«VENTO A FAVOR PARA CHEGAR AOS “OITAVOS”
Tello, André André e Layún apontaram os golos da vitória do FC Porto, que mantém o primeiro lugar do grupo da Champions.
O FC Porto colocou-se esta quarta-feira em boa posição para chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, ao vencer por 3-1 no terreno do Maccabi Telavive, com golos de Tello, André André e Layún. O vento soprou forte em Haifa ao longo de todo o dia e pode dizer-se que foi favorável para os Dragões, que somam dez pontos no grupo G, mais três do que o Chelsea, segundo. Os portistas defrontam agora em casa o Dínamo de Kiev, na quinta jornada, e, em caso de vitória ou empate, carimbam o apuramento. Em Haifa, na casa emprestada do Maccabi, os Dragões efectuaram uma exibição segura, contendo o entusiasmo dos adeptos israelitas - que encheram o estádio de amarelo e azul e que se levantavam a cada ataque - e conquistaram o primeiro triunfo de uma equipa portuguesa no país, em encontros da Champions. Para este registo, não será um acaso que o FC Porto - actualmente num ciclo de 18 encontros consecutivos sem perder em todas as competições - nunca tivesse jogado em Israel.
Lopetegui deu desta vez a titularidade a Evandro, que, esta época, apenas tinha sido titular no jogo da Taça de Portugal frente ao Varzim (2-0), compondo um meio-campo que apresentava ainda Rúben Neves e Danilo. André André, pela direita, e Tello, na esquerda, eram os apoios mais directos de Aboubakar. Os primeiros 20 minutos foram abertos, com os israelitas a disputar o jogo a todo o campo e a deixar assim espaços na sua defesa. A outra consequência desta postura foi causarem alguns calafrios a Casillas, sempre por intermédio de Ben Haim II, o mais perigoso do Maccabi. O momento mais crítico foi aos 15 minutos, quando o extremo obrigou Casillas a uma excelente defesa para canto. Mas o golo do FC Porto surgiu aos 19, por Tello, e o gás com que os visitados entraram em campo foi-se perdendo, o que era uma inevitabilidade: o futebol voluntarioso, mas às vezes algo desorganizado do Maccabi, não podia durar sempre.
Não se pense, porém, que nos primeiros 20 minutos o FC Porto não atacou. Teve até mais oportunidades do que a formação de Telavive, com destaque para Aboubakar, que rematou por três vezes, a última das quais em excelente posição, aos 11 minutos, após um primeiro tiro de fora da área de Layún. O 1-0 surgiu após uma recuperação de bola de André André à entrada da área israelita; o português desmarcou Tello, que bateu com classe Rajković. A partir daí, o encontro tornou-se muito mais fácil para os azuis e brancos, que foram tendo mais posse de bola e rodando-a para encontrar buracos na defesa do Maccabi Telavive. O 2-0 poderia ter surgido antes do intervalo, quando Danilo isolou Tello, com um grande passe; o extremo serviu depois Aboubakar, que atirou ao poste, com a baliza à mercê.
Porém, o 2-0 não tardou e surgiu aos 49 minutos: Danilo e Maxi combinaram na perfeição na direita e o uruguaio meteu a bola na cabeça de André André, que assim apontou o seu quinto golo da temporada, o segundo na Champions. No entanto, o Maccabi não baixou os braços, impulsionado pelos adeptos que vibraram até ao último segundo e que não se cansaram de empurrar a equipa para a frente. Zahavi teve uma excelente oportunidade para marcar, mas perdeu no frente-a-frente com Casillas, que tinha errado na reposição da bola em jogo. Herrera entrou em campo aos 62 minutos, para refrescar o meio-campo e travar este segundo fôlego caseiro, e a estratégia funcionou.
Os israelitas perderam a capacidade de chegar à baliza de Casillas, o que faziam mais com o coração do que com a cabeça. E em mais uma boa jogada colectiva, Tello fez chegar a bola na esquerda a Layún, que recebeu com pé esquerdo, puxou para o direito e colocou a bola na gaveta da baliza de Rajković - foi o primeiro golo do mexicano com a camisola azul e branca. O lance foi bonito e parecia terminar com a discussão do resultado, mas estaria escrito nas estrelas da terra prometida que o Maccabi marcaria ao FC Porto o primeiro golo nesta edição da prova. O árbitro viu um penálti onde mais ninguém viu: Maxi protegia a bola de Zahavi, mas o avançado projectou-se para o relvado, enganando o juiz. O goleador dos israelitas converteu a grande penalidade, mas foi mesmo o último lance de perigo da formação da casa. Antes do apito final, o azarado Aboubakar ainda acertaria no poste, na sequência de um pontapé de canto» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/Maccabi-Tel-Aviv-FC-Porto.aspx