«E a seguir vem a Primavera! “O Natal é a velha festa do Solstício de Inverno. Na noite mais longa do ano, igual ao Inverno, ao frio, à neve, ao gelo, que parecem não ter fim, nessa noite única e terrífica, os nossos antepassados recusaram acreditar na morte do sol. Traziam no coração a certeza da Primavera. Sabiam que a vida continuava, que as flores iriam furar a neve, que as sementes germinariam debaixo do gelo, que as crianças iriam tomar a sua parte na herança e que os seus clãs e as suas tribos iam conquistar todas as terras de que tinham necessidade para viver, todos os mares onde iam estabelecer um domínio sem limites. No momento em que os glaciares recuavam pouco a pouco diante as florestas, milhares de anos atrás, uma imensa velada de armas reunia-nos à volta dos fogos, através de toda a Europa, então sem nome. Os nossos antepassados surgiam das trevas e das brumas. Iam descobrir o mar imóvel e erguer pedras verticais, ao sol da Grécia. Sabiam que triunfariam sobre o Inverno, sobre o medo e sobre aquela sageza atroz dos velhos que paralisam a gente jovem impaciente. O nosso mundo está prestes a nascer. Invisível como as flores e as sementes de amanhã, faz o seu caminho debaixo da terra. Temos já as nossas raízes solidamente enterradas na noite das idades, ancoradas no solo dos nossos povos, alimentadas com o sangue dos nossos antecessores, ricas de tantos séculos de certeza e de coragem que somos os únicos a não renegar. Entrámos no Inverno integral, onde se obrigam os filhos a terem vergonha dos altos feitos de seus pais, onde se prefere o estrangeiro ao irmão, o vagabundo ao camponês, o renegado ao guerreiro. Entrámos num inverno onde se constroem casas sem chaminés, aldeias sem jardins, nações sem passado. Entrámos no Inverno. A natureza morre e os homens tornam-se todos iguais. Já não há paisagens, já não há rostos. Vivemos em cubas. Com um pouco de química, iluminamo-nos, alimentamo-nos, não temos crianças a mais, esquecemos a luta, o esforço e a alegria. Sim, apesar das luzes de néon, das montras e das imagens do cinema, apesar das festas do Natal, das grinaldas, das missas e dos abetos, entrámos num Inverno muito longo. Somos só alguns que trabalham para o regresso da Primavera.” Jean Mabire, em “Os Solstícios – História e Actualidade”» in https://www.facebook.com/groups/monastab/?multi_permalinks=976286082425193¬if_t=group_highlights
(Solstício de Inverno)
(O que é o solstício de inverno?)
(Movimentos terrestres estações do ano Solstício Equinócio)
«Refúgios Para o Fim de Ano, Amarante Charme, tranquilidade e festa. Celebrar a entrada no novo ano não é sinónimo exclusivo de grandes farras, fogo de vista e multidões ruidosas. Se este ano tem em mente algo mais recatado, para uma festa a dois ou entre um grupo de amigos, damos-lhe sete bons motivos para não mudar de planos. É reservar antes que esgote. O Monverde distingue-se pela harmonia: entre a natureza, as vinhas e as construções reabilitadas, adaptadas a alojamentos de luxo. Lá dentro, pode descansar-se de forma integral, porque o silêncio impera e os corredores entre as vinhas podem servir de trilhos de passeio. Há um spa de vinoterapia, piscina interior e um lounge em tons de verde apaziguador. O Monverde tem o cognome de Wine Experience Hotel e assim é, promovendo provas de vinhos da casa-mãe com regularidade, incluindo no fim de semana de Ano Novo. Na noite de réveillon, o hotel propõe um pack que inclui o jantar de 31 no seu restaurante, comandado pelo chef Agostinho Martins e o seu talento para salientar sabores delicados na farta comida da região. Amarante fica a cinco minutos, e do Porto ao Monverde decorrem uns diretos 45 minutos em boas estradas. DM Monverde - Wine Experience Hotel. Quinta de Sanguinhedo, Telões. Tel.: 255143100. Fim de ano a partir de 299 euros por pessoa (duas noites).» in http://www.jn.pt/evasoes/fimdesemana/Interior.aspx?content_id=4951927
«Eugénio de Andrade descreveu Teixeira de Pascoaes assim:
«O Pascoaes que eu conheci, já velho, é certo, era magnífico e luminoso: espontâneo e simples como as crianças, mas também terrível e acusador como um Profeta do Velho Testamento. A sua presença era inquieta e feliz, não deixando nada em sossego em nome da verdade.
