04/02/09

Guerra Colonial Portuguesa - Uma História ainda não totalmente contada...



«Guerra Colonial Portuguesa

Fonte: SAPO Saber, a enciclopédia portuguesa livre.

Embarque de tropas portuguesas.
Série
História de Portugal
Portugal na pré-História
Portugal pré-romano
Romanização: Lusitânia e Galécia
Visigodos e Suevos
Domínio árabe e a Reconquista
Condado Portucalense
Independência de Portugal
Dinastia de Borgonha
Crise de 1383-1385
Dinastia de Avis
Descobrimentos e Expansão Portuguesa
Império Português
Crise sucessória de 1580
Dinastia Filipina
Restauração da Independência
Dinastia de Bragança
Terramoto de 1755
Guerra Peninsular
Revolução Liberal (24/08/1820)
Vilafrancada e Abrilada
Guerras liberais
Convenção de Évora-Monte
Revolução de Setembro,
Revolta dos Marechais e Patuleia
Regeneração e Fontismo
O mapa cor-de-rosa e o ultimato britânico
Revolta de 31 de Janeiro de 1891
Revolução de 5 de Outubro de 1910 e Proclamação da República
Governo Provisório
I República
Ditadura militar e o Estado Novo
Guerra do Ultramar
Revolução dos Cravos
III República
Por tópico
História militar
História diplomática
História cultural
Categoria: História de Portugal
Designa-se por Guerra Colonial, ou Guerra do Ultramar, o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974.
O início deste episódio da história militar portuguesa ocorreu em Angola, a 4 de Fevereiro de 1961, na zona que viria a designar-se por Zona Sublevada do Norte (ZSN), que corresponde aos distritos do Zaire, Uíje e Quanza-Norte. A Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de Abril de 1974, determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a democratização do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de independência das colónias — pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados na luta armada.
Ao longo do seu desenvolvimento foi necessário aumentar progressivamente a mobilização das forças portuguesas, nos três teatros de operações, de forma proporcional ao alargamento das frentes de combate que, no início da década de 1970, atingiria o seu limite crítico. Pela parte portuguesa, a guerra sustentava-se pelo princípio político da defesa daquilo que considerava território nacional, baseando-se ideologicamente num conceito de nação pluricontinental e multiracial. Pelo outro lado, os movimentos de libertação justificavam-se com base no princípio inalienável de auto-determinação e independência, num quadro internacional de apoio e incentivo à luta.

Índice

[esconder]

[editar] Contexto político-social

Nas colónias europeias sempre existiram movimentos de oposição e resistência à presença das potências coloniais. Porém, ao longo do século XX, o sentimento nacionalista — fortemente impulsionado pelas primeira e segunda guerras mundiais — era patente em todas as movimentações europeias, pelo que não será surpreendente notar o seu alastramento às colónias, já que também muitos dos seus nativos nelas participaram, expondo o paradoxo da celebração da vitória na luta pela libertação, em território colonial, ainda submetido e dependente.
Províncias ultramarinas portuguesas em África no período da Guerra do Ultramar.
Províncias ultramarinas portuguesas em África no período da Guerra do Ultramar.
Por outro lado, também as grandes potências emergentes da II Guerra Mundial, os Estados Unidos da América e a União Soviética, alimentavam — quer ideologicamente, quer materialmente — a formação de grupos de resistência nacionalistas, durante a sua disputa por zonas de influência. É neste contexto que a Conferência de Bandung, em 1955, irá conceder voz própria às colónias, que enfrentavam os mesmos problemas e procuravam uma alternativa ao simples alinhamento no conflito bipolar que confrontava as duas grandes potências. Estas, eram, assim, chamadas a considerar com outra legitimidade as reivindicações do chamado Terceiro Mundo, quer para manter o equilíbrio nas relações internacionais da Guerra Fria, quer para canalizar os sentimentos autonomistas para seu benefício, como zona de influência. A influência externa nas colónias perdia a orientação meramente separatista e desestabilizadora, e caminhava para um efectivo apoio - ou entrave - nas relações com os países colonizadores.
No final da década de 1950, as Forças Armadas Portuguesas viam-se confrontadas com o paradoxo da situação política gerada pelo Estado Novo, que haviam implantado e sustentado desde 1926: por um lado, a política de neutralidade portuguesa na II Guerra Mundial colocava as Forças Armadas Portuguesas afastadas de um eventual confronto Leste-Oeste, por outro, aumentava, na perspectiva do regime, a responsabilidade na manutenção da soberania sobre os vastos territórios ultramarinos, onde a tensão do pós-guerra avizinhava lutas independentistas nas colónias da Europa Imperial. Contudo, os mesmos dirigentes que afastaram Portugal da luta pela libertação europeia, optaram por integrar o país na estrutura militar da NATO, num subtil desejo de se aliar aos vencedores, em detrimento da preparação para as ameaças nos espaços coloniais, que o próprio regime considerava imprescindíveis para a sobrevivência nacional.
Esta integração de Portugal na Aliança Atlântica iria formar uma elite de militares que se tornaria indispensável para o planeamento e condução das operações durante a Guerra do Ultramar. Esta "geração NATO" ascenderia rapidamente aos mais altos cargos políticos e de comando, sem necessidade de dar provas de fidelidade para com o regime. A Guerra Colonial estabelecia, assim, incompatibilidades entre a estrutura militar — fortemente influenciada pelas potências ocidentais, de regime democrático — e o poder político. Alguns analistas consideram que o chamado «golpe Botelho Moniz» marcou o início desta ruptura, bem como a origem de uma certa desconfiança do regime em relação à manutenção de um único centro de comando, perante a ameaça do confronto com a força armada. Esta situação provocaria, como se verificaria mais tarde, a descoordenação entre os três estados-maiores (Exército, Força Aérea e Marinha).
O regime do Estado Novo nunca reconheceu a existência de uma guerra, considerando que os movimentos independentistas eram apenas terroristas e que os territórios não eram colónias, mas províncias e parte integrante de Portugal. Durante muito tempo, grande parte da população portuguesa, iludida pela censura à imprensa, viveu sob a ilusão de que, em África, não havia uma guerra, mas apenas alguns ataques de terroristas e de potências estrangeiras.

