18/04/08

Planeta Terra - A exuberância habitual!


Terra, o Planeta que teimamos em destruir, mas que continua belíssimo!

Educação em Portugal - A palavra a Nuno Crato!

«Nuno Crato: "Não se pode avaliar professores sem exames externos aos alunos"
Sara R. Oliveira 2008-04-15

Conquistou o segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. O professor e divulgador de ciência compreende a revolta da classe docente quando é olhada como culpada de todos os males.
Ficou em segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. Foi a primeira vez que um prémio desta natureza foi atribuído a um português. Nuno Crato, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, continua a acreditar que vale a pena trabalhar em prol da divulgação científica. Quanto à política educativa, faz alguns reparos e considera que a tutela tem revelado falta de tacto para resolver conflitos.
Na sua opinião, o sistema de avaliação que é proposto pela tutela pressiona a inflação das notas. O que poderá facilitar a transição de ano de alunos que deviam ficar retidos. Nuno Crato, professor de Matemática e Estatística do Instituto Superior de Economia e Gestão, defende um processo de avaliação externa que registe resultados e regule a actividade educativa. O docente afirma que é uma "situação absurda" os estudantes não serem avaliados externamente durante o percurso escolar obrigatório. E, em seu entender, se as notas subirem no próximo exame nacional de Matemática do 12.º ano, que aumentou de duração, é complicado perceber a razão. "Tanto pode ser devido ao maior conhecimento dos alunos como à maior facilidade do exame", refere.

EDUCARE.PT: Segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. Divulgar ciência em Portugal: um trabalho que compensa, uma tarefa ingrata?
Nuno Crato: Acho que é um trabalho bastante compensador. Vejo interesse das pessoas, vejo gosto dos jovens e é o género de actividade em que há um quase consenso sobre a sua utilidade. Hoje em dia, após ultrapassados em larga medida alguns obstáculos de incompreensão dentro do mundo académico e dentro da comunicação social, reconhece-se uma utilidade social na divulgação científica.

E: A sociedade portuguesa está mais receptiva à divulgação de uma área olhada como pouco perceptível?
NC: Acho que sim, que se evoluiu bastante nos últimos dez anos.

E: A política educativa tem vindo a gerar uma onda de descontentamento. Quais os pontos que, na sua opinião, a tutela devia rever e alterar?
NC: São tantos! A actual equipa ministerial pegou em alguns pontos importantes, mas tem ignorado outros. E, mesmo tendo razão em muitas decisões administrativas que tem tomado, tem tido uma notória falta de capacidade para gerar consensos. É mais do que falta de tacto, parece vontade de criar conflitos.

Uma das questões essenciais em que discordo da política ministerial tem sido nas orientações educativas e pedagógicas. Em vez de rever um passado de facilitismo, o Ministério tem promovido a revisão de programas continuando a velha política de simplificação de conteúdos. Outro dos aspectos de que discordo é a falta de avaliação. Alguns exames acabaram (nos cursos tecnológicos) e mantém-se esta situação absurda de os alunos não serem avaliados externamente durante todo o percurso escolar obrigatório. Só no 9.º ano têm dois exames, apenas dois, a Matemática e Português, e valendo apenas 30% da nota final.
Os poucos exames que temos são de uma facilidade extrema e os critérios têm variado de ano para ano, de forma que os resultados não são comparáveis. Os progressos que se anunciam não são progressos, ou não se sabe se são, pois não há critérios para os medir.

E: A avaliação dos professores proposta pelo Ministério da Educação está bem planeada? Quais os aspectos que destaca?
NC: Acho que há um erro base: não se pode avaliar os professores sem avaliar o resultado do seu trabalho, ou seja, sem fazer exames externos aos alunos. O sistema de avaliação proposto constitui uma pressão para que os professores inflacionem as notas e passem alunos que deveriam ser retidos. Sem um processo de avaliação externa que registe os resultados e regule a actividade educativa, tudo isto pode ser muito grave.

E: Há algum tempo disse que a formação, selecção e promoção de professores não privilegiam o conhecimento das matérias, a capacidade pedagógica e o mérito. Continua tudo na mesma?
NC: No que se refere à formação de professores, a situação varia muito consoante as escolas. No que se refere à selecção, esperemos que venha a mudar com o exame de entrada na profissão, que a Sociedade Portuguesa de Matemática tem vindo a defender há quase uma década. No que se refere à avaliação, há uma tentativa de mudar, reconheça-se. Mas sem exames externos aos alunos a avaliação dos professores é muito difícil, como disse.

E: O novo Estatuto do Aluno está desenhado para combater o insucesso e abandono escolares?
NC: Não. Acho o novo Estatuto um passo em frente demasiado tímido, em alguns casos até um passo atrás. Tudo está a ser posto em causa agora depois dos acontecimentos na Secundária Carolina Michaëlis.

E: O novo regime de faltas dos alunos contribuirá para a diminuição dos casos de indisciplina?
NC: Acho que não, de forma alguma.

E: Como presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, como vê o aumento da duração do exame nacional de Matemática do 12.º ano de escolaridade?
NC: Mais uma vez é uma mudança de critério. Os exames que o Ministério faz não são comparáveis. Se este ano as notas subirem alguém sabe a que isso é devido? Ninguém sabe. Tanto pode ser devido ao maior conhecimento dos alunos como à maior facilidade do exame.

E: A Matemática continua a ser a disciplina "menos amada" do plano curricular?
NC: Não sei. É uma daquelas em que os resultados são preocupantes. Mas os resultados são maus em todas as disciplinas centrais.

E: O último PISA - Programme for International Student Assessment - colocava o desempenho dos alunos portugueses de 15 anos a Matemática, Ciências e Leitura no 37.º lugar entre os 57 países analisados. Há motivos para preocupações?
NC: Há. Já o tínhamos dito antes deste estudo e mantemos. Aliás, se virmos o PISA, verificamos que a situação se mantém.

E: Há razões que expliquem o facto de a Matemática continuar a apresentar notas baixas?
NC: Há: o ensino está mal. Estamos a sofrer o resultado de programas maus, de ausência de avaliação externa, de pouca exigência, de fraca formação inicial, de tudo...

E: O ensino de Ciências requer uma revisão da metodologia por parte dos docentes, de forma a motivar os alunos e subir as notas?
NC: Talvez, mas requer sobretudo uma mudança de orientações pedagógicas por parte do Ministério. Eu não poria a tónica na motivação nem no aumento de notas. Era assunto para outra entrevista...

