18/12/11

Liga Zon/Sagres: F.C. do Porto 2 vs Marítimo 0 - Dragões dominam completamente madeirenses, que fizeram uma ilha à volta da sua área!

FC Porto também teve de esperar pelos presentes


«O PRIMEIRO É O MAIS DIFÍCIL


Difícil, realmente difícil, foi só o primeiro. O segundo golo foi fácil e até meteu o requinte de um toque de calcanhar. Mas, para lá chegar, o campeão foi obrigado a sofrer. E soube fazê-lo, numa nova dinâmica ofensiva que privilegia a velocidade e testa ao limite a fibra de campeão. Marcaram Rodríguez e Otamendi, venceu o FC Porto, por 2-0, que passa o ano na frente. E isso não é para todos.


Massacre. Mais um. Agora numa solução extrema, que não reconhece aplicabilidade à adaptação automobilística que transforma o jogo num fluxo de “sentido único”, demasiado curta para traduzir a intensidade e a expressão do domínio portista. A mobilidade do trio atacante foi a primeira razão do desequilíbrio, expresso com rigor matemático ao intervalo, ainda sem golos, mas com números esclarecedores e assustadores: 14 remates e 67 por cento de posse de bola. Aos 45 minutos, o Marítimo fez o primeiro remate. E bem ao lado da baliza de Helton.


A primeira ameaça séria foi formulada por Belluschi, aos 11 minutos, numa espécie de frente-a-frente com Peçanha, que conheceria outros duelos. Um deles, mais do que o golo esperado, quase dava anedota, com o argentino, isolado por um erro do guarda-redes, a agradecer e a retribuir, entregando-lhe a bola em mãos, quando projectava passá-lo. Entre a insólita sucessão dos dois lapsos e um terceiro, este já de arbitragem, passaram apenas quatro minutos e uma boa porção de relvado sob o corpo de Belluschi, descaradamente derrubado na área adversária. Só para Duarte Gomes não passou nada.


Passava, isso sim, o Marítimo por uma aflição sem trégua, acentuada pela expulsão de Roberge e só interrompida pelo intervalo. Num improviso genial, Hulk brilhou, Belluschi reapareceu, Kléber arriscou, primeiro de calcanhar, depois de cabeça, mas o resultado nem se mexeu. Nada. Sempre Peçanha, a recuperar memórias de um outro massacre e o espectro do russo Malafeev.


Apesar da aparição tardia, o anunciado, tantas vezes enunciado, surgiu, por fim, numa altura em que defini-lo como mais do que merecido deixara de ser favor há cerca de uma hora. Marcou Rodríguez, assistido por um drible libertador de Belluschi, aos 80 minutos. Remate em arco, sem defesa. E logo a seguir, aos 83, depois de feito o mais difícil, veio o segundo, saído do calcanhar de Otamendi, selando a vitória que manterá o FC Porto na liderança para lá do Ano Novo. Pelo menos.


FICHA DE JOGO


FC Porto-Marítimo, 2-0
Liga 2011/12, 13.ª jornada
17 de Dezembro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 32.312 espectadores


Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
Árbitros assistentes: Venâncio Tomé e Pedro Garcia
Quarto árbitro: Pedro Ferreira


FC PORTO: Helton (cap.); Maicon, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Djalma, Hulk e James
Substituições: James por Kléber (46), Maicon por Rodríguez (57) e Djalma por Iturbe (73)
Não utilizados: Bracali, Mangala, Souza e Alex Sandro
Treinador: Vítor Pereira


MARÍTIMO: Peçanha; Briguel, João Guilherme, Igor Rossi e Luís Olim; João Luiz, Roberge e Benachour; Heldon, Diawara e Sami
Substituições: Heldon por Danilo (63), Sami por Hassan (88) e Benachour por Tchô (90+2)
Não utilizados: Salin, João Diogo, Fidélis e Fábio Felício
Treinador: Pedro Martins


Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Rodríguez (80), Otamendi (83)
Cartão amarelo: Fernando (37), Heldon (38), Roberge (40 e 41), Iturbe (86)
Cartão vermelho: Roberge (41)» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futfcpmaritimocro_171211_65893.asp


(FC Porto vs Maritimo 2-0)

F.C. do Porto Hóquei Patins - Genéve 5 vs F.C. Porto Império Bonança 12 - Dragões em 11 jogos esta época, somam 11 vitórias!




«MELHOR DO QUE UM RELÓGIO SUÍÇO


O FC Porto Império Bonança continua com 100 por cento de eficácia esta época: 11 jogos, 11 vitórias. No terreno dos suíços do Genève – em que alinham vários jogadores portugueses, entre os quais o ex-portista e campeão do mundo Pedro Alves –, os Dragões golearam por 12-5, em encontro da segunda jornada do grupo C da Liga Europeia, que agora lideram isolados, com seis pontos.


Caio e Pedro Gil foram autores de “hat-tricks”, num encontro que o FC Porto já vencia ao intervalo por 4-2.


A equipa treinada por Tó Neves alinhou com Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura (2), Caio (3) e Pedro Gil (3). Jogaram ainda Filipe Santos (1), Gonçalo Suíssas (2), Nélson Pereira e Tiago Santos.» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/HoqueiPatins/Noticias/noticiahoquei_hoqgenevefcp_171211_65885.asp

17/12/11

F.C. do Porto Andebol - F.C. do Porto Vitalis 48 vs Belenenses 29 - Dragões esmagam pasteis de Belém!




«NINGUÉM MARCOU TANTO ESTA ÉPOCA


O FC Porto Vitalis goleou este sábado o Belenenses por 48-29, em jogo da 16.ª jornada do Andebol 1. Nenhuma equipa tinha marcado tantos golos esta época. Ao intervalo, os Dragões já registavam 25 tentos apontados, numa exibição de grande nível e com momentos espectaculares. Os azuis e brancos mantêm-se na liderança, com mais um ponto do que o Águas Santas.


Destaque-se a estreia do angolano Elias Nogueira, com seis tentos. O melhor marcador foi mesmo o cubano Daymaro Salina, com oito golos. Na quarta-feira, o FC Porto Vitalis cumpre a última jornada do ano, no recinto do Xico Andebol.


