«História de Amarante (excerto) E já que falei de Simão Soriano, não quero que me escape o ensejo de me referir ao autor da curiosa e interessante História de Amarante. Não lhe sei o nome. Pronunciá-lo-ia, se o soubesse, com simpatia e respeito. É ingénuo o seu livro. O autor não tinha a mente predisposta, nem a mão preparada, para os labores da história; nem disso estava convencido. Mas, testemunha presencial dos grandes e pequenos actos que se praticaram nesta vila e concelho, a lição, que êle deixou, não é inútil a quem estuda minuciosamente a invasão francesa. A sua inteligência, educada nas clássicas recordações romanas e gregas, só aí achava justa comparação e símile condigno aos varões insignes da sua terra e do seu tempo. E dum dêles deixou palavras que, se foram ditas, merecem especial menção e glorioso registo. Foram de D. Gaspar Teixeira de Queiroz, tenente-coronel de milícias de Basto. Estava êste fidalgo no sítio do Calvário, em Fregim, lendo uma proclamação do inimigo, pouco antes arrancada ao pelourinho de Vila-Caiz. Tinha a seu lado o juiz vereador. Daquele ponto elevado via-se a sua nobre casa do Pinheiro, nas imediações desta vila. De repente, aparece a casa envolvida em chamas. O incêndio alastra-se, cresce, sobe, envolve tudo em ingentes rolos de fumo e em rubras labaredas de fogo... Avisado do que sucedia, D. Gaspar de Queiroz olha, e limita-se a dizer: -«Ainda bem. Alegro-me. Se me não fizessem aquilo, sentia-me desacreditado. E até, para não sofrer a vergonha de ter sido especializado com favor pelo inimigo - eu mesmo, pelas minhas mãos, deitaria fogo à minha casa.» E continuou, sossegado, lendo... É belo, como um rasgo de heroísmo antigo; e quero crer que fôsse verdadeiro...» in Portugal Económico Monumental e Artístico da Editorial Lusitana, Fascículo LIV, Concelho e vila de Amarante.
«NASA observa "nuvens de verão" na maior lua de Saturno Não é a primeira vez que a sonda Cassini identifica a formação de nuvens de metano em Titã, a maior lua de Saturno, mas as novas observações validam que a mudança de estações ainda precisa de mais estudo. A sonda da NASA já está a estudar Saturno há mais de 12 anos e aproxima-se agora daquilo que a agência espacial norte americana designa como "Grande Final", com uma nova fase da missão a garantir maior proximidade do planeta e dos seus anéis já a partir de abril de 2017. Mas enquanto não inicia este novo período de observações, a Cassini continua a registar as mudanças no planeta, e na sua principal lua, Titã, tendo verificado nos últimos dias de outubro a movimentação de grandes nuvens de metano através das regiões norte de Saturno. Como se pode observar no vídeo, vários conjuntos de nuvens desenvolveram-se, moveram-se sobre a superfície e desvaneceram-se num espaço de cerca de 11 horas. Segundo a NASA as nuvens moviam-se a uma velocidade de 7 a 10 metros por segundo. Os vídeos em time-lapse são usados pelos cientistas para observar a dinâmica da formação de nuvens, ajudando a distinguir entre "ruido" como raios cósmicos, e nuvens ligeiras ou nevoeiro. A Cassini tem observado a formação de nuvens intermitentes entre as regiões a norte e latitudes médias de Titã, onde se sabe existirem vários lagos de metano e mares, mas as observações deste ano têm sido intercaladas por dias, ou semanas. Os modelos de clima de Titã previam a formação de mais nuvens durante o verão na região norte, o que mostra que o estudo ainda precisa de mais desenvolvimentos. A Cassini vai continuar a estudar Titã em 2017, num projeto conjunto entre a NASA, a ESA e a Agência espacial italiana. No próximo ano a sonda vai aproximar-se mais de Saturno e em setembro está previsto que "mergulhe" no planeta, recolhendo mais dados sobre a sua atmosfera.» in http://tek.sapo.pt/multimedia/artigo/nasa_observa_nuvens_de_verao_na_maior_lua_de_saturno-49466eif.html
«NASA: Em caso de apocalipse a Terra tem aviso 5 dias antes
Com o nosso planeta Terra situado num sistema Solar fértil em fenómenos astronómicos, um grupo de astrónomos e programadores da NASA criaram um sistema de alerta precoce para um eventual ‘ataque asteroidal’, que pode, com quase 100% de garantia, detetar qualquer asteroide 5 dias antes de ele se aproximar da Terra.