[editar] Oposição

Ver artigo principal: Oposição à ditadura portuguesa
Contrariando o que o estado pretendia transmitir como sendo de consenso geral, isto é, que as colónias faziam parte da unidade nacional, os comunistas foram os primeiros a opor-se aos confrontos. Na verdade, a primeira organização a manifestar-se publicamente foi o PCP, em 1957, durante o seu V Congresso, pedindo a independência imediata, completa e indolor. Porém, a censura do regime obrigava o partido a representar dois papéis: o de partido político e o de força de coesão entre os sectores oposicionistas, com os quais acordava programas que não reflectiam as suas posições anticoloniais; seguindo a mesma linha de orientação, já assim se tinham manifestado, durante as eleições presidenciais celebradas durante o Estado Novo, onde era defendida essa unidade: Norton de Matos (1949), Quintão Meireles (1951), Humberto Delgado (1958), e mesmo os candidatos apoiados pelo PCP: Rui Luís Gomes e Arlindo Vicente.
Depois da fraude eleitoral de 1958, Humberto Delgado formou o Movimento Nacional Independente (MNI) que, em Outubro de 1960, defendia a necessidade de preparar o povo das colónias, antes de lhe ser concededido o direito à autodeterminação. No entanto, nenhuma data ou metodologia foi sugerida.
Assim, a oposição ia-se assumindo lentamente, começando pelo estalar da luta armada, até se aperceber que o conflito estava a durar tempo demais. Em 1961, o nº 8 da Tribuna Militar tinha como título, "Ponhamos fim à guerra de Angola". Os seus autores estavam ligados às Juntas de Acção Patriótica (JAP), apoiantes de Humberto Delgado, responsáveis pelo ataque ao quartel de Beja. A Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), criada em Dezembro de 1962, contrapunha as posições conciliadoras. O sentimento oficial do estado português, contudo, mantinha-se: Portugal possuía direitos inalienáveis e legítimos sobre as colónias e era isso que era transmitido pelos meios de comunição e pela propaganda estatal.
Em Abril de 1964, o Directório de Acção Democrata-Social reivindicava uma resolução política e não militar. Em sintonia com esta iniciativa, em 1966, Mário Soares sugeria a preparação de um referendo sobre a política ultramarina a seguir por Portugal, e que deveria ser precedido por um debate nacional a realizar durante seis meses.
Nem a morte de Salazar fez com que o panorama político se alterasse. Só com as eleições legislativas de 1969 se viria a verificar uma radicalização da atitude política, nomeadamente entre as camadas mais jovens, que mais se sentiam vitimizadas pela continuação da guerra. As universidades desempenharam um papel fundamental na difusão deste posicionamento. Surgem, assim, as publicações Cadernos Circunstância, Cadernos Necessários, Tempo e Modo, e Polémica. É neste ambiente que a Acção Revolucionária Armada (ARA) e as Brigadas Revolucionárias (BR) se revelam como uma importante forma de resistência contra o sistema colonial português, dirigindo os seus ataques, principalmente, contra o Exército.
A ARA, vinculada ao PCP, iniciou as suas acções militares em Outubro de 1970, mantendo-as até Agosto de 1972. Destacam-se o ataque à Base Aérea de Tancos contra equipamento da Força Aérea, a 8 de Março de 1971, e o atentado contra as instalações do quartel-general do Comiberlant, em Oeiras, em Outubro do mesmo ano. As BR, por sua vez, iniciaram as acções armadas a 7 de Novembro de 1971, com a sabotagem da base da NATO de Pinhal de Ameiro, verificando-se a última a 9 de Abril de 1974, contra o navio Niassa que se preparava para zarpar de Lisboa transportando tropas para a Guiné. As BR chegaram, inclusive, a agir nas colónias, colocando uma bomba no Comando Militar de Bissau, a 22 de Fevereiro de 1974.
Também o alinhamento dos sectores da finança e negócios, classes médias e movimentos operários constituiu um importante ponto de inflexão na contestação à política do regime, em 1973. Apresentavam-se, agora, concordantes quanto à independência das colónias, poucos meses antes do 25 de Abril.

