inventário sistematizado do seu conteúdo", disse o arqueólogo à Lusa.

De acordo com o Público, foram encontrados dois canhões dos séculos XVI/XVII, pesando entre duas e três toneladas, uma prancha de cobre perfurada, uma torneira e três roldanas de bronze.

A embarcação fazia a rota entre as colónias espanholas na América, e acabou por ser intercetada e atacada por uma armada inglesa ao largo de Faro.

Questionado sobre o acompanhamento de Portugal neste resgate arqueológico, Pedro Barros disse que por a fragata estar em águas portuguesas era necessário o acompanhamento e fiscalização das autoridades nacionais.

Sobre a legítima propriedade do espólio recuperado, que os estados podem reivindicar quando se encontram nas suas águas, embora a fragata seja espanhola, o arqueólogo sublinhou que "o mais importante é que as peças tenham sido retiradas com meios e um plano científico e que sejam salvaguardadas como património público, em vez de ficarem nas mãos de uma empresa privada, com fins comerciais".

A operação foi "tecnicamente muito exigente", já que os arqueólogos tiveram que descer a mais de mil metros de profundidade com um ROV (Veículo Operado Remotamente, em português), cedido pelo Instituto Espanhol de Oceanografia.

De acordo com Pedro Barros, as peças vão agora ser estudadas e expostas dentro de dois anos em Espanha.

* Fotografia de destaque: Momento da explosão da fragata Nuestra Señora de las Mercedes, na Batalha de Cabo de Santa Maria, em 5 de outubro de 1804, de Francis Sartorius, 1807 / Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/resgatados-dois-canhoes-de-fragata-do-seculo-xix-afundada-ao-largo-de-faro


(1804 - 2012, el cargamento de la fragata "Nuestra Señora de las Mercedes" vuelve a casa)

22/08/17

História e Arqueologia - O lugar de nascimento dos companheiros de Jesus Cristo, Pedro, Filipe e André, junto ao Mar da Galileia em Israel, “foi encontrado a 64 metros abaixo do nível do mar”, segundo comunicado da embaixada de Israel em Lisboa.



«Descobertos os locais onde nasceram os apóstolos Pedro, Filipe e André

O lugar de nascimento dos companheiros de Jesus Cristo, Pedro, Filipe e André, junto ao Mar da Galileia em Israel, “foi encontrado a 64 metros abaixo do nível do mar”, segundo comunicado da embaixada de Israel em Lisboa.

“Uma equipa de arqueológos israelita descobriu um conjunto de habitações com milhares de anos. Escavando abaixo do nível do mar, encontraram o que se pensa ser a localização da cidade perdida de Julias Augusta”, antiga Bethsaida, assim batizada pelo imperador Tiberius, em honra de sua mãe.

“Foi aí que nasceram três dos apóstolos de Jesus”, assinala o comunicado, acrescentando que a “descoberta incluiu uma casa de banho e mosaicos de vidro, que possivelmente pertenciam a uma igreja que estava no topo deste local”.

Três hipóteses eram apontadas como possíveis localizações para Julias, “mas os arqueólogos acreditam que agora encontraram a hipótese mais forte graças às ruínas descobertas neste sítio junto ao Mar da Galileia, em Israel”.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/descobertos-os-locais-onde-nasceram-os-apostolos-pedro-filipe-e-andre


(Estudiosos afirmam ter encontrado ruínas de Betsaida-CN Notícias)

06/08/17

História Arqueologia - Segundo revela hoje o Público, uma equipa de investigadores descobriu na costa de Esposende a localização exata de um navio com cerca de cinco séculos de existência.



«Há um navio quinhentista a ser descoberto na costa de Esposende
Nuno Miguel Silva

Arqueólogos ainda não sabem se o navio é português, mas têm quase a certeza que é de origem ibérica.

Há um tesouro há 500 anos submergido na costa portuguesa. Os trabalhos arqueológicos ainda estão no seu início, mas suspeita-se que seja um dos maiores achados do género a nível mundial.

Segundo revela hoje o Público, uma equipa de investigadores descobriu na costa de Esposende a localização exata de um navio com cerca de cinco séculos de existência.

