11/01/12

Religião - O São Gonçalo de Amarante também se comemora em Aveiro, como São Gonçalinho de Aveiro!




«S. Gonçalo de Amarante - ou «S. Gonçalinho de Aveiro»


S. Gonçalo de Amarante, da nobre família dos Pereiras, nasceu por volta de 1190, na freguesia de S. Salvador de Tagilde, no concelho de Vizela. Os pais deram-lhe uma esmerada educação moral e cristã não só pela palavra, mas sobretudo pelo exemplo da sua virtude. Tendo atingido o uso da razão, foi confiado a um douto e honesto sacerdote, sob cuja direção iniciou os estudos. Desde a adolescência, distinguiu-se na modéstia, na piedade, no esforço em se aperfeiçoar nos costumes cristãos e no progresso do trabalho escolar. Depois de cursar as ciências teológicas, foi ordenado sacerdote, iniciando o múnus pastoral como pároco da freguesia de S. Paio (ou S. Pelágio) de Riba-Vizela; logo começou a brilhar no zelo apostólico, além de se evidenciar na prática das obras de misericórdia.

Porque alimentava o desejo de visitar os túmulos de S. Pedro e de S. Paulo, em Roma, e de peregrinar a Jerusalém e aos lugares santos da Palestina, deixou os paroquianos ao cuidado dum sobrinho sacerdote e fez-se peregrino – ausência que demorou catorze anos. Tendo regressado à freguesia, o sobrinho, além de o não aceitar como pároco legítimo, rejeitou-lhe a guarida em casa.

Resignado com essa atitude, deixou S. Paio de Riba-Vizela e foi anunciar o Evangelho por aquelas terras até às margens do rio Tâmega, fixando a sua habitação num sítio quase despovoado, onde hoje é a cidade de Amarante. Construiu uma pequena ermida que dedicou a Nossa Senhora da Assunção, para nela se recolher em oração e penitência, e daí sair a pregar nos arredores. Pela sua devoção à Virgem Maria, resolveu seguir a vida conventual na Ordem dos Pregadores, recentemente fundada por S. Domingos. Consequentemente, entrou no convento de Guimarães e, uma vez concluído o noviciado, foi admitido à profissão religiosa; passado algum tempo, obteve licença de, com outro frade, voltar para o eremitério de Amarante, continuando a exercer o ministério evangélico e caritativo. Faleceu santamente em 10 de janeiro de 1262, sendo o corpo sepultado na referida ermida. Se durante a vida já se lhe atribuíam alguns milagres, mais se começaram a atribuir à sua intercessão após a morte.

Tendo-se efetuado o respetivo processo canónico, o breve pontifício da beatificação foi promulgado em 16 de setembro de 1561. A devoção ao santo mais popular dos santos portugueses, depois de Santo António de Lisboa, espalhou-se por Portugal e por muitas outras partes. Dessa veneração falou o padre António Vieira, no século XVII, no sermão que pregou no Brasil (Tomo VI, pg. 323): - «Se não têm filhos, a S. Gonçalo os pedem; e se têm muitos, a S. Gonçalo consultam se os hão de mandar à guerra, ou ao estudo, ou aplicar ao arado. Se hão de casar as filhas, S. Gonçalo é o casamenteiro, e se os próprios pais, ou não podem, ou se descuidam de lhes dar estado, a lembrança que elas por modéstia se não atrevem a lhes fazer, a fazem em segredo ao santo que, como mais poderoso e mais vigilante pai, se não descuida. A ele encomendam os pastores os gados, os lavradores as sementeiras; a ele pedem o sol, a ele a chuva; e o santo, pelo império que tem sobre os elementos, a seu tempo e fora do tempo, os alegra com o despacho das suas petições. Ele os remedeia nas pobrezas, ele os cura nas enfermidades, eles os reconcilia nas discórdias; ele, enfim, se andam desgarrados, os encaminha, e talvez os castiga também amorosamente, para que não degenerem de filhos de tal pai.»

Em Aveiro, o bairro típico da “Beira-Mar” e mesmo toda a cidade tratam carinhosamente S. Gonçalo de Amarante por S. Gonçalinho. Desde tempos imemoriais, é particularmente invocado para a cura de doenças ósseas… não recusando também o seu valimento na resolução de dificulda­des matrimoniais. As ofertas consistem não ape­nas em pernas, braços e mãos de cera… ou em flores, azeite e velas, mas ainda em cavacas do­ces. O templo atual em sua honra, que sucedeu a um anterior, ostenta a data da construção – 1714.

A festa anual realiza-se no dia 10 de ja­neiro ou no domingo próximo. A igreja e as ruas vizinhas são engalanadas com ornamentos e luzes; nos passeios, há barraquinhas onde se vendem doces variados, cavacas e diversas recordações. Para a Eucaristia, celebrada no templo decorado com primor, o espaço torna-se exíguo. Depois, durante a tarde, acontece a parte mais caraterística do programa; a dada altura, a platibanda da ermida enche-se de pessoas, o sino repica com entusiasmo e as cavacas dos ofertantes são lançadas lá de cima sobre a multidão. Os gaiatos correm e furam sem parança, dirigem-se aos pontos mais estratégicos, em­purram-se mutuamente, lançam-se ao chão à cata de alguma cavaca, enquanto o povo, em fluxos e refluxos, lhes vai facilitando a passagem ou propositadamente lhes estorva os movimentos. Até sucede que muitas pessoas usam redes colocadas em compridos paus ou abrem os guarda-chuvas que viram ao contrário; desta forma, apanham no ar as cava­cas, antecipando-se assim às mãos do rapazio sôfrego, que fica a olhar com desconsolo.

As alíneas festivas vão prosseguindo, mesmo pela noite dentro, à mistura com orações balbuciadas e promessas cumpridas em frente da imagem; nos intervalos, queimam-se muitos foguetes de vistas e de dinamite. Apesar do tempo frio de janeiro - e mesmo chuvoso - não há míngua de aveirenses, que não ficariam de bem com a sua consciência se não participassem no alegre e típico convívio. No dia seguinte, ao findar da festa, novos e velhos dão as mãos e caminham com a banda musi­cal a cantar e a dançar, enquanto os mordomos cessantes vão às casas dos mordomos do ano futuro, para os cumprimentar e lhes entregar o ramo; simultaneamente ouvem-se os der­radeiros foguetes, que estralejam no ar. Mas a festa quase sempre não termina aqui, porquanto alguns populares do bairro juntam-se à noite, na capela; aí se pode então apreciar a “dança dos mancos”. Durante algum tempo, os intervenientes executam tal dança, coxeando; simultaneamente cantam quadras populares, sob o olhar complacente de S. Gonçalinho.