E: Que análise faz do protesto dos professores de 8 de Março? Foi à manifestação?
NC: Não fui à manifestação, mas percebo que os professores se sintam revoltados e rejeitem serem vistos como culpados de todos os problemas.» in http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=4AE69AB07CFB50CCE04400144F16FAAE&opsel=1&channelid=0
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Nuno Crato, uma pessoa que sabe do que fala, com grandes reconhecimentos académicos toca nos pontos essenciais da fragilidade das politicas ministeriais. A falta de tacto da Ministra para dialogar com os professores e a tendência nefasta para os diabolizar. Ora, ninguém faz reformas bem sustentadas contra os agentes em questão. Só se pode reformar com as pessoas interessadas e não contra elas. Começou muito mal o processo a Senhora Ministra, com uma campanha miserável contra a classe docente, vinda agora mitigar os danos que são indeléveis, com esmolas em forma de balões de oxigénio, para a Senhora Ministra. Temos também a questão da formação, sector em que a Tutela tem muitas responsabilidades, oferecendo uma formação totalmente obsoleta. Um professor para se manter actualizado tem que pagar a sua formação, logo na equiparação com as empresas privadas, ficamos claramente a perder. As empresas/instituições de vanguarda sabem que a formação é um factor primordial, colocando muitas vezes os seus funcionários semanas e meses em formação, em horário laboral e a expensas das entidades patronais. Outro aspecto em que Nuno Crato tem razão tem a ver com o aligeirar dos critérios de avaliação interna e externa de forma a mostrar bons resultados a toda a força; só que estes bons resultados não são resultado da melhoria do processo de ensino/aprendizagem. Trabalhamos para as estatísticas, esquecendo uma das funções mais importantes da avaliação: o aspecto formativo, o processo! E depois temos o número excessivo de alunos por turma; o aumento significativo de alunos com necessidades educativas especiais e a diminuição de pessoal especializado afecto aos mesmos, designadamente, psicólogos, terapeutas da fala, apoio a invisuais, etc. Mas é assim este país, os políticos vivem numa redoma, num país imaginário; repudiam e menosprezam o país real!

17/04/08

Música Brasileira - O que será? - O Mundo anda muito estranho! - O que será?




Chico Buarque - "O que será?"




Milton Nascimento & Chico Buarque - "O que será?"

Milton Nascimento & Chico Buarque - "O que será?" - (Castellano)

Simone - "O que será?" - (ao vivo)

Simone - "O que será?" - (1976)

Chico Buarque, Toquinho & Fiorella Mannoia - "O que será?"

Fiorella Mannoia - "O que será?"

Dallo Studio 3 - "O Que Será?" - (À Flor da Pele)

Willie Colon - "Oh Que será?"

Maria de Medeiros - "O que será?" - (Chico Buarque en Castellano)

Niguim - "O Que Será?" - (Chico Buarque)

Viviane Miranda - "O que será?"

"O que será (À flor da pele)
Chico Buarque/1976
(Para o filme Dona Flor e seus dois maridos de Bruno Barreto)


O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita


O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite


O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo"
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Não sei o que será, nem o que se passa, mas que este mundo anda esquisito, estranho, lá isso anda; e parece que é contagiante!

Notícias frescas de dois frescos, de Curral de Moinas


Estes apresentadores do Telejornal de Curral de Moinas são danados!

José Socrates - "O Anunciador!"

«"1% é melhor que nada (muito ligeiramente, mas é)" - Ricardo Araújo Pereira

"As minhas ideias para explorar o povo português são ainda mais pérfidas do que as de José Sócrates, o que é ao mesmo tempo difícil e assustador"
Se uma pessoa não anda com atenção, deixa-se enganar com facilidade. Segundo a comunicação social, o Governo anunciou uma descida de 1% no IVA. Não é verdade. O que o Governo fez foi anunciar um aumento de 1% no IVA. Vamos lá pensar bem nisto: há uns meses, aumentaram o IVA em 2%. Agora, tiraram 1%. O resultado é que, desde que este governo foi eleito, o IVA aumentou 1%. É uma excelente ideia, mas podia ser melhor. Realmente bem pensado seria José Sócrates anunciar, no primeiro mês de governação, um aumento do IVA de 250%. Depois, todos os meses anunciava uma substancial descida de 5%. No fim do mandato ainda teria saldo positivo e, quando a comunicação social fizesse um balanço da legislatura, contabilizaria apenas uma medida impopular contra 48 medidas populares. Daqui se conclui que as minhas ideias para explorar o povo português são ainda mais pérfidas do que as de José Sócrates, o que é ao mesmo tempo difícil e assustador.
Não estou a dizer que a ideia do Governo é má, antes pelo contrário. O facto de ser mais sonsa que a minha só lhe fica bem. O conceito é, aliás, tão bom que não ficaria surpreendido se Sócrates o aplicasse a várias outras áreas. Escolher duas ou três medidas impopulares que foram tomadas até meio do mandato e suavizá-las na metade que sobra até às eleições. Por exemplo, abrir meio centro de saúde em cada concelho. Ou avaliar só metade dos professores, e com teste de consulta. Ou ir tirar meia licenciatura. Bom, isso, ao que dizem, já ele fez, e deu sarilho. Esqueçam a última. Mas as outras têm potencial.
Quanto ao impacto que a medida vai ter na economia, permitam-me que manifeste algum receio. Todos sabemos que o povo fazer poupanças de IVA a menos no bolso, assim de um dia para o outro, pode começar a desbaratar. Eu, que não sou excepção, já estou de olho num iate, que vou adquirir só com o que passo a poupar na mercearia.
O ideal seria que a medida fosse acompanhada de, adivinharam, uma acção de sensibilização. Por princípio, apoio todas as acções de sensibilização. Julgo que uma pessoa sensibilizada é uma pessoa melhor. E, se os cidadãos forem sensibilizados no sentido de amealhar todos os cêntimos que pouparão no IVA que deixam de pagar, quando chegarem à idade da reforma aqueles 10 ou 15 euros vão-lhes saber bem. Hoje parece pouco, mas no futuro, com a inflação, parecerá menos ainda.
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De facto este Primeiro Ministro se fosse um Rei, merecia o nome de "O Anunciador". Quando foi para aumentar o IVA em dois pontos percentuais, teve efeitos imediatos; a baixa de um ponto percentual anuncia-se em Março, com efeitos em Julho...
Mas, ao ver este artigo do Ricardo Araújo que a brincar com a descida do IVA deu uns conselhos malévolos ao Primeiro Ministro, fico preocupado! Ele é bem capaz de colocar as sugestões em prática! Nós ainda não vimos tudo, esta gente é muito perigosa, são capazes de tudo!

16/04/08

Escola Secundária de Amarante - Ricardo Rafael o Homem do Vídeo - RRHV!



Apresentação dos Cursos ESA, para a Feira das Profissões!

O Ricardo Rafael com a sua competência e voluntarismo habituais, fez a montagem do vídeo de apresentação da ESA, corolário da ideia original do Professor António França, do excelente trabalho do Professor Manuel Cardoso, do professor Rui Rodrigues e a mim, coube-me a parte mais fácil, acompanhar o trabalho de montagem final do Ricardo! E assim se criou o spot da Escola Secundária/3 de Amarante, para a edição deste ano. Já no ano anterior foi o meu aluno Rafael Peixoto, hoje a estudar no ISEP e a quem envio um abraço, que fez o filme da ESA! Parabéns Ricardo Rafael (RRHV), grande aluno, grande ser humano! São os alunos que fazem toda a diferença na Escola, mais uma vez se provou...


The Doors - A Banda Mítica de Jim Morrison!






