25/09/16

F.C. do Porto Hóquei Patins: F.C. do Porto Fidelidade 13 vs S.L. Benfica 7 - O FC Porto Fidelidade venceu este sábado o Benfica, no Pavilhão Municipal da Mealhada, conquistando assim a 20.ª Supertaça de hóquei em patins da sua história, competição na qual é, de muito longe, o clube mais titulado em Portugal.



«DRAGÕES INSACIÁVEIS CONQUISTAM 20.ª SUPERTAÇA

FC Porto Fidelidade de grande nível levou a melhor sobre o Benfica (13-7), na Mealhada.

O FC Porto Fidelidade venceu este sábado o Benfica (13-7), no Pavilhão Municipal da Mealhada, conquistando assim a 20.ª Supertaça de hóquei em patins da sua história, competição na qual é, de muito longe, o clube mais titulado em Portugal. Num jogo cheio de história e de golos, os Dragões mostraram ser mais fortes e ergueram justamente o troféu.

O clássico que abriu oficialmente a temporada em Portugal começou de forma verdadeiramente frenética, muito por culpa do FC Porto Fidelidade, que demorou apenas dez segundos a inaugurar o marcador, por intermédio de Reinaldo Garcia. A entrada fulgurante dos Dragões conheceu mais dois capítulos quase consecutivos, primeiro por Gonçalo Alves, de grande penalidade (4m), e logo a seguir por Hélder Nunes, numa stickada fulminante de fora da área (5m). O Benfica reduziu distâncias segundos depois, por João Rodrigues (5m), mas a noite estava destinada a ser azul e branca.

Hélder Nunes bisou de livre direto (13m) e Vítor Hugo, servido por Rafa, aumentou para 5-1 antes de Miguel Rocha surpreender Nélson Filipe no mesmo minuto (16). Pouco depois, em grande jogada individual, Rafa fez o sexto dos Dragões (18m) e o cenário de goleada começou a ganhar contornos mais claros com o bis de Reinaldo Garcia (22m), que estabeleceu o 7-2 favorável aos azuis e brancos registado ao intervalo. Um score que espelhava fielmente a supremacia portista ao longo dos primeiros 25 minutos.

O reatamento mostrou uma face completamente diferente do clássico e o Benfica surgiu transfigurado, tal como o FC Porto Fidelidade, mas para pior. Num espaço de apenas oito minutos, os lisboetas reduziram de 7-2 para 7-6 e reentraram na discussão pela conquista do troféu, mas os Dragões reergueram-se e responderam a dobrar: hat-trick de Hélder Nunes (35m) e bis de Gonçalo Alves (36m) para o 9-6, reduzido instantes depois para 9-7 por Carlos Nicolia. Na sequência de um contra-ataque, Hélder Nunes surgiu isolado na cara de Diogo Almeida e fez o póquer com um remate por entre as pernas, um movimento pleno de classe e talento, ao alcance de muito poucos (39m).

Não querendo ficar atrás do companheiro de equipa, Reinaldo Garcia também assinou um póquer e aumentou para 12-7 a pouco mais de sete minutos do fim, abrindo excelentes perspetivas para o sucesso azul e branco na Mealhada, que se viria a confirmar com o final do encontro, mas não sem antes Vítor Hugo bisar de livre direto (47m). O resultado não sofreu mais alterações e a Supertaça António Livramento viajou com o FC Porto Fidelidade para a Invicta, pela 20.ª vez em 34 edições e depois de um dos clássicos com mais golos de que há memória.

FICHA DE JOGO

BENFICA-FC PORTO FIDELIDADE, 7-13
Supertaça António Livramento
24 de setembro de 2016
Pavilhão Municipal da Mealhada

Árbitros: Luís Peixoto (Lisboa) e Joaquim Pinto (Porto)

BENFICA: Guillem Trabal (g.r.); Valter Neves (cap.), Diogo Rafael, Carlos Nicolia e João Rodrigues
Jogaram ainda: Diogo Almeida (g.r.), Jordi Adroher, Tiago Rafael e Miguel Rocha
Treinador: Pedro Nunes

FC PORTO FIDELIDADE: Nélson Filipe (g.r.), Reinaldo Garcia, Hélder Nunes (cap.), Gonçalo Alves e Rafa
Jogaram ainda: Jorge Silva, Vítor Hugo, Ton Baliu e Telmo Pinto
Treinador: Guillem Cabestany

Ao intervalo: 2-7
Marcadores: Reinaldo Garcia (1m, 22m, 41m, 43m), Gonçalo Alves (4m, 36m), Hélder Nunes (5m, 13m, 35m, 39m), João Rodrigues (5m, 26m). Vítor Hugo (16m, 47m), Miguel Rocha (16m, 33m), Rafa (18m), Carlos Nicolia (27m, 30m, 36m)
Disciplina: cartão azul a Hélder Nunes (26m) e Diogo Rafael (47m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Supertaca-hoquei-Benfica-FC-Porto-24-09-16.aspx

F.C. do Porto Andebol: F.C. do Porto 36 vs Águas Santas 28 - Hugo Laurentino foi o protagonista da vitória deste sábado sobre o Águas Santas, que permite ao FC Porto manter a liderança da primeira fase do Andebol 1, com 15 pontos, resultantes de cinco vitórias em cinco jogos.



«LAURENTINO LEVOU A ÁGUA AO MOINHO AZUL E BRANCO

Guarda-redes marcou três golos e foi decisivo na vitória por 36-28 frente ao Águas Santas, no Andebol 1.

Hugo Laurentino foi o protagonista da vitória deste sábado (36-28) sobre o Águas Santas, que permite ao FC Porto manter a liderança da primeira fase do Andebol 1, com 15 pontos, resultantes de cinco vitórias em cinco jogos. O guardião foi a figura não tanto pelas defesas importantes que efetuou e que já são habituais, mas mais pela combinação dessa função com a marcação de três golos, no arranque da segunda parte, o momento decisivo da partida. Só aí os portistas arrancaram para um triunfo claro, mas que foi o mais suado da temporada, frente a um rival que arriscou e causou muitas dificuldades no primeiro tempo.

O Águas Santas chegou pela primeira vez à vantagem aos 14 minutos (7-6), isto após um início equilibrado, mas em que o FC Porto chegou a ter duas vantagens de dois golos. Foi um momento de viragem na partida, já que a partir daí os maiatos não voltaram a estar em desvantagem na primeira parte e chegaram a ter um avanço de três golos. Paulo Faria assumiu o risco de atacar de forma sistemática com sete atletas, ou seja, com dois pivôs e sem guarda-redes.