Os especialistas ainda não sabem se se trata de um navio português, mas têm quase a certeza que estão perante uma embarcação ibérica, do século XVI.

De acordo com o Público, desde 2014, esta navio quinhentista tem fascinado a comunidade científica internacional.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/ha-um-navio-quinhentista-a-ser-descoberto-na-costa-de-esposende-195652

(Nau Quinhentista - Vista Aérea - Vila do Conde)

(Nau Quinhentista Vila do Conde)

(Vila do Conde - Nau Quinhentista)

(Caravelas, Naus e Galeões Portugueses, um choque tecnológico no séc. XVI na época dos Descobrimentos)

(Doc "Caravelas e Naus um Choque Tecnológico no século XVI")


#história
#arqueologia
#esposende
#caravelas

03/04/17

História e Arqueologia - Uma equipa de arqueólogos descobriu os restos de uma nova pirâmide, construída há cerca de 3.700 anos, na necrópole real de Dahchur, ao sul de Cairo, anunciou hoje o presidente do Setor Egípcio de Antiguidades, Mahmoud Afifi.



«Egito: Descobertos restos de uma nova pirâmide com cerca de 3.700 anos

Uma equipa de arqueólogos descobriu os restos de uma nova pirâmide, construída há cerca de 3.700 anos, na necrópole real de Dahchur, ao sul de Cairo, anunciou hoje o presidente do Setor Egípcio de Antiguidades, Mahmoud Afifi.

Em comunicado, Mahmoud Afifi adianta que os restos da pirâmide, que terá sido construída durante a 13.ª dinastia, foram localizados ao norte da pirâmide curvada do faraó Sneferu.

Devido à inclinação curvada dos seus lados, acredita-se que a pirâmide terá sido uma primeira tentativa, no antigo Egito, de construir uma pirâmide de lados lisos.

O presidente da necrópole de Dahshur, Adel Okasha, afirmou que os restos pertencem à estrutura interna da pirâmide, incluindo um corredor. Outros restos incluem blocos que mostram o ‘design’ interior da pirâmide.

A necrópole real de Dahchur foi o local de enterro para membros da corte e altos funcionários.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/descobertos-restos-de-uma-nova-piramide-com-cerca-de-3-700-anos

09/02/17

História Mundial - Os arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram que os Manuscritos do Mar Morto do Segundo Templo estavam ali escondidos e foram saqueados por beduínos.



«A versão mais antiga da Bíblia foi saqueada pelos beduínos

Há 60 anos que não se faziam escavações na região de Qumram, na Cisjordânia. Os arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram que os Manuscritos do Mar Morto do Segundo Templo estavam ali escondidos e foram saqueados por beduínos.

Escavações numa caverna a oeste de Qumram, na Cisjordânia, revelaram que os Manuscritos do Mar Morto do Segundo Templo estavam ali escondidos e foram saqueados por beduínos (povo nómada) em meados do século XX. As escavações foram conduzidas por arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, que divulgou hoje os resultados.

As escavações, as primeiras ao fim de mais de 60 anos, foram feitas numa nova caverna, que será numerada como '12' pelos arqueólogos.

Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de rolos de textos e fragmentos de textos encontrados nas cavernas de Qumran, na Cisjordânia, nas décadas de 1940 e 1950, sendo considerados a versão mais antiga do texto bíblico. O período do Segundo Templo corresponde ao ano 516 a.C.

Na caverna nº12 foram descobertos frascos partidos (onde eram guardados os rolos) e tampas do período do Segundo Templo, que estavam escondidos em cavidades ao longo das paredes e num túnel profundo, assim como um pano que embrulhava os rolos, uma corda que amarrava os manuscritos e um pedaço de couro trabalhado de um dos manuscritos.

Foi também encontrado, no túnel, um par de 'cabeças' em ferro de picaretas dos anos 1950, que, segundo os arqueólogos, prova que a caverna foi saqueada. A descoberta de cerâmica, lascas de sílex e pontas de seta revela, ainda, que a caverna foi usada na pré-história, nos períodos Calcolítico e Neolítico.