A equipa treinada por Ljubomir Obradovic alinhou e marcou: Hugo Laurentino e Alfredo Quintana (g.r.); Gilberto Duarte (6), Filipe Mota (7), Tiago Rocha (7), Hugo Santos, Ricardo Costa (3), Pedro Spínola (1), Vasco Santos (3), Daymaro Salina (8), Elias Nogueira (6), Sérgio Rola (3), Nenad Malencic (3) e Duarte Carregueiro (1).» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Andebol/Noticias/noticiaandebol_andfcpbelenensescro_171211_65881.asp

Poesia - O Meu Amigo e Poeta, Ângelo Ochôa, interpela-nos com a sua homenagem a Cesária Évora!



«Cesária Évora é uma lição de humildade e humanidade de um povo sofrido que sonha o amor: Cesária Évora é tão somente verdadeira e de tão simples esmagadoramente desconcertante. Sua vida foi o realizar do que há de mais difícil -- o ser um ser humano! Só. O que é tudo.» (Ângelo Ochôa, 17/12/2011)


CESARIA EVORA - "Sodade"



"Sodade
Cesaria Evora


Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Ess caminho
Pa São Tomé
Sodade sodade
Sodade
Dess nha terra Sao Nicolau
Si bô 'screvê' me
'M ta 'screvê be
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia
Qui bô voltà
Sodade sodade
Sodade
Dess nha terra Sao Nicolau"

Música Cabo Verde - A cantora cabo-verdiana Cesária Évora, morreu hoje!




«Cesária Évora faleceu hoje em São Vicente


A cantora cabo-verdiana Cesária Évora morreu hoje, disse à Lusa fonte hospitalar.


A Diva dos pés descalços faleceu hoje, dia 17, em São Vicente, devido a complicações respiratórias. Segundo informações da rádio nacional, RCV, a cantora sentiu-se mal por volta das 07h00 da manhã quando foi levada de urgência para o hopistal Batista de Sousa.


Por voltas das 10h00 o prognóstico era muito reservado de acordo com as fontes médicas, sendo que a notícia da morte de Cize foi confirmada às 11h00.


Cabo Verde perde uma das suas maiores vozes e uma referência na música nacional.


Cesária Évora nasceu a 27 de Agosto de 1941 na cidade de Mindelo, em Cabo Verde. Filha de Justino da Cruz Évora tocador de cavaquinho e violão e de Dª Joana, o grande e eterno amor da sua vida. A cantora era considerada a "embaixadora da morna", tendo editado 24 discos, entre originais, ao vivo e em parceria com outros artistas de vários países.» in http://cesariaevora.sapo.cv/noticias/1208004.html


Cesaria Évora - "Partida"

CESARIA ÉVORA - "Hoje é Natal"

Cesária Évora e Mayra Andrade - "Saudade de Mar"

Marisa Monte & Cesária Évora - "É Doce Morrer no Mar"

Cesária Évora & Marisa Monte - "Mar Azul"

Cesária Évora Goran Bregovic - "Ausencia"

Cesaria Evora - "Sentimento"

Cesaria Evora - "Besame Mucho"

Cesaria Evora - "Ingrata"

Cesária Evora - "Cabo Verde" - (1997)

Cesaria Evora - "Historia de un amor"

CESARIA EVORA & LURA - "Moda Bô"

Cesaria Evora & Bernard Lavilliers - "Elle Chante"

Cesaria Evora - "Noiva de céu"

Cesaria Evora - "Mar de Canal"

Cesaria Evora - "Angola"

Cesaria Evora - "Sodade"
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Hoje o Mundo da Lusofonia está infinitamente mais pobre...


«Cesária Évora uma vida a cantar Cabo Verde


'Quem mostra' bo, ess caminho longe, quem mostra' bo, ess caminho longe, ess caminho, pa São Tomé (…) sodade sodade, sodade dess nha terra São Nicolau (...)' composição imortalizada na voz da Cesária Évora resume em poucas palavras a carreira musical de uma das maiores vozes de Cabo Verde.

Cesária Évora nasceu a 27 de Agosto de 1941 na cidade de Mindelo, em Cabo Verde. Filha de Justino da Cruz Évora tocador de cavaquinho e violão e de Dª Joana, o grande e eterno amor da sua vida. A cantora é considerada a "embaixadora da morna", tendo editado 24 discos, entre originais, ao vivo e em parceria com outros artistas de vários países.

Cize, para os amigos anunciou o término da sua carreira musical no passado dia 23 de Setembro, depois de 45 anos de carreira a cantar Cabo Verde pelo mundo.

A 17 de Dezembro de 2011, a Diva da Morna faleceu aos 70 anos, deixando Cabo Verde e o mundo consternado com a sua morte, na mesma cidade que a viu nascer e traçou-lhe o destino para a morna.

Leia o perfil da Cesária Évora por Jorge Araújo

O regresso da velha senhora

Os seus olhos cantam. São irmãos desavindos - quando um chora, o outro sorri. Morna e coladeira na esquina do mesmo olhar. Sempre foi assim, nos dias de sombra e nos de luz também. Há um brilho especial que ilumina o seu caminho. Já assim era nos tempos em que soltava a voz numa qualquer tasca da cidade do Mindelo, a troco de um cálice de grogue.

Continua assim, agora que avança com passos tão pesados quanto triunfantes, por alguns dos mais importantes palcos deste mundo. "A tristeza e a alegria são vizinhas", deixa escapar com desconcertante ingenuidade. Sem dar conta, de um sopro, Cesária Évora resume os seus sessenta anos de vida. Uma simples frase explica a música que lhe corre nas veias.

Morna e coladeira, tristeza e alegria. Música e sentimento - essências de uma mulher nascida com a voz num véu de ternura. Sina de uma vida feita história, que começa com "era uma vez". Era uma vez uma ilha, uma cara esculpida na rocha, o Porto Grande a abarrotar de navios, um imenso azul a embalar sonhos impossíveis. O querer ficar mas ter de partir. A miséria.

E uma criança a beber os acordes do violino no aconchego do pai: "Quando eu era uma asneira jeito de dizer criança ele começava a tocar e metia-me entre as suas pernas. Então, eu cantava uns disparates. Não me passava pela cabeça que viria a cantar a sério." Mas a avó, educada por freiras, viu nesta cena a antecâmara do milagre que, anos mais tarde, viria a realizar-se: "Disse-me que eu tinha nascido para cantar."

Aos sete anos a vida ensina-lhe a primeira de muitas lições. A morna, com o seu pulsar lento e triste, não é só saudade. É mágoa, lamento. É sofrimento. E é amor. Foi no dia em que o som do violino se apagou. Justino da Cruz Évora - Djute para os amigos - morreu, deixando instrumentos de música e cinco filhos para criar. Deixa também B. Leza, o primo, o amigo, o companheiro de tocatinas. O poeta paralítico torna-se então uma espécie de pai para Cesária: "Eu ainda era uma rapariguinha e costumava ir a sua casa." É ele quem lhe ensina que a morna é uma segunda pele.

