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Dragões regressam à Champions em forma
Golos de Hulk e Kléber garantiram a primeira vitória do FC Porto no seu regresso à Liga dos Campeões.
O FC Porto venceu, esta terça-feira, os ucranianos do Shakhtar Donetsk por 2-1, em jogo da primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Hulk (28’) e Kléber (51’) marcaram os golos dos azuis e brancos no Estádio do Dragão.
O FC Porto, primeira equipa portuguesa a entrar em campo na Liga dos Campeões, comemorou o seu regresso à maior prova de clubes europeus com uma vitória pela margem mínima mas, a determinada altura do encontro, os comandados de Vítor Pereira chegaram a asfixiar os ucranianos.
A primeira parte do encontro entre FC Porto e Shakhtar Donetsk mostrou um futebol de alto nível, com a equipa portuguesa a exercer uma grande pressão sobre o Shakhtar.
Numa das “invasões” à área ucraniana, Hulk foi travado em falta por Rakitskiy e o árbitro alemão Felix Brych, muito contestado pelos adeptos azuis e brancos durante o jogo, assinalou grande penalidade a favor da equipa da casa.
O avançado brasileiro sentiu-se seguro, beijou a bola, confrontou Rybka olhos nos olhos e falhou o penálti.
Numa altura em que os Dragões estavam por cima do jogo, Adriano Luiz rematou rasteiro para uma primeira defesa de Helton mas o guardião brasileiro não segurou a bola e, na recarga, o número 9 do Shakhtar inaugurou o marcador no Estádio do Dragão. Os adeptos portistas presentes não se zangaram e mostraram o apoio a Helton, aplaudindo.
Hulk, que esteve ao nível de uma «estrela mundial» - palavras do técnico romeno Mircea Lucescu na conferência de imprensa de antevisão – ganhou novamente força minutos depois para fazer o golo do empate, redimindo-se da grande penalidade falhada. Na transformação de um livre direto, o avançado brasileiro enviou uma "bomba" para o fundo das redes da baliza ucraniana.
Numa primeira parte entusiástica no relvado do Estádio do Dragão, que não foi regado tão em cima da hora do início do encontro, tal como os dirigentes do Shakhtar Donetsk pediram, o FC Porto continuava a pressionar a equipa vestida de laranja, que ficou a jogar com 10 elementos, a partir do minuto 40, e com 9 quando faltava pouco para os 90 minutos.
No segundo tempo, o FC Porto não vacilou e aproveitou o facto de o Shakhtar estar a jogar em inferioridade. O segundo golo dos portistas nasceu de um esforço individual tremendo de James Rodríguez do lado esquerdo, com o colombiano a desembaraçar-se bem dos defesas e a cruzar para a pequena área, onde apareceu Kléber que só teve de colocar a bola dentro de uma baliza desamparada.
O FC Porto conquistou os primeiros três pontos do Grupo G mais ainda faltam cinco jornadas para terminar esta fase.
Amanhã, quarta-feira, é a vez de o Benfica entrar em campo, no Estádio da Luz, contra o Manchester United.» in
http://desporto.sapo.pt/futebol/liga_dos_campeoes/artigo/2011/09/13/final_porto_shakhtar.html
«MUITA MAGIA, APENAS DOIS GOLOS
O FC Porto regressou ao seu palco favorito, a UEFA Champions League, com o pé direito, ao vencer os ucranianos dos Shakhtar Donetsk por 2-1, no Estádio do Dragão. Os azuis e brancos deram a volta ao marcador e fizeram por merecer muito mais golos. Hulk e Kléber apontaram os tentos de um encontro em que os portistas mostraram magia a rodos.
Com um futebol baseado na troca de bola, muitas vezes ao primeiro toque, no passe curto e na capacidade técnica dos seus jogadores, o FC Porto proporcionou aos adeptos momentos de grande espectáculo. Para a qualidade de jogo portista ser materializada no marcador apenas faltou acerto no capítulo da finalização. É verdade que o Shakhtar se viu reduzido a dez homens aos 40 minutos, mas quantas equipas, na mesma situação, conseguem descobrir tantos espaços para fazer fluir o seu jogo como conseguiu o FC Porto nesta terça-feira?