A mentira para ele o maior dos pecados mortais.
Olhava-o deslumbrado. No primeiro momento Pascoaes pareceu-me velho, muito mais velho do que eu imaginara. Nunca o vira antes e apenas o conhecia de antigos retratos. Mas essa impressão desfez-se logo. Ele era vida prodigiosa, ímpeto, espaço aberto. Sobretudo diante do Marão.» in "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos.
«Ladainha da Santíssima Virgem Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos. Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós. Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós. Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós. Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. Santa Maria, rogai por nós. Santa Mãe de Deus, Santa Virgem das Virgens, Mãe de Jesus Cristo, Mãe da divina graça, Mãe puríssima, Mãe castíssima, Mãe imaculada, Mãe intacta, Mãe amável, Mãe admirável, Mãe do bom conselho, Mãe do Criador, Mãe do Salvador, Virgem prudentíssima, Virgem venerável, Virgem louvável, Virgem poderosa, Virgem clemente, Virgem fiel, Espelho de justiça, Sede de sabedoria, Causa da nossa alegria, Vaso espiritual, Vaso honorífico, Vaso insigne de devoção, Rosa mística, Torre de David, Torre de marfim, Casa de ouro, Arca da aliança, Porta do céu, Estrela da manhã, Saúde dos enfermos, Refúgio dos pecadores, Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos, Rainha dos anjos, Rainha dos patriarcas, Rainha dos profetas, Rainha dos apóstolos, Rainha dos mártires, Rainha dos confessores, Rainha das virgens, Rainha de todos os santos, Rainha concebida sem pecado original, Rainha elevada ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário, Rainha da paz, Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos. Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém. (no mês de outubro) V. Rogai por nós, Rainha do Sacratíssimo Rosário, R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.» in https://sc.wikipedia.org/wiki/Litanias_lauretanas
«Mais droga encontrada no autocarro de Scott Weiland A polícia descobriu mais droga no autocarro que transportava Scott Weiland na digressão pela América do Norte. Aquando da morte do músico, as autoridades descobriram uma pequena quantidade de cocaína e detiveram Tommy Black, baixista da banda de suporte de Weiland, os Wildabouts. De acordo com o TMZ, «mais dois sacos com droga» foram encontrados pela polícia.
No interior havia xanax, duas qualidades diferentes de comprimidos para dormir, o opiáceo de combate às dores Buprenorphine, Viagra e Ziprasidone, um antipsicótico usado para combater a esquizofrenia e bipolaridade. Weiland foi diagnosticado como bipolar em 2001.