Em 1947, os primeiros manuscritos foram encontrados numa caverna nas margens do Mar Morto, reza a história que por um jovem pastor beduíno . A notícia espalhou-se rapidamente e despertou desde então o interesse da comunidade científica. Nas onze cavernas de Qumran foram encontrados cerca de 930 fragmentos de manuscritos hebraicos, aramaicos e gregos que são designados por Manuscritos do Mar Morto e considerados a versão mais antiga do texto bíblico, datando de mil anos antes do que o texto original da Bíblia Hebraica, usado pelos judeus atualmente. Os Manuscritos estão guardados no Santuário do Livro do Museu de Israel em Jerusalém.» in http://24.sapo.pt/vida/artigos/a-versao-mais-antiga-da-biblia-foi-saqueada-pelos-beduinos

01/01/17

História - Derinkuyu foi construída no subsolo da Capadócia, chegando a atingir 60 metros de profundidade em algumas partes.



«COMO A CIDADE SUBTERRÂNEA DE DERINKUYU FOI DESCOBERTA

Quando se renova um edifício, é regra geral ter em mente o que se pode deitar a baixo e o que não se podem. Uma martelada descuidada é o suficiente para romper os canos ou partir as vigas de suporte do edifício. Ou, como neste caso, descobrir coisas bastante estranhas.

O caso remonta à Turquia dos anos 1960, mas permitiu descobrir uma importante cidade subterrânea. Quando estava a remodelar a sua habitação, um habitante da província de Nevsehir, mais conhecida como Capadócia, derrubou acidentalmente uma parede. Por trás da parede derrubada estava um túnel que dava a um local que o homem ignorava.

Seguindo o túnel entrava-se na antiga cidade subterrânea de Derinkuyu, cuja existência era conhecida mas a sua entrada não. Derinkuyu foi construída no subsolo da Capadócia, chegando a atingir 60 metros de profundidade em algumas partes. A cidade era composta por 18 níveis e incluía habitações, igrejas, adegas e até uma escola. Foi concebida para albergar 20.000 pessoas e algum gado.

Estima-se que a cidade tenha começado a ser construída entre os séculos VIII e VII A.C. pelos frígios. Contudo, Derinkuyu ficou apenas totalmente construída durante o período Bizantino. A cidade está equipada com várias condutas de ventilação e várias entradas, que apenas começaram a ser exploradas depois de o primeiro túnel ter sido descoberto em 1963.

Derinkuyu foi constantemente habitada desde a sua fundação até ao século XII D.C. No século XIV terá servido de refúgio à população local durante as invasões dos mongóis. Durante a restante Idade Média foi utilizada por pessoas que eram perseguidas, nomeadamente os cristãos. A cidade apenas foi completamente abandonada em 1923, caindo depois em esquecimento.

Depois de ter sido redescoberta, a cidade abriu ao público em 1969. Actualmente, apenas metade da cidade está acessível ao público e muitas das suas entradas permanecem por descobrir.» in http://greensavers.sapo.pt/2017/01/01/como-a-cidade-subterranea-de-derinkuyu-foi-descoberta/


(Cidade Subterrânea em Derinkuyu)


DOC: Cidades Ocultas - Subterrâneos da Capadocia [Falado Português]


Derinkuyu, Turquia - Cidade Subterrânea Oculta [documentário]

20/09/16

História e Arqueologia - Arqueólogos descobriram um esqueleto humano com 2.000 anos nos destroços do mesmo navio naufragado no Mediterrâneo onde já haviam encontrado um mecanismo de relógio a a sobreviver à Antiguidade.



«ENCONTRADO ESQUELETO COM 2.000 ANOS EM NAVIO NAUFRAGADO NO MEDITERRÂNEO

Arqueólogos descobriram um esqueleto humano com 2.000 anos nos destroços do mesmo navio naufragado no Mediterrâneo onde já haviam encontrado um mecanismo de relógio a a sobreviver à Antiguidade.

Se se conseguir recuperar ADN dos restos humanos encontrados a 31 de agosto ao largo da costa da ilha grega de Anticítera, este poderá revelar pistas sobre a identidade do esqueleto, referiu a publicação científica.