Mons. João Gaspar» in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=89042


(Reportagem - Festas de São Gonçalinho - Praça Alegria)

Desporto Motociclismo - Hélder Rodrigues vence etapa do Dakar, reforça o terceiro lugar na geral e reduziu o atraso para Despres, a 44.19 minutos!

Hélder Rodrigues vence após penalização dos primeiros


«Hélder Rodrigues vence após penalização dos primeiros


Na geral, o português reforçou o terceiro lugar e reduziu o atraso para Despres, a 44.19 minutos. Passou a ter 29.22 de avanço sobre o espanhol Jordi Viladons (KTM), que segue em quarto.


O “motard” português Hélder Rodrigues (Yamaha) foi hoje o vencedor da nona etapa do rali Dakar2012, após uma penalização generalizada de 15 minutos a vários concorrentes, entre os quais os que tinham sido os mais rápidos no dia.


Hélder Rodrigues foi o quarto melhor na tirada que terminou em Iquique, Chile, a 11.44 minutos do francês Cyril Despres (KTM), mas acabaria por passar para primeiro, já que Despres e os espanhóis Marc Coma e Barreda Bort, que chegaram depois, também foram penalizados, por troca de motor.


Assim, Hélder Rodrigues ganha a etapa, com 5:16.17 horas, seguido por Despres, a 3.16, já com a penalização.» in http://desporto.sapo.pt/motores/artigo/2012/01/10/h_lder_rodrigues_vence_ap_s_pena.html


(Dakar 2012 - Helder no final da 8ª etapa)

(Conheça o perfil de Helder Rodrigues)

F.C. do Porto Hóquei Patins: Física de Torres Vedra 3 vs F.C. do Porto Império Bonança 6 - Dragões mantiveram, esta terça-feira, a invencibilidade no campeonato nacional ao vencer em Torres Vedras!

FC Porto segue invicto


«FC Porto segue invicto


Azuis e brancos venceram a Física por 6-3, em jogo antecipado da 11.ª jornada do campeonato nacional de Hóquei em Patins.


O FC Porto manteve, esta terça-feira, a invencibilidade no campeonato nacional ao vencer em Torres Vedras.


Os decacampeões nacionais entraram fortes no desafio antecipado da 11.ª jornada e aos dois minutos já venciam por 2-0. Ao intervalo, o marcador apontava 3-1, favorável aos Dragões. Reinaldo Ventura apontou quatro dos seis golos portistas.


O FC Porto encabeça a tabela classificativa com 33 pontos, seguido de Benfica com 28 e Candelária com 24.» in http://desporto.sapo.pt/hoquei/artigo/2012/01/10/fc_porto_segue_invicto.html

«"POKER" DE REINALDO VALE VITÓRIA EM TORRES VEDRAS


O FC Porto Império Bonança ultrapassou mais um obstáculo e continua 100 por cento vitorioso nesta época. No rinque da bem organizada Física, actual quarta classificada, os Dragões impuseram-se por 6-3, com Reinaldo Ventura a apontar quatro golos. Estão decorridas 11 jornadas e o FC Porto soma 11 vitórias.


Caio marcou logo aos dez segundos e, na marca dos dois minutos, Pedro Moreira fez o 2-0. Os azuis e brancos foram para o intervalo a vencer por 3-1 e chegaram ao 6-1 aos 37 minutos. Depois, apenas foi preciso gerir a vantagem.


O FC Porto Império Bonança, comandado por Tó Neves, alinhou e marcou: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura (4), Caio (1) e Pedro Gil. Jogaram ainda: Nélson Filipe (g.r.), Filipe Santos, Gonçalo Suíssas, Nélson Pereira e Tiago Santos.» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/HoqueiPatins/Noticias/noticiahoquei_hoqfisicafcpcro_110112_66200.asp

10/01/12

Desporto Motociclismo - O piloto da KTM, Despres, foi ajudado pelo português na etapa de hoje do Dakar, mas não retribuiu o favor!




«Paulo Gonçalves abandonado por Despres


O piloto da KTM foi ajudado pelo português mas não retribuiu o favor.


Paulo Gonçalves ainda deve estar incrédulo com a atitude de Cyril Despres, piloto francês da KTM e vencedor de três Dakar.


Os dois motards caíram num charco de lama no início da oitava etapa do Dakar e como sozinhos não conseguiam retirar as suas motas da lama, o português ajudou Cyril.


Acontece que o piloto de Esposende esperava a retribuição do francês, o que não veio a acontecer, já que mal viu a sua mota desatolada seguiu caminho para não perder mais tempo.


Paulo Gonçalves ainda protestou e esbracejou, mas o piloto da KTM já tinha feito a sua escolha, deixando o português “desamparado”.


As imagens do episódio não foram mostradas pela organização, mas uma televisão local mostrou a história.» in http://desporto.sapo.pt/motores/artigo/2012/01/10/paulo_gon_alves_abandonado_por_d.html#?tab=content-video



(Paulo Gonçalves abandonado por Despres)
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Despres, perdeu uma ótima oportunidade de mostrar que é um bom desportista... mas, tal como na vida, hoje em dia, no desporto é salve-se quem puder... péssimo exemplo!

Amarante São Gonçalo - O Culto a São Gonçalo, figura incontornável da Cidade de Amarante!

 


«O Culto a S. Gonçalo um pouco de História

1. A antiguidade do culto de São Gonçalo é inegável. Documentado historicamente desde 1279, são várias as referências que lhe são feitas ao longo dos séculos XIV e XV, na documentação da Colegiada de Guimarães. Estes documentos não permitem a afirmação de que São Gonçalo foi uma invenção tardia. Da sua figura, entretanto, nada se sabe, o que não pode estranhar se e é comum a muitas figuras do seu tempo.·

2. A figura de São Gonçalo só começa a delinear se a partir do texto hagiográfico de 1513 (Flos Sanctorum), o mais antigo que conhecemos, que o diz dominicano. Há no entanto indícios que permitem admitir a existência de escritos hagiográficos gonçalinos anteriores àquela data.

