«Brigitte Bardot
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Brigitte Bardot | |
BB em 1968. | |
Nascimento | 28 de Setembro de 1934 Paris, França |
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Nacionalidade | francesa |
Principais trabalhos |
Brigitte Bardot, nascida Brigitte Anne-Marie Bardot (Paris, 28 de Setembro de 1934) é uma atriz e cantora francesa. Conhecida mundialmente pelas suas iniciais, BB é considerada o grande símbolo sexual dos anos 1960 e 70. Tornou-se ativista dos direitos animais, após o seu afastamento do mundo do entretenimento e da vida pública.
Índice[esconder] |
[editar] Infância e Adolescência
O seu pai, Louis Bardot, foi um industrial da alta burguesia francesa. A mãe, Anne-Marie, era 14 anos mais jovem que o pai; casaram-se em 1933. Brigitte foi influenciada pela mãe nas artes da dança e da música. Em 1947, foi aceite no conservatório de dança e música de Paris (Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Paris) onde teve aulas de balé por três anos.
Com o apoio e incentivo da mãe, começou a fazer trabalhos de moda em 1949, aos 15 anos, e em 1950 foi capa da edição de março da revistaElle francesa,[1] trabalho que chamou a atenção do então jovem cineasta Roger Vadim. Vadim mostrou a capa da revista ao cineasta e argumentista Marc Allégret, que convidou Brigitte para um teste para o seu filme "Les lauriers sont coupés". BB foi escolhida para o papel, mas o filme acabou por não ser realizado. Mesmo assim, esta oportunidade fez com que ela pensasse em se tornar atriz. Mais do que isso, o seu encontro com Vadim, que assistiu ao teste, influenciaria a sua carreira e sua vida.[2]
[editar] Carreira
Brigitte Bardot estreou-se no cinema aos 17 anos no filme Le Trou normand (1952) e no mesmo ano, após dois anos de namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. No seu segundo filme, Manina, la fille sans voile , as cenas em biquíni fizeram com que o seu pai recorresse à Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem sucesso.
Entre 1952 e 1957 participou em 17 filmes, nenhum de grande sucesso, dramas românticos ou históricos, três em inglês, entre eles Helena de Tróia, mas foi o grande centro de atenção dos mídia presentes no Festival de Cannes de 1953. Vadim não estava contente com isso e achava que Bigitte estava a ser subestimada pela indústria. A nouvelle vague francesa, inspirada no neo-realismo italiano, estava a começar a crescer internacionalmente e ele, acreditando que Bardot poderia ser a atriz principal em filmes nessa linha, convidou-a para o papel principal do seu novo filme, E Deus Criou a Mulher (1956), com a então jovem sensação masculina do cinema francês, Jean-Louis Trintignant. O filme, sobre uma adolescente amoral numa pequena e respeitável cidade do litoral, fez um grande sucesso - e causou grande escândalo - mundial, transformando BB num sex-symbol, com as suas cenas de nudez correndo os ecrãs de cinema de todo o mundo.
Na moralista Hollywood dos anos 1950, onde o maior símbolo sexual, Marilyn Monroe, no máximo havia aparecido nas telas em fato de banho, o seu perfil erótico transformou-a numa aposta arriscada para os estúdios, e isso, além do seu sotaque e o seu inglês limitado, impediram-na de fazer uma grande carreira no cinema norte-americano. De qualquer modo, ela tornou-se a mais famosa atriz europeia nos Estados Unidos e permanecer em França beneficiou a sua imagem. Durante a década de 1960, quando a Europa, principalmente Londres e Paris, começou a ser o novo centro de moda e comportamento e Hollywood saiu por um tempo da luz da ribalta, Brigitte acabou eleita a deusa sexual da década. Verdadeiro ou falso, nesta época dizia-se que Brigitte Bardot era mais importante para a balança comercial francesa que as exportações da indústria automobilística do país.[2]
Bardot divorciou-se de Vadim em 1957 e dois anos depois casou-se com o ator Jacques Charrier, com quem teve o seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier, e com quem participou em Babette Vai à Guerra (1959). O casamento foi alvo constante dos paparazzi e houve choques e mudanças no rumo na sua carreira. Os filmes tornaram-se mais substanciais, mas isto trouxe uma grande pressão, tornando duvidoso o seu estatuto de celebridade do cinema, pois ao mesmo tempo em que tinha aclamação da crítica em França, continuava a ser a bombshell glamorosa para o resto do mundo.