A pontaria de Elias António (oito golos) e Pedro Cruz (cinco) faziam o resto e os Dragões demoraram a adaptar a defesa a esta estratégia. Apenas na parte final da primeira parte pareceram defensivamente mais confortáveis e chegaram ao empate (16-16, por Rui Silva). Ao intervalo, os forasteiros lideravam por um golo (17-16).

Nos primeiros cinco minutos da segunda parte, Hugo Laurentino, que entrara para a baliza em meados do primeiro tempo, fez duas defesas de grande nível e marcou três golos de baliza a baliza, finalmente desmanchando a confiança com que o Águas Santas vinha utilizando sete atletas no ataque. O guarda-redes nunca tinha sequer marcado no Campeonato Nacional e estreou-se logo com três golos.

Aos 35 minutos, o FC Porto já tinha três golos de vantagem (21-18, um parcial de 5-1), que soube gerir e aumentar até final. Por um lado utilizou uma defesa em 6-0, mais intensa, que causou muito mais problemas a Elias António, embora Pedro Cruz (melhor marcador da partida, com 13 golos) tenha continuado a marcar; por outro, as soluções no ataque não falharam: Carrilo marcou oito, Rui Silva seis e o atirador Spelic (dois golos) também assumiu o seu papel quando foi necessário.

FICHA DE JOGO

FC PORTO-ÁGUAS SANTAS, 36-28 
Andebol 1, 5.ª jornada
24 de setembro de 2016
Dragão Caixa, no Porto

Árbitros: Daniel Freitas e César Carvalho

FC PORTO: Alfredo Quintana (g.r.); Spelic (2), Daymaro Salina (1), Rui Silva (6), Carrillo (8), Ricardo Moreira e Alexis Borges (2)
Jogaram ainda: Hugo Laurentino (g.r., 3), Yoel Morales (4), António Areia (4), Miguel Martins (3), Gustavo Rodrigues (3) e Victor Iturriza
Treinador: Ricardo Costa

ÁGUAS SANTAS: António Campos (g.r.), Gustavo Carneiro (3), Ruben Sousa (1), Mário Oliveira (1), Pedro Cruz (13), Nuno Rebelo e Elias António (9) 
Jogaram ainda: Diogo Santos (g.r.), Gonçalo Vieira (1), Pedro Sousa, Juan Couto, Tiago Pereira e Luís Frade
Treinador: Paulo Faria

Ao intervalo: 16-17.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/andebol-fc-porto-aguas-santas-fase-regular-2016-17.aspx


Andebol: FC Porto-Águas Santas, 36-28 (Andebol 1, 5.ª jornada, 24/09/16)

24/09/16

F.C. do Porto Sub 19 Futebol: F.C. do Porto 2 vs Sporting de Braga 0 - A equipa dos jovens Dragões receberam e venceram este sábado o Sporting de Braga (2-0), no Olival, em jogo referente à oitava jornada da primeira fase do Campeonato Nacional de Juniores A.



«SUB-19 REGRESSAM AOS TRIUNFOS

Dragões bateram o Sporting de Braga (2-0), no Olival, na oitava jornada da primeira fase do campeonato.

A equipa de Sub-19 do FC Porto recebeu e venceu este sábado o Sporting de Braga (2-0), no Olival, em jogo referente à oitava jornada da primeira fase do Campeonato Nacional de Juniores A. Com este triunfo, que se seguiu a um empate em Vila do Conde (1-1), os Dragões isolaram-se na liderança da zona Norte, agora com 22 pontos, mais três do que os bracarenses.

Num duelo entre duas equipas em igualdade pontual à entrada para esta ronda, o FC Porto surgiu dominador e autoritário, mas o Sporting de Braga nunca deixou de tentar surpreender em transições rápidas. Em jeito de corolário do maior domínio, os Dragões chegaram à vantagem já bem perto de intervalo, por intermédio de Yan Dinghao, num excelente remate à entrada da área após um alívio da defesa bracarense (44m).

Na etapa complementar, pouco depois do reatamento, Ayoub recuperou a bola em zona privilegiada e, na cara do guardião do Sporting de Braga, não perdoou, aumentando para 2-0 (48m), que viria a ser o resultado final. Segue-se o Leicester, na terça-feira, às 14h00, no Estádio Univ. Loughborough, em Inglaterra, para a segunda jornada do Grupo G da UEFA Youth League.

Os sub-19 portistas, comandados por António Folha, alinharam com Diogo Costa, Diogo Casimiro, Diogo Queirós (Moreto Cassamá, 79m), Diogo Leite, Oleg Reabciuk, Rui Pires (cap.), Yan Dinghao, Ayoub (Paulo Estrela, 56m), Mamadu Lamba, Rui Pedro e Idrisa (Madi Queta, 67m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Sub19-FC-Porto-Sp-Braga-8a-jor-1a-fase-CN-Jun-A.aspx

Amarante Criminalidade - A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 32 anos indiciado pela prática de um crime de incêndio florestal junto ao IP4, em Amarante, anunciou hoje a autoridade.



«PJ detém suspeito de ter ateado fogo florestal junto ao IP4 em Amarante
23/9/2016, 11:35

A detenção foi feita no âmbito de um inquérito que investiga um fogo florestal que ocorreu a 5 de setembro, na freguesia de Gondar.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 32 anos indiciado pela prática de um crime de incêndio florestal junto ao IP4, em Amarante, anunciou hoje a autoridade.

Segundo a PJ, a detenção realizou-se fora de flagrante delito, no âmbito de um inquérito que investiga um fogo florestal que ocorreu no dia 5 de setembro, na freguesia de Gondar.

“O incêndio assumiu grandes proporções, tendo ardido uma área florestal de mato, pinheiro e eucaliptos, colocando em risco habitações que não vieram a ser atingidas devido à rápida intervenção de diversas corporações de bombeiros”, assinala a autoridade policial num comunicado enviado à Lusa.

O detido vai ser presente à autoridade judiciária para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação.

Desde o início do ano, a Polícia Judiciária já identificou e deteve 75 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal.» in http://observador.pt/2016/09/23/pj-detem-suspeito-de-ter-ateado-fogo-florestal-junto-ao-ip4-em-amarante/

Amarante Acidentes - Um motociclista, de 29 anos, morreu hoje num acidente de viação, na EN15, no Alto da Lixa, concelho de Amarante, disse à Lusa fonte dos bombeiros da Lixa.