3. 0 Auge do seu culto, no séc. XVI, ficou a dever se a uma clarividência pastoral. Até aí de dimensão apenas local, espalhado no entanto já às zonas de influência pastoral da Colegiada de Santa Maria de Guimarães, os dominicanos serviram se do seu nome e da sua inspiração para levarem a cabo uma acção de evangelização do norte de Portugal, antes e depois do Concílio de Trento, como fizeram de resto naquele mesmo tempo por outras partes da Europa, designadamente em Espanha, de que dependia a província dominicana portuguesa. Era tal, já em 1586, a dimensão do culto a S. Gonçalo, que nomeadamente no Tempo de Verão, quem quer que passasse por qualquer das estradas da região entre o Vizela e o Tâmega, se ouviam os ranchos que, por todos os lados, atroavam os ares com flautas, as mais variadas, e muitos outros instrumentos musicais populares da província.·

4. O apagamento da sua figura ficou a dever se à dificuldade de a Igreja portuguesa, e particularmente os dominicanos, se entenderem com a novidade dos tempos setecentistas e subsequentes. A partir daí, o seu culto, degradando-se progressivamente, entrou nos domínios da Etnografia, tornando-se famoso o epíteto de «casamenteiro”.·

5. São Gonçalo «casamenteiro»:

Estamos já na atualidade. Com frequência, batem ainda hoje, à porta da Igreja de São Gonçalo, moças e mulheres a quem a sorte da vida não deu a companhia esperada. Pedem casamento, que tarda a acontecer, ou melhoria na relação, que corre o risco de se perder. O Santo lá está, no interior da sacristia. Do lado esquerdo de quem entra. Imagem muito antiga de madeira. Não abana a cabeça, nem faz qualquer obscenidade, mesmo às mãos mais atrevidas ou aos pensamentos mais ousados. Tem uma corda, que pende da cintura. Tornara-se, na altura das grandes procissões, uma preciosa corrente de ligação entre o taumaturgo e as mãos ávidas de muitas vidas em desespero. Bastaria puxar pela corda, como aquela mulher anónima do evangelho que tocara a orla do manto de Jesus, para sentir os efeitos da sua benéfica intercessão.·


6. A origem do título de «casamenteiro”·

As raízes do culto fálico ou da fecundidade e da fertilidade ligadas ao São Gonçalo não têm explicações concludentes.·


a) Explicação etnográfica


Os mais avisados na etnografia acham que a coincidência das festas de Janeiro (agora no dia 10, antigamente a 28) com os velhos cultos pagãos da fecundidade, fez o casamento das tradições. As Bodas de Caná, na Liturgia, obviamente ligadas ao casamento, celebradas em Janeiro, parecem dar-se bem com memórias das deusas das águas rebentadas. Cerca de quarenta inscrições votivas a divindades aquáticas foram encontradas na Hispânia, 30 delas na Lusitânia e quatro nos conventos de Braga. Também «São Gonçalo» tem a sua fonte dos milagres! E a sua festa.

Já São Martinho (séc.VI) no número 11 da sua Instrução Pastoral sobre superstições populares, denominada “De Correctione Rusticorum”, se refere às Paganalia, também celebradas habitualmente em fins de Janeiro em honra de Telure e de Ceres. A elas se associavam ritos de defesa contra animais daninhos às culturas, particularmente as formigas e os ratos. A prática apontada por Martinho terá porventura semelhanças com outras presentes no folclore nortenho relacionadas com bodos, pão-bento, foceiras, tabuleiros, etc., que ora foram proscritas (como as Maias, proibidas por D. João I, e os Bodos, proibidos por D. João II) ora foram consentidas sob licença (nas Ordenações régias), ora foram cristianizadas através de confrarias e associadas a dias de festa. A tentação de ligação destas tradições com os doces fálicos de São Gonçalo é grande.

b) A influência brasileira


Esta última interpretação precisa obviamente de maior rigor. Sobretudo quando, antes do século XVII-XVIII, se desconhecem vestígios destas tradições. A emigração de amarantinos para o Brasil e a aculturação da devoção ao jeito brejeiro desse povo terão facilitado a expansão do São Gonçalo, «casamenteiro». É sobre este ponto que nos queremos deter agora mais em pormenor
Nas origenso casamenteiro

Dispersas pelo nordeste do Brasil encontram-se numerosas localidades cujos topónimos, coincidentes com terras portuguesas reflectem a presença de emigrados reinóis, gente de vária proveniência e profissão, que aí amanharam lar e lhes deram por nome o da povoação donde eram, local ou regionalmente, oriundos. Questão de saudosismo de identidade e orgulho das raízes terrunhas distantes, do outro lado do mar atlântico, que, separando, unia. É-se, assim, arrastado a conjecturar acerca do motivo desta panóplia de onomásticos, pois se não vê razão mais plausível para explicar o facto.

Foram os estados do Maranhão e Baía, com Piauí confinante e pobre, superfícies de infinda dimensão, desafio gigante ao desbravamento colonizador a partir da era quinhentista. O resultado ainda hoje se vê, no litoral e no interior, na sementeira de municípios, crismados com topónimos lusos, e, como marca metropolitana da piedade cristã, de oragos de templos e confrarias.

Crença e culto espelham-se à saciedade na iconografia devota e na liturgia festiva, a evidenciar com eloquência essa transplantação de fé católica ida da mãe pátria.


Denominadas Amarante, duas terras se perfilam não demasiado distantes entre si: uma, mais a norte do estado de Piauí, espaço geográfico comprido e estreito, a separar o Pará do Maranhão, confinado pelo mar no topo setentrional e pelo da Baía a sul; outra, Amarante de ltiúba, neste último, cerca de uma centena de quilómetros a norte de Feira de Santana, em que a criação de gado é a actividade económica dominante. A rede hidrográfica, em toda a região, dispõe de rios caudalosos que fertilizam solos e abrem vias à circulação de pessoas e bens. Durante séculos, desaguaram em Salvador levas migratórias sobretudo minhotas. Há mais de seis dezenas de anos, o etnógrafo brasileiro João da Silva Campos informava que, como resultado de suas pesquisas «em livros de enterramentos e assentos de irmãos da Misericórdia, tombos e Conventos de Ordens Terceiras e Irmandades, testamentos e diversos assuntos, dos arquivos oficiais e particulares da Baía», a grande maioria de emigrados para a capital do estado baiano era natural do Porto, Viana do Castelo, Arcos-de-Valdevez, Guimarães e Ponte de Lima».

E, porque o povo crente recorre a todo o momento aos intercessores celestes, muitos dos quais passaram também agruras sem conta em sua vida mortal, logo baptizaram essa grande porta de acolhimento de Baía de Todos os Santos e por lá espalharam cultos, rituais e crendices, testemunho vivo de cultura, religiosidade e saudosismo.

No burgo e Recôncavo - área de cento e vinte quilómetros de terrenos irrigados pelos inúmeros fios de água que correm no Lagamar, como aliás no restante Brasil, S. Gonçalo de Amarante é particularmente venerado.

Com seu nome, há no Rio Grande do Sul um rio de margens verdejantes, salpicadas de arvoredo, e no Rio de Janeiro consagraram-lhe um município.

No Recife e Maranhão, os festejos do Santo, casamenteiro das moças de antiquíssima tradição, são dos mais populares, havendo nas igrejas, à semelhança do que acontecia em Portugal, os bailes de S. Gonçalo, carregados de erotismo, a merecer a censura e condenação da hierarquia eclesiástica. Nas noventa e uma freguesias da vasta arquidiocese de Baia - cujo número não coincidia com o aro da capitania que só contava setenta e duas - havia, no início do século XIX, três que o tinham por orago (padroeiro): a Vila de S. Francisco, a de Campos e Jesus Maria e a de Pé do Banco. Criada no último quartel do século XVI, S. Gonçalo de Patituba, em pleno Recôncavo, havia já sido extinta.