O receio é real e ao longo das últimas décadas, cientistas de todo o mundo têm vigiado ativamente os asteroides próximos da Terra e conduzido uma espécie de censo cósmico, na tentativa de entender a que ponto eles são perigosos para a humanidade. No espaço próximo à Terra há tantos asteroides que os astrónomos tiveram de criar uma tabela especial para avaliar a hipótese de eles atingirem a Terra.
Como refere a publicação Universe Today, apesar do grande número de asteróides descobertos nos últimos anos com a ajuda de telescópios terrestres e do observatório WISE (Explorador Infravermelho de Campo Amplo), muitos asteróides grandes e inúmeros objectos espaciais menores (do tamanho mais ou menos igual ao do meteorito que caiu em Chelyabinsk em Fevereiro de 2013), há muitos outros que ainda não foram descobertos.
Segundo é referido no relatório publicado pela NASA em 2011, até hoje conhecem-se apenas cinco mil asteróides com diâmetro aproximado de uma centena de metros, enquanto se estima que o número total de asteróides seja de dezenas de milhares. O número de corpos objectos menores dentro do cinturão principal de asteróides pode ser ainda maior e chegar a um milhão.
É por esta razão que a NASA, a Roscosmos e outras agências espaciais estão a trabalhar activamente para desenvolver sistemas de detecção de asteróides antes de eles atingirem a Terra e refletindo sobre a criação de infraestruturas de “defesa espacial”.
O primeiro produto desse tipo foi o sistema Scout, desenvolvido na NASA e testado já este mês. Ao usar o telescópio automático PAN-STARRS, o sistema conseguiu detectar o asteróide 2016 UR36 cinco dias antes do seu encontro com o nosso planeta, calcular o seu diâmetro (entre 5 e 25 metros) e determinar a distância entre ele e a Terra.
O prazo de cinco dias pode parecer curto e insuficiente mesmo para enviar uma missão já preparada que destruísse asteróides potencialmente perigosos, mas antigamente os cientistas eram capazes de detectar tal “assassino” espacial apenas algumas horas antes da sua queda na superfície da Terra. Agora com cinco dias de vantagem, as autoridades poderão tomar alguns acções para desloca e evacuar as zonas onde o impacto acontecerá.» in http://kids.pplware.sapo.pt/curiosidades/nasa-em-caso-de-apocalipse-a-terra-tem-aviso-5-dias-antes/
(NEWS: NASA’s ‘Intruder Alert’ system spots asteroid on near-collision course with Earth)
«O CLÁSSICO DA INJUSTIÇA SUPREMA Benfica arrancou empate no Dragão com golo caído do céu, já em período de compensação (1-1). O FC Porto empatou este domingo diante do Benfica (1-1), no Estádio do Dragão, em jogo a contar para a décima jornada da Liga NOS. Os portistas, que realizaram uma grande exibição, adiantaram-se no marcador aos 50 minutos, por intermédio de Diogo Jota, mas o Benfica, sem nada fazer para o merecer, chegou ao empate já em período de compensação, com um golo de Lisandro López (90m+3). A primeira parte do FC Porto merecia muito mais do que o nulo que se arrastou até ao intervalo. De dentes cerrados e mangas arregaçadas, o coletivo portista encostou o Benfica à sua área e fez por justificar o golo que não chegou durante os primeiros 45 minutos, por ineficácia ou mérito de Ederson. O guarda-redes dos encarnados foi a figura maior de uma equipa que pouco ou nada fez para mexer com o marcador, em gritante contraste com a exibição autoritária, dominadora e cheia de