The Doors - "Roadhouse Blues"

The Doors - "Light My Fire"

José Feliciano, Santana e Ricky Martin - "Light My Fire"

The Doors - "Waiting For The Sun"

The Doors - Riders on the Storm

The Doors - "Break On Through"

The Doors - "Alabama Song"

The Doors - "Gloria"

The Doors - "Love Me Two Times"

The Doors - "New Haven Arena"

The Doors - "Spanish Caravan"

The Doors - "Touch Me"

The Doors - "Hello, I Love You"

The Doors - "Unknown Soldier"

The Doors - "Dancing"

Jim Morrison

«The Doors foi uma banda de rock estado-unidense dos fins da década de 60 e princípio da década de 70. O grupo era composto por Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclados), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). A banda ainda recebeu influências de diferentes estilos musicais, como o blues, jazz, flamenco e a bossa nova.[4]
Canções como "Break on Through (To the Other Side)", "Light My Fire", "People Are Strange" ou "Riders on the Storm", aliadas à personalidade e escândalos protagonizados por Jim Morrison, contribuíram de sobremaneira para o aumento da fama do grupo.
Após a dissolução da banda no início da década 70, e especialmente desde a morte de Morrison em 1971, o interesse nas músicas dos Doors tem-se mantido elevado, ultrapassando mesmo por vezes o que o grupo teve enquanto esteve activo. Em todo o mundo, os seus discos já venderam mais de 75 milhões de cópias, e continuam a vender cerca de 1 milhão anualmente.[5]

História

Origens (1965 - 1966)

As origens dos The Doors surgem de um encontro ao acaso entre dois estudantes da escola cinematográfica UCLA, Jim Morrison e Ray Manzarek, em Venice Beach, Califórnia em Julho de 1965.[6] Morrison disse então a Manzarek que andava a escrever canções e, a pedido de Manzarek, cantou "Moonlight Drive". Impressionado pelas letras de Morrison, Manzarek sugeriu que formassem uma banda.[7]
O teclista Ray Manzarek estava numa banda chamada Rick And The Ravens com o seu irmão Rick Manzarek,[8] enquanto Robby Krieger e John Densmore tocavam com os The Psychedelic Rangers[8] e conheciam Manzarek das aulas de yoga e meditação. Em agosto, Densmore juntou-se ao grupo e juntamente com os membros dos Ravens e o baixista Patty Sullivan, gravaram uma demo de seis canções em setembro de 1965. A demo foi bastante pirateada e acabou por surgir completa mais tarde, em 1997, na coletânea dos Doors.
Nesse mesmo mês o grupo recrutou o guitarrista Robby Krieger e o alinhamento final estava formado — Morrison, Manzarek, Krieger e Densmore. A banda retirou o seu nome do título de um livro de Aldous Huxley, "The Doors of Perception", que por seu turno havia sido 'emprestado' do verso de um poema do artista e poeta do século XIX, William Blake: "If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is: infinite" (em pt: Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria como realmente é: infinito). [9]
Os Doors não tinham uma formação comum à maioria dos grupos rock porque não possuíam qualquer baixo quando actuavam ao vivo. Deste modo, Manzarek tocava as secções de baixo com a sua mão esquerda no recentemente inventado Fender Rhodes bass keyboard, uma variação do conhecido piano eléctrico Fender Rhodes, enquanto tocava as partes de teclado com a sua mão direita. Já nos álbuns de estúdio, os Doors usaram diversos baixistas, tais como Jerry Scheff, Doug Lubahn, Harvey Brooks, Kerry Magness, Lonnie Mack, Larry Knechtel, Leroy Vinegar e Ray Neapolitan.
Muitas das canções originais dos Doors eram compostas pelo grupo, com Morrison ou Krieger a contribuirem com a letra e melodia inicial, e os restantes com as sugestões rítmicas e harmónicas ou até secções inteiras (por exemplo, a introdução de Manzarek em "Light My Fire").
Em 1966, o grupo tocava no clube The London Fog, tendo pouco tempo depois passado para o Whisky a Go Go.[10] A 10 de agosto, foram vistos pelo presidente da Elektra Records, Jac Holzman, que se encontrava presente a recomendação do vocalista dos Love, Arthur Lee, que estava ligado à Elektra. Após Holzman e o produtor Paul A. Rothchild verem duas performances da banda no Whisky a Go Go, os Doors assinaram contrato com a Elektra Records a 18 de agosto,[6] tendo marcado aí o início da longa e bem sucedida parceria com Rothchild e o engenheiro de som Bruce Botnick.
A hora foi fortuita, pois a 21 de agosto o clube despediu a banda após tocarem a canção "The End". Num incidente que serviu de presságio para a polémica que seguiria o grupo, um Morrison pedrado recitou a sua própria interpretação do drama grego "Oedipus Rex" no qual o protagonista Oedipus mata o seu pai e faz sexo com a sua mãe. A versão de Morrison consistia em "Father? Yes son? I want to kill you. Mother? I want to fuck you" (em pt: Pai? Sim filho? Eu quero matar-te. Mãe? Eu quero foder-te).[4]

The Doors (1966)

The Doors, o álbum de estreia da banda, foi gravado em agosto de 1966 e lançado na primeira semana de janeiro de 1967.[11] Incluía a maioria das principais canções das suas actuações, incluindo o drama musical de 11 minutos, "The End". A banda gravou o disco em poucos dias entre finais de agosto e início de setembro, com várias canções a serem capturadas num único take.
Morrison e Manzarek dirigiram um filme promocional para o primeiro single, "Break On Through",[12] o que constituiu um importante avanço para o desenvolvimento dos vídeos musicais.
O segundo single, "Light My Fire", tornou-se um grande sucesso no verão de 1967,[13] e colocou o grupo, juntamente com Jefferson Airplane e The Grateful Dead, como uma das principais bandas contracultura da América. Para a rádio AM, os solos de órgão e piano foram retirados da canção.
Em maio do mesmo ano, os Doors fizeram a sua estreia televisiva ao gravarem uma versão de "The End" para a CBC nos estúdios de Yorkville, em Toronto. Permaneceu inacessível desde a sua transmissão original até ao lançamento do DVD The Doors Soundstage Performances em 2002.
Os Doors ganharam reputação de artista com performances ao vivo polémicas. Com a sua presença em palco e as calças de ganga justas, Morrison tornou-se um sex symbol, embora depressa se tenha cansado desta condição de estrela. Uma das mais míticas polémicas ocorreu quando os censores da rede ed TV Columbia Broadcasting System (CBS) exigiram que Morrison mudasse a letra de "Light My Fire" através da alteração do verso, "Girl, we couldn't get much higher", antes da banda tocá-la ao vivo a 17 de setembro de 1967, no Ed Sullivan Show. O verso foi trocado para, "Girl, we couldn't get much better". Contudo, Morrison cantou o verso original, e pelo facto de ter sido transmitido em directo sem atraso, a CBS não pode fazer nada para o travar. Furioso, Ed Sullivan recusou-se a cumprimentar os membros da banda, e nunca mais voltaram a ser convidados para actuar no programa. De acordo com Manzarek, a banda foi informada que nunca mais tocaria no Ed Sullivan Show novamente. Sobre o assunto, Morrison disse, "E daí? Nós já tocamos no Ed Sullivan Show"[14]. Na época, uma aparição nesse programa era considerada um grande impulso para o sucesso. Manzarek afirma que a banda concordou com o produtor de antemão, mas não tinha qualquer intenção em mudar o verso. Nesta altura, também tocaram um novo single, "People Are Strange", para o "DJ Murray The K's TV show" a 22 de setembro.
Morrison cimentou o seu estatuto de rebelde a 10 de dezembro quando foi preso em New Haven, Connecticut, por insultar a polícia perante a audiência. Morrison afirmou que havia sido atacado com spray por um agente após ter sido apanhado nos bastidores com uma rapariga.
A 24 de dezembro, os Doors gravaram "Light My Fire" e "Moonlight Drive" ao vivo para o "Jonathan Winters". Entre 26 e 28 de dezembro, o grupo actuou no "Winterland Ballroom" em San Francisco. Num excerto retirado do livro de Stephen Davis sobre Jim Morrison, pode-se ler[15]:
Na noite seguinte em Winterland, uma TV foi colocada em palco durante a actuação dos Doors para que estes pudessem ver a sua própria performance no Jonathan Winters Show. Eles pararam de tocar a "Back Door Man" quando a sua canção começou a dar. O público assistiu aos Doors a verem-se na TV. Continuaram o concerto quando a sua parte no programa tinha acabado, tendo Ray desligado a TV. A noite seguinte seria a última de sempre em Winterland. — Jim Morrison: Life, Death, Legend de Stephen Davis em 2004
Após isto, actuaram em Denver a 30 e 31 de dezembro, e terminaram quase um ano de constante digressão.