Cesária - Cize como é conhecida nas ruas do Mindelo, sua cidade natal - bebe os acordes do mestre, olhos arregalados, coração a saltitar na ponta da língua. Fica com o olhar embevecido, lábios embebidos nos poemas de B. Leza. Cruza a juventude a trautear a doce melodia de "Lua Nha Testemunha" e "Miss Perfumado". Mas são tempos difíceis.

Cresce no Mindelo, à beira do Lombo - bairro mal-afamado, terra de rufias e prostitutas. "A minha mãe era cozinheira. Quando eu tinha dez anos, ela trabalhava para a D. Maria Emília Fonseca, que era directora do orfanato. Um dia, a minha mãe pediu-lhe para me arranjar um lugar." Porém, o feitio de Cesária não se verga à rigidez do lar: "Só lá estive três anos, saturei-me." Mal respira a liberdade, enceta uma vida normal: "Ajudava em casa e dava os meus passeios."

É numa dessas voltas que conhece o primeiro grande amor da sua vida - Eduardo de João Chalino, marinheiro e tocador de violão. Na frescura dos seus dezasseis anos, Cize passa a acompanhá-lo nas paródias. "Fazíamos serenatas por tudo e por nada. Era só alguém dizer ‘vamos fazer uma serenata a fulano ou a fulana’ e pronto. Às vezes, já vínhamos de algum bar e era só aproveitar a embalagem." Ainda não tinha os vícios da noite - não fumava e só bebia gasosa. Limitava-se a acompanhar o seu príncipe e a sussurrar as mornas que lhe enchiam a alma.

Uma bela noite, ele descobre-lhe a pureza da voz. Que ela, tímida, teimava em esconder entre duas afinações do violão. "Comecei a cantar algumas das mornas que o Morgadinho tinha feito na Guiné. Eles estavam a ouvir mas não diziam nada. Depois, o Eduardo voltou-se para mim e disse: ‘Abre a voz e canta! Tens uma voz tão bonita e estás aqui a cantar baixinho’. Levantei a voz e ele disse: ‘Estão a ver, esta menina tem uma voz maravilhosa’."

A notícia correu mais depressa que gazela. Num abrir e fechar de olhos, o Mindelo ficou a saber que a voz da menina estrábica tinha coração, alma e magia. Que o seu timbre adocicado encantava a madrugada, enfeitiçava até a mais espessa escuridão. Cize transformou-se na princesa das serenatas. Como ainda acontece, cantava por prazer. Bastava-lhe um pouco de grogue para olear as suas delicadas cordas vocais. A pouco e pouco, começou a embrenhar-se nas teias do álcool. Talvez por isso a sua voz tenha envelhecido suave como uma boa aguardente de Santo Antão. Já não bebe, mas a sua voz continua a inebriar o mundo.

Das serenatas ao vinil foi um passo de pé descalço. "O Frank Cavaquinho foi quem fez a gravação. Era eu, o Luís Rendall, e parece-me que o seu filho, o John Rendall, também participou. E outros ainda cujos nomes já não me recordo. Não me pagaram nem aos outros músicos." Mas o pior ainda estava para vir. "Um dia estava a passar em frente à montra da loja do senhor Benvindo, em plena Rua de Lisboa, quando ouvi a minha voz. Fiquei espantada."

"O Frank Cavaquinho nem sequer me ofereceu um exemplar para ficar com uma recordação.» Cesária, coração de algodão, não se deixou contaminar. Novo disco, nova desilusão. "O segundo foi com o João Mimoso, aquele comerciante de São Vicente. Também gravámos para ele e nada. Nunca vi um escudo."

A tristeza é um lugar estranho. Sentimento que consome sonhos, enterra ilusões. Alimenta-se de solidão. Não raras vezes, caminha de braço dado com o álcool. Nos quase onze anos que passa sem cantar, o grogue torna-se o melhor amigo de Cesária.

Nos quase onze anos em que, desiludida, esconde a voz, refugia-se do mundo e tranca-se em casa da mãe, Dona Joana, com os filhos. "Tenho um rapaz, o Eduardo, que é filho de um português, e a Fernanda, que tive com o Piduquinha, que em tempos jogou futebol no Caldas da Rainha." Como ela própria diz, um e outro são fruto "daqueles amorzinhos de juventude que não me trouxeram sorte". Ainda assim, não cultiva rancores nem dá folga a ressentimentos. Tão-pouco ao tropa português, que a engravidou ainda na juventude. "Não sei se está vivo ou morto. Deixou-me com aquele menino no ventre e nunca mais disse nada."

A fortaleza familiar é pilar seguro. Cize encontra ânimo para continuar a acreditar. O regresso aos palcos e aos discos acontece em 1985. Tudo graças a um convite da Organização das Mulheres do antigo partido único - o PAICV. Às vezes, há duas sem três - dessa feita, à conta da intervenção do então primeiro-ministro Pedro Pires, consegue receber: "Falei com a sua cunhada, a Arcília, e ela marcou uma audiência com ele. Contei-lhe a história e ele pôs-me em contacto com a secretária-geral da OMCV. Fui a um encontro com ela e ela disse: ‘É quanto?’, e eu respondi: ‘São cinquenta contos’. Ela passou-me um cheque. Talvez se tivesse pedido mais, teriam dado."

Das ruas do Mindelo para a ribalta lisboeta

A roda da sorte começa viagem, quando Cesária é convidada por Bana, o rei da morna e do negócio, um gigante com voz de furacão. Ganha algum dinheiro mas, sobretudo, tem a sorte de viajar para Lisboa e para os Estados Unidos: "Fiz um grande sucesso na América, ganhei bem e ainda fiz uns ‘negóciozitos’ a mandar coisas para Cabo Verde." Na altura, a caminhar a passos largos para os cinquenta, a diva da morna é obrigada a fazer uma importante concessão - calça os primeiros sapatos. O frio desaconselha pés nus.

Em Lisboa, Cize desembarca na famosa discoteca africana Monte Cara, na Rua do Sol ao Rato. Era a sua segunda casa, paragem de muitos outros cabo-verdianos. Cesária ri-se com as anedotas de Tito Paris, delicia-se com o virtuosismo de Paulino Vieira, troca dois dedos de conversa com um emigrante em trânsito para as ilhas. Canta. Encanta.