atitude por parte dos Dragões, empurrados, e muito, pela fé inabalável dos adeptos, imparáveis no apoio à equipa. O intenso fluxo ofensivo do FC Porto fez multiplicar os lances de perigo junto da baliza de Ederson, mas André Silva (6m e 22m), Alex Telles (8m), Danilo Pereira (20m) e Corona (14m e 24m), este de forma mais flagrante, não conseguiram dar ao Estádio do Dragão a explosão de alegria que ele pedia. O Benfica, porventura melindrado com o ímpeto portista desde o apito inicial, só aos 35 minutos deu um ar da sua graça, mas o remate de Gonçalo Guedes saiu tudo menos enquadrado com a baliza de Casillas. A pujança da exibição portista no primeiro tempo justificava outro resultado, mas o teimoso 0-0 persistia à ida para o descanso. O golo que faltou nos primeiros 45 minutos, surgiu pouco depois do reatamento. Corona descobriu Diogo Jota no flanco esquerdo do ataque portista e o 19 dos Dragões partiu para cima de Nélson Semedo, deixando o defesa encarnado para trás antes de desfeitear Ederson com um remate forte de pé esquerdo, entre o poste e o guarda-redes brasileiro (50m). Estava feita justiça, mas o 1-0 ainda era curto perante tamanho domínio do FC Porto. À passagem da hora de jogo, Samaris obrigou Casillas a aplicar-se, o mesmo fazendo Alex Telles com Ederson, na cobrança de um livre direto (67m). Quando nada fazia prever outro cenário que não a vitória do FC Porto, o Benfica chegou ao empate com um golo de cabeça de Lisandro López, na sequência de um canto cedido por Herrera (90m+3). Foi o canto do cisne e a injustiça suprema para os Dragões, que fizeram e deram tudo para reduzir a diferença que os separa do topo da tabela, e que assim continua a ser de cinco pontos. Os jogadores mereciam a vitória pelo que fizeram dentro do campo. E os adeptos também, pelo que foram fora dele. VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2016%20-%202017/o-classico-da-injustica-suprema-11-6-2016.aspx
«BOXE PORTISTA APURA-SE PARA OS CAMPEONATOS NACIONAIS Pedro Ribeiro e António Filipe estiveram em destaque O FC Porto vai estar presente nos Campeonatos Nacionais de boxe, através dos resultados obtidos nas finais do Campeonato Regional de Seniores Consagrados, disputadas este sábado, na Junta de Freguesia da Sé, no Porto. Na categoria de 60kg, Pedro Ribeiro conquistou o primeiro lugar, enquanto que, na categoria de 91kg, por equipas, António Filipe ficou em segundo.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/boxe-portista-apura-se-para-os-campeonatos-nacionais.aspx
«DRAGÕES COM ESTREIA INFELIZ NA LIGA EUROPEIA FC Porto Fidelidade empatou frente ao Mérignac (1-1), na primeira jornada da fase de grupos. O FC Porto Fidelidade estreou-se na Liga Europeia de hóquei em patins com um amargo empate (1-1) frente ao Mérignac, num encontro em que a larga superioridade portista foi atenuada por uma exibição inspirada do guardião Loic Chiboisa, pelos postes e pelo desacerto na conversão de livres diretos e de grandes penalidades. Na segunda jornada do grupo B, os Dragões jogam em Itália, frente ao Bassano. Face ao conjunto vice-campeão francês, os azuis e brancos, a jogar em casa, começaram a partida praticamente a vencer, graças a um golo de Jorge Silva no terceiro minuto, num lance que decorreu de um livre direto desperdiçado por Rafa. Começava bem o FC Porto, com um golo, mas o livre direto falhado por Rafa foi também um mau prenuncio para