O vocalista dos Stone Temple Pilots e Velvet Revolver foi encontrado morto na passada sexta-feira de madrugada. A causa da morte foi uma paragem cardíaca. » in http://discodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=56539
(Stone Temple Pilots Live at Vh1 Storytellers)
Velvet Revolver - "Fall To Pieces"
Velvet Revolver - "She Builds Quick Machines"
Stone Temple Pilots - "Creep" - (Vídeo)
Scott Weiland & the Wildabouts - "Modzilla" - (Official Music Vídeo)
The doors ft Scott Weiland - "Break on through"
Stone Temple Pilots - "Revolution" - (Beatles cover - John Lennon tribute)
Velvet Revolver - "Wish you were here" - [Live HD]
Velvet Revolver - "Patiente"
Scott Weiland - "Winter Wonderland" - (Official Vídeo)
Scott Weiland - "I'll be home for Christmas" - (Official Vídeo)
Stone Temple Pilots - "Sex Type Thing" - (Beatles cover - John Lennon tribute)
Velvet Revolver - "The last fight"
"Creep Forward yesterday Makes me wanna stay What they said was real Makes me wanna steal Livin' under house Guess I'm livin', I'm a mouse All's I gots is time Got no meaning, just a rhyme Take time with a wounded hand 'Cause it likes to heal Take time with a wounded hand 'Cause I like to steal Take time with a wounded hand 'Cause it likes to heal, I like to steal I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray Well, I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray Well, I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray Well, I'm half the man I used to be, half the man I used to be Feelin' uninspired Think I'll start a fire Everybody run Bobby's got a gun Think you're kinda neat Then she tells me I'm a creep Friends don't mean a thing Guess I'll leave it up to me Take time with a wounded hand 'Cause it likes to heal Take time with a wounded hand Guess I like to steal Take time with a wounded hand 'Cause it likes to heal, I like to steal I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray I'm half the man I used to be, half the man I used to be Take time with a wounded hand 'Cause it likes to heal Take time with a wounded hand Guess I like to steal Take time with a wounded hand 'Cause it likes to heal, I like to steal I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray Well, I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray Well, I'm half the man I used to be Because I feel as the dawn It fades to gray Well, I'm half the man I used to be, half the man I used to be"
Jorge Palma e Sérgio Godinho - "Dá-me Lume" - (Live)
Jorge Palma e Sérgio Godinho - "A Noite Passada" - (live)
Jorge Palma e Sérgio Godinho - "Caso For Esse O Caso" - (Live)
Sérgio Godinho e Jorge Palma - "Espalhem a Notícia" «A Noite Passada Sérgio Godinho A noite passada acordei com o teu beijo descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo vinhas numa barca que não vi passar corri pela margem até à beira do mar até que te vi num castelo de areia cantavas "sou gaivota e fui sereia" ri-me de ti "então porque não voas?" e então tu olhaste depois sorriste abriste a janela e voaste A noite passada fui passear no mar a viola irmã cuidou de me arrastar chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo olhei para baixo dormias lá no fundo faltou-me o pé senti que me afundava por entre as algas teu cabelo boiava a lua cheia escureceu nas águas e então falámos e então dissemos aqui vivemos muitos anos A noite passada um paredão ruiu pela fresta aberta o meu peito fugiu estavas do outro lado a tricotar janelas vias-me em segredo ao debruçar-te nelas cheguei-me a ti disse baixinho "olá", toquei-te no ombro e a marca ficou lá o sol inteiro caiu entre os montes e então olhaste depois sorriste disseste "ainda bem que voltaste"»