(Bruno, o jovem falecido)

«Motociclista com 29 anos morreu em acidente em Amarante

Um motociclista, de 29 anos, morreu hoje num acidente de viação, na EN15, no Alto da Lixa, concelho de Amarante, disse à Lusa fonte dos bombeiros da Lixa.

O adjunto do comando, Vítor Meireles, explicou que o acidente envolveu uma moto de alta cilindrada, conduzida pela vítima, e dois veículos ligeiros.

O alerta para a corporação foi dado pelas 13:35.

A vítima foi socorrida no local pelos Bombeiros da Lixa, pela equipa da viatura médica e de reanimação (VMER) do Vale do Sousa e pela equipa da viatura de suporte imediato de vida (SIV) de Amarante.

O homem ainda foi transportado para o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel, mas o óbito foi declarado antes da vítima ter dado entrada naquela unidade hospitalar.» in https://www.noticiasaominuto.com/pais/658509/motociclista-com-29-anos-morreu-em-acidente-em-amarante

23/09/16

Liga NOS: F.C. do Porto 3 vs Boavista 1 - Dragões estiveram a perder, mas deram a volta ao Boavista, na sexta jornada da Liga NOS.



«REVIRAVOLTA PARA MANTER A TRADIÇÃO

Dragões estiveram a perder, mas deram a volta ao Boavista (3-1) na sexta jornada da Liga NOS.

​O FC Porto recebeu e venceu esta sexta-feira o Boavista (3-1), no Estádio do Dragão, no jogo que abriu a sexta jornada da Liga NOS. Em mais um dérbi da Invicta, os azuis e brancos até estiveram a perder, com um golo de Henrique em fora de jogo (5m), mas deram a volta ao resultado ainda no decorrer do primeiro tempo, à boleia de um bis de André Silva (19m e 41m, de g.p.). Já perto do fim do encontro, Alex Telles estabeleceu o 3-1 final (86m).

O jogo não começou de feição para os Dragões, que se viram em desvantagem no marcado logo aos cinco minutos, num lance irregular. Na sequência de um livre cobrado por Fábio Espinho, Henrique subiu mais alto do que todos e cabeceou para o primeiro golo do dérbi, mas estava em posição de fora de jogo na altura em que o seu companheiro de equipa bateu a bola parada, pelo que se justificava a invalidação do mesmo. Obrigado a correr atrás de um prejuízo madrugador, o FC Porto apoderou-se do meio-campo boavisteiro e apertou o cerco à baliza de Kamran, ameaçando o empate com um cabeceamento de Danilo Pereira ao poste (18m).

Não foi à primeira, foi à segunda. No instante quase seguinte, Otávio serviu André Silva com conta, peso e medida, oferecendo de bandeja ao 10 portista o terceiro golo da conta pessoal no campeonato (19m). Restabelecida a igualdade, os Dragões partiram em busca da reviravolta e podiam tê-la conseguido à passagem dos 35 minutos, mas o cabeceamento de Danilo Pereira, de cima para baixo, saiu demasiado alto (35m). Pouco depois, Otávio fez o que quis de Henrique e acabou derrubado dentro da área, sofrendo uma grande penalidade que André Silva se encarregou de bater com sucesso, bisando na partida e dando vantagem ao FC Porto no caminho para o intervalo (41m). Com toda a justiça, em abono da verdade.

A segunda parte não teve tantos momentos de relevo como a primeira e oportunidades de golo foram uma absoluta raridade, à exceção do derradeiro quarto de hora. Diogo Jota (76m), André Silva (83m) e Danilo Pereira (84m) ameaçaram o terceiro dos Dragões, que acabou mesmo por chegar pelo pé esquerdo de Alex Telles, com uma preciosa colaboração de Kamran. O guarda-redes boavisteiro teve uma má abordagem ao cruzamento do lateral brasileiro e a bola só parou no fundo das redes, em jeito de sentença final do dérbi (86m), no qual Layún cumpriu o jogo número 50 com a camisola do FC Porto. André Silva, com os dois golos apontados, subiu uns lugares na lista dos melhores marcadores, levando já quatro remates certeiros na Liga NOS. No que diz respeito aos duelos entre FC Porto e Boavista para o campeonato, com os Dragões como visitados, a tradição continua a ser o que era: 46.ª vitória portista em 54 jogos.

Ficha do Jogo» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/fc-porto-boavista-2016-17.aspx


Liga (6ªJ): Resumo FC Porto 3-1 Boavista

22/09/16

Amarante Mancelos - Histórias de vindimadores, bravos heróis da nossa história rural, que transportavam, subiam e desciam enormes escadas de madeira, que pareciam brinquedos nas suas mãos...




«“Os vindimadores”

Anos setenta, Freguesia de Mancelos, Zé o vindimador era um homem robusto, trigueiro de estatura mediana, de face corada, um homem alegre, que conferia uma certa magia, aos dias de vindimas que eram seguidos e duros, de sol a sol, com frio, calor ou chuva. Este personagem passava a vida a cantar e a meter-se com as cesteiras, que carregavam pesados cestos de uvas até às valsas dos carros de bois, ou quando estes estivessem por perto, diretamente para os lagares, onde se relavam e apertavam as uvas, para se obter o precioso néctar, o nosso maravilhoso vinho verde de Amarante, muito afamado nesses tempos.

Passava a Lúcia da Aldeia e o Zé, logo inventava uma rima, para deixar a moça corada: 

“Lúcia moça corada e roliça,
Anda sempre de bem com a vida.
No Domingo no fim da missa,
Roubou o namorado da Guida”

"Roubei nada tio Zé, não diga disparates, bem sabe que a Margarida pode não gostar, ainda se acredita que é verdade e a mim não me faltam pretendentes", retorquiu a Lúcia, toda senhora do seu nariz, e de mulher que não gosta de deixar ninguém sem resposta.

Acontecia que em quase todas as vindimas participava o Senhor José “Vira” que, tendo um problema de saúde, sabia tirar disso partido, para animar a malta. Ele sofria bastante de gases e quando subia às escadas, gostava de dar a ouvir as suas habilidades intestinais. Quando isso acontecia, ele costumava gracejar dizendo a cantar: 

“Bom dia compadre Aniceto, 
Estás quentinho e aqui está frio.
Tu que viestes pelo meu recto,
Um buraco tão sombrio…”

Era um gargalhar geral, todos se riam e animavam, pediam a caneca para molhar a beiça e toda a gente sorria. O “Vira” teve o seu momento, agora só mais para a tarde se repetiria a graça, inopinadamente, quando ninguém estivesse a contar com isso. Se lhe pediam para antecipar o ato, ele dizia que não tocava à jorna. Tempos difíceis, vindimas com muita mão de obra, escadas que chegavam a vinte banzos para vindimar nas árvores mais altas que, ladeavam os grandes campos de milho, cesteiras a carregar quilos e quilos de uvas à cabeça, animais a puxarem enormes balsas de uvas, reladores de uvas manuais e depois a prensa para finalizar, em que espremia o bagaço até ao tutano; nada se desperdiçava naqueles tempos. 