o que seguiu. Frente a uma equipa defensiva, que não se inibiu, sempre que necessário, de recorrer a faltas para anular os intentos azuis e brancos, o FC Porto dominou sempre as operações mas pecou no momento de atirar à baliza francesa, que teve em Chiboisa uma barreira praticamente intransponível. Aos 23 minutos, por exemplo, Gonçalo Alves viu uma grande penalidade e a recarga serem defendidas, algo que voltaria a repetir-se uns segundos depois com novo castigo máximo e respetiva recarga parados pelo francês. Os forasteiros jogavam em contra-ataque e foi assim que contribuíram também para uma exibição muito positiva de Carles Grau, com o guardião que esta época chegou ao FC Porto a fazer um par de defesas de encher o olho. Foi com uma dessas defesas do catalão que abriu o segundo tempo, antes dos Dragões terem voltado à carga e verem Chiboisa a defender tudo que havia para defender: grandes penalidades de Hélder Nunes e Rafa e um livre direto de Reinaldo Garcia…até com a máscara. Impôs-se o velho ditado que diz que “quem não marca, sofre”. Numa das raras jogadas de ataque continuado dos franceses, Antoine Berre fez o golo da igualdade quando faltava jogar pouco menos de um minuto para o final da partida. Já não havia tempo para qualquer reação portista. Concluída a primeira jornada, os azuis e brancos seguem no segundo posto do grupo B, que é liderado pelo Barcelona, que goleou os italianos do Bassano, por 14-3. FICHA DE JOGO FC PORTO FIDELIDADE-MÉRIGNAC, 1-1 Liga Europeia, grupo B, 1.ª jornada 5 de novembro de 2016 Dragão Caixa, no Porto Árbitros: Josep Ribo e Raul Burgo FC PORTO FIDELIDADE: Carles Grau (g.r), Ton Baliu, Rafa, Jorge Silva e Reinaldo Garcia Jogaram ainda: Hélder Nunes, Gonçalo Alves, Vítor Hugo e Telmo Pinto Treinador: Guillem Cabestany MÉRIGNAC: Loic Chiboisa (g.r), Remi Herman, Sylvain Lesca, Guilhem Lesca e Antoine Berre Jogaram ainda: Olivier Lesca e Fabien Brousrtaud Treinador: Stephane Herin Ao intervalo: 1-0 Marcadores: Jorge Silva (3m) e Antoine Berre (49m) Disciplina: cartão azul a Sylvain Lesca (3m), Olivier Lesca (21m) e Guilhem Lesca (35m)» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/hoquei-em-patins-fcporto-merignac-1jor-liga-europeia.aspx
«DESPORTO ADAPTADO: DRAGÕES VENCEM SUPERTAÇA DE TÉNIS DE MESA Pedro Cardoso e António Macedo conseguiram a segunda Supertaça consecutiva para os portistas. A equipa de ténis de mesa (desporto adaptado) do FC Porto conquistou na manhã de sábado a Supertaça da ANDDI, vencendo a dupla do CAID-Santo Tirso pelo parcial de 3-0, num encontro que decorreu no Ginásio Clube de Santo Tirso. Esta Supertaça conquistada pelos Dragões foi a segunda consecutiva no palmarés do ténis de mesa azul e branco.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/desporto-adaptado-supertaca-tenis-de-mesa.aspx
«PORTISTAS VENCEM LEIXÕES NO TORNEIO DE ABERTURA Equipa de bilhar do FC Porto conseguiu um confortável triunfo por 4-0. A equipa de bilhar às três tabelas do FC Porto venceu na noite de sexta-feira a formação do Leixões, por 4-0, no encontro da quarta jornada do Torneio de Abertura (Zona Norte, série 4). Depois de ter folgado na terceira jornada, os Dragões regressam à competição com um triunfo e ocupam a segunda posição do grupo, com sete pontos, a dois do líder Leça. Na Academia de Bilhar do Estádio do Dragão, Santos Oliveira venceu António Correia por 30-10 (19 entradas), Fernando Cunha ultrapassou André Enes, por 30-16 (37 entradas), João Ferreira derrotou Alfredo Santos com o parcial de 30-14 (22 entradas), enquanto o campeão nacional Rui Manuel Costa derrotou João Viegas, por 30-11 (31 entradas). Na quinta jornada, agendada para o dia 15 de novembro, os azuis e brancos deslocam-se ao salão do Boavista, com a partida a ter início às 21h30.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/bilhar-tres-tabelas-fc-porto-leixoes-4jor-torneio-abertura.aspx