Quase a dobrar a era de novecentos, mais duas surgiram, a juntar às cento e onze existentes, vindo a tomar o nome do Taumaturgo (milagreiro): S. Gonçalo de Amarante de ltiúba e S. Gonçalo e Senhor do Bonfim de Estima'.

Na voragem do tempo desapareceu a sua capela do Convento Imperial de Santa Clara do Desterro, tão carinhosamente cuidada pelas religiosas e onde, cada ano, entre os festejos ao padroeiro havia irreverências condenáveis e outeiros, danças e namoros lascivos.
E, se na ilha de ltaparica se incrusta um lugarejo com a capelinha de S. Gonçalo, três fazendas, que vieram a fundir-se na actual área urbana, assim se denominaram: a ocupada pelo cemitério, a sita para as bandas do matadouro do Retiro, nas terras do Marquesado de Niza; e a implantada ao entrar na cidade no ameno arrabalde do Rio Vermelho, ao alto da Paciência, cujos últimos proprietários, por legado pio, foram os monges beneditino. Engenhos se conhecem dois: o de S. Gonçalo do Poço, no Recôncavo, e o do município de Santo Amaro. Na igrejinha do Rio Vermelho, votada ao abandono desde inícios do século XIX, com rija pompa, de que ficou fama, veneravam-no os pescadores, respeitando-se as costumadas tradições: a das pastorinhas a esmolar e o passeio da bandeira com a efígie do santo pintada por entre alas de tambores. Às festas de S. Gonçalo no templo do Bonfim assistiam o governador e a nobreza, atingindo os folguedos excessos naturais, alimentados pelos desregramentos dos devotos vindos de toda a parte para cumprir promessas e associarem-se à folia.


Na actualidade: o violeiro

Do Brasil, destacamos, sem dúvida, a famosa «Dança de São Gonçalo», embora proveniente, segundo parece, de antiga tradição portuguesa. Câmara Cascudo, no seu Dicionário folclórico, relata os festejos que em Amarante, na Sé do Porto, e em muitas outras localidades de Portugal se realizavam em honra ao popular santo casamenteiro.

Esta dança conhece variantes, conforme o lugar. Geralmente a dança é realizada dentro de casa ou em local coberto, onde se arma um altar com imagem de São Gonçalo e outros de devoção. Dela temos testemunho, pelo menos, na Bahia, Minas, Paraíba, Pernambuco, Ceará, São Paulo.

A Dança a São Gonçalo é organizada em pagamento de promessa a São Gonçalo. O promesseiro organiza a função. Existe em quase todos os estados brasileiros, com algumas variantes. A dança é desenvolvida de frente para este altar. A dança é dividida em partes chamadas "volta", cujo número varia entre 5, 7, 9 e 21. Entre cada "volta" há interrupção e todos aproveitam para se servir das iguarias oferecidas pelo promesseiro: café com biscoitos, bolos, pão com carne e bolachas são as mais frequentes.

As "voltas" são desenvolvidas com os violeiros cantando, a duas vozes, enquanto os dançadores, sapateando na fileira em ritmo sincopado, dirigem-se em dupla até o altar, beijam o santo, fazem saudação e saem sem dar as costas para o altar, ocupando os últimos lugares de suas fileiras. Cada volta pode demorar de 40 minutos a 2 ou 3 horas, dependendo do número de dançadores.

Na última "volta" - em São Paulo chamada "Cajuru" - forma-se uma roda onde o promesseiro encerra a dança carregando a imagem do santo, retirada do altar. Se houver mais de um pagador de promessa e mais de uma imagem, todos os promesseiros carregam simultaneamente as imagens; no caso de haver apenas uma imagem para vários promesseiros, o santo pode ir passando de mão em mão.

O violeiro, que é o chefe da dança, coloca-se ao lado esquerdo, e no direito seu primeiro auxiliar, chamado de "contrato" (corruptela de contraalto). Por trás do mestre de dança, fica outro auxiliar, designado "tipi", sem viola, o mesmo acontecendo com o segundo violeiro. Os dançarinos postam-se atrás dos dois elementos corais, em duas filas, guardadas as devidas distâncias. O mestre fica à testa da fila esquerda.

A fila direita, encabeçada pelo violeiro, desloca-se sempre obedecendo os sinais dados com a cabeça pelo mestre. O violeiro e seus auxiliares avançam até o altar. Os dançarinos então escolhem seus pares e vão se colocando em fila. Quando a postos, o mestre da dança ordena aos folgazões que se ajoelhem e rezem.

As violas desencadeiam um ritmo lascivo, em compasso de verdadeiro lundu. A dança começa e o entusiasmo apossa-se dos participantes. As mulheres movimentam-se, remexendo as ancas, saltando em louvor de São Gonçalo. Os homens acompanham os rebolados sensuais com interesse. Puxam fileiras, dão umbigadas, lembrando as famosa saturnais romanas. A promiscuidade do vice-rei, de parceria com os cavalheiros de sua casa, com monges negros, anulando todas as diferenças sociais, em ostensiva provocação dos sexos, levou a igreja católica a proibir esta dança.

Não é por acaso que São Gonçalo é representando no Brasil, com a viola. Tivemos notícia, ainda há pouco, de um CD de homenagem a todos os violeiros, no Brasil, precisamente com o nome de São Gonçalo, da autoria de Paulo Freire. O tema é inspirado na dança de São Gonçalo, da cidade de São Francisco, Minas Gerais. No CD há uma gravação desta dança da região do Bonito, em que o guia foi mestre Salu. Não temos à mão o som, mas temos o tom do culto contemporâneo nestas quadras de Roberto Correia dirigidas ao cantor:


Nos pés, cravados na pele, espinhos de flor
o instinto, no enleio da dança, vencido na dor
nas mãos, o toque do violeiro cantador
tiranas, canções de gesta, cantigas de amor.
Viva viva São Gonçalo
reviva São Gonçalim
na dança do entrançado
jornada do trancelim.
São Gonçalo violeiro
é tão triste o meu viver
eu aqui vivo banzeiro
sem ninguém pra me querer.
São Gonçalo do Amarante
seja lá de onde for
tire logo este quebrante
que é pr'eu ter um novo amor.


c) Explicação global (antropológica)


Se esta elucidação não deixa de ser interessante, ela pode cair no risco de ser marginal. Há mesmo quem tenha inventado a teoria de que «casamenteiro das velhas» viria de uma degeneração do linguajar popular que se referiria a «casamenteiro das de Ovelha», localidade próxima de Amarante. Cremos que não será preciso ir tão longe para perceber a graça desses elementos fálicos, matrimoniais ou afectivos, lúdicos ou musicais, no culto a São Gonçalo. A popularidade de um santo facilita o acesso do povo. E, nessa familiaridade com o patrono, pode-se chegar à ousada aventura de lhe confiar até as coisas mais íntimas e as mais atrevidas. É normal que só a alguém de muita confiança e proximidade se confiem causas tão difíceis como «vergonhosas» ao olho curioso e esperto da comunidade. Ainda hoje, não raro, coram com acanhamento aquelas que perguntam «onde está o São Gonçalo “da corda”»? Mas ninguém pode esquecer que Santo António também tem os seus casamentos e outros santos as suas travessuras... Ora o que passa é que se dá uma transferência afectiva da vida dos devotos, que pretende não tornar-se iguais aos santos, mas tornar os santos iguais a si...