Strange Days (1967)

Ver artigo principal: Strange Days
Em Outubro de 1967, foi lançado o segundo trabalho dos Doors, intitulado Strange Days[16] e considerado menos espontâneo que seu antecessor, ainda que tenha também ficado creditado pela sua atmosfera e letras. A faixa final, "When the Music's Over", era, tal como "The End", longa e dramática, e contribuiu para aumentar a reputação de Morrison como figura do rock. O álbum incluiu canções clássicas dos Doors como "People Are Strange" e "Love Me Two Times".
Como resultado do seu sucesso, os Doors deixaram o seu estatuto de heróis do underground. Permitiram que a revista Sixteen os usasse como ídolos de adolescentes e as suas "espontâneas" performances em palco já não eram assim tão espontâneas. Um artigo de Jerry Hopkins da edição de 10 de fevereiro de 1968 da Rolling Stone tipificou o fim do estado de graça:
Uma rotina, ou parte do negócio, não realizada em Shrine, foi a cuidadosamente executada queda "acidental" de Morrison palco para o público. Durante meses fez parte dos espectáculos e gerava muitos gritos por parte das adolescentes. No entanto, surgiu uma análise num jornal no qual a queda era considerada um dos actos mais falsos de sempre. Morrison, em resposta a uma pergunta sobre se ele tinha lido o artigo, disse 'Sim, e penso que está correcto.' Morrison não fez a queda nessa noite em Shrine. — Jerry Hopkins - 10 de fevereiro de 1968, num artigo da Rolling Stone

Waiting for the Sun e o incidente de Miami (1968)

Ver artigo principal: Waiting for the Sun
Um desenho de Jim Morrison.Em abril, a gravação do terceiro álbum ficou marcada pela tensão resultante da crescente dependência de Morrison pelo álcool. Em aproximação do seu pico de popularidade, os Doors realizaram uma série de espectáculos ao ar livre que levaram a várias situações descontroladas entre fãs e polícia, particularmente no "Chicago Coliseum" a 10 de maio.[17]
A banda começou a sair do seu som original no terceiro LP, Waiting for the Sun, principalmente pelo facto de terem esgotado o seu reportório original e começado a escrever novo material. Tornou-se o seu primeiro e único LP a chegar ao primeiro lugar da Billboard 200[18] e o single "Hello, I Love You" foi o seu segundo e último a atingir o primeiro lugar no Billboard Hot 100. Este novo álbum reforçou o afastamento dos Doors do panorama underground. Em 1969 na Rock Encyclopedia, Lilian Roxon escreveu que o álbum "fortaleceu as suspeitas de que os The Doors apenas estavam lá pelo dinheiro".[19] O LP incluiu "The Unknown Soldier", que foi banida das rádios pelas sua controversa letra. Nesta fase, o grupo realizou outro vídeo musical.[20] "Not to Touch the Earth" foi retirada da peça conceptual de 30 minutos "Celebration of the Lizard", embora não tenham conseguido gravar uma versão satisfatória da peça completa para o LP. Foi eventualmente lançada numa compilação de maiores êxitos, em CD.
Houve uma controvérsia nesta altura por causa do lançamento do single "Hello, I Love You", com a imprensa musical a apontar parecenças musicais da canção com o sucesso de 1965 dos The Kinks, "All Day and All of the Night". Os membros desse grupo concordaram com os críticos e, de forma sarcástica, o guitarrista Dave Davies costumava tocar partes de "Hello, I Love You" durantes os solos em performance ao vivo de "All Day and All of the Night".[21] Nos concertos, Morrison por vezes não cantava a canção, deixando para Manzarek essa tarefa.
Um mês após as tumultuosas cenas de "Singer Bowl" em Nova Iorque,[22] o grupo viajou para o Reino Unido para as suas primeiras actuações fora da América do Norte. Realizaram uma conferência de imprensa no Instituto de Artes Contemporâneas em Londres e actuaram no The Roundhouse Theatre. Os resultados da digressão foram gravados pela Granada TV com o título The Doors Are Open, que foi mais tarde lançado em vídeo. Também fizeram espectáculos noutros locais da Europa, incluindo um show em Amesterdão sem Morrison, após este ter perdido os sentidos devido a abuso de drogas. Morrison regressou a Londres a 20 de Setembro e permaneceu lá durante um mês.
O grupo realizou mais nove concertos nos Estados Unidos antes de começarem a trabalhar, em Novembro, no seu quarto LP. O ano de 1969 começou com um espectáculo completamente esgotado no Madison Square Garden em Nova Iorque a 24 de Janeiro[23] e com novo single bem sucedido, "Touch Me", lançado em Dezembro de 1968, que chegou ao terceiro lugar nos EUA.
Em Janeiro de 1969, Morrison participou numa produção de teatro que mudou o curso da banda. No auditório da Universidade do Sul da Califórnia, ele fez uma actuação que apelava à sua busca pela liberdade pessoal. Isto resultou numa "jam" em estúdio a 25 de Fevereiro, que se tornou na lendária sessão "Rock Is Dead", mais tarde lançada no box-set dos Doors de 1997. Serviu também de base para um episódio controverso e muito badalado.
O incidente de Miami ocorreu a 1 de Março de 1969, num concerto no "Dinner Key Auditorium" em Miami, Flórida. Morrison tinha estado a beber desde que tinha falhado o seu voo para o concerto.[24] Os 6.900 lugares do auditório estavam completamente lotados, havendo a estimativa de se encontrarem 13.000 pessoas.[24] Então Morrison vociferou para o microfone: "O que quer que tu queiras, vamos fazê-lo". Dito isto, alegadamente, expôs as suas partes íntimas. Na sua autobiografia, Manzarek afirma que tal nunca aconteceu.
Essa é a minha opinião. Havia uma hipnotização geral. Ele [Morrison] disse-lhes que o ia mostrar e, meu Deus, eles acreditaram. Ele estava a segurar a sua camisola à sua frente, puxando-a rapidamente para a frente e para trás, para a frente e para trás, como um toureiro, enquanto dizia, "Vocês viram? Vocês viram? Eu mostrei-vos! Ele saiu. Eu não o vou deixar de fora. Agora vejam, vou fazê-lo novamente." E ele voltaria a mexer para a frente e para trás a camisola. Estava calor e havia demasiada gente no local, e as pessoas estavam a ficar loucas, gritando, rodando e puxando este frágil palco temporário. Pensámos que ia desabar - enventualmente parte dele caiu. Foi a insanidade total.
— Ray Manzarek em Light My Fire: My Life with the Doors
O incidente indignou as autoridades locais e Morrison foi preso por obscenidade. Concertos por todo o país foram cancelados. "Nós tínhamos a nossa primeira grande digressão a vinte cidades programada, e estávamos todos apreensivos por isso," escreveu Manzarek. "Vinte cidades? Meu Deus, nós vamos fazer uma digressão de um mês? Até então, nós não tínhamos estado na estrada por mais de quatro ou cinco dias. Mas todas as cidades cancelaram, por todo o país."
A banda confrontou nesta altura Morrison por causa do seu alcoolismo. O incidente permanece inconclusivo.
Morrison gravou alguma da sua poesia nesse mês e em abril começou as filmagens para HWY, um filme experimental sobre um viajante à boleia, interpretado por ele próprio. Os Doors transformaram a sessão de poesia em música para o álbum de 1978 An American Prayer.
Embora Morrison recebesse grande parte da atenção, tendo uma maior imagem na capa do álbum de estreia do grupo, ele mantinha-se inflexível de que todos os membros da banda deviam ser igualmente reconhecidos. Antes de um concerto, quando o apresentador introduziu o grupo como "Jim Morrison and The Doors", Morrison recusou-se a entrar em palco enquanto o grupo não fosse anunciado novamente como "The Doors".[25]
Nos últimos dois anos da sua vida, Morrison reduziu o seu consumo de drogas e começou a beber bastante, o que afectou as suas performances em palco e no estúdio. Ganhou peso e deixou crescer barba, levando a Elektra a usar fotos mais antigas para a capa do LP Absolutely Live, lançado em 1970. O álbum inclui actuações gravadas durante a digressão norte-americana dos Doors em 1970 e em 1969, e inclui uma versão completa ao vivo da canção "The Celebration of the Lizard".
A única aparência em público foi numa gravação especial para a PBS feita em finais de Abril e transmitida no mês seguinte. O grupo tocou apenas canções do seu álbum seguinte, Soft Parade.
Os Doors continuaram os espectáculos no auditório de Chicago a 14 de Junho e actuaram a 21 e 22 de Julho no "Aquarius Theatre" em Hollywood, tendo sido mais tarde lançado em CD. Morrison, com barba, vestiu roupas mais largas e dirigiu o grupo em volta de um som mais blues, através de canções como "Build Me A Woman", "I Will Never Be Untrue" e "Who Do You Love".