Ecos da Cave - "4 paredes" - (Official Music Video)
Ecos da Cave - "Espírito Livre" - (Official Music Video)
Ecos da Cave - "Defeitos Humanos" - (Ao vivo)
Ecos da Cave - "Odeio Amar-te"
Ecos da Cave - "Inconsciência" "Desejo Ecos da Cave Dia de chuva, A praia deserta, A brisa do mar, Fico quente contigo. E a água salgada, Que bebi do teu corpo, Embriagou-me, Embriagou-me… Talvez tu estejas Em qualquer lado, E a pensar em mim… Talvez até estejas no teu quarto, E me desejes aí, E me desejes aí, E me desejes aí"
«Turismo – Amarante pode ser, na realidade, dentro de algum tempo, um centro turístico importante, servida, como é por excelentes estradas que conduzem, por assim dizer, a regiões ricas agrícola e comercialmente, e possuindo a fama, e muito justa, do serviço esmeradíssimo dos seus hotéis e pensões.
Em Amarante, em qualquer casa de pensão ou restaurante, se come bem.
A proximidade de um centro urbano de primeira classe como é o Pôrto, poderá trazer-lhe muito desenvolvimento, podendo ser uma terra procurada para a realização dos fins de semana a que o público do nosso país já se vai habituando.
A curta distância da Serra do Marão, cheia de espetáculos inéditos de paisagem, admiráveis da grandeza solitária e beleza alpestre, quer no verão, quer no inverno quando se touca do manto alvo e puríssimo de neve, de que há que tirar partido, como fazem as terras próximas da Serra da Estrêla. Num dos pontos mais belos da grandiosa serra do Marão, em breve, será aberta ao público uma das interessantíssimas «Pousadas» que, em feliz hora, o Governo da Nação, por intermédio do Secretariado da Propaganda Nacional, aí fez construir.
A vila de Amarante, já de si curiosa pelo seu ar antigo, a que não faltam notas bizarras de modernismo e bom gosto, com os seus tesoiros artísticos, com as suas vistas cheias de encanto do parque Florestal e dos viveiros em construção à beira-Tâmega, com as suas pergolas e miradoiros, enfim, tudo quanto representa relíquias do passado histórico e monumental e tudo o que é obra do esforço e trabalho dos seus habitantes e dirigentes actuais, dá-lhe foros para ser a terra onde o turista se sinta bem, a respirar a lufada sêca que o ar do Marão nos traz.
Amarante, Novembro de 1941.
Fernando dos Reis» in Portugal Económico Monumental e Artístico, Editorial Lusitana, Fascículo LIV, Concelho e vila de Amarante.
Andei muito com os meus primos pelos montes da família, com
os rebanhos de ovelhas que estes pastoreavam e que ajudavam ao sustento
familiar, pelos anos oitenta e sempre me intrigaram os buracos em forma de
bacia com vestígios de carvão, que apareciam de longe a longe nos terrenos.
Eram os fornos dos carvoeiros, descobri mais tarde, em que homens vestidos e
sujos de negro, apresentavam uma aura quase mística. No lusco fusco das tardes,
lá vinham eles, quais personagens misteriosas da noite, carregar o carvão em
sacos de serapilheira.