Entre muitos Marlboros - ainda hoje Cize é fumadora compulsiva - e dois grogues, é ali que conhece o homem que irá mudar a sua vida. Foi em 1987. José da Silva, Djô para amigos e conhecidos, antigo agulheiro dos caminhos-de-ferro franceses, fica maravilhado com a sua voz e propõe-lhe parceria.

Cize diz que não: "Naquele tempo, eu tinha outros compromissos." Mas não foi um não definitivo: "Disse-lhe que quando acabasse o meu compromisso com o Bana dir-lhe-ia se o acompanhava ou não a Paris." Acabou por aceitar o convite e a sua estrela passou a brilhar mais alto: "Era a mão que precisava para me ajudar."

O encontro com Djô da Silva e o convite para ir para Paris

Nos dois primeiros discos Cize tenta modernizar os ritmos de Cabo Verde - é bem aceite, mas o grande sucesso ainda está para vir. Mar Azul é o primeiro, segue-se Lua Nha Testemunha. O namoro entre a voz suave de Cesária e a simplicidade da viola e do cavaquinho começa a dar que falar.

Um homem é fundamental na definição do som daquela que começa a ser conhecida como a "Diva dos pés descalços". Trata-se de Paulino Vieira, um dos génios da música cabo-verdiana. E ele não lhe poupa elogios: "A Cesária é como água fresca, uma pessoa tem sempre vontade de voltar a beber. E quando já está cansada desta água, depois de bebê-la de novo, chega à conclusão que tem ainda necessidade de bebê-la mais vezes."

O resto da história é património mundial. As salas esgotadas - Tóquio, Paris, Nova Iorque... "Eu canto da mesma maneira numa serenata ou numa dessas salas famosas." Os inúmeros prémios e condecorações, enfeites das paredes da sua casa no Mindelo: «Sou uma pessoa simples".

A conta bancária que não pára de engordar: "Costumo dizer que o Banco de Cabo Verde já não aceita o meu dinheiro e por isso estou agora a guardá-lo na Suíça (enorme gargalhada). As pessoas só se preocupam com estas coisas. Antes nunca ninguém pensou em ajudar-me." A simplicidade de uma mulher que, apesar das luzes da fama, continua com os pés descalços. Bem assentes no chão. "Consigo viver sem cantar. Quando largar vai ser de vez."

Depois do acidente vascular cerebral (AVC) sofrido na Austrália, em Março de 2008, dos tratamentos, em Paris e do merecido descanso no Mindelo, Cesária regressa aos palcos mundiais. De novo, com a alma na voz. Aquela voz, a sua. Diz quem já a ouviu que continua a mesma. Suave, celestial. De novo, com doçura e sinceridade: "Posso não ser muito alegre, mas triste também não sou." Cize é muito mais que sentimentos. Muito mais que música. É Cabo Verde no mundo.

Artigo publicado na Revista Única em Setembro de 2008

Condecorações

Em 1999, Portugal, agraciou Cesária Évora com a medalha da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

O galardão Les Victoires de la Musique para Melhor Álbum de World Music foi-lhe atribuído por duas vezes: em 2000 pelo álbum “Café Atlântico” e em 2004 pelo álbum “Voz d’Amor”.

“Voz d’Amor” foi igualmente premiado em 2004, com o Grammy para Melhor Álbum de World Music. Em 2009, o presidente francês Jacques Chirac distinguiu-a com a medalha da Legião de Honra de França.

Em Dezembro de 2010, no Rio de Janeiro, o Presidente Lula da Silva condecorou Cesária Évora com a medalha de Ordem do Mérito Cultural 2010.

Cesária Évora foi distinguida com o prémio carreira na gala do Cabo Verde Music Awards 2011.» in 
http://cesariaevora.sapo.cv/biografia/

"Partida
Cesaria Evora


Nha cretcheu ja`m s`ta ta parti
Oi partida sô bô podia separano
Nha cretcheu lavantá pam bem braçob
Lavantá pam bem beijob
Pam cariciob esse bô face.
Sel ta sirvi pa leval
Ma l`ta sirvi pa transportal
Caminho longe, separação
Ê sofrimento d`nhamor pa bô
Oi partida bô leval bô ta torná trazel.
Oi madrugada imagem di nh`alma
Ma nha cretcheu intrega`m sês lagrimas
Pam ca sofrê nem tchorá
Esse sofrimento ca ê sô pa mim
Oi partida bô ê um dor profundo.
Nha cretcheu ja`m s`ta ta parti
Oi partida sô bô podia separano
Nha cretcheu lavantá pam bem braçob
Lavantá pam bem beijob
Pam cariciob esse bô face.
Sel ta sirvi pa leval
Ma l`ta sirvi pa transportal
Caminho longe, separação
Ê sofrimento d`nhamor pa bô
Oi partida bô leval bô ta torná trazel.
Oi madrugada imagem di nh`alma
Ma nha cretcheu intrega`m sês lagrimas
Pam ca sofrê nem tchorá
Esse sofrimento ca ê sô pa mim
Oi partida bô ê um dor profundo."


Desporto Hóquei Patins - Um Craque do passado, Paulo Alves e outro do futuro, o meu Primo Miguel!

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O Meu Primo Miguel, atleta do Infante de Sagres, ao lado de um grande jogador, Paulo Alves!


Política de Pescas - Portugal conseguiu um aumento de 6% na quota global de pesca – uma vitória conseguida numa reunião em Bruxelas, que terminou já noite!



«Portugal consegue aumentar quota pesqueira em 6%


Ministra Assunção Cristas fala num resultado "positivo" de uma demorada negociação.


Portugal conseguiu um aumento de 6% na quota global de pesca – uma vitória conseguida numa reunião em Bruxelas, que terminou já noite. A Comissão Europeia pretendia uma redução global de 11%, mas o Governo português conseguiu um saldo positivo.


"Desta vez aumentámos substancialmente (as quotas), mais 6% na globalidade", disse a ministra das Pescas à saída de uma maratona de quase 16 horas de negociação cujo resultado considerou "muito positivo".


Assunção Cristas destacou particularmente a quota de bacalhau, que sobe 240 toneladas (4%), "dentro de um quadro de pesca sustentável e respeitando todos os pareceres científicos".


"Tudo isto reflecte o poder de negociação do nosso país ao nível técnico e também ao nível político", adiantou, sublinhando que "as primeiras propostas da Comissão apontavam para uma redução global de 11%".