Durante a tarde, o povo da vindima falava mais, o lanche de pão e de fumeiro regado com vinho tinto da casa, levava a animação ao zénite. Uns metia-se com os outros, as cesteiras tinham que ouvir e calar, doutro modo era pior, e, as meninas que apanhavam os vagos também não escapavam às provocações dos vindimadores. O “Vira” lá para as cinco da tarde, de um dia do final de setembro, soltou novamente um grande ruído oriundo do seu interior. Isto parece um tratado de escatologia, mas era mesmo assim. Disse ele então:

“Boa tarde meus senhores,
Que eu já estou a roncar,
Berrei alto de tantas dores,
De ver a cesteira passar…”

Muito trabalho, é evidente que vindimar, hoje em dia, é algo muito mais mecanizado, em que as vinte ou trinta pessoas de outrora que trabalhavam em bando, são substituídas por tratores industriais, motores e prensas elétricas. Além disso, antigamente faziam-se as “tornas”, ou seja se A fosse à vindima de B, B teria que vir à vindima de A. A comida das vindimas era sempre algo muito apetecível. Gente pobre mas honrada, guardavam os melhores frangos para uma boa arrozada, o anho, o porco, boa sopa, vinho da casa e uma deliciosa aletria como sobremesa. A meio da manhã, costumava-se dar ao pessoal bacalhau frito com pão e vinho, para animar a malta. Vivia-se um ambiente quase mágico, de certa forma onírico, para um miúdo como eu,  no meio daqueles homens e mulheres duros e gastos pelo trabalho, mas que faziam das vindimas o ponto alto das colheitas do ano, em que o precioso néctar produzido assumia um carácter divino, quiçá, em analogia com o ato religioso, da partilha das tarefas, pão e vinho, como sempre se representava nas missas, a que todos assistiam escrupulosamente, num ritual verdadeiramente sagrado.

Vinha a noite, mas o trabalho no lagar continuava. Apertavam-se as uvas brancas, com quatro bravos homens a puxar à prensa, num ritmo compassado com as vozes dos homens: “Vem vai, vem vai e vem vai…”. No lagar das uvas tintas, um grupo de oito homens cantava canções populares, enquanto se pisavam as uvas. O dono da vindima, ou o caseiro da quinta, vinha trazer aguardente e cigarros de marcas baratas: Provisórios ou Kentucki, também conhecidos popularmente por “mata-ratos”. Servia igualmente aguardente com figos secos, ou vinho tinto para quem quisesse. O “Vira” entretanto fazia das suas e lá vinha outros dos seus "parceiros" intestinais, ou fidagais, dado o adiantado da hora:

“Pisa as uvas tintas, “Vira” pisa
Que do teu cu saiu ajuda
Dedico ali à menina Elisa,
Este peido, ai Deus me acuda!

Elisa era a filha do lavrador da casa, o Sr. Manuel das leiras grandes, que ficou todo enrubescida, não sabendo onde se havia de meter, ainda mais, porque no lagar estava a pisar uvas, um rapaz de quem ela gostava, o Augusto das Bouças. Claro que bem jantados, melhor bebidos, com a aguardente a temperar, saíam gargalhadas em catadupa das graças que se iam dizendo. O “Vira” muito sério, mas com o seu olhar malandro, lá ia dizendo para rematar: “o que vale é que os meus peidos não cheiram, é só gás…”. Todos se riam e diziam ao “Vira” que tinha que se ir tratar do nariz, talvez ser operado ou desentupido. Ou melhor, deveria ser feita uma intervenção para tapar mais o ânus e abrir mais as narinas. Era uma risota pegada.

E nas principais refeições, o convívio era algo que recordo com saudade. Todos sentados combinavam as suas tornas, falavam do ano de vinho e dos acontecimentos da aldeia. O dono da vindima convidou o senhorio, para jantar com o pessoal e assim o convívio ainda era maior. Todos tinham mais recato, mas conversam de tudo e o senhorio gostava de os ouvir. Os vindimadores também o ouviam com atenção e acenavam afirmativamente às asserções que este ia proferindo.

Bem sei que isto é passado, por certo que ainda bem, as vindimas agora já não têm esta magia, são mais eficientes e solitárias, mas são outros tempos. Apenas quis recordar dias mágicos que vivi com estes Homens extraordinários, os vindimadores, lavradores que pelo São Miguel manobravam as escadas e cestas como ninguém… uma tristeza foi ter assistido ao Tio Zé d’Além, que ficou entrevado quando caiu de uma escada de dezasseis banzos. Neste caso a dura realidade desfez a magia do miúdo que tudo isto vivia, com uma enorme alegria. O Zé foi apenas mais um dos heróis das subidas às árvores, bardos e ramadas que ainda hoje recordo. E pronto, já há vindimas em Amarante, este fim de semana, já vi tratores carregados de uvas… mas não é a mesma coisa!» in http://birdmagazine.blogspot.pt/2016/09/os-vindimadores.html



PAULO ALEXANDRE - "Verde Vinho" - (1989)



"Verde Vinho
Paulo Alexandre

Ninguém na rua, na noite fria,
só eu e o luar
Voltava a casa,
quando vi que havia
luz num velho bar
Não hesitei, fazia frio e nele entrei
Estando tão longe da minha terra,
tive a sensação
de ter entrado numa taberna
de Braga ou Monção
E um homem velho
se acercou e assim falou

Vamos brindar
com vinho verde que é do meu Portugal
e o vinho verde me fará recordar
A aldeia branca que deixei
atrás do mar
Vamos brindar
com verde vinho p'ra que eu possa cantar
Canções do Minho que me fazem sonhar
com o momento de voltar
ao lar.

Falou-me então daquele dia triste
o velho Luiz
em que deixara tudo quanto existe
para ser feliz
A noiva, a mãe,
a casa, o pai e o cão também
Pensando agora naquela cena
que na estranja vi
Recordo a mágoa, recordo a pena
que com ele vivi.
Bom português,
regressa breve, vem de vez...