«NO TEMPO EM QUE AS “BOAS FESTAS” TAMBÉM ERAM DADAS NO RELVADO A tradição de realizar jogos de futebol em quadra natalícia chegou a ter raízes no FC Porto, em meados do século passado. Nos anos 30, 40 ou 50 do século passado não existia televisão em Portugal, muito menos Internet e até outras formas de entretenimento que hoje em dia são comuns. Por isso, a véspera e dia de Natal viviam-se mais nas ruas e os chamados jogos de boas festas eram um hábito popular. O FC Porto participou em vários, ao longo desses anos, até que a tradição se perdeu, estando ainda presente em países como Inglaterra, onde o chamado boxing day da Premier League é um dos pontos altos da época. De qualquer forma, a relevância destes encontros cunhou até o termo “equipa de boas festas”, que adjectiva uma formação frágil, que entra em campo para marcar presença e sem grande ambição de vencer. De facto, na maior parte dos registos que encontramos nestes encontros, o mais habitual é encontrar resultados muito desnivelados a favor dos Dragões. Por exemplo, em 1940, os azuis e brancos bateram o Carcavelinhos por 6-2 e, em 1949, derrotaram o Boavista por 8-2, com cinco golos do avançado Vital. Em 1950, o Salgueiros sai vergado a um desnivelado 7-3. Em 1945, e aí em jogo a sério, a contar para o Campeonato da Primeira Divisão, o FC Porto esmagou o Atlético por 11-0, com cinco golos de Correia Dias. Em 1933, o adversário estava longe de ser pêra doce - o futebol húngaro era um dos mais fortes do mundo e viria a maravilhar o Mundo, especialmente na década de 1950 -, mas a selecção de Budapeste (que incluía as vedetas do Honved, MTK e Ujpest Doszda) foi goleada por 7-0 no Porto, na véspera de Natal de 1933. Quatro anos antes, também o Sporting regressou a Lisboa com um resultado de 4-1 favorável aos portistas. Claro que, para esses resultados, contribuía o futebol sem amarras e preocupações defensivas que era então praticado. Mas é possível encontrar resultados renhidos nos acervos do Dragão: no dia de Natal de 1936, FC Porto e Benfica empataram a três, sendo que as principais expectativas recaíam sobre o potencial reforço Muller. O alemão não convenceu e acabou por ser devolvido à procedência, uma situação nos antípodas da vivida por Pinga (na foto, à direita), um dos maiores futebolistas da história do clube. O madeirense, nascido a 30 de Setembro de 1911, foi apresentado a 25 de Dezembro de 1930, no âmbito de um particular com o Salgueiros, e terminaria a carreira depois de 15 de épocas ao serviço do FC Porto, em que alinhou em mais de 300 partidas (contabilizando provas nacionais e regionais) e superou também a barreira dos 300 golos. Em termos de títulos, conquistou três Ligas portugueses e dois Campeonatos de Portugal. A estreia oficial haveria de tardar quase um ano, devido à acção da Associação de Futebol do Funchal, que queria manter o craque no Marítimo, contra a sua vontade.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Equipas-de-boas-festas-Natal.aspx
«Financial Times distingue praia do Castelejo, em Vila do Bispo 06-12-2015 às 14:041 A praia do Castelejo, em Vila do Bispo, foi a descoberta do ano para um jornalista de viagens do Financial Times. O jornal britânico convidou alguns colaboradores a eleger as descobertas e as decepções do ano. E Portugal aparece referenciado pela positiva. A praia do Castelejo, em Vila do Bispo, Algarve, foi eleita pelo jornalista de viagens Paul Richardson, que a destacou como sendo «a praia perfeita».» in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=802192
(O Poeta Teixeira de Pascoes em Amarante na Rua Teixeira de Vasconcelos)
«Na Semana Santa íamos sempre para casa do Tio João, na vila, para ver a procissão do enterro, na noite de sexta-feira. As varandas enfeitadas com colchas de damasco e lamparinas acesas enchiam-se de espetadores amigos. E a procissão subia a rua íngreme num passo cadenciado. Os penitentes, com archotes iluminando o negrume da noite, seguiam o andor do Senhor morto. Fixamos a figura de Cristo e temos a sensação que Ele nos segue com os olhos. Pascoaes estava habituado a assistir a esta procissão. Mas, nesse ano de 1952, ficou emocionado. Exclamou: «Parece que Ele me olhou com intenção!» Foi o último ano de vida do Poeta.» in "Na sombra de Pascoaes", de Maria José Teixeira de Vasconcelos.