Os primeiros protagonistas do encontro foram os ferros da baliza norte do Estádio do Dragão: primeiro, entrou em “acção” a mesma barra que já tinha devolvido três remates portistas na última sexta-feira, no jogo da Liga portuguesa frente ao Vitória de Setúbal. O remate de Hulk, desviado pelas costas de Moutinho, logo aos cinco minutos, bateu na barra. Pouco depois, Defour combinou com James, que foi derrubado por Chygrynskyy. Penálti evidente, mas Hulk acertou em cheio na base do poste.
O azar não veio só, nem a dobrar, mas sim a triplicar. Aos 12 minutos, Helton não conseguiu segurar um remate de Willian (com pouca força, mas traiçoeiro, já que a bola saltitou várias vezes sobre o relvado) e o esférico sobrou para Luiz Adriano, que abriu o marcador na primeira ocasião de perigo criada pelos ucranianos.
Estes acontecimentos poderiam ter criado intranquilidade entre a equipa do FC Porto, mas não foi isso que se viu. A partir daí, com o apoio de uma multidão incansável, os Dragões tomaram as rédeas do encontro e encostaram o Shakhtar verdadeiramente às cordas. Não é coisa pouca, porque trata-se de uma equipa matreira e bem organizada, que sabe impor o ritmo de jogo que mais lhe convém.
Hulk fez o empate aos 28 minutos, na conversão de um livre directo a uns bons 30 metros da baliza adversária. Uma autêntica “bomba”, para a Europa ver e rever. O empate deu aos azuis e brancos ainda mais a crença de que estavam no caminho certo. Aos 30 minutos, o “Incrível” parece ter sido carregado em falta dentro da grande área, mas o árbitro não assinalou. Dois minutos depois, na recarga a um livre directo, “queimou” as mãos de Rybka. Aos 40 minutos, Rakitskiy foi expulso depois de uma entrada violenta sobre João Moutinho
A expulsão facilitou a missão do FC Porto na segunda parte, mas quantas equipas se deixam surpreender por adversários em inferioridade numérica, ainda para mais quando têm jogadores fortes no um contra um, como é o caso do Shakhtar? Os ucranianos reentraram em campo muito fechados, mas seis minutos depois do reatamento os Dragões encontraram a chave para materializar a reviravolta no marcador: James deu um “nó cego” em Kucher e serviu Kléber que, à boca da baliza, só teve de encostar.
O carrossel portista girou durante toda a segunda parte e só baixou de intensidade nos últimos dez minutos, quando os ucranianos se viram reduzidos a nove homens. O guarda-redes Rybka, desvios providenciais de defesas do Shakhtar e, mais uma vez, o poste da baliza adversária (remate de James, num livre directo, aos 81 minutos) impediram o resultado de se avolumar. Mas o mais importante foi a vitória e observar como esta equipa cresce, a olhos vistos.
FICHA DE JOGO
FC Porto-Shakhtar Donetsk, 2-1
UEFA Champions League, grupo G, primeira jornada
13 de Setembro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.612
Árbitro: Felix Brych (Alemanha)
Assistentes: Thorsten Schiffner e Mark Borsch
Quarto árbitro: Günter Perl
Assistentes adicionais: Peter Sippel e Christian Dingert
FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Otamendi, Maicon e Alvaro; Fernando, Defour e João Moutinho; Hulk, Kléber e James
Substituições: Fernando por Belluschi (61m), Kléber por Djalma (69m) e Hulk por Varela (78m)
Não utilizados: Bracali, Mangala, Souza e Cristian Rodríguez
Treinador: Vítor Pereira
SHAKHTAR DONETSK: Rybka; Srna «cap.», Chygrynskiy, Rakitskiy e Rat; Eduardo, Fernandinho Mkhitaryan e Willian; Jadson e Luiz Adriano
Substituições: Eduardo por Kucher (42m), Jadson por Alex Teixeira (64m) e Willian por Hübschman (82m)
Não utilizados: Pyatov, Douglas Costa, Kobin, e Seleznyov
Treinador: Mircea Lucescu
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Luiz Adriano (12m), Hulk (28m) e Kléber (51m)
Disciplina: cartão amarelo para Luiz Adriano (26m), Chygrynskiy (31m e 80m), Srna (34m) e Moutinho (34m); cartão vermelho directo para Rakitskiy (40m) e, por acumulação de amarelos, para Chygrynskiy (80m)» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futfcpshakhtarcro_130911_63890.asp
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Mais uma exibição magistral do jovem genial, James Rodrigues e os Dragões, somam e seguem!