Vamos brindar (2x)
com vinho verde que é do meu Portugal
e o vinho verde me fará recordar
A aldeia branca que deixei
atrás do mar
Vamos brindar
com verde vinho p'ra que eu possa cantar
Canções do Minho que me fazem sonhar
com o momento de voltar
ao lar."


F.C. do Porto Andebol: Avanca 18 vs F.C. do Porto 30 - O FC Porto venceu esta quarta-feira o Avanca por 30-18 e aproveitou para se isolar na liderança do Andebol 1 à quarta jornada, que só se fechará na próxima quarta-feira quando, em Braga, se defrontarem ABC e Sporting, as duas equipas que, a par dos Dragões, somam por vitórias os jogos disputados.



«VITÓRIA EM AVANCA VALE LIDERANÇA ISOLADA DO ANDEBOL 1

FC Porto venceu por 30-18 e continua invicto à quarta jornada do campeonato.

O FC Porto venceu esta quarta-feira o Avanca por 30-18 e aproveitou para se isolar na liderança do Andebol 1 à quarta jornada, que só se fechará na próxima quarta-feira quando, em Braga, se defrontarem ABC e Sporting, as duas equipas que, a par dos Dragões, somam por vitórias os jogos disputados (os minhotos ainda têm dois por realizar). Esta quarta-feira, em Estarreja, o jogo resolvido numa segunda parte em que sofreu apenas quatro golos, depois de 30 minutos iniciais em que os anfitriões - treinados por Carlos Martingo, antigo jogador e treinador do FC Porto - proporcionaram uma excelente réplica.

De regresso ao Pavilhão Comendador Adelino Dias Costa 215 dias depois de lá ter estado e vencido pela última vez, no primeiro jogo dos quartos de final do Campeonato, os azuis e brancos entraram determinados em dar sequência à vitória expressiva sobre o Benfica no sábado passado. Durante os primeiros 20 minutos, comandaram o marcador com uma diferença que andou entre os dois e os três golos, mas encontraram pela frente um adversário que soube explorar bem alguns problemas defensivos dos azuis e brancos e fizeram-nos experimentar algumas dificuldades.

Apoiado numa excelente exibição do cubano Pedro Valdes, autor de sete golos na primeira parte, e através de contra-ataques rápidos, o Avanca conseguiu passar para a frente a oito minutos do intervalo e chegou a ter dois golos de vantagem. No banco, Ricardo Costa não gostava do que via e pediu o primeiro time out da partida nesse preciso momento para tentar alterar o rumo dos acontecimentos. E o FC Porto reagiu a tempo de recuperar a liderança do marcador depois de um golo de António Areia no último minuto do primeiro tempo. O resultado ao intervalo espelhava, de facto, o equilíbrio que se passava dentro de campo: 15-14.

Tudo mudou na segunda parte, em que os Dragões tiveram uma entrada no jogo arrasadora e encetaram uma fuga no marcador que o Avanca, atónito e com Pedro Valdes no banco, nunca mais foi capaz de travar. Aos dez minutos de jogo vencia por oito golos de diferença, aos 17m a vantagem já era de dez. Neste capítulo, Miguel Martins (na foto) e José Carrillo foram os mais eficazes do lado dos portistas, com cinco golos cada, secundados por​ Spelic e Yoel Morales (quatro), sendo de registar ainda que 13 dos 14 jogadores de campo entraram na lista de marcadores da partida. Lá atrás, Hugo Laurentino, que na primeira parte já tinha efetuado algumas boas intervenções, fechou a baliza a sete chaves, tendo ido buscar a bola dentro da baliza por apenas quatro vezes.

​​Este sábado, às 17h00, no Dragão Caixa, o FC Porto defronta o Águas Santas, em mais um jogo do campeonato que terá transmissão em direto no Porto Canal. Pode encontrar aqui​ mais informações sobre os bilhetes para este encontro.​​

FICHA DE JOGO

AVANCA-FC PORTO, 18-30 
Andebol 1, 4.ª jornada
21 de setembro de 2016
Pavilhão Comendador Adelino Dias Costa, em Avanca

Árbitros: Fernando Costa e Diogo Teixeira (Braga)

AVANCA: Alejandro Carreras (g.r.); Pedro Valdes (7), Nuno Carvalho (1), Miguel Baptista (2), Ricardo Mourão (3), Jenilson Monteiro (1) e Diogo Oliveira (1) 
Jogaram ainda: Alejandro Carreras (g.r.); Alberto Silva, Reinier Taboada (1), Eduardo Farinha (1), Carlos Santos, João Carvalho, Pedro Pires (1), Paulo Moreira, Ruben Ribeiro
Treinador: Carlos Martingo

FC PORTO: Hugo Laurentino (g.r.); Victor Iturriza (1), Spelic (4), Miguel Martins (5), Daymaro Salina (1), Carrillo (5), António Areia (2) e Alexis Borges (1)
Jogaram ainda: Leandro Semedo, Yoel Morales (4), Gustavo Rodrigues (2), Patrick Lemos, Rui Silva (2), Ricardo Moreira (1), Alexis Borges (1) e Hugo Santos (2)
Treinador: Ricardo Costa

Ao intervalo: 14-15​.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/avanca-fcporto-andebol1-jornada4.aspx


Andebol: Avanca-FC Porto, 18-30 (Andebol 1, 4.ª jornada, 21/09/16)

21/09/16

Amarante Pessoas - Conselheiro António Cândido na ótica do Fascículo LIV, de Portugal Económico Monumental e Artístico.

Amarante - Retrato de António Cândido, por Veloso salgado, existente no Asilo Conselheiro António Cândido.



Amarante - A casa de Candemil, onde nasceu António Cândido

«Conselheiro António Cândido (Ribeiro da Costa) - Nasceu em Candemil em 1850 e ali faleceu também, em 1922. Grande orador sagrado e parlamentar, sem dúvida o primeiro entre os oradores do seu tempo e dos primeiros que, em todos os tempos, nós tivemos. Foi lente da Universidade de Coimbra, Par do reino, Ministro e Procurador Geral da Coroa, As suas melhores orações encontram-se reunidas no volume «Discursos e conferências»; e do encanto da sua voz fala a tradição, que a compara às grandes vozes clássicas do templo e do parlamento. Sempre modesto, sempre patriota, os próprios inimigos políticos o respeitavam, pelo seu proceder e pelo seu valor altíssimo.» in Portugal Económico Monumental e Artístico.


Ledman LigaPro: F.C. do Porto B 1 vs Sporting da Covilhã 0 - O FC Porto B regressou na tarde de quarta-feira aos triunfos na Ledman LigaPro, ao receber e vencer a formação do Sporting da Covilhã por um resultado tangencial.