[editar] Antecipação casual

A propaganda tornou-se uma forma de combate psicológico contribuindo para desorganização do inimigo.
A propaganda tornou-se uma forma de combate psicológico contribuindo para desorganização do inimigo.
A instrução dos quadros e tropas das forças portuguesas, por normalização da estrutura da NATO, concebeu a publicação de um conjunto de manuais intitulados "O Exército na Guerra Subversiva" que serviriam de suporte para a organização das tropas durante a Guerra. Introduziam também a necessidade da guerra psicológica que se revelaria como uma frente de combate sólida para Portugal. Com efeito, a "conquista das populações" foi aplicada a níveis tácticos e estratégicos com sucesso, exceptuando as dificuldades no início e fim da guerra.
Também se revelou fundamental a especialização de grupos armados, como os Comandos, único corpo organizado especificamente para esta guerra — desmantelado pouco tempo depois de esta terminar — e adaptação dos Fuzileiros e pára-quedistas. Quanto às unidades recrutadas no próprio teatro de operações, as tropas especiais africanas, os TE, GE e GEP, Flechas e fuzileiros foram adaptadas às técnicas de combate específicas deste tipo de cenário (guerrilha) e terreno. Porém, a quase sempre deficiente instrução dos efectivos implicaria uma crescente degradação da sua eficácia, a par com o cansaço e esvaziamento dos quadros permanentes.
Com o embargo internacional à venda de armas a Portugal, as forças armadas viram-se, a partir dos anos 70, ultrapassadas tecnologicamente pelos movimentos de libertação, o que foi especialmente notório na Guiné-Bissau. O déficit seria provisoriamente suportado pela supremacia aérea, até à introdução dos mísseis anti-aéreos por parte dos guerrilheiros.

[editar] Conflito armado


[editar] Angola

Soldados portugueses nas matas de Angola.
Soldados portugueses nas matas de Angola.
Guerra Colonial Portuguesa em Angola
Operação ViriatoRota Agostinho Neto
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Ver artigo principal: Guerra da Libertação de Angola
Em Angola, a sublevação da ZSN foi efectuada pela União das Populações de Angola (UPA) — que passou a designar-se como Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) em 1962. A 4 de Fevereiro de 1961, o Movimento Popular de Libertação de Angola reivindicou o ataque à cadeia de Luanda, onde foram mortos sete polícias. A 15 de Março de 1961, a UPA, num ataque tribal, deu origem a um massacre de populações brancas e trabalhadores negros naturais de outras regiões de Angola. Esta região seria reocupada mediante operações militares de grande envergadura que, porém, não conseguiram conter o alastramento das acções de guerrilha a outras regiões de Angola, como Cabinda, o Leste, o Sudeste e planalto central. Ao MPLA, que desempenhou um papel fundamental, há a acrescentar, a partir de 1966, a acção da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
Com motivações essencialmente tribais, e dirigidos de forma autocrática por Holden Roberto, a actividade da UPA caracterizou-se pela guerrilha rural, realizada por pequenos grupos armados, e pelo massacre de populações, como já se previa na sua primeira acção. Com catanas e algumas espingardas, os canhangulos, procuravam apoderar-se das armas das fazendas e postos administrativos atacados. Não manifestaram interesse em consolidar o domínio territorial, conseguido nos primeiros dias, nem foi apresentado qualquer programa político.
Em Angola, os efectivos militares contavam, no início de 1961, com 5000 mililitares africanos e 1500 metropolitanos, organizados em dois regimentos de infantaria — um em Luanda e outro em Nova Lisboa — cada um com dois batalhões de instrução e outro de atiradores) e um grupo de cavalaria, sediado em Silva Porto. A densidade média era, portanto, de um soldado para cada 30 km2. Imediatamente disponíveis para acorrer à zona afectada estavam apenas mil soldados europeus e 1200 africanos.