Tem graça estas graças. Porque a partilha sincera do nosso mundo interior nem sempre encontra interlocutor à altura. As promessas e as cantigas, os doces e as “puxadelas” na corda, serão sempre melhores do que fixações doentias expiadas no divã do psiquiatra. De resto, ainda que em tempos idos, a Igreja tivesse de “corrigir desvios”, como o da dança à volta do túmulo, hoje vai percebendo que também aqui não se deve separar o que Deus uniu: o afecto e a fé, a religião e a cultura, o sentimento e a sua expressão mais que variada.


Manifestações actuais do culto

Está já implícita na análise feita, a actualidade do culto a São Gonçalo, no Brasil. Bastaria um segundo de navegação internâutica em busca de «São Gonçalo», para entrar num mar de expressões cultuais e culturais, das quais destacamos a dança a São Gonçalo. Façamos agora uma breve apresentação do culto, nas suas manifestações portuguesas e actuais:


1.Novenas

Longe vão os tempos em que se organizavam grandes clamores, grupos de homens e mulheres, em oração e canto, a caminho do Mosteiro de São Gonçalo. Mas recentemente, por iniciativa do pároco local, têm-se desenvolvido em Amarante as novenas a São Gonçalo. Grupo de nove meninas, em peregrinação ao Mosteiro entoam cânticos, determinados por estas regras: sem refrão, sem adaptação a músicas conhecidas, interpretação segundo a melodia e a forma tradicionais. Além das quadras inventadas pelo grupo, é comum a todas cantarem estas três:


I
São Gonçalo de Amarante,
Abri portas e portais.
Aqui vai uma Novena
De meninas iguais.

II
São Gonçalo de Amarante,
Casai-me que bem podeis,
Qu’eu já tenho quinze anos,
Vou entrar em dezasseis.

III
São Gonçalo de Amarante,
Casamenteiro das velhas,
Porque não casais as novas,
Que mal vos fizeram elas?!


2.Missa e Procissão


A Celebração Eucarística (Missa) constitui o ponto de partida e o ponto de chegada da Festa em honra de São Gonçalo. Afluem ao Mosteiro de São Gonçalo centenas de fiéis, que neste dia cumprem a promessa, participando na Eucaristia solene, onde não falta o incenso, a pregação e a comunhão. De tarde, alinham-se mais de 14 andores, adornados de flores, pelas ruas da Cidade, num preito de louvor ao taumaturgo local. São Gonçalo ocupa o lugar principal.


3. Cravos

Há ainda o costume de oferecer cravos a São Gonçalo. Um santo local não «tem especialidades». É «pau para toda a colher». É um santo de «clínica geral». Está à mão de semear... e a Ele tudo confiam. Muitas pessoas, com verrugas ou calos nas mãos, a que popularmente chamam de «cravos», por uma espécie de transferência fonética, oferecem «cravos» (flores) para pedir ou agradecer o desaparecimento dos cravos (verrugas). São tantos e tais que na conclusão da Procissão são atirados da Varanda dos Reis (uma espécie de galilé exterior do Convento), para toda a população em sinal de bênção.


4.Ex-votos

Costuma designar-se em sentido genérico «ex-voto» o sinal que as pessoas deixam de oferta. No sentido iconográfico, é uma espécie de pintura, que demonstra e relata a cura ou outro milagre. A grande maioria das pessoas oferecem em cera a parte do corpo de que foram curadas. Mas não só. Parece inalterável a descrição que o Padre António Vieira fez do culto, num Sermão pregado na Bahia, onde dizia:

“Ide, ide a Amarante, visitai no sagrado Mausoléu de S. Gonçalo as memórias imortais de sua vida póstuma, e vereis o que me ouvis. Vereis, ou pintadas, ou de vulto, como trofeus das suas obras divinamente humanas, as muletas dos mancos, os braços dos aleijados, os olhos dos cegos, as orelhas dos surdos, as línguas dos mudos, as mortalhas dos mortos, ou moribundos: e porque os males interiores, e invisíveis são os que mais atormentam, e matam, também vereis os corações dos tristes, dos aflitos, dos perseguidos, dos desesperados, que só na invocação de nome de S. Gonçalo acharam a consolação, o alívio, a respiração, o remédio”. 

Como era no princípio, agora e talvez sempre...


Santo casamenteiro

São Gonçalo, casamenteiro das velhas, segundo dizem os populares. Mas nos dias de hoje nem só S. Gonçalo faz casamentos. Ele próprio é casado, a torto e a direito, com diversas causas e coisas. Casam-no com a cidade (ou com o concelho?), com feriados municipais, com turismo, com mensagens de boas festas, até com campanhas eleitorais, construções e outras coisas mais. É, nos dias que correm, um santo “popular” e, certamente, bastante ocupado.

Este ano o dia 10 de Janeiro, dia de S. Gonçalo, foi a um sábado e, portanto, um “quase-feriado”, que certamente satisfez aqueles que defendem, intransigentemente, a comemoração do feriado municipal neste dia, usando também como argumento muitas grandes cidades, onde se incluem Porto e Lisboa, que comemoram o seu feriado municipal no dia dos santos padroeiros, embora exista o pequeno pormenor desses dias acontecerem em tempo de veraneio, logo mais apropriados a todo o tipo de celebrações.

No Inverno, seja em termos religiosos, culturais ou turísticos, o feriado municipal terá sempre piores condições para ser celebrado.

No Verão, os dias são maiores e mais propícios para todos os eventos que se queiram realizar, quer em nome de S. Gonçalo, quer em nome do Município de Amarante. A reclamação, de alguns, da falta de eventos no dia 8 de Julho não parece valer de argumento para a mudança da comemoração do feriado.