«“BÊS” REGRESSAM AOS TRIUNFOS FRENTE AO SPORTING DA COVILHÃ

FC Porto B venceu os Leões da Serra (1-0) em jogo da 8.ª jornada da Ledman LigaPro.

O FC Porto B regressou na tarde de quarta-feira aos triunfos na Ledman LigaPro, ao receber e vencer a formação do Sporting da Covilhã por 1-0. O único golo da partida foi conseguido por Graça, aos oito minutos, e foi suficiente para garantir aos campeões da segunda liga o quarto triunfo no campeonato.

Relativamente ao jogo com o Santa Clara, Luís Castro operou uma pequena revolução no 11 inicial, alterando seis jogadores face ao jogo nos Açores, com destaque para o setor defensivo. Raul Godiño substituiu João Costa na baliza, Fernando voltou à lateral direita por troca com Rodrigo, numa defesa que voltou a contar com Chidozie (Rui Moreira) e teve ainda a estreia do brasileiro Inácio (Luís Mata).

E a verdade é que equipa iniciou o jogo com uma boa dinâmica ofensiva, que coincidiu também com sua melhor fase da partida. Praticamente a abrir o encontro os Dragões colocaram-se em vantagem, com João Graça a concluir um bom movimento ofensivo iniciado em Omar Govea e a que Raul deu seguimento. A boa entrada dos azuis e brancos teve perto de resultar em novo golo, um minuto depois, mas a iniciativa individual de Ruben Macedo foi desperdiçada num cabeceamento de Tomás Podstawski por cima da barra.

Após a entrada dominante, a primeira parte ficou marcada por duas contrariedades para a equipa de Luís Castro. Em menos de 10 minutos o capitão Tomás Podstawski e Raul Soares foram obrigados a sair. Ambos lesionados, foram rendidos em campo por Fede Varela e Galeno sensivelmente a meio de uma primeira parte que até ao final teve ainda um lance protagonizado por Fernando a que Areias ficou perto de corresponder com sucesso de forma artística.

No segundo tempo, apesar de uma boa entrada dos Dragões assinalada com um bom remate de Areias, foi praticamente dominado pela equipa forasteira. A primeira intervenção de Godiño na partida foi apenas aos 55 minutos, mas a partir desse momento os Leões da Serra dominaram o encontro. O golo do empate esteve perto, mas valeu aos portistas quer a inspiração de Godiño, quer a solidariedade da defensiva, que ia aniquilando como podia as iniciativas serranas. Ao mesmo tempo a sorte sorriu também aos Dragões, como aconteceu aos 75 minutos, em que um remate de Davidson passou a escassos centímetros do poste esquerdo da baliza de Gudiño, como guardião portista batido.

Ainda assim, foram os portistas a arrecadar os três pontos e a pôr fim a uma série de três jogos sem vencer. Os comandados de Luís Castro somam agora 13 pontos e na próxima jornada, na 9.ª, os portistas jogam no terreno do portimonense.


FICHA DE JOGO

FC PORTO B-Sportig da Covilhã, 1-0
Ledman LigaPro, 8.ª jornada
21 de setembro de 2016
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Hélder Malheiro
Assistentes: Rui Cidade e Pedro Mota
Quarto árbitro: Tiago Leandro

FC PORTO B: Raul Godiño; Fernando, Chidozie, Jorge, Inácio; Tomás Podtawski (cap.), Omar, Graça; Raul Soares, Areias, Rúben Macedo. 
Substituições: Fede Varela por Tomás Podstawski (24m), Raúl por Galeno (30m), Rui Moreira por Inacio (69m).
Não utilizados: Diogo Costa, Ismael, Rui Pedro, Sérgio Ribeiro.
Treinador: Luís Castro

Sporting da Covilhã: Hugo Marques; Mike, Zé Pedro, Joel, Soares; Djikiné, Diarra, Gilberto (cap.), Ponde, Davidson e Harramiz
Substituições: Luís Pinti por Diarra (62m), Ofori por Soares (62m), Prince por Gilberto (70m) 
Não utilizados: Igor, Pintassilgo, Bokila, Zarabi.
Treinador: Filipe Gouveia

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Graça (8m)

Disciplina: cartão amarelo a Soares (20m) e Diarra (45m), Fernando (66m), Chidozie (79m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/FC-Porto-B-Sporting-da-Covilha-8a-jornada-Ledman-LigaPro-21-09-16.aspx

F.C. do Porto Basquetebol: Cáceres 76 vs F.C. do Porto 86 - O FC Porto perdeu esta terça-feira diante do Cáceres, no Pavilhão Multiusos de Cáceres, em Espanha, mas a derrota não impediu os campeões nacionais de erguer a Taça Ibéria, disputada a duas mãos.



«DRAGÕES PERDEM MAS ERGUEM TAÇA IBÉRICA

Derrota frente ao Cáceres (86-76), em Espanha, não impediu o FC Porto de conquistar o troféu.

O FC Porto perdeu esta terça-feira diante do Cáceres (86-76), no Pavilhão Multiusos de Cáceres, em Espanha, mas a derrota não impediu os campeões nacionais de erguer a Taça Ibéria, disputada a duas mãos. No primeiro encontro entre as duas equipas, que ao mesmo tempo serviu de apresentação aos sócios portistas, os azuis e brancos triunfaram por 92-74, no Dragão Caixa, “cavando” uma diferença que acabou por se revelar decisiva para o desfecho do duplo embate.

Neste reencontro em terras espanholas, os Dragões continuaram a fazer prevalecer o seu domínio durante os dois primeiros períodos e chegaram ao intervalo com quatro pontos de vantagem sobre o Cáceres (47-43), que reapareceu transfigurado após o descanso. Ainda assim, no terceiro período, o FC Porto manteve-se por cima no jogo e no marcador, entrando para os últimos dez minutos em vantagem (66-63). No derradeiro período, os Dragões claudicaram e permitiram ao Cáceres ganhar fôlego suficiente para vencer o jogo (86-76), mas não a Taça Ibérica.

No coletivo portista, que acabou por não resistir aos 50 por cento dos espanhóis da linha de triplo (13/26), destaque para as prestações de Nick Washburn (18 pontos e 7 ressaltos), do regressado José Silva (16 pontos), de Sasa Borovnjak (14 pontos) e Brad Tinsley (11 pontos), os quatro Dragões mais inspirados ofensivamente.