A ossatura surpreendentemente bem conservada – que inclui parte de um crânio, dois ossos do braço, várias costelas e dois fémures – poderá também desvendar segredos sobre o famoso navio mercante do século I a.C. que provavelmente naufragou durante uma tempestade.

O Governo grego não deu ainda autorização para a realização de testes de ADN.

O esqueleto é um achado raro, porque os cadáveres de vítimas de naufrágios são normalmente levados pelas correntes ou comidos por peixes, e raramente sobrevivem décadas, muito menos séculos.

“Não temos conhecimento de nada do género”, disse Brendan Foley, um arqueólogo marinho da Woodshole Oceanographic Institution, do estado norte-americano de Massachusetts, e codiretor da exploração.

À primeira vista, o esqueleto parece pertencer a um rapaz, segundo Hannes Schroeder, um especialista em análises de ADN antigo do Museu de História Natural da Dinamarca.

“Não parecem ossos com 2.000 anos de idade”, disse à Nature.

Schroeder ficou especialmente satisfeito com a recuperação do osso petroso – localizado atrás da orelha – que tende a preservar melhor o ADN que outras partes do esqueleto e que os dentes.

“Se houver algum ADN, então, pelo que sabemos, estará aqui”, indicou.

Se se conseguir recuperá-lo, o ADN poderá revelar a cor do cabelo e dos olhos, bem como a raça e a origem geográfica, acrescentou.

Os destroços do navio, submersos a quase 50 metros de profundidade, foram primeiro descobertos por pescadores de esponjas naturais em 1900, e acredita-se que foram os primeiros alguma vez investigados por arqueólogos.

A maior descoberta foi a chamado Máquina de Anticítera, um mecanismo do século II a.C. que por vezes é designado como o computador mais antigo do mundo.

O dispositivo altamente complexo é composto por cerca de 40 peças de bronze e era usado pelos gregos antigos para acompanhar os ciclos do sistema solar.

Foram precisos mais 1.500 anos para que um relógio astrológico de semelhante sofisticação fosse fabricado na Europa.

O ADN mais antigo alguma vez recuperado de restos mortais humanos modernos tinha cerca de 45.000 anos.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/encontrado-esqueleto-com-2-000-anos-em-navio-naufragado-no-mediterraneo

02/04/16

História - Os académicos, os apaixonados da egiptologia e a imprensa internacional terão de continuar à espera para saber se na tumba de Tutancamon também jaz a múmia de Nefertiti e o seu tesouro funerário.



«Segredos da tumba de Tutancamon: revelações sobre Nefertiti ainda em suspenso

Os académicos, os apaixonados da egiptologia e a imprensa internacional terão de continuar à espera para saber se na tumba de Tutancamon também jaz a múmia de Nefertiti e o seu tesouro funerário. "Um quarto teste com scanner", utilizando tecnologia diferente ,"será feito em abril, antes de abrir um debate internacional a 8 de maio" no Cairo, anunciou nesta sexta-feira o novo ministro de Antiguidades, Khaled al Anani.

Numa aguardada declaração à imprensa nacional e internacional no Vale dos Faraós, o ministro ampliou o suspense em torno da tumba do faraó. Na quinta-feira, uma equipa de especialistas americanos trabalhou para demonstrar uma teoria do egiptólogo britânico Nicholas Reeves, que acredita que ali também fica a tumba de Nefertiti.

Durante dez horas, os especialistas verificaram minuciosamente quatro paredes da câmara funerária de Tutancamon para captar com um radar a existência de supostas cavidades escondidas. "Trabalhámos a três centímetros dos muros", recobertos de frescos majestosos que representam Tutancamon durante as cerimonias fúnebres, informou à AFP Eric Berkenpas, um dos engenheiros da National Geographic Foundation, que realizou a análise.