The Soft Parade (1969)

Ver artigo principal: The Soft Parade
O seu quarto álbum, The Soft Parade, lançado em julho de 1969,[26] distanciou mais o grupo da sua base de fãs original, contendo arranjos mais "pop" e secções de trompetes. O primeiro single "Touch Me" também teve colaboração do saxofonista Curtis Amy.[27]
Enquanto que a banda tentava manter o seu ímpeto, as tentativas para expandir o seu som deram ao álbum um sentido experimental, originando críticas à sua integridade musical. Os problemas de bebida de Morrison tornavam-no imprevísivel, e as sessões de gravação estenderam-se por várias semanas. Os custos de gravação dispararam, o que levaram quase à desintegração dos Doors.
Durante a gravação do seu álbum seguinte, em Novembro de 1969, Morrison teve problemas com as autoridades após ter agido com agressividade contra o pessoal do avião, enquanto se dirigia para Phoenix, Arizona para assistir a um concerto dos The Rolling Stones. Foi libertado em Abril de 1970 após um guarda ter erradamente identificado Morrison como seu companheiro de viagem, o actor norte-americano Tom Baker.[28]
O grupo iniciou o ano em Nova Iorque com duas bem recebidas noites no "The Felt Forum".

Morrison Hotel (1970)

Ver artigo principal: Morrison Hotel
Os Doors regressaram ao sucesso em 1970 com o seu quinto LP, Morrison Hotel.[29] Com um som hard rock consistente, o primeiro single do álbum foi "Roadhouse Blues", tendo este atingido o 4º lugar nos EUA.
A banda continuou a actuar em arenas durante o verão. Morrison enfrontou julgamento em Miami em agosto, mas o grupo ainda conseguiu fazer a sua única participação num grande festival, o Isle of Wight Festival, a 29 de Agosto.[30] Actuaram juntamente com artistas como Jimi Hendrix, The Who, Joni Mitchell e Miles Davis. Duas canções desse concerto foram inseridas no documentário de 1995 Message To Love.
A 16 de Setembro, Morrison voltou ao tribunal, mas o juri considerou-o culpado por profanidade e exposição indecente a 20 de Setembro. Morrison foi condenado a oito meses de prisão mas foi-lhe permitido sair em liberdade, pendente de recurso e após pagar fiança.[31]
A 8 de Dezembro de 1970, no seu 27º aniversário, Morrison gravou outra sessão de poesia.

L.A. Woman e os últimos dias (1971 - 1972)

Ver artigo principal: L.A. Woman
Durante a última performance pública dos Doors com o alinhamento original, na "Warehouse" em Nova Orleães, Louisiana, a 12 de Dezembro de 1970, Morrison aparentemente teve um colapso nervoso, tendo deixado cair por várias vezes o microfone ao chão.[32]
De qualquer forma, os Doors recuperaram definitivamente, nesta altura, o estatuto que haviam perdido nos registos anteriores (excepto Morrison Hotel) com L.A. Woman, lançado em Abril de 1971.[33] Apesar da saída de Rothchild da produção, este álbum regressava às origens R&B da banda. Rothchild recusou-se a produzir o novo reportório por o considerar "música cocktail", tendo entregue o trabalho a Botnick.[30] Como resultado desta mudança, os Doors produziram aquele que é considerado um dos seus registos mais históricos. Os singles "Love Her Madly" e "Riders on the Storm" tiveram sucesso nas rádios e nos tops norte-americanos, e ainda hoje em dia passam com regularidade nas programações de rádio.
Em 1971, após a gravação de L.A. Woman, Morrison decidiu parar algum tempo para descansar e partiu para Paris com a namorada, Pamela Courson, a 11 de Março.[34] Ele havia visitado a cidade no Verão anterior e sentia-se confiante em escrever e explorar aquele local.[34]
Local onde Jim Morrison foi sepultado, no cemitério de Père Lachaise.Em Junho, voltava a ter problemas de álcool. A 16 de Junho, a última gravação conhecida de Morrison foi feita quando ele travou amizade com dois músicos de rua num bar e convidou-os para ir a um estúdio. Os resultados foram lançados em 1994 num "bootleg CD" designado The Lost Paris Tapes.
Morrison morreu em circunstâncias misteriosas a 3 de Julho de 1971. O seu corpo foi encontrado na banheira do seu apartamento. Foi concluído que morreu de ataque cardíaco, embora tenha sido revelado mais tarde que não foi realizada qualquer autópsia antes do corpo de Morrison ter sido enterrado no Cemitério de Père Lachaise a 7 de Julho.[35]
Ainda existem rumores persistentes de que Morrison simulou a sua morte para escapar à fama ou que morreu num clube noturno e o seu corpo foi então levado secretamente para o seu apartamento. Contudo, no seu livro Wonderland Avenue, Danny Sugerman, antigo manager de Morrison, afirma que durante o seu último encontro com Courson, que ocorreu pouco tempo antes de ela morrer de overdose de heroína, esta confessa ter feito Morrison entrar na droga e, por causa dele ter medo de agulhas, foi ela que lhe injectou a dose que o matou.[35]

Pós-Morrison (1972 - 2000)

