FC Porto perdeu em Milão frente ao Inter (1-0) na 1.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
45 minutos de uma belíssima estratégia para conter o ímpeto da equipa da casa, 30 de uma agressividade ofensiva merecedora de pelo menos um golo e 23 de luta contra mais um elemento, após a expulsão de Otávio, e com um golo sofrido (Lukaku, 85 minutos). Assim se conta a primeira batalha dos oitavos de final da Liga dos Campeões. A 14 de março, o Estádio do Dragão vai encher-se para empurrar a equipa, que tentará dar a volta a uma eliminatória que sai de Milão com um sabor inglório para os portistas.
Após uma semana de muita expectativa entre os adeptos portistas, Sérgio Conceição fez regressar Matheus Uribe, Galeno e Otávio a um onze que teve também Zaidu como lateral esquerdo titular.
Os azuis e brancos entraram pressionantes desde o início e os condicionalismos causados por Galeno, Mehdi Taremi e Pepê na primeira linha de pressão obrigaram o Inter a errar e a ter o ímpeto natural de quem joga em casa quebrado. Ainda assim, foi dos italianos a primeira oportunidade de golo e também o primeiro momento de protagonismo de Diogo Costa: aos 18 minutos, após um canto curto, Çalhanoğlu alvejou a baliza de uma zona ainda lateral e o 99 respondeu com um grande estirada para novo canto.
Após uma maior incidência no aspeto defensivo ao longo dos 20 minutos inaugurais, os Dragões conseguiram ter a bola em sua posse e registaram, aos 26 minutos, a sua melhor chance de golo da primeira parte. Na sequência de uma circulação de bola de flanco a flanco, Otávio, à direita, desmarcou Mehdi Taremi, que dentro da área deu o apoio em profundidade e tocou prontamente de calcanhar para Grujić. O médio, embalado, desferiu um tiraço que Onana conseguiu defender e que Galeno, posteriormente, não conseguiu desviar para o fundo das redes nerazzurri.
Poucos instantes se seguiram até o adversário reclamar por uma falta inexistente de Galeno sobre Darmian dentro da área portista. O jogo prosseguiu, os da casa colocaram a bola fora das quatro linhas por própria iniciativa e, após Srdjan Jovanović ter naturalmente mandado retomar a partida na sequência de uma indicação do VAR, Zaidu desmarcou Otávio, que já ia no cara a cara com o guarda-redes oponente quando o próprio juiz interrompeu a partida e obrigou os da Invicta a devolverem o esférico ao Inter, de forma inexplicável.
No último lance da etapa inaugural, após uma mão de Zaidu, Di Marco encontrou Bastoni solto ao primeiro poste, mas o cabeceamento do central, já a escassos metros da baliza, foi parado por uma estonteante defesa com o braço do melhor guarda-redes a atuar na principal competição europeia de clubes. Deitaram as mãos à cabeça os italianos e os portistas, mas por motivos diferentes. O nulo mantinha-se à ida para os balneários.
Um FC Porto mais agressivo em termos ofensivos, principalmente a partir de transições rápidas, poderia ter marcado dois golos ainda antes do quarto de hora inicial do segundo tempo. Aos 54 minutos, Pepê conduziu o contra-ataque e entregou a Taremi, que já em esforço tentou desviar de Onana, mas o internacional camaronês esticou-se e evitou a vantagem portista.
Dois minutos mais tarde, o guardião dos de Milão haveria de responder a todos os momentos de brilhantismo de Diogo Costa num só: numa transição conduzida por João Mário, a bola chegou a Uribe à entrada da área, que largou para duas tentativas de Zaidu, a primeira travada por um corte de Skriniar e a segunda pelo guarda-redes do Inter. O esférico sobrou ainda para Taremi, que viu o golo impedido novamente por uma defesa impressionante de Onana.
Aos 77 minutos, qualquer intenção ofensiva azul e branca esvaneceu-se. Otávio viu o segundo amarelo e foi expulso – vai falhar, por isso, a segunda mão da eliminatória no Estádio do Dragão –, deixando os Dragões com menos um elemento em campo.
A partir daí, o Inter lançou-se para diante e, aos 85 minutos, Romelu Lukaku apareceu solto na área, desviou um cruzamento vindo da direita de cabeça para o poste e conseguiu mesmo marcar na recarga (1-0). Nova tentativa do belga, três minutos depois, esbarrou na muralha de nome Diogo Costa. Diferença mínima no final dos 90 minutos com a ambição de um desfecho diferente no Porto.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20230222-pt-diferenca-ingloria-para-inverter-no-dragao