Esse produto vegetal que resultava da queima de ramos mais
rasteiros dos pinheiros e de detritos biológicos que as florestas criavam
naturalmente. Normalmente, queimavam esses restos da floresta, em poços
previamente construídos para o efeito e depois deitavam terra por cima das
fogueiras e o fogo continuava em brasa, sob esse manto de terra, a produzir o
carvão tão útil para as braseiras no inverno, os aquecedores da época. Ainda me
lembro de ver passar por nós, os primos, um velho homem de negro e com sacos de
carvão. Olhou para nós, fitou-nos de frente, disse-nos para lhe vigiarmos os
fornos que mais tarde viria. Como se tratava já de um homem de idade avançada,
nunca mais o vi, e por uns tempos, ainda foi possível ver os poços vazios,
entregues aos matagais. Para jovens como nós, foi um momento de inquietação a
passagem daquele homem, oriundo da floresta e imerso nela, dando a ideia que
lhe pertencia.
Aliás, eu e os primos, como tínhamos que acompanhar as
ovelhas, fruíamos a floresta e os campos abandonados de todas as formas e
feitios. Ora fazíamos pequenas quadras para jogar futebol, em improvisados
ervados, onde disputávamos jogos de futebol, dois contra dois, em tardes de
verão intermináveis. Outra brincadeira era jogar aos cowboys, onde quem se
escondia melhor entre matos e rochas, apanhava os outros na sua mira, campo de
visão, e dizia o nome do eliminado. Os primos trepavam árvores como ninguém e
era um gosto vê-los a subir aos ninhos de rolas e de pegas. Como moço vindo da
cidade, jamais tive a sua apetência para subir pelas árvores acima, puxando com
pernas e braços num estilo bem simiesco. E comíamos amoras, bebíamos água
fresca das levadas de rega dos lavradores que nascia em minas, pinhões, uvas,
maças, peras, figos, laranjas, tangerinas…
Outros personagens curiosos dos montes eram os resineiros.
Colocavam uns recipientes de borracha na parte inferior dos troncos dos
pinheiros, golpeavam-nos com mestria e estes ficavam a escorrer a resina, um
produto dos pinhais muito útil para a industria nacional. Claro que nos anos
oitenta, o país ainda não tão fustigado pelo terrível drama dos incêndios
florestais, muito por causa deste aproveitamento holístico de todos os recursos
da floresta. Afinal, nessa altura ainda se faziam as camas do gado, com o mato
dos montes e as prometidas centrais de biocombustão que absorveriam muitos dos
materiais sobrantes das florestas, foram apenas planos que ficaram nas gavetas
dos executores dos fundos europeus.
«Portugal, que foi um dos líderes mundiais deste produto,
tendo chegado a produzir 140.000 toneladas em 1984, contrastando com a modesta
produtividade mais recente, de 6.000 tn em 2012, ou 4.500 tn em 2009. A resina
é formada por várias substâncias (ácidos, álcool e óleo) e da destilação da
resina obtêm-se dois produtos para a indústria de 1ª transformação: a
terebintina (ou aguarrás) e a colofónia (também conhecida por pez). Depois da
matéria-prima transformada, ela passa por uma outra indústria (a de 2ª
transformação), onde os produtos derivados terão como destino os mais diversos
fins, desde a área da medicina e indústria farmacêutica até às borrachas,
passando pela cosmética e até mesmo a indústria alimentar (pastilhas
elásticas). Em Portugal a resinagem é feita no pinheiro-bravo e também no
pinheiro-manso, sendo uma atividade regulamentada por lei.» in http://www.agrotec.pt/noticias/resinagem-em-portugal-um-foco-de-esperanca/
E andavam sempre muitos caçadores pelos campos e montes, que
nós seguíamos para ver as suas caçadas, ao coelho, maioritariamente, mas também
à perdiz. Os campos e montes estavam sempre com gente, que coabitavam de forma
harmoniosa. Os matos eram cortados pelos lavradores que faziam assim as camas
do gado, produzindo depois um substrato fabuloso para a fertilização das terras
agrícolas. A máxima de que nada se perdia, tudo se transformava, era assim
consubstanciada, quase na sua plenitude.