Os restantes membros dos Doors continuaram durante mais algum tempo a actuar, considerando inicialmente em substituir Morrison com novo vocalista. Chegou-se a afirmar que Iggy Pop era um dos cantores considerados para a possível entrada. No entanto, Krieger e Manzarek ficaram com os vocais, lançando mais dois álbuns, Other Voices e Full Circle, e partiram em mais uma digressão. Ambos os álbuns venderam menos que os registos da era Morrison, e por isso os Doors pararam as actuações e as gravações no final de 1972. O último álbum entrou no território do jazz. Os álbuns só foram relançados em CD na Alemanha e Rússia, num pacote 2 em 1.[36]
O terceiro álbum lançado após a morte de Morrison, An American Prayer, surgiu em 1978.[37] Este consistiu na adição de música às recentemente descobertas gravações de recitação de poesia por parte de Morrison, constituindo assim os primeiros registos a serem lançados postumamente. O álbum foi um sucesso comercial e foi sucedido pelo lançamento de um mini-álbum com material ao vivo inédito.
Em 1979, Francis Ford Coppola, que estudou com Morrison na UCLA, lançou o filme Apocalypse Now, com "The End" a ter destaque na banda sonora. Quatro anos depois, foi lançada uma apresentação ao vivo sob o título de Alive, She Cried.
Em 1991, o realizador Oliver Stone lançou o filme The Doors, com Val Kilmer no papel de Morrison e presenças especiais de Krieger e Densmore. A interpretação de Kilmer e o próprio filme foram bem acolhidos pela crítica, apesar das suas imprecisões. Os membros do grupo criticaram o retrato feito por Stone sobre Morrison, fazendo-o passar por um sociopata descontrolado. O cantor Billy Idol fez uma aparição no filme e gravou uma cover de "L.A. Woman". Em Janeiro de 1993, o grupo foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame.[38] Durante a apresentação, contaram com a presença de Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, para cantar "Light My Fire" e "Break on Through".[39]

Reunião (2001 - presente)

Robby Krieger, guitarrista do The Doors, em um dos recentes reencontros da banda.Em 2001, Ray Manzarek, John Densmore e Robby Krieger reuniram-se pela primeira vez em mais de vinte e cinco anos para tocar canções dos The Doors como parte da série VH1 Storytellers. A cantar com a banda estiveram vários vocalistas convidados, incluindo Ian Astbury dos The Cult, Scott Stapp dos Creed, Scott Weiland dos Stone Temple Pilots, Perry Farrell dos Jane's Addiction e Travis Meeks dos Days of the New. O espectáculo foi mais tarde lançado no DVD VH1 Storytellers - The Doors (A Celebration).
Em 2002, Manzarek e Krieger voltaram a juntar-se e criaram uma nova versão dos Doors, designada "The Doors of the 21st Century." O alinhamento era liderado por Astbury, com Angelo Barbera da Krieger's Band no baixo. No seu primeiro concerto, o grupo anunciou que o baterista John Densmore não participaria, e mais tarde foi reportado que não podia tocar devido a um problema de tinnitus. Densmore foi inicialmente substituído por Stewart Copeland dos The Police, mas após Copeland partir o braço numa queda de bicicleta, a parceria acabou por mútuo acordo, e entrou Ty Dennis, da Krieger's Band.
Densmore afirmou mais tarde que não tinha sido afinal convidado para fazer parte da reunião. Em Fevereiro de 2003, ele procede a uma acção judicial contra os seus antigos companheiros de banda, para evitar que estes usassem o nome "The Doors of the 21st Century." A sua moção foi recusada em tribunal em maio. Manzarek afirmou publicamente que o convite para Densmore regressar ao grupo mantinha-se firme. Nesta altura, a família de Morrison juntou-se a Densmore na tentativa de evitar que Manzarek e Krieger usassem o nome "The Doors". Em julho de 2005, Densmore e os representantes de Morrison ganharam uma acção judicial permanente, obrigando a nova banda a mudar o nome para "D21C." Actualmente tocam sob a designação Riders on the Storm, em referência à canção da banda com o mesmo nome. Também foram autorizados a actuarem como "antigos membros dos Doors" ou até "membros dos The Doors."[40]
Ray Manzarek afirmou uma vez: "Estamos todos a ficar velhos. Nós devíamos, os três, tocar essas canções porque, ei, o fim está sempre próximo. Morrison era um poeta, e acima de tudo, um poeta quer que as suas palavras sejam ouvidas." No entanto, em 2007, Densmore afirmou que só entraria no grupo, caso o vocalista escolhido fosse "desse nível" de Jim Morrison, como Eddie Vedder dos Pearl Jam.[41]
Quando Jim Morrison foi questionado pelo que é que ele gostava que fosse mais lembrado, respondeu: "As minhas palavras, meu, as minhas palavras."[42] Morrison disse ainda: "Eu gosto de qualquer reacção que possa ter com a minha música. Qualquer coisa que ponha as pessoas a pensar. Eu quero dizer que se conseguires pôr uma sala cheia de gente pedrada e bêbada a reflectir e a pensar, então estás a fazer algo."
Em 2004, a Rolling Stone colocou os Doors [43] no 41º posto na sua lista dos 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos.[44] No ano anterior, já havia considerado os álbuns The Doors, L.A. Woman e Strange Days os 42º, 362º e 407º melhores álbuns de sempre, respectivamente.[45] Já as canções "Light My Fire" e "The End", ambas do primeiro álbum do grupo, foram consideradas, respectivamente, as 35ª e 328ª melhores canções de sempre.[46]
Bastante actividade foi anunciada em 2006 por ocasião do 40º aniversário do álbum homónimo de estreia da banda. Para comemorar a efeméride, saiu mais um box-set com os seis primeiros álbuns de estúdio, o livro "The Doors by The Doors" e foi anunciado o início da produção de um documentário oficial sobre o grupo.[47]
Em 2007, os The Doors foram galardoados, juntamente com os Grateful Dead e Joan Baez, com o Grammy Lifetime Achievement Award nos Grammy Awards de 2007 e, a 28 de Fevereiro, receberam uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood.[48]. Pelo meio, a 16 de Fevereiro, Ian Astbury abandona os Riders on the Storm, para relançar a sua antiga banda The Cult,[49] sendo sustituído por Brett Scallions, antigo vocalista dos Fuel.[50]
A 24 de Julho é lançado um álbum triplo com registos ao vivo de uma actuação dos Doors na Boston Arena a 10 de Abril de 1970.[51]
A popularidade dos Doors hoje em dia é demonstrada pela quantidade de cópias que os seus álbuns continuam a vender.[5]

Integrantes

Integrante Instrumento Período Álbuns gravados
Jim Morrison Vocal 1965 - 1971
The Doors
Strange Days
Waiting for the Sun
The Soft Parade
Morrison Hotel
L.A. Woman
An American Prayer

