Uma rua que tinha uma antiga ponte que permitia atravessar a Ribeira de Real e, onde por baixo da Ponte havia um lavadouro antigo e os seixos característicos que faziam o empedrado da Rua. As casas à frente do Solar de Magalhães já não existem, nem as primeiras casas à direita, no início da Rua do Seixedo. Quem cá estiver, ainda vai assistir a escavações para redescobrir a velha Ponte de Santa Luzia, fica aqui registada esta profecia, para memória futura. Santa Luzia, mais um dislate urbanístico do Município Amarantino... esta Rua do Seixedo era a principal da margem direita do rio, em direção ao centro, da Ancestral Vila de Amarante.
Amarante vive em torno do religioso. Tudo é de S. Gonçalo. A ponte, o largo, a Igreja e até os doces típicos. O passar do tempo é marcado pelo sino que nos acompanha cada 15 minutos. Os Amarantinos dizem já não o ouvir mas é uma forte presença para o visitante.
A cidade sabe desfrutar do rio que a atravessa. A quietude do mesmo inspira a caminhar nas suas margens, a passeios de barco, à pesca, e até a atravessá-lo numa outra ponte, apenas pedonal.
Vale a pena conhecer o mercado (4ªs e Sábados) e descobrir a confusão de ofertas, desde galos vivos a vestidos de cerimónia.
E para terminar, usufruir de Amarante, implica conhecer as suas ruas e comércio tradicional, onde uma florista vende, além de flores, fruta e produtos de mercearia e quem sabe piriquitos!
Inevitável a paragem nas esplanadas sobranceiras ao rio Tâmega, para almoçar, jantar, provar os deliciosos doces com história conventual, ou apenas estar!
Amarante convida. Convida ao descanso, à calma, à contemplação, a voltar.
E eu sei que vou voltar em breve!
Cláudia Duarte» in