A ministra desvalorizou ainda os casos em que houve diminuição da quota, sublinhando que "são casos com pouca expressão em Portugal e em que, normalmente, não cumprimos sequer a quota que nos está adstrita e que, portanto, não nos preocupam".


Subidas e descidas


A nível geral, Portugal saiu das negociações sobre as possibilidades de pesca para 2012 com um aumento nas quotas de areeiro (9%), biqueirão (10%), pescada (15%), tamboril (110%, recuperando quotas perdidas em anos anteriores), verdinho (875% em águas territoriais e 531% no sul da Bretanha e Golfo da Biscaia).


As descidas de quotas acontecem no carapau em águas espanholas, lagostim, raias, cantarilho, palmeta, abrótea, espadarte.


Nas águas dos Açores e Madeira, a quota de carapau - que é fixada por Portugal, sobe 4% , a do atum voador diminui 22% e a do atum patudo aumenta 22%.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=43150
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Apesar da perda do espaço marítimo de Marrocos a UE ainda queria cortar mais à nossa quota... grandes amigos que nós temos, muito solidários!

Arte Fotografia - Quando os CTT pediram aos carteiros de todo o país que fotografassem o que viam no dia-a-dia, Rosa viu-se "apanhada" pela objetiva, na companhia da sua "cliente de quatro patas"!

Rosa Magina com a cadela Petra, em Aveiro, na fotografia escolhida para a exposição
«Carteiros-fotógrafos: Rosa, a carteira, tem uma "cliente de quatro patas"


Rosa Magina é carteira em Aveiro há quase 20 anos. No “giro” que faz a pé diariamente, Rosa – Rosinha para os moradores – distribui cartas que são o retrato do país: muitas contas para pagar, cartas do Instituto do Emprego e multas das SCUT. Quando os CTT pediram aos carteiros de todo o país que fotografassem o que viam no dia-a-dia, Rosa viu-se "apanhada" pela objetiva, na companhia da sua "cliente de quatro patas".


Rosa Magina, 42 anos, cresceu com as cartas. Ao lado do pai - carteiro quase uma vida inteira – começou desde pequena a remexer em envelopes, moradas e carimbos. O sonho de ser enfermeira ficou pelo caminho e uma oportunidade trouxe-lhe o “giro” dos carteiros.
Há quase dezassete anos que faz o mesmo percurso pelo bairro social de Santiago Aveiro, onde conhece todos pelo nome e todos a tratam por Rosinha. Muitas dessas pessoas foram fotografadas por Rosa Magina quando os CTT lhe entregaram uma máquina descartável para que ela retratasse o que via no dia de trabalho.
Ela e milhares de carteiros tiraram ao todo 86 mil fotografias. Das 200 escolhidas para a exposição que hoje abre portas na rua de São José em Lisboa (e um livro que está também desde hoje disponível) uma foto é de Rosa. De Rosa e da Petra, uma cadela Labrador que a espera todos os dias. Quer haja ou não correio.» in http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/rosa-a-carteira_1903.html

F.C. do Porto Basquetebol: CAB Madeira 80 vs F.C. do Porto Ferpinta 89 - Dragões vencem na difícil deslocação à Ilha da Madeira!




«STEMPIN E JOHNSON FORAM DECISIVOS NO FUNCHAL


O FC Porto Ferpinta venceu, na noite desta sexta-feira, o CAB Madeira, por 80-89, em jogo da 10.ª jornada da Liga, disputado no Funchal. Greg Stempin e Rob Johnson distinguiram-se como as principais figura dos azuis e brancos e também do encontro, permitindo aos Dragões somar a nona vitória da fase regular, com o primeiro dos norte-americanos a distinguir-se como o MVP da partida.


A equipa de Moncho López, que atingiu o intervalo já em vantagem (36-41), dominou ao longo de praticamente todo o encontro, resistindo, inclusive, à inspiração triplista do adversário, que converteu 12 dos 24 lançamentos exteriores tentados, e dominando na proximidade das tabelas, onde conquistou mais 11 ressaltos do que o opositor (37 contra 26) e revelou uma eficácia de lançamento superior (65% contra 45%).


Greg Stempin, com 24 pontos e 7 ressaltos, e Rob Johnson, com um duplo-duplo de 18 pontos e 12 ressaltos, foram absolutamente decisivos na vitória de uma equipa em que Nuno Marçal (13) e João Santos (10) também atingiram ou ultrapassaram a dezena de pontos.


FICHA DE JOGO


Liga, 10.ª jornada
16 de Dezembro de 2011
Pavilhão do CAB, no Funchal


Árbitro principal: Pedro Coelho
Árbitros auxiliares: Fernando Rezende e Rui Ribeiro


CAB MADEIRA (80): Mário Fernades (8), Barry Shetzer (3), Jarvis Gunter (6), Shawn Jackson (14) e Jorge Coelho (12); Jaime Silva (31), Austin Kenon (6), Fábio Lima (0), Bruno Cavalcante (0)
Treinador: João Freitas


FC PORTO FERPINTA (89): Reggie Jackson (6), Carlos Andrade (5), João Santos (10), Greg Stempin (24) e Rob Johnson (18); Diogo Correia (2), Miguel Miranda (5), David Gomes (0), José Costa (6), Nuno Marçal (13)
Treinador: Moncho López


Ao intervalo: 36-41
Por períodos: 13-16, 23-25, 23-29 e 21-19» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Basquetebol/Noticias/noticiabasquetebol_bascabmadeirafcpcro_161211_65877.asp

16/12/11

Cidade do Porto - A Torre 5 do baixo do Aleixo já implodiu... esta foi uma política de urbanismo que falhou...




«Torre 5 do bairro do Aleixo demolida


A torre 5 do bairro do Aleixo, no Porto, foi hoje demolida por implosão, às 11:45, numa operação que envolveu cerca de 300 operacionais e que obrigou 509 moradores a abandonar o perímetro de segurança.» in http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article1063959.ece


(A Torre 5 caiu num ápice)
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O que podemos dizer é que uma política completamente errada de urbanismo, não pode terminar bem... terminou da pior forma, mas muito pior, foram os anos de terror que ala criou e das vidas que ceifou... abandonar pessoas com problemas sociais graves, em urbanizações, tipo gheto, nunca poderia dar bons frutos....

Poesia - O Meu Amigo e Poeta, Ângelo Ochôa, interpela-nos com o Poemeto: "Escrivaninha das horas quietas"




"Escrivaninha das horas quietas:
Estou decididamente morto
para o que não seja."