EZ SPECIAL - "SE EM TI EU NÃO MANDO" - (ACÚSTICO AO VIVO)
EZ SPECIAL feat PAULO GONZO - "SEGREDOS"
"Sei Que Sabes Que Sim EZ SPECIAL Sei que sabes que sim, e que para mim és o mundo lá fora. não há nada a fazer nem nada a dizer, aqui e agora deixa a volta ao mundo vai ser o que o tempo entender nem tu tens de o dizer, só tens que o sentir se sabes que sim e que para mim és o mundo lá fora Olha para mim, se estiveres a fim falamos depois, a qualquer hora Olha para mim, tudo tem um fim vemo-nos depois sei que és parte de mim estarás sempre aqui sei que não demora não há nada a fazer nem nada a dizer aqui e agora deixa a volta ao mundo, vai ser o que o tempo entender em que não tens que o dizer só tens que o sentir se sabes que sim e que para mim és o mundo lá fora Olha para mim, se estiveres a fim falamos depois, a qualquer hora Olha para mim, tudo tem um fim vemo-nos depois [x2]"
«A Maria “Bonita” A Maria, conhecida por “Bonita”, nasceu numa freguesia de Amarante na década de trinta do século passado tinha uma história de vida, fora do normal, tendo em conta a forma de viver da altura. Filha de uns cabaneiros muito pobres que viviam na serra, não passava despercebida a sua beleza feminina. Desde muito nova, ganhou a alcunha de “Bonita”, pois tinha um rosto e um corpo que eram deslumbrantes... sempre suja e mal-arranjada, não passava despercebida a ninguém. Quando frequentava a escola já parecia uma mulher, desenvolta, trigueirinha e maior e mais bem constituída que as demais raparigas que tinham a sua idade. Cedo se fez mulher, pois a sua Mãe morreu de tuberculose, quando ela tinha três anos de idade, logo desde muito nova aprendeu a defender-se sozinha, a carregar lenha para a lareira da cozinha, a cultivar a horta e a tomar conta dos animais e dos seus dois irmãos e pai que, embora mais velhos, não tinham o desembaraço e maturidade da “Bonita”. Quando ia à feira com os manos e o pai, todos os homens da Vila, solteiros, casados, viúvos, olhavam-na discretamente, mas de forma quase instintiva, o que a deixava toda vaidosa e ainda mais desempenada, a fazer os negócios que considerava bons. O pai e irmãos, pouco argumentavam, pois, o diabo da moça conseguia com a sua maneira de ser, alegre e despachada, dar a volta aos mercadores que ficavam como que enamorados pela sua presença. O seu poder de sedução extravasava, na sua sensualidade feminina, de mulher muito linda e perfeita, muito segura de si! Se algum homem de forma mais arrojada, tentava seduzir a Bonita, os seus irmãos, rapazes fortes e musculados pela vida difícil e de trabalho que levavam, estes rapidamente se aproximavam e anulavam rapidamente qualquer avanço menos correto para com a sua irmã, o que a fazia sentir ainda mais poderosa e mais desinibida. Bonita, que vivia no meio daqueles três homens, era como que a sua Mãe, mas ao mesmo tempo, era a protegida deles, mais parecendo filha dos três. Mas, o tempo passa e Bonita estava no esplendor da idade, linda e formosa como poucas, com uma daqueles belezas, sorrisos e posturas que parece que desafiam os homens, começou a inquietar os seus guardiões, com a sua forma de ser, quase descarada, deixando qualquer homem louco, só com a sua simples, mas vistosa presença. Um dia no fim da missa, saindo Bonita da igreja com as mulheres do coro pastoral que ela frequentava, o Manuel Moreno, homem alto, desempenado e senhor de muitas conquistas femininas, investiu para ela, no sentido de lhe perguntar o nome. A Bonita riu-se do atrevimento e com uma gargalhada desafiadora, logo lhe disse: “Isso querias tu saber magano, pergunta ali aos meus irmãos...”