FICHA DE JOGO

CÁCERES-FC PORTO, 86-76
Taça Ibérica, 2.ª mão
20 de setembro de 2016
Pavilhão Multiusos de Cáceres, em Espanha

Árbitros: Esperanza Mendoza e Alberto García

CÁCERES: Sergio Pérez (17), Guillermo Corrales (8), Luis Parejo (7), Zyggimantas Riauka (16) e JC Fuller (12)
Jogaram ainda: Edu Chacón, Miguel Ángel Rueda, Alberto Cano (4), Nikola Rakocevic (17), Ragnar Nathanaelsson, Carlos Toledo (2) e José Marco (3)
Treinador: António Bohigas

FC PORTO: Brad Tinsley (11), Pedro Bastos (6), José Silva (16), Nick Washburn (18) e Sasa Borovnjak (14)
Jogaram ainda: Pedro Oliveira, André Bessa (3), João Grosso, Miguel Miranda (3), João Gallina (5), Ferrán Ventura e Miguel Queiroz
Treinador: Moncho López

Ao intervalo: 43-47
Parciais: 26-24, 17-23, 20-19, 23-10.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Caceres-FC-Porto-2a-mao-Taca-Iberica-20-09-16.aspx

20/09/16

História e Arqueologia - Arqueólogos descobriram um esqueleto humano com 2.000 anos nos destroços do mesmo navio naufragado no Mediterrâneo onde já haviam encontrado um mecanismo de relógio a a sobreviver à Antiguidade.



«ENCONTRADO ESQUELETO COM 2.000 ANOS EM NAVIO NAUFRAGADO NO MEDITERRÂNEO

Arqueólogos descobriram um esqueleto humano com 2.000 anos nos destroços do mesmo navio naufragado no Mediterrâneo onde já haviam encontrado um mecanismo de relógio a a sobreviver à Antiguidade.

Se se conseguir recuperar ADN dos restos humanos encontrados a 31 de agosto ao largo da costa da ilha grega de Anticítera, este poderá revelar pistas sobre a identidade do esqueleto, referiu a publicação científica.

A ossatura surpreendentemente bem conservada – que inclui parte de um crânio, dois ossos do braço, várias costelas e dois fémures – poderá também desvendar segredos sobre o famoso navio mercante do século I a.C. que provavelmente naufragou durante uma tempestade.

O Governo grego não deu ainda autorização para a realização de testes de ADN.

O esqueleto é um achado raro, porque os cadáveres de vítimas de naufrágios são normalmente levados pelas correntes ou comidos por peixes, e raramente sobrevivem décadas, muito menos séculos.

“Não temos conhecimento de nada do género”, disse Brendan Foley, um arqueólogo marinho da Woodshole Oceanographic Institution, do estado norte-americano de Massachusetts, e codiretor da exploração.

À primeira vista, o esqueleto parece pertencer a um rapaz, segundo Hannes Schroeder, um especialista em análises de ADN antigo do Museu de História Natural da Dinamarca.

“Não parecem ossos com 2.000 anos de idade”, disse à Nature.

Schroeder ficou especialmente satisfeito com a recuperação do osso petroso – localizado atrás da orelha – que tende a preservar melhor o ADN que outras partes do esqueleto e que os dentes.

“Se houver algum ADN, então, pelo que sabemos, estará aqui”, indicou.

Se se conseguir recuperá-lo, o ADN poderá revelar a cor do cabelo e dos olhos, bem como a raça e a origem geográfica, acrescentou.

Os destroços do navio, submersos a quase 50 metros de profundidade, foram primeiro descobertos por pescadores de esponjas naturais em 1900, e acredita-se que foram os primeiros alguma vez investigados por arqueólogos.

A maior descoberta foi a chamado Máquina de Anticítera, um mecanismo do século II a.C. que por vezes é designado como o computador mais antigo do mundo.

O dispositivo altamente complexo é composto por cerca de 40 peças de bronze e era usado pelos gregos antigos para acompanhar os ciclos do sistema solar.

Foram precisos mais 1.500 anos para que um relógio astrológico de semelhante sofisticação fosse fabricado na Europa.

O ADN mais antigo alguma vez recuperado de restos mortais humanos modernos tinha cerca de 45.000 anos.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/encontrado-esqueleto-com-2-000-anos-em-navio-naufragado-no-mediterraneo

Campeonato de Portugal Prio: Trofense 0 vs Amarante F.C. 0 - Foi com um empate a zero que terminou a partida entre o Clube Desportivo Trofense e o Amarante, a contar para a 4.ª jornada do Campeonato de Portugal Prio.




«Empate entre Trofense e Amarante

Foi com um empate a zero que terminou a partida entre o Clube Desportivo Trofense e o Amarante, a contar para a 4.ª jornada do Campeonato de Portugal Prio.

O Trofense mantém o 8.º lugar, com três pontos.

No próximo fim de semana há Taça de Portugal, com o Trofense a receber, pelas 15 horas de domingo, 25 de setembro, o Beira-Mar.

O Campeonato de Portugal regressa a 2 de outubro, com a formação da Trofa a deslocar-se ao reduto do Camacha.» in http://www.onoticiasdatrofa.pt/index.php/desporto/14778-empate-entre-trofense-e-amarante


19/09/16

Amarante Mancelos - O Cruzeiro do Adro da Igreja Românica de Mancelos em 1951, já na atual localização, por detrás as Alminhas...


(Cruzeiro da Igreja Românica de Mancelos, janeiro de 1951)


«Igreja de Mancelos e Adro

Mosteiro já mencionado em 1120, talvez na esfera dos Portocarreiros e depois dos Fonsecas, Mancelos constitui um exemplo da intervenção senhorial na criação e manutenção de igrejas particulares. 

Tendo sido integrada na ordem dos cónegos regrantes de Santo Agostinho, é provável que a data, 1166, inscrita num silhar da Igreja, testemunhe a sagração ou a dedicação do templo. Todavia, os vestígios arquitetónicos subsistentes remetem-nos para o século XIII, sendo esta cronologia mais evidente no portal principal. Este é abrigado pela galilé, o que explica o seu bom estado de conservação. Os capitéis foram elegantemente esculpidos e o tímpano liso é sustentado por duas figuras ao modo de atlantes.

A igreja apresenta uma planta longitudinal composta por nave e capela-mor retangular. No exterior possui uma torre quadrangular, adossada à frontaria pelo lado Sul e composta por três andares. A galilé e a torre, entre outros elementos, como as ameias, conferem monumentalidade à Igreja, profundamente modificada nos séculos posteriores à sua edificação. Tal é evidenciado pelas cicatrizes do paramento e pelos acrescentos estruturais. No interior, apenas o arco triunfal recorda a construção românica. 