[editar] Guiné-Bissau

Posto de controlo montado pelo PAIGC na Guiné-Bissau em 1974, depois da declaração de independência.
Posto de controlo montado pelo PAIGC na Guiné-Bissau em 1974, depois da declaração de independência.
Guerra Colonial Portuguesa na Guiné Portuguesa
Operação TridenteOperação GrifoOperação VulcanoOperação Gata PequenaAtaque a BubaOperação JoveOperação Mar VerdeOperação Ametista Real
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Na Guiné, os confrontos foram iniciados, em Janeiro de 1963, pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), sob a forma de guerrilha, com um ataque ao quartel de Tite, a Sul de Bissau, junto ao rio Corubal, embora haja registo de acções anteriores. Este movimento rapidamente se estendeu a quase todo o território, crescendo continuamente de intensidade, e exigindo um empenhamento proporcional por parte dos portugueses.
A guerra na Guiné colocou frente a frente dois homens de forte personalidade: Amílcar Cabral e António de Spínola, responsáveis pela modelação do teatro de operações na Guiné. Em 1965 dá-se o alastramento da guerra ao Leste (Pirada, Canquelifá, Beli). Nesse mesmo ano, o PAIGC realizou missões no Norte, na região de São Domingos, onde, até ao momento, apenas actuava a FLING, que se via a braços na luta, depois da OUA ter canalizado o seu apoio para o PAIGC. Este, em sequência da sua crescente afirmação internacional, viria a receber apoio militar cubano, que duraria até ao final da guerra.
Pode-se dizer que as forças portuguesas desempenharam, na Guiné, uma força defensiva, mais de manutenção das posições que propriamente de conquista das populações, limitando-se, de uma forma geral, a conter as acções do PAIGC. Por isso, esta época inflingiu um grande desgaste para os portugueses, constantemente surpreendidos pelos guerrilheiros e pela influência destes junto da população que, entretanto, era recrutada para o movimento.
Com as decisões de António de Spínola, as forças portuguesas ganhavam um carácter mais ofensivo. Entre 1968 e 1972, sob o comando deste general, conseguiriam manter a situação sob controlo e, por vezes, levar a cabo acções de confirmação das posições estratégicas. Mais: agora lutava-se subversivamente, utilizando a manipulação propagandística que iria afectar os níveis mais altos da hierarquia do PAIGC. Porém, a situação pendeu rapidamente para o lado do PAIGC que, não obstante o assassínio de Amílcar Cabral, não diminuiu a actividade operacional.
Em Março, o aparecimento dos mísseis anti-aéreos obrigaria as tropas portuguesas a reavaliarem o esforço de guerra. Durante algum tempo, o suporte aéreo ficou, assim, indisponível, o que teve graves repercussões nas tropas, mesmo a nível psicológico.
Marcelo Caetano, em conflito com Spínola, dispensou o general do cargo de governador, que seria ocupado por Bettencourt Rodrigues a 21 de Setembro de 1973. Três dias depois, o PAIGC declarava a independência do novo estado, em Madina do Boé. Curiosamente, nem Spínola nem Bettencourt estavam no terreno durante esta ocorrência.

[editar] Moçambique

Coluna mobilizada para a reconquista da roça Beira Baixa no norte de Angola (1961).
Coluna mobilizada para a reconquista da roça Beira Baixa no norte de Angola (1961).
Guerra Colonial Portuguesa em Moçambique
Operação ÁguiaOperação ZetaOperação AbanadelaOperação PenadaOperação Marte
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Em Moçambique, o movimento de libertação, denominado Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), efectuou a sua primeira acção nos dias 24 e 25 de Setembro de 1964, num ataque a Chai, na província de Cabo Delgado, estendendo-se posteriormente ao Niassa, Tete e para o centro do território. Porém, um relatório do Batalhão de Caçadores 558 refere acções violentas a 21 de Agosto de 1964, na região de Cabo Delgado, como indica o relatório do Batalhão de Caçadores 558. O mesmo relatório refere que, três dias depois, um padre da Missão de Nangololo tinha sido ferido mortalmente. Estas acções foram atribuídas a grupos de guerrilheiros MANU e da UDENAMO.
A 16 de Novembro do mesmo ano, as tropas portuguesas sofriam as primeiras baixas no Norte de Moçambique, região de Xilama. A organização e armamento dos guerrilheiros evoluía rapidamente. Também o acidentado terreno, a baixa densidade das forças portuguesas e a fraca presença de colonos facilitaram a acção da Frelimo, que alargava a sua acção para Sul, na direcção de Meponda e Mandimba, mostrando intenção de ligar-se a Tete, atravessando o Malawi, que apoiou, nos primeiros anos, o trânsito e refúgio de guerrilheiros.
Até 1967, a FRELIMO mostrou-se menos interessada pela região de Tete, exercendo o seu esforço nos dois distritos do Norte, onde a utilização de minas terrestres se destacou de forma particular. No Niassa, a intenção da FRELIMO era simultaneamente criar uma zona livre, e uma zona de passagem para Sul, em direcção à Zambézia
Já em Abril de 1970, a actividade militar da Frelimo aumentou de forma significativa, devido à presença de Samora Machel em Cabo Delgado, onde apresentaria os planos de ofensivas a executar em Junho e Julho.
Até 1973/74, as atenções viravam-se para Cabora Bassa. Os últimos tempos de guerra caracterizaram-se pelo avanço da FRELIMO para Sul, registando acções na zona de Chimoio e agitação das populações de origem europeia. O general Kaúlza de Arriaga disponibilizava-se para continuar o comando, mas impunha condições que o Governo de Lisboa não aceitou. Terminada a sua comissão em Agosto de 1973, foi substituído pelo general Basto Machado. A situação continuaria a deteriorar-se até aos designados "acontecimentos da Beira", em Janeiro de 1974, quando as populações brancas de Vila Pery e da Beira se manifestaram contra a incapacidade das forças portuguesas de suster a situação, já esgotada de efectivos e sem possibilidade do reforço dos meios de combate.