. Estes, quando avistaram a proximidade de Moreno para com a sua irmã, irromperam por entre a multidão que se juntara no adro da igreja da freguesia, tendo o José puxado a irmã dali pelo seu braço. José era o irmão mais velho, vinte e quatro anos, Joaquim tinha dezanove e Bonita uns belos catorze anos, mas que deitava as moças da freguesia mais velhas a um canto... O Manuel Moreno não era homem de se ficar e nas tascas da freguesia lá ia dizendo que casaria com Bonita, não fosse ele mais o Moreno! Ora também o Toninho, o Lobo, alcunha que tinha por ter fama de matar lobos e cães selvagens à varada, se havia enamorado de Bonita e um dia numa dessas sessões de tagarelice que o Moreno promovia para fortalecer a sua vaidade, o Lobo enfrentou o Moreno, interpelando-o violentamente: “Morra aqui eu se não te roubo a Bonita, oh Moreno, que mais pareces um cigano!”. Moreno calou-se, com medo ao manejo que o Lobo tinha da sua vara que sempre o acompanhava e o Lobo saiu rindo do silêncio geral da sala... Dizem que somos gente de brandos costumes, que quase sempre é só fumaça, mas sabemos bem que, designadamente, em questões passionais sabemos ser muito irracionais, qual maldição da nossa latinidade... desde este acontecimento, em que os machos foram altamente colocados à prova, perante a comunidade, não se poderiam esperar tempos de paz; ademais, Moreno calou-se e não enfrentou o Lobo pelos cornos, salvo seja, mas na qualidade de presa esperta, esperará o seu momento para ficar na mó de cima. Passaram uns dias e aparece na casa de Bonita, o Lobo, mais a sua vara, pelas costas presa nos braços, como ele gostava de caminhar, pelos trilhos da aldeia. Dirigiu-se ao patriarca e sem mais demoras pediu a mão de Bonita em casamento. O pai e os dois filhos é que não acharam graça ao descaramento do lobo, Bonita também não e correram o homem com má fama à pedrada. Este como se viu em desvantagem e sem margem de manobra para manejar a vara por entre a chuva de pedras, qual lobo vivaço e bateu em retirada a praguejar e a rogar vingança. A situação agudizava-se, Lobo e Moreno, não queriam ficar mal e num dia de feira na Vila, depois de bem bebidos, embrulharam-se num diálogo boçal e decidiram resolver a demanda à paulada no centro do campo da feira. A multidão criou uma clareira onde os dois se começaram a bater e o entusiasmo popular era grande. Lobo era forte e mais físico, Moreno mais raposa, mais calculista e esperto. Numa situação em que os paus se cruzaram no ar, os dois dobraram-se e baixaram-se, Moreno retira o pau, Lobo cai sobre si, moreno saca de um punhal e matou-o, ali, no meio de todos, num ato de grande cobardia. Todo o povo começou a fugir, só o Moreno ficou com o punhal espetado no seu ventre... vieram dois guardas e Moreno foi preso! Provérbio Francês: “A quem tem mulher bonita e castelo de fronteira, nunca lhe falta debate nem guerra.”» in http://birdmagazine.blogspot.pt/2015/12/maria-bonita.html
Ez Special - "Menina Bonita" - (deixas saudades)
"Menina Bonita Ez Special Quando eu te vejo Sinto saudade Dos teus dias quentes E de tempestade. Para conseguir Fazer-te feliz Fico hoje contigo. [refrão] Segunda, passa o dia a correr Chego a Terça-feira sem a conseguir ver Quarta, há tanto para dizer Acordo e ainda posso ver o dia nascer Quinta, paro para pensar, Como seria se vivesse noutro lugar? Menina bonita, é sexta E vamos vadiar Não vai levar muito Para seres capaz De veres em mim Mais do que um rapaz Espero que não seja tarde demais P'ra levar-te comigo... Segunda, passa o dia a correr Chego a Terça-feira sem a conseguir ver Quarta, há tanto para dizer Acordo e ainda posso ver o dia nascer Quinta, paro para pensar Como seria se vivesse noutro lugar Menina bonita, é sexta Só quero ficar Todo o meu tempo, Não estragar Esse momento Quando passas perto, Tão perto de mim... Segunda, passa o dia a correr Chego a Terça-feira sem a conseguir ver Quarta, há tanto para dizer Acordo e ainda posso ver o dia nascer Quinta, paro para pensar Como seria se vivesse noutro lugar Menina bonita, é sexta e vamos vadiar... Segunda passa o dia a correr Chego a Terça-feira sem a conseguir ver Quarta há tanto para dizer Acordo e ainda posso ver o dia nascer Quinta, paro para pensar Como seria se vivesse noutro lugar Menina bonita, é sexta... Quando eu te vejo Sinto saudade Dos teus dias quentes..."