No exterior da igreja, abrindo para o que poderá ter sido o claustro monacal, existe um arcossólio que enquadra um túmulo, em cuja face se esculpiu, entre outros símbolos, um homem armado com lança perante o que parece ser uma cabra e um lobo. No cemitério encontra-se sepultado o pintor Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), figura maior do Modernismo português.

A igreja de São Martinho de Mancelos integra a Rota do Românico.



«Igreja de Mancelos / Igreja de São Martinho e Adro

Edifício do Séc. 13. Planta com desenvolvimento longitudinal, composta por nave, precedida por galilé, capela-mor e torre sineira quadrangular adossada a S. sensivelmente avançada. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas na igreja e plana na torre. Empenas da igreja e galilé com merlões.

Edifício do Séc. 13.

Planta com desenvolvimento longitudinal, composta por nave, precedida por galilé, capela-mor e torre sineira quadrangular adossada a S. sensivelmente avançada. 

Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas na igreja e plana na torre. 

Empenas da igreja e galilé com merlões. A fachada principal, orientada a poente, é flanqueada pela torre aberta por vão de arco pleno com trave recta, fresta e janela retangular. 

Sobre a cornija, dupla sineira coroada por pináculos e elementos curvos ao centro. Na galilé abre-se vão de arco sensivelmente quebrado e na empena nicho. O portal da igreja, de quatro arquivoltas de arco quebrado tem ornamentação fitomórfica. O tímpano, liso, é sustentado por duas figuras, uma feminina e outra masculina. 

Na parede lateral da face meridional admira-se uma arqueta decorada com uma figura humana e dois cavalos esculpidos. No interior da nave existem duas portas laterais, a do N., dando acesso a uma construção aposta à igreja, de construção rudimentar, outra do lado S., que comunica com o pátio do primitivo claustro. Possui no lado da Epístola e lateralmente, postos de ângulo, retábulos de talha branca e dourada. 

Arco triunfal quebrado sobre colunas. Tecto de madeira com perfil curvo. A Capela-mor tem também retábulo de talha branca e dourada. Pela capela-mor ou pelo pátio tem-se acesso à sacristia, que se desenvolve em dois pisos. O adro fronteiro à igreja é delimitado lateralmente por muros de vedação a N. (cemitério) e a S. (propriedade privada); a O., tem duas fontes e, rematado o eixo da igreja, um cruzeiro delimitando-o no topo.

1109 - Fundação de uma primeira construção; séc. 13, meados - construção da igreja; séc. 19 - feitura dos retábulos.» in http://www.baixotamega.pt/frontoffice/pages/302?geo_article_id=342

Portugal - A Casa dos Fósseis, hoje inaugurada em Santa Maria, quer potenciar a divulgação do acervo paleontológico e geológico da ilha mais antiga dos Açores, onde existe a maior jazida de fósseis a céu aberto do Atlântico Norte.



«Ilhas mais antiga dos Açores tem agora uma Casa dos Fósseis

A Casa dos Fósseis, hoje inaugurada em Santa Maria, quer potenciar a divulgação do acervo paleontológico e geológico da ilha mais antiga dos Açores, onde existe a maior jazida de fósseis a céu aberto do Atlântico Norte.

“A construção da Casa dos Fósseis, integrada no Parque Natural de Santa Maria, assenta nos objetivos expressos pelo Governo dos Açores de proporcionar uma maior divulgação do rico espólio de elementos paleontológicos e geológicos existentes nesta ilha”, afirmou o secretário regional da Agricultura e Ambiente, Neto Viveiros, em Vila do Porto.

Na cerimónia, Neto Viveiros justificou a importância da obra com “a história geológica e paleontológica de Santa Maria” que “apresenta particularidades que demandam uma divulgação científica acessível a todos os açorianos e turistas, nacionais e estrangeiros” que visitam o arquipélago.

“Santa Maria é a ilha mais oriental e antiga dos Açores, possui fósseis marinhos, únicos no contexto” regional, salientou o governante, considerando que as suas jazidas “constituem um verdadeiro laboratório ao ar livre de relevância internacional”.

Para o secretário regional, a Casa dos Fósseis, investimento de 600 mil euros, “enaltece ainda os trabalhos científicos resultantes das expedições paleontológicas realizadas pelo MBP (Marine PalaeoBiogeography Working Group), liderado pelo professor Sérgio Ávila, da Universidade dos Açores”, que idealizou o espaço e o enriqueceu com conteúdos científicos e pedagógicos.

Sobre o espaço, Neto Viveiros referiu que “proporciona uma viagem em 3D pela formação geológica da ilha, do passado ao presente, focando a importância da riqueza paleontológica da ilha no contexto internacional”.

“Além disso, os visitantes ficarão a conhecer alguns investigadores de prestígio mundial com destaque nas áreas da geologia, paleontologia, biogeografia e estratigrafia”, assinalou, realçando ainda que “a audição e o tato são outros dos sentidos despertos na visita à Casa dos Fósseis”.

Neto Viveiros explicou que “os visitantes poderão sentir os fósseis de Santa Maria e ouvir o som das jazidas fossilíferas, onde o mar se encontra com as rochas”, adiantando que a Casa dos Fósseis surgiu no contexto do projeto de criação da Rota dos Fósseis.

“Apesar de origem vulcânica – como todas as ilhas dos Açores –, Santa Maria distingue-se das restantes por ser a mais antiga do arquipélago, com cerca de oito milhões de anos, por ser aquela em que há mais tempo não se registam erupções vulcânicas (há já cerca de dois milhões de anos), e por ser a única ilha com abundantes fósseis marinhos em várias jazidas fossilíferas”, apontou.

Quanto à rota, Neto Viveiros destacou que quer “apresentar, com critérios científicos e adaptado ao turismo de preservação, cinco trilhos de grande importância paleontológica e evolutiva da ilha”, estando em curso o processo de classificação de Santa Maria como paleoparque.

“Numa perspetiva de continuidade e complementaridade do projeto Rota dos Fósseis, o paleoparque de Santa Maria pode colocar novos conteúdos à disposição das empresas que exploram o turismo de natureza”, acrescentou o secretário regional da Agricultura e Ambiente.» in http://viagens.sapo.pt/planear/noticias/artigos/ilhas-mais-antiga-dos-acores-tem-agora-uma-casa-dos-fosseis


(Os Fósseis de Santa Maria)
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