Robby Krieger Guitarra
Vocal 1965 - 1972
2002 - Presente
Todos

Ray Manzarek Órgão
Piano
Vocal 1965 - 1972
2002 - Presente
Todos

John Densmore Bateria 1965 - 1972

Discografia

Ver artigo principal: Discografia do The Doors
The Doors lançou nove álbuns de estúdio,[52] sendo três destes após a morte de Jim Morrison. Além destes, a banda possui inúmeros singles, compilações e apresentações ao vivo.[52]
Canções da banda foram usadas em filmes como "The End" em Apocalypse Now[53] e Knoflíkári,[54] "Soul Kitchen" e "Love Her Madly" em Forrest Gump,[55] assim como "Break On Through (To The Other Side)", que aparece também em Soldado Anônimo,[56] Gardens of Stone[57] e Os Que Me Amam Tomarão O Trem[58], "People Are Strange", que também aparece em Os Garotos Perdidos[59] e American Pop,[60] e "Hello, I Love You", que consta na trilha sonora de Neighbors;[61] "Touch Me" em Escola de Rock,[62] "The Changeling" em Sans toit ni loi,[63] "Riders on the Storm" em Rail Kings[64] e Diário de um Adolescente,[65] "Peace Frog" em The Waterboy,[66] "Moonlight Drive" em Abaixo de Zero[67] e Two-Lane Blacktop,[68] "Strange Days" em Strange Days,[69] "Light My Fire" em More American Graffiti[70] e Altered States,[71]"The Spy" e "Maggie M'Gill" em Os Sonhadores,[72] "Roadhouse Blues" em Garota, Interrompida[73] e O Sonho Já Era?,[74] "Over The River and Through The Woods" em I'll Be Home for Christmas,[75] e "The Crystal Ship" em The X-Files,[76] Doidas Demais[77] e True Believer.[78] No entanto, grande parte da sua contribuição em bandas sonoras foi no filme sobre o grupo, The Doors, onde grande parte das canções são da sua autoria.[79]
Também já protagonizou uma única vez, um comercial, da Pirelli na Inglaterra, já que é política da banda, particularmente de Densmore, não ceder as canções da banda para campanhas publicitárias, tendo já inclusive recusado ofertas milionárias da Apple e Cadillac[80][81] com a justificativa de ser anti-ético para o legado do grupo e para a memória de Jim Morrison.[80]
As pessoas perderam a sua virgindade com esta música, ficaram chapadas pela primeira vez com esta música. Já ouvi pessoas dizerem que morreram miúdos no Vietname a ouvirem esta música, outras a afirmarem que conhecem alguém que não cometeu suicídio por causa desta música…. Em palco, quando tocávamos aquelas canções, elas pareciam misteriosas e mágicas. Isso não está à venda.[82]
— John Densmore para o The Nation
Várias séries consagradas já usaram canções dos The Doors, entre as quais se destaca Os Sopranos, Alias, Cold Case, Charmed, Os Simpsons e My Name is Earl.[83]
Além disso, um trecho de "Soul Kitchen" foi adaptado em uma canção de Imani Coppola intitulada "I'm a Tree", presente na trilha sonora de Alguém Como Você[84] e Virtual Sexuality.[85]

Estilo e influências

Ray Manzarek durante um concerto em 2006.O estilo musical dos The Doors baseia-se essencialmente numa mistura entre blues e o psicadélico. Ray Manzarek fornece elementos de música clássica e blues, Robby Krieger insere ritmos de flamenco,[86] enquanto que Densmore usa os seus conhecimentos de jazz na bateria.[87]
As letras negras do grupo, compostas na sua maioria por Jim Morrison, afastam-se em boa medida das convencionadas pela pop da época. Nos primeiros discos (The Doors e Strange Days), os elementos visionários próprios da música psicadélica surgem expressos em imagens inspiradas na tradição romântica e simbolista, actualizando-a com referências ao existencialismo e à psicanálise.[88] De destacar também a influência dos simbolistas franceses, como Arthur Rimbaud ou Charles Baudelaire, na poesia de Morrison.[89] Nos últimos discos, em especial L.A. Woman, as letras de Morrison tornaram-se mais simples e imediatas, evoluindo assim com o som da banda em direcção ao blues.[90]
Em 2007, Manzarek descreveu o som da banda como:
Música Bauhaus. É limpa, é pura. De um lado há o piano, do outro uma guitarra, a bateria no meio, um tom de baixo no fundo e o vocalista à frente e tu consegues ouvir as letras. Essa é uma das razões porque o som dos The Doors continua ser importante hoje em dia. É claramente moderno. E era isso o que pretendíamos.[91]
— Ray Manzarek para a The World Magazine, em Fevereiro de 2007

Legado

Homenagem a Morrison em Venice, Los Angeles.O trabalho dos The Doors serviu de inspiração para muitos artistas,[92] entre eles Iggy Pop,[93] Trent Reznor,[94] Eddie Vedder,[95] Bruce Springsteen, Scott Weiland, Patti Smith e Billy Idol.[96].
Jim Morrison, com a sua atitude e presença em palco, influenciou vocalistas de vários estilos que surgiram depois de si, permanecendo um dos mais populares e influentes vocalistas e compositores da história do rock,[97] enquanto que o catálogo dos Doors tornou-se presença habitual nos programas de rock clássico das rádios.
Hoje em dia, Morrison é apresentado como o protótipo da estrela rock: arrogante, sexy, escandaloso e misterioso. As calças de ganga que usava quer em palco quer fora dele tornaram-se estereotipadas como parte do perfil de um roqueiro. Serviu de inspiração para outros vocalistas rock da época, como Roger Daltrey (The Who) e Robert Plant (Led Zeppelin).
Instigado pelo jogador Robin Ventura, a equipa estado-unidense de basebol New York Mets adoptou a canção "L.A. Woman" como tema tocado nos altifalantes durante os jogos, com o público a cantar a letra "Mr. Mojo Risin'" (anagrama de "Jim Morrison").[98] Em 2007, foi anunciado que uma campanha de caridade, a Global Cool, com vista a combater o aquecimento global, tinha encomendado uma canção a ser feita com um poema escrito por Morrison, "Woman in the Window", que será lançada no álbum de estreia dos Satellite Party, Ultra Payloaded.[99] Morrison inclusive já foi citado num trabalho preliminar para a Comissão Europeia, sobre telecomunicações.[100]

Certificados da RIAA

Estas estatísticas foram compiladas do banco de dados online da RIAA.[101]

The Doors - Disco de Platina Quádruplo (29 de janeiro de 2007)
Strange Days - Disco de Platina (15 de novembro de 2001)
Waiting for the Sun - Disco de Platina (10 de junho de 1987)
The Soft Parade - Disco de Platina (10 de junho de 1987)
Morrison Hotel - Disco de Platina (15 de novembro de 2001)
L.A. Woman - Disco de Platina Duplo (10 de junho de 1987)
An American Prayer - Disco de Platina (15 de novembro de 2001)
The Best of The Doors - Disco de Diamante (15 de fevereiro de 2007)
"Light My Fire" - Disco de Ouro (11 de setembro de 1967)
"Hello, I Love You" - Disco de Ouro (28 de agosto de 1968)
"Touch Me" - Disco de Ouro (13 de fevereiro de 1969)

Award Shows

Estas estatísticas foram compiladas através do banco de dados do site The Envelope, do Los Angeles Times.[38]
The Doors - Performer Inductees, Rock and Roll Hall of Fame (1993) (vencedor)
The Doors - Hall of Fame, Grammy Awards (2001) (vencedor)
The Doors - Lifetime Achievement Award, Grammy Awards (2007) (vencedor)[102]» in Wikipédia.

"Strange Days (tradução)

Os dias estranhos nos encontraram
Os dias estranhos nos perseguiram
Eles vão destruir
Nossas raras alegrias
Nós temos que seguir em frente
Ou encontrar uma novo abrigo

Olhos estranhos ocupam salas estranhas
Vozes anunciarão o seu cansado fim
A anfitriã está sorrindo
Seus hóspedes dormem em pecado
Me ouça falar sobre o pecado
E você saberá que é mesmo assim

Os dias estranhos nos encontraram
E por suas horas estranhas
Ficamos sozinhos à espera
Corpos se confundem
Memórias são mal usadas
Enquando trocamos o dia
Pela estranha noite de pedra"
-----------------------------------------------------------------------------
The Doors, esta Banda liderada pelo carismático Jim Morrison, mais um que não conseguiu viver devagar e que era fundamentalmente, um poeta!