[editar] A Organização de Unidade Africana

Ver artigo principal: Organização de Unidade Africana
Formalmente constituída em Adis Abeba em Maio de 1963, a Organização de Unidade Africana (OUA) assentava sobre algumas das bases de cooperação africana estabelecidas pela Conferência de Lagos tanto a nível geral como regional, com a missão de reforçar a unidade e solidariedade dos estados africanos, defender a sua integridade territorial e autonomia, e eliminar, sob todas as formas, o colonialismo em África. Este último tornar-se-ia o principal objectivo da organização, mediante intervenções perante o Conselho de Segurança da ONU, como no caso da reunião urgente deste Conselho para a avaliação da conduta portuguesa para com as colónias africanas.
A OUA estabeleceu um Comité de Ajuda aos Movimentos de Libertação, com sede em Dar-es-Salam, onde integrava representantes da Etiópia, Argélia, Uganda, Egipto, Tanzânia, Zaire, Guiné-Conacri, Senegal e Nigéria. Esta ajuda distribuía-se pela criação de infrastruturas, treino militar e na compra de armamento.
Relativamente à questão colonial portuguesa, a OUA desencadeou acções no sentido do reconhecimento do Governo Revolucionário de Angola no Exílio (GRAE), formado pela FNLA e Holden Roberto, em 1964. Este apoio foi, contudo, transferido para o movimento MPLA de Agostinho Neto, a partir de 1967, em detrimento do primeiro, para, em Novembro de 1972, novamente serem reconhecidos ambos os movimentos, tendo em vista a sua união. A legitimação da UNITA como organização anticolonialista pela OUA só se viria a verificar nas vésperas do Acordo de Alvor (1974). Em 1964, a OUA reconheceu o PAIGC como o legítimo representante da Guiné-Bissau e Cabo Verde, bem como a Frelimo para Moçambique, em 1965.
Afora a questão portuguesa, a OUA ainda se esforçou por afastar a intervenção das potências externas durante a guerra da secessão do Catanga (1960-65), a declaração unilateral da independência da Rodésia (1966-1979) e o conflito de Biafra (1967-1970).