Se um não é feriado, existem eventos a realizar, mas faltam condições e o outro é feriado, tem condições mas faltam eventos, porque não comemorar o dia de S. Gonçalo, feriado municipal, em... 8 de Julho? Seria sui generis, não há dúvidas, mas demonstraria, na prática, generosidade e abertura de todas as partes» in http://bemvindoamarante.com.sapo.pt/CultoS.goncalo.htm

(Isabel Silvestre - "São Gonçalo de Amarante")

(São Gonçalo - Brigada Victor Jara)

【HD】 Cidade de Amarante

Brasil - Hoje é feriado municipal em celebração ao padroeiro da cidade, São Gonçalo de Amarante!

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«Feriado em São Gonçalo


Hoje é feriado municipal em celebração ao padroeiro da cidade, São Gonçalo de Amarante. Mas a festa começou antes. A Igreja Matriz iniciou os festejos de São Gonçalo no primeiro dia do ano, com novenário, que termina hoje. A arquidiocese preparou uma série de eventos que conta campeonato de futebol, festival de sorvetes e barracas com comidas típicas. Também haverá louvores com Patrícia Fernandes, Aline Rocha, Banda Laus Domini (Galo Branco) e uma Banda da Paróquia São José Operário (Jardim Catarina) e show com a Banda Zero Hora...» in http://www.osaogoncalo.com.br/geral/2012/1/9/35982/feriado+em+s%C3%A3o+gon%C3%A7alo






(Festa à São Gonçalo-Extrema-MG.E violeiros tocando uma moda!!!!!)
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Ao menos no Brasil o São Gonçalo é festejado no seu dia... ao contrário de nós...

Arte Fotografia - A Biblioteca Municipal de Ponte de Lima apresenta até 11 de Fevereiro, uma exposição de fotografia da autoria do amarantino Eduardo Teixeira Pinto!




«Ponte de Lima recebe exposição de fotografia 'O Prazer de Fotografar'


A Biblioteca Municipal de Ponte de Lima apresenta até 11 de Fevereiro, uma exposição de fotografia da autoria de Eduardo Teixeira Pinto.


O autor natural de Amarante, começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953 em vários salões de fotografia nos cinco continentes.


Foi membro activo de diversas comunidades de fotógrafos, nomeadamente «Associação Fotográfica do Porto», «Grupo Câmara» (Coimbra) e «Associação Fotográfica do Sul» (Évora). A sua obra, dotada de um olhar poético sobre a realidade, fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX com fotografias que abordam diversos temas, com destaque para a Natureza e a figura humana, que tão bem soube conciliar.


Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de


Pintores», «Matinal» e «Quietude», entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960), na época, uma das mais altas distinções a nível nacional.


Falecido em Janeiro de 2009, Eduardo Teixeira Pinto, deixou um espólio fotográfico de valor incalculável sendo vontade da família promover a sua divulgação através desta exposição, com uma selecção de 38 fotografias, premiadas a nível nacional e internacional, representativas do percurso do autor.


A não perder, visite esta exposição de fotografia na Biblioteca Municipal de Ponte de Lima, segunda feira, durante a tarde, das 14h00 às 18h30; de terça a sexta feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30. Aos sábados, das 10h00 às 12h30.» in http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=58470

Feira Semanal da então Vila de Amarante, por Eduardo Teixeira Pinto.



(Homenagem Eduardo Teixeira Pinto - Fotografo Amarantino)

09/01/12

F.C. do Porto Sub-17 - F.C. do Porto 11 vs Tourizense 0 - Dragões cilindram jovens de Touriz e seguem na frente isolados!




«JUNIORES B GOLEIAM TOURIZENSE


A equipa Sub17 do FC Porto goleou este domingo o Tourizense, por 11-0, em encontro da 20.ª jornada da 1.ª fase do Nacional de Juniores B. No centro de treino portista, Rafa fez um “hat-trick” e Ivo “bisou”. Os restantes golos foram da autoria de Tomás, Raul, Vítor, André Silva, Belinha e Francisco Costa. Ao intervalo, os Dragões já venciam por 3-0.


A formação orientada por Nuno Capucho mantém-se isolada na liderança da série B do campeonato nacional, com 55 pontos, mais seis do que o Boavista.


O FC Porto alinhou com João Costa, Marcelo, André Ribeiro (José Pedro, 55m), Tomás Podstawski «cap.», Luís Rafael, Vítor (Francisco Ramos, 55m), Raul (Francisco Costa, 51m), Belinha, André Silva, Graça e Ivo.» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Formacao/noticiaformacao_futjuvfcptourizensecro_080112_66180.asp

Acidentes - Uma jovem australiana de 22 anos sobreviveu a uma queda num rio cheio de crocodilos, na fronteira entre o Zimbabué e a Zâmbia, quando fazia 'bungee jump' e a corda de segurança rebentou!




«Turista australiana sobreviveu a queda em rio de crocodilos quando fazia 'bungee jump'


Uma jovem australiana de 22 anos sobreviveu a uma queda num rio cheio de crocodilos, na fronteira entre o Zimbabué e a Zâmbia, quando fazia 'bungee jump' e a corda de segurança rebentou.


Erin Langworthy, originária de Perth, saltou de uma altura de 111 metros a 31 de Dezembro, na véspera do Ano Novo, quando a corda de segurança rebentou acidentalmente, tendo caído num rio cheio de crocodilos.


Em declarações à televisão australiana, a jovem explicou que desmaiou por momentos quando atingiu o rio Zambesi, mas que conseguiu depois nadar até à margem, apesar de ter as pernas amarradas pela corda do 'bungee jump' e da forte correnteza.


Langworthy recebeu tratamento médico numa clínica no Zimbabué antes de ter sido levada para África do Sul.» in http://economico.sapo.pt/noticias/turista-australiana-sobreviveu-a-queda-em-rio-de-crocodilos-quando-fazia-bungee-jump_135406.html


(É caso para dizer... sorte!)

Amarante Cepelos - Casa da Calçada, nos tempos em que os carros de bois traziam os vinhos para as Adegas da Calçada!

Casa da Calçada 1

Casa da Calçada 2

"A realidade panorâmica do mundo é uma função da nossa velocidade. A mesma paisagem tem várias fisionomias, conforme se mostra ao cavaleiro, ao automobilista, etc. À paisagem extática do peão, à paisagem vagarosa ainda da liteira e da diligência, sucedeu a paisagem veloz do chauffeur, a paisagem relâmpago, que deslumbra e foge..."

Teixeira de Pascoaes, in "A Beira (Num relâmpago)"


08/01/12

Amarante Educação - Teve lugar a 2 de Janeiro a consignação, à empresa Santana e Cia., da empreitada de construção do Centro Escolar de Telões, Amarante, que transformará a EB 2,3 existente em Escola Básica Integrada (EBI)!

Sample Image


«Consignadas obras do Centro Escolar de Telões
Quarta, 04 Janeiro 2012


Teve lugar a 2 de Janeiro a consignação, à empresa Santana e Cia., da empreitada de construção do Centro Escolar de Telões, Amarante, que transformará a EB 2,3 existente em Escola Básica Integrada (EBI), com a integração na nova escola de todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico das freguesias de Telões e Freixo de Baixo.