Mais informações sobre esta Banda Mítica no seguinte link:
http://www.thedoors.com/

15/04/08

Taça de Portugal - Setúbal 0 vs F.C. do Porto 3 - Estamos na Final da Taça de Portugal!

«E agora, valeu?

Autoritária e determinada, executada num processo de asfixia a dois tempos, a exibição portista produziu o temível efeito de vulgarizar a equipa que aterrorizara a Liga e a sua Taça. A contar para a outra, a de Portugal, a imparável locomotiva azul traçou, com pormenores de pura classe e requinte, o percurso final em direcção ao Jamor, vergando Setúbal ao peso de uma goleada, num género de suplemento decidido, apesar de dispensável, à vitória conseguida três dias antes. Como se dúvidas restassem. Os milhares de adeptos que embarcaram na aventura emprestaram o colorido merecido a um futebol arrasador.
O ataque, imutável fórmula de abordagem do campeão, não gerou, no entanto, resultados imediatos. Foram precisos dez minutos de discussão de cada palmo, de cada porção de terreno, antes do ziguezagueado de Bosingwa e os passes de ruptura de Lucho desenharem os primeiros traços de desequilíbrio, indícios indeléveis de um punhado de preparativos com pretensões mais vastas do que a mera expressão de uma ameaça.
A seguir ao período de encaixe e estudo, que chegou a ser confundido com sinais de uma equilibrada divisão de território e domínio, o meio-campo portista desfez as aparências e assumiu integralmente a condução do jogo, inserindo coordenadas, rota e destino.
Em ensaios sucessivos, a que soube acrescentar variantes de imprevisibilidade em dose dupla, a equipa demolidora interpretou a primeira aproximação ao êxito aos 35 minutos, no preciso instante em que um defesa setubalense negou, na vez de Eduardo, o balanço das redes a remate de Lucho.
Da farta e curiosa inversão de papéis nasceu o primeiro golo, com Jorginho a marcar na própria baliza, antecipando o gesto de Lisandro, disposto a juntar a emenda apropriada ao canto cobrado por Raul Meireles. Com Eduardo novamente por terra, o dobrar da vantagem esbarrou, quase de imediato, nas pernas de um aglomerado sadino, que, pouco depois do recomeço, se revelaria insuficiente para negar o golo que Lucho tanto fazia por merecer.
À terceira, outra vez assistido por Tarik, o argentino marcou. E à quarta também, já na execução de um remate escrupulosamente colocado, que condenava ao fracasso o voo de um dos mais queridos heróis de Setúbal, simplesmente porque o trajecto conferido à bola não reconhecia defesa possível.
Com meia-hora para jogar, a eliminatória estava sentenciada e em aberto restavam por apurar apenas os contornos da goleada, que ficou a dever novos golos ao campeão, mesmo que a anos-luz de poder oferecer resistência à caminhada insuperável e imaculada para final. Não há registo de qualquer golo nos cinco jogos que fizeram o trajecto para o Jamor.

FICHA DE JOGO

Taça de Portugal, meias-finais
Estádio do Bonfim, em Setúbal
15 de Abril de 2008

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e André Campos
4º árbitro: José Gomes

V. SETÚBAL: Eduardo; Janício, Auri, Robson e Jorginho; Elias, Sandro, Ricardo Chaves e Bruno Gama; Leandro e Cláudio Pitbull
Substituições: Ricardo Chaves por Filipe Gonçalves (58m); Leandro por Bruno Severino (58m); Bruno Gama por Paulinho (72m)
Não utilizados: Milojevic, Hugo, Bruno Ribeiro e Adalto
Treinador: Carlos Carvalhal

F.C. PORTO: Nuno; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles; Tarik, Lisandro e Quaresma
Substituições: Tarik por Farías (75m); Quaresma por Mariano (79m); Paulo Assunção por João Paulo (82m)
Não utilizados: Ventura, Lino, Kazmierczak e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Jorginho (autogolo, 37m), Lucho (51m e 60m)
Disciplina: cartão amarelo a Paulo Assunção (8m), Sandro (21m), Jorginho (36m), Quaresma (49m), Elias (67m), Pedro Emanuel (90m)» in site F.C. do Porto.
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O F.C. do Porto foi a Setúbal dar uma demonstração cabal das suas capacidade futebolística. Comandado por Lucho, El Comandante, autêntico patrão da equipa, com uma classe incomensurável, mais uma defesa intransponível, com destaque para Bruno Alves e Bosingwa que também auxiliaram e de que maneira a linha ofensiva, o F.C. Porto fez o que nenhuma equipa havia realizado em Setúbal: foi esmagador. O resultado só peca por escasso. Excelentes exibições individuais de todos os jogadores, apenas com Nuno a ter pouco trabalho, pois a defesa e o meio campo, com Raul Meireles e Paulo Assunção em grande, a bloquearem o ataque Setubalense. No ataque, destaque para Lisandro e tarik, com Quaresma, embora esforçado, muito complicativo; há dias assim! Agora umas coisas, completamente à parte do jogo propriamente dito. Os senhores locutores da estação que transmitiu o jogo em directo, foram dum anti-portismo a todos os níveis de lamentar. Passaram o jogo a dizer que o Setúbal é que jogou mal, nunca deram mérito à vitória do F.C. do Porto. É que até aquele momento, nenhuma equipa tinha jogado assim contra o Setúbal, o F.C. do Porto massacrou. Mas, nada de dar mérito ao F.C. Porto; imaginem só se fosse ao contrário... Esses senhores têm que perceber que o futebol é um jogo de acção-reacção, normalmente uma equipa joga o que a outra permite e há acções que anulam a reacção, foi o que se passou... Depois, queriam o Paulo Assunção expulso logo no inicio do jogo, mas quando um jogador do Benfica partiu a perna a Anderson e nem amarelo levou, passou incólume ao vosso comentário; enfim critérios... Vocês só não entendem que as nossas vitórias contra a macrocefalia Lisboeta, contra tudo e contra todos, só nos dão mais força! Mas a um jornalista digno, pede-se isenção, já nos basta ser a região mais deprimida economicamente do país, onde todo o investimento se centra na Capital do Regime! Sejam desportistas, a nossa vantagem no campeonato devia merecer o vosso respeito, não as vossas frustrações, estamos fartos de ressabiados! Quanto ao Setúbal é uma grande equipa que eu respeito muito e só teve o azar de apanhar o F.C. do Porto em grande! O Expresso começou o dia por dar a notícia falsa de que o Sr. Pinto da Costa tivera um enfarte... fartos estamos nós de vós, oh mouros! Depois, soube-se que o Sr. Filipe Vieira agrediu um jornalista da RTP, na semana passada, mas, misteriosamente, a notícia foi ocultada pelos sulistas; volta D. Afonso Henriques, vem correr com estes mouros! Agora estamos na final e vamos ter 8 milhões contra nós, imprensa sulista incluída, mas isso já faz parte do cenário do Regime Salazarento que é o Jamor... Um abraço de amizade para o meu amigo Ângelo Ochôa, grande Setubalense, um Clube que também a mim me diz muito e ao F.C. do Porto!

Imagens de mais uma espectacular vitória do F.C. do Porto que continua imparável!

Primavera em Rio, Fregim, Amarante!



























Primeiros sinais da verdadeira Primavera no Rio, em Fregim!

Mas infelizmente as previsões meteorológicas apontam para mais chuva... ficam alguns sinais da exuberante Primavera que tanta falta nos faz, pois esta estação do ano é um grande apelo à vida e ao belo! Nós bem precisamos de renovação...
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