[editar] O fim da guerra


Hastear da bandeira da Guiné-Bissau após o arrear da bandeira portuguesa, em Canjadude (1974).
O 25 de Abril de 1974, planeado e executado por militares dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas, uma nova geração de oficiais de baixa e média patente, formada e criada na guerra, que aprendera a agir com autonomia, levantaria, sob a direcção do MFA, um período revolucionário que transformaria radicalmente o Estado e a sociedade. Embora inúmeros factores tenham contribuído para a revolução, a Guerra Colonial foi, desde sempre, apontada como a principal justificação para a queda irrevogável do Estado Novo em Portugal.
O Programa do MFA, da responsabilidade da sua Comissão Coordenadora apresentava, de forma inequívoca, a vontade de possibilitar a independência das colónias. Porém, a remoção desta alínea, negociada durante a noite de 25 para 26 de Abril, levantaria ainda alguns equívocos a respeito, que só seriam esclarecidos pela Lei 7/74 de 27 de Julho. Esta medida levantaria grande parte da cortina que separava o Estado Português de conseguir negociações com os movimentos de libertação. Dava-se assim início ao processo de descolonização.
Porém, a ambiguidade das primeiras posições relativas à nova política colonial gerou situações duvidosas que não puderam ser ultrapassadas sem graves desentendimentos. Cada redefinição do processo representava uma dura luta entre António de Spínola e a Comissão Coordenadora do Programa do MFA. Os dois projectos apresentados para essa nova política diferiam, sobretudo, nas questões ligadas com as futuras relações de Portugal com as colónias; mesmo os pontos concordantes seriam rapidamente submetidos perante a prova prática da realidade, o que exigiu, na maioria das vezes, a sua revisão. Assim, com o esclarecimento pela Lei 7/74, e posterior comunicado conjunto Portugal-ONU, publicado a 4 de Agosto, eram levantadas as últimas dúvidas, dando início à fase definitiva da descolonização.
Iniciaram-se as negociações com o PAIGC e com a Frelimo, que levaram à assinatura de protocolos de acordo. Em Argel, a 26 de Agosto ficava concluído o processo entre Portugal e o PAIGC, em que a ex-colónia era reconhecida como estado soberano, sob o nome de «República da Guiné-Bissau». O último contingente militar regressou da Guiné em 15 de Outubro.
Relativamente a Moçambique, seria assinado a 7 de Setembro, em Lusaka, um acordo conducente à independência moçambicana. Contudo, grupos organizados, num movimento contrário ao acordo, assaltaram as instalações da Rádio Clube de Moçambique, em Lourenço Marques e outras cidades, e seus emissores regionais, sugerindo a intervenção da África do Sul. Esta tentativa destabilizadora do processo de paz viria a fracassar, sob a acção das Forças Armadas Portuguesas.
Quanto a Cabo Verde, o acordo entre Portugal e o PAIGC já estabelecia o princípio do acesso deste arquipélago à autodeterminação e independência. Em 17 de Dezembro seria publicado o Estatuto Constitucional de Cabo Verde, prevendo eleições por sufrágio directo e universal, a 30 de Junho de 1975. A assembleia instituída a partir daí proclamou a independência do território a 5 de Julho de 1975.
Quanto a Angola, a aproximação dos três movimentos de libertação constituía uma dificuldade para o governo português. Com efeito, pairava a possibilidade do alargamento de um confronto entre os países ocidentais, a África do Sul e a União Soviética. Spínola reunir-se-ia ainda com Mobutu, com alguma continuidade, mas viria a demitir-se do cargo a 30 de Setembro. Com Costa Gomes na Presidência da República Portuguesa, desenvolveram-se conversações dirigidas especificamente a cada um dos movimentos. Inicialmente, com a FNLA, posteriormente com o MPLA. Porém, as várias tentativas de restabelecer a paz em Angola e minimizar o impacto da descolonização seriam deitadas por terra rapidamente. A guerra civil arruinou a serenidade deste processo, agravando a situação interna, com milhares de vítimas e a fuga dos portugueses.
Também em Timor-Leste se verificou um período dramático, já que as autoridades portuguesas não tinham como dispor de capacidade para normalizar os conflitos, acabando a Indonésia por invadir a ilha.
Em suma, as condições oferecidas pelo novo regime para a descolonização, reconfigurou a situação no continente africano, com a criação de novos países independentes em busca dos seus próprios rumos e afirmação nacional, o que iria contribuir para o desmantelamento do Apartheid na África do Sul.

[editar] Consequências


[editar] Custos financeiros


Evolução das despesas extraordinárias das Forças Armadas Portuguesas e do Estado.
O Orçamento e as contas do Estado Português, ao longo das décadas de 1960 e seguinte reflectiram claramente o esforço financeiro exigido ao país durante a guerra. Obviamente, as despesas com a Defesa Nacional sofreram crescentes aumentos a partir de 1961, com o despoletar dos sucessivos conflitos em África. Estas despesas com as Forças Armadas classificavam-se, para efeito orçamental, como ordinárias (DO), de carácter normal e permanente, e extraordinárias (DE), respeitantes à defesa da ordem pública em circunstâncias excepcionais. A parcela mais importante das DE, os gastos com as províncias ultramarinas, inscrevia-se no Orçamento, na rubrica Forças Militares Extraordinárias no Ultramar (OFMEU). É interessante verificar que as despesas totais do Estado sofrem incremento acentuado a partir de 1967/68, coincidindo com a subida ao poder de Marcelo Caetano.
As dificuldades orçamentais encontradas pelas Forças Armadas Portuguesas levaram o Exército a estudar o custo mínimo para as forças em campanha (OFMEU), concluindo que o custo diário médio de um combatente era, em 1965, de 165 ESC para a Guiné, 115 ESC para Angola e 125 ESC para Moçambique. Por ano, equivalia, portanto, a cerca de 42000 ESC, de onde se derivou a fórmula V = 42n (sendo n o número de homens).