Dizem que é o melhor pão-de-ló do universo - e afirmá-lo talvez não seja ousadia. Aqui se conta a sua verdadeira história, a partir de uma pequena fábrica na aldeia de Folgoso, na margem esquerda do Douro.
É simples, a história deste pão-de-ló. Assim como parece ser simples a sua confeção (naturalmente, terá uma pitada de segredo pelo meio). O melhor pão-de-ló do universo, atribuição que lhe foi dada por José Miguel Júdice, quando, há cinco anos, o descobriu num restaurante em Leça da Palmeira, Matosinhos, faz-se com calma. Quase com a mesma pacatez que corre na aldeia de Folgoso, no Vale de S. Domingos, Castelo de Paiva, na margem esquerda do rio Douro.
António Oliveira e a mulher, Eulália, ambos com 43 anos, entram na unidade de produção (à porta de casa) às seis da manhã. Nesta época do ano, “saem uns 250 bolos por dia”. Na banca, alinham-se 24 batedeiras (cada uma destinada à confeção de um pão-de-ló) que, durante dez minutos, batem as gemas e as claras pasteurizadas, açúcar e farinha (ou chocolate em pó, no caso da variação de chocolate). “Todas as medidas têm que estar certas”, diz António, o criador da receita. “Têm que levar a quantidade certa de açúcar (250 gramas para cada um). Não pode ser muito doce nem muito amargo, tem que estar no ponto”. Depois, é só pôr os tabuleiros retangulares nos fornos (há 12), numa temperatura média, durante meia hora. O segredo? “É a dedicação”, apressa-se a garantir António. “Cada vez gostamos mais de fazer pão-de-ló. Há muita gente que gosta dele e sentimo-nos gratos por isso”, realça, com a maior simplicidade do universo (acrescentamos nós).
António Oliveira já se dedicava à confeção do pão-de-ló há uns bons anos (depois de ter aperfeiçoado a receita de um que existia no restaurante da sua irmã, Amélia) quando o advogado e empresário Júdice meteu a colherada no doce. Ficou de tal maneira surpreendido com a iguaria que telefonou a António a propor uma parceria com o grupo Lágrimas Hotels & Emotions. E assim nasceu o título: o melhor pão-de-ló do universo. E porque não? “Não é melhor do que os outros, mas é diferente pelas suas características”, salienta o pasteleiro, sem pretensiosismos. Fofo, húmido (com as gemas mal cozidas) e retangular serão talvez os três pontos que o distinguem dos restantes. Mas gostos não se discutem, claro. E António, um dos oito filhos de um mineiro do Pejão, sabe disso. O melhor é meter a colherada, e comprovar por si mesmo.