(Ângelo Ochôa, Poeta)

A Universidade do Minho e a SAR - Soluções de Automação e Robótica organizam a quinta edição da RoboParty®!

2012

«RoboParty'2012

A Universidade do Minho e a SAR - Soluções de Automação e Robótica organizam a quinta edição da RoboParty®. Trata-se de um evento de 3 dias (traz o teu saco cama para dormir lá), onde os jovens aprendem a construir o seu próprio robô com supervisão especializada, de uma forma simples e divertida.

Para além da formação básica (Electrónica, Programação, Mecânica), tens ainda muitas actividades desportivas e divertidas. No final do evento o robô é teu. O evento decorre no Pavilhão Desportivo da Universidade do Minho, em Guimarães, nos dias 23 a 25 de Fevereiro de 2012.
Para mais informação vê o site em: www.roboparty.org

As inscrições já estão abertas

Até ao dia 15 de Janeiro podes-te inscrever, em: http://www.roboparty.org/index.php?link=inscricoes
Mas atenção: Só há lugar para 100 equipas. Por isso inscreve-te rapidamente para garantires o teu lugar.
Para além do nosso site habitual  www.roboparty.org onde podes obter todas as instruções sobre este evento, este ano criamos uma página no facebook para poderes seguir as notícias com mais frequência.
Se nunca participaste, podes ter uma ideia do que é este evento através das fotos e vídeos de edições anteriores, disponiveis em: http://www.roboparty.org/index.php?link=Comofoi

Lembra-te

Para além de aprenderes a constuir robôs móveis, vais poder participar nas várias actividades paralelas (lúdicas e desportivas).
Podes ainda trazer os teus robôs ou outros gadgets para mostrares na RoboParty aos outros participantes.
Inscreve-te na Newsletter da RoboParty para receberes as notícias sobre o evento, ou segue-nos no facebook.
Se tiveres alguma dúvida, lê o nosso documento FAQ em: http://www.roboparty.org/ficheiros/FAQ.txt
Já podes fazer o download do poster do evento RoboParty’2012 em: http://www.roboparty.org/index.php?link=informacoes.

Para mais informações:
- escreve-nos para:  roboparty@sarobotica.pt
- ou visita o site:      www.roboparty.org


Saudações Robóticas,
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         \/    ROBOTICS
         []    --------
  __    /--\   Antonio Fernando Ribeiro    fernando@dei.uminho.pt
 /  \---|  |-\ Associate Professor         fernando@robotica.pt
 \__/---\__/-/ Dep. Electrónica Industrial fernando.ribeiro@iee.org
 |  |          Universidade do Minho       http://www.dei.uminho.pt/~fernando
 |  |          Campus de Azurém            http://www.robotica.dei.uminho.pt
 |  |          4800 GUIMARÃES              Tel:  +351 253510195/0
------         PORTUGAL                    Fax:  +351 253510189»

15/12/11

Cidade do Porto - Exposição Colonial do Porto, ou como o Estado Novo tentava mostrar o seu domínio colonial!

1
(Desfile na Rua 31 de Janeiro)

«(...) Vejamos então, ainda que brevemente, a organização e o conteúdo das secções principais da exposição:


Entrado na exposição pela entrada principal, o visitante deparava com uma estátua de S. Pedro, no meio da sala, lançando as redes ao mar, numa alegoria à sua condição original de pescador, transformada depois em "pescador de almas"[35]. À volta da sala alminhas, andores e altares representavam a Fé popular. A sala à direita estava dedicada à arte religiosa e era a sala mais rica da exposição. O ouro brilhava de forma portentosa e o visitante deslumbrava-se perante tamanha riqueza e tamanho esplendor[36]. Desta sala podia-se passar a uma outra dedicada à arte da fotografia relacionada com actividades de pesca; daqui se acedia à área reservada à exposição relativa aos serviços sociais da Legião Portuguesa. Esta parte da exposição tinha um cunho propagandístico notório, deliberadamente insistindo nos benefícios que o Estado Novo havia trazido às comunidades piscatórias. Este tom ideologicamente enfático prolongava-se na sala seguinte, dedicada às actividades e organização corporativas, especialmente àquelas dedicadas às comunidades piscatórias. Não sendo possível a passagem directamente desta secção para o corpo principal do edifício, o visitante teria que retornar à sala de entrada de onde poderia, então, entrar na sala principal, dedicada ao Mar e à Costa. Aqui toda uma vasta gama de actividades relacionadas com o atlântico estava em exposição: mapas, fotografias aéreas e terrestres, plantas de portos, peixes embalsamados representando as espécies mais comuns e as mais raras, modelos de barcos, miniaturas de actividades costeiras[37]. O conjunto pretendia retratar as actividades económicas do litoral nortenho do país. Uma porta à direita dava acesso a uma outra sala dedicada às gentes da região e onde se apresentavam os trajes tradicionais, objectos etnográficos de uso quotidiano, plantas de casas de arquitectura tradicional e miniaturas de cenas da faina marítima. Pretendia-se assim dar ao visitante uma ideia geral acerca da vida dos habitantes do litoral.


Na ala esquerda do Palácio estava instalada a secção do Comércio e Indústria e, ao fundo, a sala dedicada à pesca desportiva. Numa sala a que se tinha acesso a partir da sala de entrada estavam representados os desportos náuticos.


Esta exposição, tanto pela responsabilidade da sua organização quanto pelos conteúdos expostos, funcionava como uma tentativa de prova da obra que o Estado Novo tinha já levado a cabo no que respeitava às comunidades piscatórias do Norte do país. Os temas mais enfatizados eram as casas condignas, os acessos, os portos seguros e modernos e a industrialização das conservas que permitia escoar uma quantidade significativa de pescado e incrementar a actividade pesqueira. Estamos, pois, e uma vez mais, perante uma exposição que, não sendo declaradamente uma exposição de carácter político ou ideológico, pela carga propagandística que continha, se tornou num momento de auto-elogio do regime.


A mesma forma de apresentar foi empregue na exposição Exposição de Obras Públicas - comemorações de 15 anos (1932-1947), realizada em Lisboa em 1948. Uma vez mais o regime se apresentava como o redentor do país: havia obra feita, e não apenas em plano, para que todos pudessem apreciar e concluir (e não se poderia concluir outra coisa...) que o Estado Novo fora, e continuava a ser, a salvação de Portugal. As áreas principais onde o Estado Novo apresentava obra eram os transportes (estradas, pontes, caminhos de ferro, portos marítimos) e os edifícios públicos (tanto a recuperação de monumentos nacionais, como a construção de novos edifícios destinados a serviços públicos). As obras públicas eram, de facto, a "jóia da coroa" do regime: comparando o progresso neste sector com os anos do final da Monarquia e da Primeira República não podiam restar dúvidas de que o Estado Novo tinha mudado o país e para melhor. Esta constatação era, naturalmente, explorada política e ideologicamente com fins de propaganda.