Em 1962, filmou com Louis Malle e Marcello Mastroianni Vida Privada, um filme quase autobiográfico sobre uma celebridade do cinema sem vida pessoal, graças à perseguição constante da imprensa. Pouco depois deste filme , BB retirou-se da vida agitada das metrópoles europeias para uma vida de semi-reclusão, mudando-se para uma mansão (La Madrague) em Saint Tropez, no sudoeste de França.
Em 1963 participou no aclamado filme de Jean-Luc Godard, O Desprezo, e pelo resto da década o seu mito de ícone sexual foi alimentado por filmes como Histórias Extraordinárias, com Alain Delon, Viva Maria! com Jeanne Moreau e As Noviças, com Annie Girardot, entre outros e vários musicais de televisão e gravações de discos produzidos por Sacha Distel e Serge Gainsbourg.
[editar] Ativismo
Em 1973, pouco antes de completar quarenta anos, Brigitte anunciou que encerrava a sua carreira. Após mais de 50 filmes e de gravar dezenas de discos, recolheu-se a La Madrague definitivamente, escolheu usar a fama pessoal para defender os direitos animais e tornou-se vegetariana. Em 1977 atraiu atenção mundial para a sua causa ao denunciar in-loco o massacre de bebés-foca no norte do Canadá. Em 1986, criou uma fundação, Fondation Brigitte-Bardot, declarada de utilidade pública pelo governo francês em 1992, e que em 1995 nomeou o Dalai Lama como seu membro honorário. Entre 1989 e 1992, BB também apresentou na televisão francesa uma série chamada S.O.S. Animaux, co-patrocinada pela fundação. Entre outras causas, ela atuou e liderou campanhas contra a caça às baleias, as experiências em laboratório com animais, pela proibição de brigas autorizadas entre cães e contra o uso de casacos de pele.[3]
[editar] Política, Controvérsia e Processos
Entusiasta e apoiante da política de Charles de Gaulle nos anos 1960,[4] principalmente no tocante à independência da Argélia, nos anos 1990, as suas posições políticas e sociais, sobre a imigração árabe e a homossexualidade, causaram-lhe diversos processos e custaram-lhe muito da popularidade conquistada no cinema e no seu ativismo pró-animais, sendo uma personalidade pouco querida da nova geração dos franceses. O seu livro autobiográfico de 1996, grande sucesso de vendas em França, tinha várias referências e críticas principalmente ao Islamismo.
Hoje casada com um ex-conselheiro do Partido Nacional de Jean-Marie Le Pen, representante da extrema-direita francesa, entre 1997 e 2003, foi processada por diversas entidades muçulmanas, devido às suas críticas aos imigrantes islamitas do país, ao crescimento do número de mesquitas, ao sacrifício de animais usado em vários de seus rituais e foi acusada de racismo e suposto incitamento anti-racial contra imigrantes, chegando a ser condenada a pagar 5000 euros de multas.[5]
Por comentários considerados insultuosos para os homossexuais, feitos no seu livro de 2003, A Scream in the Silence, que também trata da 'islamização' de França, foi processada por entidades de defesa de minorias.
Em junho de 2008, BB foi pela quinta vez condenada num processo de incitação ao racismo por um tribunal de Paris, sendo obrigada a pagar 15 mil euros de multa. Os protestos de Bardot têm a ver com os rituais muçulmanos de sacrifício de animais, durante a tradicional festa Eid ul-Adha, realizada pelos imigrantes de países islâmicos que vivem no país.[6]
[editar] Influências de BB
- Além de ser a responsável pela popularidade de St. Tropez, em França, ao mudar-se para lá no começo dos anos 1960, no verão de 1964 Brigitte Bardot também mudou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, onde ficou hospedada nas suas visitas ao Brasil, na companhia do namorado Bob Zaguri, um playboy e produtor marroquino que viveu muitos anos no Brasil. Depois da visita de BB, acompanhada diariamente pela imprensa e recheada de fotografias, Búzios foi 'descoberta', tornou-se município e um dos pontos mais sofisticados e procurados do verão brasileiro, inclusive por estrangeiros.[7] Em sua homenagem , a Prefeitura local criou a Orla Bardot, na Praia dos Ossos, e instalou ali uma estátua de bronze da atriz em tamanho natural. O único cinema do sofisticado balneário leva o nome da atriz. [7] Na sua biografia, ela deixou registado que os períodos passados na região foram as épocas mais lindas da sua vida.