Reeves afirma que há duas câmaras secretas. Uma é o hipogeu (tumba subterrânea, na arqueologia) de Nefertiti. A outra poderia ser uma sala de armazenamento inexplorada, que data da era de Tutancamon. Nefertiti, uma rainha que exerceu um importante papel político ao lado do marido, o faraó Akenaton, e que foi imortalizada como símbolo de beleza do seu tempo, viveu há mais de 3.300 anos. "Observei 40 imagens registadas em locais diferentes da tumba", disse Reeves nesta sexta-feira. "Acho que é justo dizer que fizemos os exames mais detalhados já feitos na tumba", acrescentou.

Mohamed Abbas Ali, especialista egípcio que trabalhou no projeto, explicou que as novas análises permitiriam obter "uma representação em 3D de qualquer objeto localizado atrás do muro". Anani indicou que os resultados não estarão disponíveis antes de uma semana, adotando o mesmo discurso prudente do seu antecessor, Mamduh al Damati. "Temos de rever, depois voltar a rever, depois disso confirmar e, então, voltar a analisar nossas posições", indicou Anani, que na quinta-feira disse que as autoridades esperam encontrar algo, mas que "não tinha certeza, por enquanto".

Damati provocou grande expectativa entre arqueólogos e egiptólogos, tanto académicos quanto aficionados, convocando uma conferência de imprensa em Luxor, no sul do Egito, em frente à tumba de Tutancamon.

"A descoberta do século XXI" num túmulo de família

As autoridades tinham prometido anunciar um resultado que poderia ser "a descoberta do século XXI". Em meados de março, tinha "90% de certeza" de que a tumba continha duas câmaras que nunca foram descobertas, com materiais "metálicos e orgânicos", após realizar análises com scanners muito sofisticados. Mas, se Nefertiti era efetivamente a esposa de Akenaton, então, não seria a mãe de Tutancamon? E porque é que esta rainha influente teria sido enterrada numa câmara adjacente à tumba de Tutancamon? O mistério teria origem na morte inesperada de um menino-rei, de 19 anos, no ano 1324 antes da era cristã, avaliou Reeves. Na falta de uma tumba disponível para abrigar Tutancamon, os sacerdotes teriam decidido reabrir a tumba de Nefertiti dez anos após sua morte, para o faraó.

Os especialistas egípcios afirmam ser mais provável, porém, que a câmara contenha a sepultura de Kiya, outra esposa de Akenaton, filha do faraó, ou outro membro da família real. Ao contrário de outras tumbas que foram objeto de pilhagem, a de Tutancamon, descoberta em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter, continha mais de cinco mil objetos de 3.300 anos de antiguidade. Intactas, essas peças constituem uma das coleções mais fabulosas de tesouros antigos do mundo inteiro.» in http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_04_02_428584682_segredos-da-tumba-de-tutancamon--revelacoes-sobre-nefertiti-ainda-em-suspenso


(Descoberta da tumba do faraó Tutankhamon)


Os Grandes Egípcios: O Mistério de Tutankamon (Dublado HD Completo) - Discovery Civilization

(DOC: Vale dos Reis (Egito) - Grandes Tesouros da Arqueologia [Falado PT])

26/02/16

1.ª Guerra Mundial - O destroço do caça-minas Roberto Ivens foi agora localizado, situando-se numa posição distinta daquela onde a documentação oficial o apontava como perdido, sendo que a localização permite aprofundar o conhecimento sobre a presença e o papel da Marinha durante o período conturbado da Grande Guerra e, simultaneamente, lança um novo olhar sobre a real dimensão da ameaça submarina alemã em águas territoriais portuguesas.



«Navio da I Guerra Mundial encontrado na barra do Tejo
23 Fev, 2016 - 21:00

“A fase seguinte desta missão será inspeccionar os destroços com recurso a um ROV (Remotely Operated Vehicle), recolhendo as suas imagens em profundidade para o devido estudo arqueológico”, explica a Armada.

“O destroço do caça-minas Roberto Ivens foi agora localizado, situando-se numa posição distinta daquela onde a documentação oficial o apontava como perdido. A localização permite aprofundar o conhecimento sobre a presença e o papel da Marinha durante o período conturbado da Grande Guerra e, simultaneamente, lança um novo olhar sobre a real dimensão da ameaça submarina alemã em águas territoriais portuguesas”, adianta o Ministério da Ciência.