Casa de Pão-de-Ló do Vale de S. Domingos > Folgoso, Raiva, Castelo de Paiva > T. 255 766 060
Infante Sagres Palace > Pç. D. Filipa de Lencastre, 62, Porto > T. 22 33 98 500
Quinta das Lágrimas > R. António Augusto Gonçalves, Coimbra > T. 239 802 380
«O reencontro com a Tradição "Todas as grandes civilizações descansam sobre uma antiga tradição que atravessa o tempo e transporta com ela as chaves do reino. Todas têm por origem o livro ou a palavra de um sábio, de um profeta ou de um poeta fundador... Para os europeus é um mistério perturbante. Impregnados por uma visão teleológica da História, pela cultura do progresso, pelo desprezo pelo passado e pela sua ausência de memória longa, encontram-se desamparados perante o descomunal movimento mundial de retorno identitário que vêem facilmente como uma regressão. Na sua cegueira, procuram soluções técnicas (políticas, económicas, organizacionais) para uma crise de civilização que é espiritual... Desnorteados pela falta de memória identitária... não têm agora outra opção que não seja a de recorrer à fonte de energia espiritual donde surgiu o impulso inicial da sua civilização há vários milénios... é viver na companhia de modelos que alimentaram a parte mais autêntica das respectivas civilizações. Não é voltar para trás, é reactualizar os princípios vivos de um específico ideal de vida. Os homens só existem pelo que os distingue: clã, linhagem, história, cultura, tradição. Não há uma resposta universal às questões da existência e do comportamento. Cada povo dá as suas respostas, sem as quais os indivíduos, homens ou mulheres, privados de identidade e de modelos, são precipitados numa perturbação sem fundo. Como as plantas, os homens não podem prescindir de raízes. Mas as suas raízes não são apenas as da hereditariedade, às quais se pode ser infiel; são também as do espírito, isto é, da tradição que cabe a cada qual reencontrar." Dominique Venner, retirado de "O Século de 1914. Utopias, Guerras e Revoluções na Europa do Séc. XX".» in https://www.facebook.com/groups/monastab/974062979314170/?notif_t=group_activity
(Historias de Portugal [Prof. J.H.Saraiva] - Os Descobrimentos Portugueses 1/3 O Voo dos Açores)
(Historias de Portugal [Prof. J.H.Saraiva] - Os Descobrimentos Portugueses 2/3 Recordando Tordesilhas)
(Historias de Portugal [Prof. J.H.Saraiva] - Os Descobrimentos Portugueses 3/3 Fernão Mentes? Não)
«DEFESA DE QUINTANA ENTRE AS 30 MELHORES DO ANO Guarda-redes do FC Porto voltou a ser destacado pela Federação Europeia de Andebol. A Federação Europeia de Andebol (EHF) elegeu a defesa de Alfredo Quintana ao minuto 22:55 do jogo em que o FC Porto derrotou o Chekhovskie Medvedi (31-27), no Dragão Caixa, como uma das 30 melhores do ano de 2015. A magnífica intervenção do guarda-redes do FC Porto, numa altura em que os Dragões perdiam por 10-13, já tinha sido distinguida como uma das melhores da quarta jornada Liga dos Campeões na habitual rubrica Top 5 Saves da EHF. O companheiro de equipa Hugo Laurentino também mereceu destaque por parte da EHF, devido a uma das suas defesas no jogo em que os Dragões bateram os espanhóis do La Rioja (35-31), que figurou entre as cinco melhores da oitava jornada da mais importante competição europeia de clubes de andebol.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/defesa-quintana-30-melhores-defesas.aspx
(Top 30 Saves of 2015 | VELUX EHF Champions League)
"Canção duma sombra Ah, se não fosse a névoa da manhã E a velhinha janela, onde me vou Debruçar, para ouvir a voz das cousas, Eu não era o que sou. Se não fosse esta fonte, que chorava, E como nós cantava e que secou... E este sol, que eu comungo, de joelhos, Eu não era o que sou. Ah, se não fosse este luar, que chama Os espectros à vida, e se infiltrou, Como fluido mágico, em meu ser, Eu não era o que sou. E se a estrela da tarde não brilhasse; E se não fosse o vento, que embalou Meu coração e as nuvens, nos seus braços, Eu não era o que sou. Ah, se não fosse a noite misteriosa Que meus olhos de sombras povoou, E de vozes sombrias meus ouvidos, Eu não era o que sou. Sem esta terra funda e fundo rio, Que ergue as asas e sobe, em claro voo; Sem estes ermos montes e arvoredos, Eu não era o que sou." Teixeira de Pascoaes