- Ela é reconhecida por ter popularizado o biquíni usando-o nos seus primeiros filmes, nas aparições em Cannes e em dezenas de fotos de revistas.
- BB era idolatrada por John Lennon e Paul McCartney, que fizeram planos de fazer um filme dos Beatles com ela, nunca realizado, na linha de A Hard Day's Night (filme) (br)..[2][8][9] As primeiras mulheres dos dois, Cynthia Lennon e Jane Asher, usavam os cabelos inspirados na cor e no corte usado por BB.[10] Ela e Lennon encontraram-se num hotel uma vez em 1968, apresentados pelo agente de imprensa dos Beatles. Segundo ele contou mais tarde em memórias, nenhum dos dois impressionou o outro: 'Eu estava numa viagem de ácido e ela estava de saída'.[11]
- Em 1970, o escultor francês Alain Gourdon usou Brigitte como modelo para o busto de Marianne, o emblema nacional da França.
- Bob Dylan dedicou-lhe, como consta nos créditos de seu primeiro disco, a primeira música que compôs na vida. Além disso, o seu nome consta em dezenas de músicas feitas por artistas tão diversos como Elton John, Billy Joel, Red Hot Chili Peppers, The Who e Caetano Veloso, entre outros.
[editar] Vida Pessoal
Apelidada 'devoradora de homens' pela imprensa sensacionalista, devido à rapidez com que terminava os seus relacionamentos e pela quantidade deles, Brigitte Bardot teve quatro casamentos: o primeiro aos 18 anos com Roger Vadim, o cineasta que a descobriu e lançou com estrela. Vadim, um descobridor de talentos femininos e mulheres bonitas, também foi casado com Jane Fonda e Catherine Deneuve. O segundo, em 1959, com o ator Jacques Charrier, do qual teve o seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier. O terceiro, entre 1966 e 1969, com o playboy e multimilionário alemão Gunter Sachs. O quarto e último foi em 1992, aos 58 anos, com Bernard d'Ormale, ex-conselheiro do político francês Jean-Marie Le Pen e que perdura até hoje.
[editar] Filmografia principal
[editar] Referências
- ↑ The Biography Channel - Brigitte Bardot Biography
- ↑ 2,0 2,1 2,2 Robinson, Jeffrey (1994). Bardot - Two Lives. Simon & Schuster Editora(Londres). ASIN: B000KK1LBM.
- ↑ [ http://fr.wikipedia.org/wiki/Fondation_Brigitte-Bardot BB Wiki-fr]
- ↑ Drinking champagne with: Brigitte Bardot; And God Created An Animal Lover de Alan Riding
- ↑ Brigitte Bardot unleashes colourful diatribe against Muslims and modern France : Indybay
- ↑ Yahoo Notícias/Reuters
- ↑ 7,0 7,1 BuziosOnline.com
- ↑ Miles, Barry (1998). Many Years From Now. Vintage -Random House. ISBN 0-7493-8658-4. p69
- ↑ Spitz, Bob (2005). The Beatles: The Biography. Little, Brown and Company (Nova York). ISBN 1-84513-160-6. p171
- ↑ Lennon, Cynthia - A Twist of Lennon
- ↑ Lennon, John (1986). Skywriting by Word of Mouth. Harper Collins. ISBN 0-06-015656-2. p24
[editar] Ligações externas
Brigitte Bardot - "Moi je joue"
Brigitte Bardot - "Coquillages" - (French girlpop early 60's )
Brigitte Bardot - "La Madrague"
BB 67
Brigitte Bardot - "Je t'Aime"
Brigitte Bardot - "Je me Donne à qui me Plaît"