Outro sector a que o Estado Novo veio a dar uma importância crescente foi ao sector industrial. O país era um país rural, o seu chefe era inegavelmente um homem de raízes rurais. Mas o país necessitava de industrialização se pretendia manter a independência económica, tão querida ao discurso de Salazar. Mais, era necessário mostrar à Nação que também neste sector o Estado Novo estava activo. Por este facto, em 1957, foi organizada uma exposição intitulada "Conheça a sua terra como país industrial". Nesta exposição foram apresentadas inúmeras fotografias de indústrias criadas ou desenvolvidas sob o Estado Novo de Norte a Sul do país. Tais elementos estavam acompanhados de citações de discursos de Salazar relacionados com a importância da indústria na economia nacional, como factor que possibilitava a diminuição da importação e o aumento da exportação. Tal processo era apresentado como muito significativo e positivo para o país. Outro motivo de exposição, interligando os aspectos anteriormente focados, era um conjunto de tabelas e gráficos demonstrativo do processo de industrialização portuguesa dos anos de 1955 e 1956.


Também nesta exposição o regime se apresentava de forma auto-elogiante, pretendendo demonstrar ao visitante que mais ou melhor não poderia ter sido feito e que Portugal estava muito devedor ao Estado Novo por todo o progresso que a exposição tão claramente patenteava. (...)» in http://ceaa.ufp.pt/museus3.htm

F.C. do Porto Andebol: ISMAI 23 vs F.C. do Porto Vitalis 33 - Dragões vencem mais um jogo e continuam na frente da liga!




«DRAGÕES BATEM ISMAI POR 10 GOLOS


O FC Porto Vitalis retomou a liderança que tinha circunstancialmente cedido no Andebol 1, depois de vencer no terreno do ISMAI por 33-23, em encontro da 15.ª jornada. Gilberto Duarte, com seis golos, foi o melhor marcador da partida.


Os azuis e brancos somam agora 41 pontos, mais um do que o Águas Santas. Na próxima jornada (sábado, 18h30), o FC Porto recebe o Belenenses, actual sexto classificado.


A equipa orientada por Ljubomir Obradovic alinhou e marcou da seguinte forma: Hugo Laurentino (g.r.), Gilberto Duarte (6), Filipe Mota (3), Tiago Rocha (4), Hugo Santos (3), Ricardo Costa (4) e Pedro Spínola (4). Jogaram ainda Alfredo Quintana (g.r.), Vasco Santos, Daymaro Salina (4), Sérgio Rola (2), Nenad Malencic (3) e Duarte Carregueiro.» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Andebol/Noticias/noticiaandebol_andismaifcpcro_151211_65805.asp

Música Portuguesa - Pedro Osório, um dos grandes Maestros da Música Portuguesa!





Pedro Osório - "O Beijo do Sol"


Pedro Osório - (Lançamento do disco - Cantos da Babilónia)
Tonicha - (Homenagem a Pedro Osório)
S.A.R.L. - "Uma Canção Comercial" - (Festival RTP 1979)


«Pedro Osório


Pedro Osório ComL é um maestro português que fez parte de grupos como Quinteto Académico e Trio Barroco.


Índice [esconder]
1 Biografia
2 Televisão
3 Espectáculos
4 Vida pessoal
5 Discografia
5.1 Conjunto Pedro Osório
5.2 Quinteto Académico
5.3 Quinteto Académico +2
5.4 Trio Barroco
5.5 Pedro Osório
5.6 Grupo Outubro
5.7 SARL


[editar]Biografia


Pedro Vaz Osório nasceu na cidade do Porto onde estudou Música e Engenharia Mecânica.
O “conjunto de Pedro Osório” tocava em bailes quase todos os fins-de-semana em final dos anos 50, princípio dos 60.


Em 1966 lançou o último EP do Conjunto de Pedro Osório e rumou a Lisboa para se juntar à segunda formação do Quinteto ACADÉMICO: Pedro Osório no piano, Jean Sarbib no baixo, Carlos Carvalho na guitarra, Zé Manel no sax-barítono e Adrien Ransy na bateria. Conheceu Luís Vilas Boas em 1966 após o regresso de Angola, onde cumpriu "dois anos, três meses e vinte e cinco dias" de comissão. Tentava retomar o curso de Engenharia. No último ano do curso (1967) decide-se pela carreira de músico profissional.


Depois dos conjuntos pop-rock (Conjunto Pedro Osório e Quinteto Académico) passa a dedicar-se à orquestração e direcção de orquestra.


Em 1968 forma o Trio Barroco com Jean Sarbib e Luís Vilas Boas.
Representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1968 como autor de "Verão" de Carlos Mendes.

Juntamente com Carlos Alberto Moniz funda em 1974 o Grupo OUTUBRO e gravam dois discos. É editado um disco do projecto SARL (Pedro Osório, Samuel e Carlos Alberto Moniz).
Participação do Grupo In-Clave, com Fernando Tordo e Tonicha, arranjos e direcção de Pedro Osório. No lado A “Portugal Ressuscitado”, poema de José Carlos Ary dos Santos para música de Pedro Osório. Uma produção da Sassetti - 1974 O estribilho de “Portugal Ressuscitado”: “Agora o povo unido Nunca mais será vencido Nunca mais será vencido”
É ao lado do maestro Pedro Osório no programa «No Tempo em que Você Nasceu» que Herman José inicia a sua carreira artística, (viola-baixo). Pedro Osório é também o responsável pela sua entrada no teatro de revista.


Pedro Osório representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1975 (Duarte Mendes) como chefe de orquestra.


O Pedro Osório S.A.R.L. fica em 3º lugar no Festival RTP de 1979 com "Uma Canção Comercial".


Com "Self-Made-Man" dos S.A.R.L. regressa ao Festival da Canção, em 1980. Representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1982 como chefe de orquestra.


Autor de música para cinema e teatro ganhou em 1982 o prémio da crítica com a música que compôs para a peça "BAAL" de Bertholt Brecht. Em 1982 "Quero Ser Feliz Agora" dos S.A.R.L fica em 4ºlugar.