[editar] Os veteranos de guerra

  • De origem Portuguesa
Foram também vítimas da guerra os soldados que nela participaram, tornando-se uma das faces mais visíveis das consequências do conflito. Não obstante, os hospitais militares tornaram-se simultaneamente, para estes, um refúgio e um depósito onde a sociedade mantinha longe da vista os corpos amputados. Nem o Código de Inválidos de 1929, que visava dar um estatuto de reconhecimento e assistência aos feridos na I Guerra Mundial, evitou que ficassem na miséria, sem direito a assistência médica ou quaisquer regalias sociais.




Monumento aos Combatentes da Guerra do Ultramar, em Lisboa.
É também neste contexto que o 25 de Abril de 1974 mostra uma luz de esperança, ao ser instituída a Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) que teve como primeiro acto a apresentação à Junta de Salvação Nacional de um conjunto de princípios reivindicativos, que possibilitavam a prestação de serviços de apoio aos associados, desde os processos burocráticos e administrativos, aos cuidados de saúde, reabilitação física e integração social. Esta associação conta com mais de 13 500 associados, ilustrando perfeitamente as necessidades sentidas pelos feridos de guerra. No entanto, alguns levantamentos estatísticos efectuados pela ADFA apontam a marca para os 25 milhares, durante todos os 13 anos de guerra. Em relação ao stress de guerra, a ADFA estima números bastante superiores aos apontados pelas fontes oficiais (560).
  • De origem Guineense
Na ex-Guiné Portuguesa, uma parte dos que combateram pelo lado do governo de Portugal contra o PAIGC, eram soldados ou milícias naturais do próprio território. Após a independência, a grande maioria desses combatentes foram abandonados à sua sorte em consequência de várias circunstâncias entre as quais a falta de definição do seu estatuto nos acordos assinados entre as forças beligerantes e à falta de capacidade de resolução de tantos problemas em simultâneo pelos novos governantes de Portugal durante a Revolução dos Cravos.
A principal consequência desses factos foi a sua perseguição e assassinato pelos seus antigos inimigos. Estima-se que tenham sido assassinados sumariamente milhares de ex-combatentes, havendo quem avance com números na ordem dos onze mil.

[editar] O 10 de Junho


Desfile militar por ocasião do Dia de Portugal, na avenida marginal de Luanda.
O regime aproveitou a data quase esquecida do 10 de Junho, que detinha uma conotação como o Dia da Raça, entretanto desactualizada, para transformá-la num grande evento de apoio à política colonial, sob pretexto de homenagear os heróis que a suportavam na frente de combate. O dia 10 de Junho passaria, assim, a carregar consigo uma identificação próxima com a defesa do regime e das colónias, enquanto as Forças Armadas eram chamadas para a demonstração do poderio militar português.
A primeira das celebrações realizou-se em 1963, no Terreiro do Paço, em Lisboa, para condecorar combatentes. Este modelo seguir-se-ia, com ligeiras alterações, até 1973: formatura geral dos três ramos das Forças Armadas, dispondo os alunos do Colégio Militar e do Instituto Militar dos Pupilos do Exército, seguidos dos cadetes da Escola Naval e da Academia Militar. Segundo o Diário de Notícias, edição de 12 de Junho desse primeiro ano, «quatro mil homens descansavam as mãos nas armas de guerra. Em volta, uma multidão silenciosa. A memória dos combatentes do Ultramar impunha respeito».
As cerimónias de condecoração de militares no 10 de Junho celebravam-se também nas regiões militares metropolitanas, no Porto, Tomar, Évora, Funchal e Ponta Delgada, presididas pelos respectivos comandantes, bem como nas capitais dos teatros de operações, Bissau, Luanda e Lourenço Marques, presididas pelos respectivos governadores.
Com a Revolução do 25 de Abril de 1974, o dia passar-se-ia a designar como Dia de Camões, Portugal e das Comunidades Portuguesas.