Em consequência, serão extintos os sete estabelecimentos escolares existentes nessas freguesias (Freitas e S. Brás já encerraram no presente ano lectivo e Todeia já estava encerrada) com excepção da EB1 da Estrada, que será reconvertida em jardim-de-infância.


A intervenção, cujo investimento ascende a 1 milhão 191 mil euros (IVA excluído), contempla a construção de um novo pavilhão de salas de aula com capacidade para acolher 360 crianças. Trata-se de um projeto que se direciona para o número ideal de alunos e vai permitir uma mais adequada resposta à necessidade de articulação de níveis de ensino, já que a execução do projecto educativo do agrupamento se torna mais fácil com a concentração de espaços.


O novo pavilhão, com uma tipologia formal e construtiva idêntica à da preexistência, vai ser implantado na parte sul do recinto da escola, sendo constituído por dois blocos ligados por passadiço, ambos com dois pisos, sendo a área bruta total de 2.465 metros quadrados.


No rés-do-chão estão previstas seis salas de aula, uma sala polivalente e uma sala para pessoas com multideficiência e no 1º andar 10 salas de aula e dois gabinetes de professores. Os dois pisos serão dotados de instalações sanitárias e espaços técnicos e de arrumos e possuem comunicações internas por escada e elevador. Todos os espaços comuns (refeitório, biblioteca, recreios, etc.) serão assegurados pelas actuais instalações da escola.


Refira-se que o Município de Amarante, e em conformidade com a carta educativa, tem já em funcionamento os centros escolares de Freixo de Cima, de Roçadas e do Marão. Em construção e com abertura prevista para o ano lectivo 2012/2013 estão os centros escolares de Madalena/Lufrei e Aboim, Chapa, Gatão e Vila Garcia.» in http://www.cyberjornal.net/index.php?option=com_content&task=view&id=15593&Itemid=70




(Amarante, novo centro escolar de Telões entrou em obra, abandono escolar baixou significativamente)
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Continuo a dizer que escolas com Projetos Educativos, com a Promoção da Saúde e bons Hábitos de Higiene, mas sem um gimnodesportivo... mas aguardemos, tantos milhões... por exemplo, a Freguesia de Mancelos foi preterida em favor da Freguesia de Real, porque esta tinha ao lado as Piscinas Municipais... estranhos critérios...

Arte Fotografia - Dez anos de fotografias de João Silva no Afeganistão, o país onde o fotógrafo luso-sul-africano ao serviço do “New York Times” perdeu as 2 pernas no rebentamento de uma mina, vão estar em exposição no Centro Português de Fotografia, no Porto!




«Fotografias de João Silva no Afeganistão no CPF


Dez anos de fotografias de João Silva no Afeganistão, o país onde o fotógrafo luso-sul-africano ao serviço do “New York Times” perdeu as 2 pernas no rebentamento de uma mina, vão estar em exposição no Centro Português de Fotografia, no Porto. A inauguração é este sábado, às 16h30.


“Desde que fui lá em 1994, durante a guerra civil, apaixonei-me logo pelo país e a ironia é que, anos mais tarde, fiquei ferido e deixei uma parte de mim lá“, lembra o fotógrafo, de 45 anos, numa entrevista telefónica à Agência Lusa a partir de África do Sul, onde tem residência.


“Faz parte da vida, faz parte do trabalho que fazemos, é chato, mas agora avança-se”, diz.


Notabilizado pelo seu trabalho em cenários de guerra em países como o Líbano, o Iraque ou o Quénia, João Silva também ficou conhecido por pertencer ao Bang-Bang Club, um grupo de fotógrafos que reportou os momentos mais quentes do apartheid e que acabou por estar na origem de um livro de João Silva em co-autoria com Greg Marinovich e adaptado em 2010 ao cinema.


“Tive muita sorte”


Na manhã de 23 de Outubro de 2010, acompanhava uma patrulha de rotina da quarta divisão de infantaria norte-americana, na província de Kandahar, quando pisou uma mina que lhe causou ferimentos. Teve que amputar as 2 pernas.


“Eu costumo dizer que nesse dia tive pouca sorte, mas que também tive muita sorte”, afirma João Silva. A mina que pisou estava ligada a um barril com mais de 20 quilos de explosivos caseiros que não rebentou.


“Os técnicos do exército norte-americano disseram-me que, se aquilo tivesse acontecido, eles não tinham encontrado o suficiente de mim para pôr numa caixa de fósforos”, recorda.


Durante a reabilitação em Washington, recebeu a visita do vice-presidente Joe Biden e da primeira-dama Michele Obama e conseguiu fazer a primeira página do “New York Times”, com uma foto de veteranos observando um exercício de paraquedistas.


Regressado a casa ao fim de 14 meses, na companhia da mulher, dos filhos e dos pais emigrados na África do Sul, João Silva, que não parou de disparar a máquina mesmo depois de ferido, mostra-se incansável, repetindo: “eu quero começar a minha vida de novo, quero fotografar outra vez”. “Estou a fazer planos para regressar ao Iraque e também para o Afeganistão”.


Com 2 próteses, ainda não se sente com mobilidade total: “A verdade é que o corpo leva o seu tempo a recuperar”, admitiu, e “cobrir combate aberto vai ser difícil”, mas “um país em conflito tem muito mais para ver que só os soldados com armas”.


Uma homenagem


A exposição, que os portugueses poderão ver no Porto a partir de sábado e até 25 de Março, é o seu testemunho dos conflitos no Afeganistão entre 1999 e 2010. Comissariada por David Furst, editor de fotografia internacional do “New York Times”, para o Visa de L’ Images, em França, veio para Portugal graças ao esforço da Estação Imagem, de Mora.


Luís Vasconcelos, membro desta associação, diz que desde o acidente que “havia a vontade de homenagear” João Silva e esta exposição é a oportunidade.


João Silva, que deverá regressar aos Estados Unidos para continuar a sua reabilitação, afirma que é com pena que não pode vir agora a Portugal. “Eu primeiro nasci em Lisboa, serei sempre português”, afirmou. “Existe um lugar muito especial no meu coração que é Portugal”.


Da sua casa na África do Sul, João Silva não se mostra derrotado pelo que lhe aconteceu: “Eu estou com os meus putos, estou com a minha mulher, vou conseguir fotografar. Pronto, não tenho pernas, é uma f…, mas a vida é assim e agora continua-se”.» in 



(Fotojornalista português do New York Times expõe no Centro Português de Fotografia, no Porto)

Liga Zon/Sagres: Sporting C. P. 0 vs F.C. do Porto 0 - Dragões já levam 53 jogos sem perder, incluindo clássicos, na Liga Principal Portuguesa!