Se isso agora era possível, claro que não. Afinal, os regatos
estão empestados de químicos dos adubos, herbicidas, sulfatos… A agricultura
mudou, automatizou-se, perdeu gente, é mais intensiva e agressiva para solos e
cursos de água. Os montes ardem todos os Verões, num espetáculo sempre
repetido, ano após ano. Se éramos mais felizes nesses tempos em que brincávamos
e andávamos pelos montes é muito discutível, pois hoje em dia parece que os
gadgets que a tecnologia disponibiliza aos jovens são por demais imersivos
noutras realidades que, os prendem de uma forma quase obsessiva, mas que, pelo
menos aparentemente, os fazem felizes.
O que não está melhor, isso é factual, é a nossa floresta autóctone,
estar a ser substituída por eucaliptais, que alteram dramaticamente a nossa
paisagem visual, mas pior do que isso, afetam negativamente as águas dos solos
e são um ótimo combustível para as chamas que os fustigam todos os Verões. Além
disso, os nossos pinhais antigos tinham manchas de carvalhos e de sobreiros que,
pela sua natureza, são excelentes formas de controlar naturalmente a evolução
dos incêndios florestais. Esta política de terra queimada, por muito que se
queira ignorar, está a destruir paulatinamente a economia da floresta, a
paisagem, o ambiente. Dizem agora que a culpa é dos pequenos proprietários
florestais que não têm meios de gerir as suas pequenas parcelas de floresta. E
as florestas do Estado, não ardem? E os baldios, não ardem? Cheira-me a negócio
queimado, o que está para vir, no que respeita à política florestal.» in http://birdmagazine.blogspot.pt/2016/11/os-homens-da-floresta.html
THE CURE - "A Forest" "A Forest The Cure Come closer and see See into the trees Find the girl If you can Come closer and see See into the dark Just follow your eyes Just follow your eyes I hear her voice Calling my name The sound is deep In the dark I hear her voice And start to run Into the trees Into the trees Into the trees Suddenly I stop But I know it's too late I'm lost in a forest All alone The girl was never there It's always the same I'm running towards nothing Again and again and again and again"
«VITÓRIA REFORÇA CANDIDATURA AOS “OITAVOS” FC Porto venceu o Club Brugge na quarta jornada da Liga dos Campeões (1-0). Golo foi pontado por André Silva. Com a vitória por 1-0 na noite desta quarta-feira sobre o Club Brugge, no Estádio do Dragão, na quarta jornada da Liga dos Campeões, o FC Porto matou dois coelhos de uma cajadada só, como diz o provérbio. Por um lado, passa a somar sete pontos no Grupo G, que o colocam mais perto de alcançar os oitavos de final pela 12.ª vez desde que a competição é disputada no atual formato. Por outro, com este resultado, que lhe permite pôr fim a uma série de quatro jogos caseiros sem vencer na Europa, garante a continuidade nas competições da UEFA, já que o terceiro lugar está automaticamente garantido. André Silva apontou o único golo de uma partida em que a equipa portista teve que se aplicar muito para derrotar os aguerridos campeões belgas. Os azuis e brancos apresentaram um onze com uma cara nova relativamente àquele que defrontou o Vitória de Setúbal no sábado passado - Layún cedeu o lugar a Maxi, que se estreou em jogos da fase de grupos da Champions. A troca de nomes não implicou qualquer alteração no desenho tático de Nuno Espírito Santo, que manteve a aposta no já habitual 4-4-2, com Herrera no lado direito e Otávio no outro, perante um 5-3-2 dos belgas, que muitas vezes se transformava num 3-5-2 no momento defensivo. O FC Porto criou perigo praticamente no primeiro lance do encontro - Diogo Jota chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento de Herrera -, mas começou por sentir dificuldades em impor o seu jogo e em penetrar na área do Brugge, com uma linha defensiva sempre bem posicionada e agressiva. Os belgas foram os primeiros a ameaçar o golo, negado por Casillas a Wesley com uma bela intervenção (25m) e só foram colocados em sentido quando Alex Telles, na conversão de um livre direto que levou a bola ao ferro da baliza (34m). Nesta altura, já os Dragões tinham pegado no jogo, estavam mais agressivos no momento ofensivo e na reação à perda da bola, mas era através de lances de bola parada que conseguiam criar perigo. Na sequência de um canto apontado por Alex Telles, inauguraram o marcador, graças a um cabeceamento certeiro de André Silva, que lhe valeu o décimo golo em 11 jogos oficiais esta época (37m); pouco depois, num livre cobrado com classe pelo lateral brasileiro, estiveram muito perto do 2-0 (41m). O FC Porto entrou na segunda parte determinado a chegar a uma vantagem mais confortável no marcador e colocou o Brugge em sentido principalmente através de ataques rápidos. Num deles, conduzido por André Silva e concluído com um remate de Diogo Jota que Butelle defendeu com os pés (61m). O lance despertou os belgas que esboçaram uma reação, embora ténue, que lhes permitiu sacudir a pressão para longe da sua baliza durante alguns minutos. Na tentativa de contrariar o crescimento do adversário, Nuno lançou Rúben Neves, depois Corona e os Dragões voltaram a controlar as operações e a estar novamente perto de dilatar a vantagem no marcador, num cruzamento/remate cruzado de Alex Telles ao qual André Silva não chegou a tempo de emendar (73m). O segundo golo portista demorava a chegar e o Brugge começou a acreditar que poderia levar um ponto daqui, encostando o FC Porto à sua área nos momentos finais. No entanto, na grande oportunidade que teve para o conseguir, Casillas disse novamente presente e, com uma grande defesa, agarrou os três pontos que colocam os azuis e brancos no segundo lugar do grupo, a três pontos do Leicester, que não foi além de um nulo na deslocação ao terreno Copenhaga. VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/FC-Porto-Club-Brugge.aspx
(FC Porto vs Club Brugge KV 1-0 All Goals Highlights 2/11/2016 UCL)
«“BÊS” EMPATAM COM O LIVERPOOL Omar Govea fez o golo dos Dragões na estreia na Premier League International Cup. O FC Porto B estreou-se na tarde desta quarta-feira na edição de 2016/17 da Premier League International Cup com um empate (1-1) no terreno do Liverpool, no primeiro jogo dos azuis e brancos no Grupo C da prova europeia organizada pela Liga inglesa de futebol. A equipa do FC Porto adiantou-se no marcador no primeiro minuto da segunda parte, por intermédio de Omar Govea, na transformação de um livre direto, mas a formação inglesa reagiu pouco depois e conseguiu o empate aos 65 minutos, por intermédio de Brooks Lennon. O ponto conquistado em Inglaterra permite aos Dragões chegar ao segundo posto do grupo, com um ponto, os mesmos do Liverpool, que é terceiro mas conta já com dois jogos. O líder é Wolfsburgo (Alemanha), que conta duas vitórias em dois jogos, enquanto o Leicester (Inglaterra) segue no último posto com zero pontos, fruto de uma derrota. O FC Porto B, orientado por Luís Castro, alinhou com: Raúl Gudiño; Fernando Fonseca, Chidozie, Verdasca e Inácio; Rui Pires (Fede Varela, 46m), Omar Govea (Palmer-Brown, 60m) e Graça; Galeno (Rui Moreira, 80m), Tony Djim e Kayembe.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/liverpool-fc-porto-b-premier-league-international-cup-1jor-.aspx