1989 é o ano do projecto "SÓ NÓS TRÊS", com os cantores Paulo de Carvalho, Fernando Tordo e Carlos Mendes. "VIM PARA O FADO E FIQUEI" é outro dos seus projectos.


Em 1993 junta Lena d'Água, "Rita Guerra e Helena Vieira para o grande espectáculo "AS CANÇÕES DO SÉCULO", que foi gravado ao vivo no Casino do Estoril. Pedro Osório foi o criador dos arranjos e dirigiu a orquestra. A digressão desse espectáculo durou vários anos.
"QUATRO CAMINHOS" é outro dos projectos de Pedro Osório, com Paulo de Carvalho, Rita Guerra, Maria João e Carlos do Carmo, e foi apresentado em 1996.


Em 1994 recebeu o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.


Representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1996 como autor da canção "O meu coração não tem cor" interpretada por Lúcia Moniz, que conseguiu a melhor classificação de sempre da representação portuguesa naquele festival.


Escreve obras de música sinfónica tendo algumas sido executadas em público. Foi director musical e autor musical de shows do Casino do Estoril como "Novas Descobertas" e "POPera".
Em 1998, concebeu o espectáculo intitulado "Da Gama", tendo como subtítulo "Concerto para 6 Músicos, 2 Cantores e 1 Computador", em que participaram os cantores Paulo de Carvalho e Rita Guerra.


Em 1999 foi o responsável por outro espectáculo musical que consistiu na interpretação pop de várias árias de óperas conhecidas. Nele participaram os cantores Helena Vieira, Beto e Rita Guerra.


[editar]Televisão


Foi director musical e autor em séries como "CURTO CIRCUITO", "O TEMPO EM QUE VOCÊ NASCEU", "NOITES DE GALA", "CASINO ROYAL" e "JOAQUIM LETRIA". Compôs para"Magheda".


[editar]Espectáculos


Produtor e director musical de espectáculos como SÓ NÓS TRÊS, VIM PARA O FADO E FIQUEI, AS CANÇÕES DO SÉCULO, QUATRO CAMINHOS, NOVAS DESCOBERTAS e POPera.


[editar]Vida pessoal


Pedro Osório tem dois filhos, Luís Pedro (12 de novembro de 1972) e André (25 de novembro de 1990). Ficou viúvo em 24 de Dezembro de 2010, sua esposa era a Jornalista Isabel Oliveira


[editar]Discografia


[editar]Conjunto Pedro Osório


NAMORICO DA RITA/CANALLA/COW-BOY/LAS CLASES DE CHA CHA CHA - Alvorada
NOITE DO MEU BEM/faia/BON BAISER A BIENTOT/NESSUNO AL MONDO - Orfeu atep 6010.


Era Um Bikini…/Greenfiels/Escandalo ao Sol/Tem Pillibi - atep 6012
VELHA CARCAÇA/MARIA NINGUÉM/DELICIOSA/MENINA E MOÇA - 6015
O TEMPO ANDA PRA FRENTE/LONGE/TEMPO PARA CANTAR/SAPE GATO, XO - orfeu 6174 - 1966


[editar]Quinteto Académico


Watcha - AVDD - 1965 [Watcha / Let Kiss / Abdulah / Michael]
Reach Out I´ll Be There - 1966 - AVDD 7LEM 3178 [Winchester Cathedral/Nobody Else/Reach Out I'll Be There/ I've Got My Mojo Working] - 3178
Train - AVDD [Puppet On A String / Train / Finchley / 724710] - 3189
[editar]Quinteto Académico +2
Don't Mind / Judy In Disguise - MQ 228 - 1968
Why / Klaundyke Wood - AVDD MQ 229
Love Love Lovermen - AVDD


[editar]Trio Barroco


Summer (Verão)/Hold On I'm Coming/Les Enfants Qui Pleurent/When Something Is Wrong With My Baby - Decca [com TYREE GLENN JR. & VAN DIXON]
Hey Little Boy/There Will Never Be Another You/Do Vale À Montanha/Georgia On My Mind - Decca


[editar]Pedro Osório


Música Portuguesa Para Dançar - Pedro Osório e Seus Amigos - Alvorada
Piano Bar À Moda da Casa - Polygram
Só nós três
As Canções do Século - 1993 - Polygram
Tempo - NDR - 2000
Dagama - NDR 


[editar]Grupo Outubro


Cantigas de Ao Pé da Porta - LP - Diapasão
A Cantar Também A Gente Se Entende - Diapasão


[editar]SARL


Sociedade Artistica e Recreativa Lusitana
DE COMO A CANÇÃO SOCIAL TEM UMA FUNÇÃO CAPITAL…QUER DIZER/FUNCHAL,23 - Movieplay - 197
Uma Canção Comercial/Senhores da Guerra - PEDRO OSÓRIO SARL (EDIÇÃO RCA) - 1979
Self-made Man/Poema de Paria Perante a Mercearia - Imavox - 1980
Quero Ser Feliz Agora/A Cunha - Polygram - 1982» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Os%C3%B3rio_(maestro)


"Uma canção comercial
Letra de: Pedro Osório
Música de: Pedro Osório


eu tenho de fazer uma canção
de acordo com as normas internacionais
eu tenho de fazer uma canção
que possa competir nos circuitos comerciais
eu tenho de arranjar do pé para a mão
alguns acordes mais ou menos geniais
e resolvê-los na alegria de um refrão
segundo os moldes convencionais
é uma canção de lembrar uma canção de esquecer
é uma canção de embalar vocês é que hão-de dizer
quem não sabe fica sentado avança quem souber
ninguém se pode zangar com o que estou a dizer
quem não sabe fica sentado avança quem souber
ninguém se pode zangar com o que estou a fazer
há muita coisa a ganhar e pouca coisa a perder
três minutos passam depressa
e sobra muita vida para viver
não venho aqui falar da inflação
nem de qualquer dos outros problemas nacionais
eu só quero fazer uma canção
que possa competir nos circuitos comerciais
agora que eu já tive inspiração
para compor algumas frases musicais
vou acabar na alegria de um refrão
segundo os moldes convencionais
é uma canção de lembrar uma canção de esquecer
é uma canção de embalar vocês é que hão-de dizer
quem não sabe fica sentado avança quem souber
ninguém se pode zangar com o que estou a dizer
quem não sabe fica sentado avança quem souber
ninguém se pode zangar com o que estou a fazer
há muita coisa a ganhar e pouca coisa a perder
três minutos passam depressa
e sobra muita vida para viver
não sei se consegui uma canção
que possa competir nos circuitos comerciais
não sei".


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