Leões e Dragões anulam-se em Alvalade (SAPO)


«SAÍDA INVICTA DA CASA DE PARTIDA


O campeão não venceu, mas quem aguardava a derrota deverá manter a atitude de espera paciente. E o melhor é que o faça sentado. De volta à casa de partida, onde, há quase dois anos, sofreu o mais recente desaire na Liga, o FC Porto elevou para 53 jogos a sequência invencível, que teria outro brilho se, para cúmulo do azar, não tivesse sido Otamendi a negar o golo da vitória a James.


A entrada, antes que o jogo tivesse tempo bastante para ser repartido, foi atípica. Compreensivelmente atípica. No terreno de um rival, obrigado a encurtar distâncias, os Dragões deram por si na iminência de defender primeiro, antes de poder recuperar terreno e orientar o fluxo atacante na direcção de Rui Patrício.


Foi questão de minutos, poucos minutos, antes de Hulk concentrar atenções e capitalizar, entre marcações implacáveis, um número interessante, mas forçosamente desagradável, de faltas sofridas. No equilíbrio de intenções e acções, que gerou demasiados lapsos para um só relvado, o campeão conseguiu os ensaios mais aproximados ao golo.


A primeira ameaça realmente séria foi formulada de cabeça, o que faz todo o sentido. Aos 12 minutos, Maicon pensou bem, mas executou pior, permitindo a defesa de Patrício. Mas o perigo só se esgotou uns metros adiante, enquanto durou a sensação de que Djalma poderia fazer melhor na recarga.


Curiosamente, o primeiro momento do lance reproduzir-se-ia um pouco mais tarde, mas na baliza contrária e com Helton a responder com competência ao cabeceamento de Polga. Muitos minutos depois, já na segunda parte, o capitão portista evitaria o pior aos pés de Van Wolfswinkel, numa altura em que o Sporting encontrava no contra-ataque a resposta ao domínio crescente dos Dragões, que antes tinham estado perto de marcar, por Hulk, hábil a tirar dois adversários do caminho, mas incapaz de dar a melhor direcção ao remate.


James e Defour, que entraram em cena no decurso da segunda parte, acrescentaram velocidade e soluções ao momento ofensivo dos Dragões. O colombiano disporia, inclusive, de duas excelentes oportunidades para marcar, com o azar dos azares de ter sido Otamendi a negar-lhe o golo à segunda tentativa, que fechou a mais bem conseguida jogada de todo o encontro. E, com ela, o jogo também.


FICHA DE JOGO

Sporting-FC Porto, 0-0

Liga, 14.ª jornada
7 de Janeiro de 2012
Estádio de Alvalade, em Lisboa
Assistência: 48.855 espectadores


Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Árbitros assistentes: Tiago Trigo e Ricardo Santos
Quatro Árbitro: Hugo Miguel


SPORTING: Rui Patrício; João Pereira, Onyewu, Polga (cap.) e Insúa; Rodrigo Neto, Elias e Schaars; Carrillo, Van Wolfswinkel e Capel
Substituições: Rodrigo Neto por Matias (54), Carrillo por Izmailov (62) e Capel por Evaldo (69)
Não utilizados: Marcelo, Bojinov, Arias e Martins
Treinador: Domingos Paciência


FC PORTO: Helton (cap.); Maicon, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Djalma, Hulk e Rodríguez
Substituições: Djalma por James (59), Belluschi por Defour (68) e Rodríguez por Kléber (77)
Não utilizados: Bracali, Mangala, Souza e Alex Sandro
Treinador: Vítor Pereira


Cartão amarelo: Rodrigo Neto (2), João Moutinho (27), Otamendi (30), Carillo (45), Polga (47), Fernando (63), Hulk (67), Schaars (84)» in  http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futscpfcpcro_070112_66164.asp


(2012.01.07 (20h15) - Sporting 0-0 FC Porto)

07/01/12

F.C. do Porto Basquetebol: Académica de Coimbra 59 vs F.C. do Porto Ferpinta 65 - Dragões somam mais uma vitória e seguem na frente!




«CARLOS ANDRADE DECIDIU EM COIMBRA


O FC Porto Ferpinta venceu, neste sábado, a Académica, por 59-65, em jogo da 12.ª jornada da Liga disputado no Pavilhão Multiusos de Coimbra, onde Carlos Andrade se distinguiu como o MVP da partida, depois de um duplo-duplo de 15 pontos e 13 ressaltos. Após o quinto de seis jogos consecutivos na condição de visitante, os Dragões mantêm a primeira posição, ainda que partilhada com o Benfica.


Com 20 pontos, o também portista Greg Stempin sobressaiu como o melhor marcador da partida, que os azuis e brancos só não dominaram durante o terceiro período (13-21, 15-17, 18-13 e 13-14).


Sob a orientação do espanhol Moncho López, o campeão nacional alinhou e pontuou assim: Reggie Jackson (11), Diogo Correia (0), Carlos Andrade (15), Greg Stempin (20) e David Gomes (0); João Soares (0), Miguel Miranda (9), Rob Johnson (3), Miguel Maria (4), José Costa (0), Nuno Marçal (3), João Santos (0).» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Basquetebol/Noticias/noticiabasquetebol_basacademicafcpcro_070112_66148.asp

F.C. do Porto Hóquei Patins - F.C. do Porto Império Bonança 11 vs Juventude de Viana 7 - O FC Porto Império Bonança continua 100 por cento vitorioso nesta época e é por isso líder incontestado do campeonato nacional!




«REINALDO, CAIO & C.ª, LDA


O FC Porto Império Bonança continua 100 por cento vitorioso nesta época e é por isso líder incontestado do campeonato nacional. Em encontro da 10.ª jornada, recebeu e venceu a Juventude de Viana, por 11-7, com Reinaldo Ventura (quatro golos) e Caio (três) a destacarem-se.


Os minhotos foram os primeiros a marcar, logo aos três minutos, mas aos sete, graças a um tento de Reinaldo Ventura, os Dragões passaram pela primeira vez para a frente. A Juventude de Viana foi um adversário persistente e ainda viria a registar-se um empate (4-4). Ao intervalo, o FC Porto liderava por 6-4.


Na segunda parte, os azuis e brancos ampliaram a vantagem, com Reinaldo Ventura a fechar a contagem, na marcação de uma grande penalidade.


O FC Porto Império Bonança, comandado por Tó Neves, alinhou e marcou: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Reinaldo Ventura (4), Caio (3) e Pedro Gil (1). Jogaram ainda: Nélson Filipe (g.r.), Filipe Santos, Gonçalo Suíssas (1), Nélson Pereira e Tiago Santos (2).» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/HoqueiPatins/Noticias/noticiahoquei_hoqfcpjuvvianacro_070112_66144.asp