O caça-minas “Roberto Ivens” foi o primeiro navio da Marinha Portuguesa a afundar-se durante a I Guerra Mundial.

Tudo aconteceu no dia 26 de Julho de 1917, quando o navio colidiu com uma mina que tinha sido deixada por um submarino alemão.

Com a força da explosão, o navio ficou imediatamente partido em dois e afundou-se em poucos minutos. Morreram 15 tripulantes, entre os quais o comandante Raul Cascais, e sete foram resgatados com vida.

O achado dos destroços acontece a poucos dias de uma efeméride. A 9 de Março cumprem-se 100 anos desde que a Alemanha declarou guerra a Portugal, na sequência do aprisionamento de navios alemães e austríacos nos portos nacionais.» in http://rr.sapo.pt/noticia/47650/navio_da_i_guerra_mundial_encontrado_na_barra_do_tejo?utm_source=rss

09/02/16

História - Terá mais de 6 mil anos e tem raízes no Alvão, em Trás-os-Montes, tendo sido criado 1000 anos antes do Alfabeto Fenício, eis o Alfabeto do Alvão.



«Escrita do Alvão: o primeiro alfabeto do mundo foi criado há 6 mil anos em Trás-os-Montes

Terá mais de 6 mil anos e tem raízes no Alvão, em Trás-os-Montes, tendo sido criado 1000 anos antes do Alfabeto Fenício. Descubra a o Alfabeto do Alvão.

Acredita-se que a história do alfabeto se tenha iniciado no Egito Antigo, quando já havia decorrido mais de um milénio da história da escrita. O primeiro alfabeto consonantal teria surgido por volta de 2000 a.C., representando o idioma dos trabalhadores semitas no Egipto (ver Alfabetos da Idade do Bronze Médio), e que foi influenciado pelos princípios alfabéticos da escrita hierática egípcia. Quase todos os alfabetos do mundo hoje em dia descendem diretamente deste desenvolvimento, ou foram inspirados por ele.

O alfabeto mais utilizado no mundo é o alfabeto latino, derivado do alfabeto grego, o primeiro alfabeto ”real”, por designar de maneira consistente letras tanto a consoantes quanto a vogais. O alfabeto grego, por sua vez, veio do alfabeto fenício, que na realidade era um abjad – um sistema no qual cada símbolo representa uma consoante.

Alertamos os nossos leitores para o facto de não se dever confundir escrita com alfabeto. A escrita terá sido inventada pelos Sumérios. O alfabeto é uma forma evoluída e padronizada de representar sons que foi criada posteriormente para uniformizar a escrita.

Os historiadores aceitam o Fenício como o alfabeto mais primitivo e rudimentar que se conhece, com cerca de 5 mil anos de antiguidade. Começam, no entanto, a surgir outras hipóteses, levantadas sobretudo por achados arqueológicos ainda por decifrar, que apontam para um surgimento anterior aos Fenícios e, o Alfabeto do Alvão, com 6 mil anos, é o melhor candidato a ser considerado o Alfabeto mais antigo do mundo.

Nos finais do século XIX, no Alvão, Nordeste de Portugal, nas mágicas terras de Trás-os-Montes, encontraram-se, junto a um dólmen, uma série de pedras esculpidas e gravadas com signos idênticos aos de Glozel e com uma antiguidade de mais de 6.000 anos, no mínimo. Esta descoberta foi tão extraordinária que, no princípio, se duvidava dela. Só depois, após a descoberta de Glozel (França) é que foi considerada a sua autenticidade. As pedras do Alvão têm formas de animais e de homens e estão gravadas, claramente, com signos alfabéticos que no início foram considerados ibéricos.

Em 1927, José Teixeira Rego, em “Os Alfabetos do Alvão e de Glozel, Vol. III, trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, Porto, diz: Glozel é sem dúvida autêntico e tem uma estreita ligação com o Alvão”.» in http://ncultura.pt/escrita-do-alvao-o-primeiro-alfabeto-do-mundo-foi-criado-ha-6-mil-anos-em-tras-os-montes/

Pin It button on image hover