[editar] Nas artes


[editar] No cinema

No cinema português, a Guerra do Ultramar, ao contrário do verificado em outros períodos marcados pelas circunstâncias político-militares, não teve uma incidência directa, quer em actualidades, quer em reportagens, por dois motivos principais: a influência da censura e a posterior importância da televisão. Em contrapartida, o documentarismo mereceu um expressivo incremento nos países africanos envolvidos, especialmente Angola e Moçambique. Por outro lado, a Guerra Colonial reflectiu-se, desde meados da década de 1960, na área ficcional da cinematografia lusitana, explorando sobretudo os conflitos individuais. Destacam-se, a título de exemplo, um documentário longo, em 70 mm, produzido pelo Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, Angola na Guerra e no Progresso (1971, Quirino Simões), baseado em Aquelas Longas Horas, de Manuel Barão da Cunha, com uma síntese dos acontecimentos de 1961 e a subversão do Leste a partir de 1967.
Após o 25 de Abril de 1974 e o levantamento da censura política, a produção cinematográfica alterava substancialmente o teor das produções, agora mais voltado para a exposição do pós-guerra. Produzido para a RTP, Adeus, até ao Meu Regresso (1974, António-Pedro Vasconcelos) narrava alguns casos significativos entre os milhares de soldados que combatiam na Guiné, a propósito das mensagens de Natal para as famílias; Incompleto ficou O Último Soldado (1979, Jorge Alves da Silva), sobre as dificuldades de readaptação conjugal e social de um oficial pára-quedista (João Perry) de regresso a Portugal; La Vitta e Bella (1979, Grigori Tchoukrai), uma co-produção luso-ítalo-soviética, filmada em Lisboa, sobre um taxista, ex-aviador militar que, durante a guerra de Angola, recusara abrir fogo e afundar um barco com mulheres e crianças; em Actos dos Feitos da Guiné (1980), Fernando Matos Silva, argumento com Margarida Gouveia Fernandes, encena, em forma de teatro de crítica, a relação histórica do colonialismo português e seus heróis, com excertos filmados na Guiné, em 1969-70; A Culpa (1980, António Vitorino d'Almeida), narra a obsessão de um ex-combatente da guerra da Guiné (Sinde Filipe); Em Gestos & Fragmentos - Ensaios sobre os Militares e o Poder (1982, Alberto Seixas Santos), Otelo Saraiva de Carvalho descreve o percurso, seu e dos seus camaradas do Movimento dos Capitães, que levou o país da Guerra Colonial ao golpe de estado do 25 de Abril; Um Adeus Português (1985), João Botelho e Leonor Pinhão evocam um incidente com uma patrulha que se perde no mato, com a morte de um furriel; Era Uma Vez um Alferes (1987, Luís Filipe Rocha), sobre a obra de Mário de Carvalho, produzido para a RTP, reconstitui um episódio em África, em que um alferes português pisa uma mina, que rebentará quando ele levantar o pé; Non ou a Vã Glória de Mandar (1990, Manoel de Oliveira), uma reflexão sobre a identidade da pátria por parte de alguns soldados, no final da Guerra, pouco antes do 25 de Abril, ilustrada desde o início de Portugal como nação independente.

[editar] Na literatura

Ao contrário da repercussão literária portuguesa em outras ocasiões belicistas, a Guerra Colonial contribuiu significativamente para a produção portuguesa. Com cerca de 60 romances em que é tema, e outros 200 em que é subtema, a literatura sobre os acontecimentos formam a única corrente de fundo centrada sobre a guerra. Também aqui, a dualidade do suporte versus oposição ao império só seria manifestada abertamente após a Revolução dos Cravos. Com efeito, as produções tenderam a dramatizar a culpa e assumiram um carácter anti-heróico, anti-militarista e auto-punitivo, como é o caso de Jornada de África de Manuel Alegre, em oposição à produção literária dos africanos lusófonos relativa à sua guerra de libertação. Entre as excepções a estas obras contam-se: A Vida Verdadeira de Domingos Xavier ou Nós, os do Maculusu, de José Luandino Vieira, As Lágrimas e o Vento, de Manuel dos Santos Lima, Mayombe, de Pepetela (todos romances angolanos), Angola, Angolé, Angolema, de Arlindo Barbeitos, os sete contos compilados em Nós Matámos o Cão Tinhoso, do moçambicano Luís Bernardo Honwana. Um exemplo marcante da literatura imparcial portuguesa foi a obra de António Lobo Antunes, em Os Cus de Judas ou em Fado Alexandrino.
Noutro contexto, a literatura técnica sobre a arte militar conheceu também importantes publicações sobre a experiência de combate por parte de fuzileiros, comandos, desertores e elementos dos corpos auxiliares.
Na poesia, Couto Viana, Bação Leal, Assis Pacheco preenchem a lacuna; no drama, Fernando Dacosta, n'Um Jeep em Segunda Mão; nos documentários, o diário Jornal de Campanha de Liberto Cruz; no romancismo, a prosa de Juana Ruas ou o romance Morte em Combate, de António Silveira.» in http://saber.sapo.pt/wiki/Guerra_Colonial_Portuguesa


Atletismo: Atletas da Associação Desportiva de Amarante (ADA), em grande evidência!

AMARANTE: Atletas da ADA representaram selecção do Porto no Cross Internacional de Loures

«Atletas da ADA em grande evidência


Os atletas juniores da ADA Flávio Nunes e Dima participaram, domingo, integrando uma selecção de quatro atletas da Associação de Atletismo do Porto, no Cross Internacional de Loures.
Flávio Nunes, de Amarante, foi 19º classificado e o 10º melhor português. Dima, do Marco de Canaveses, foi 25º classificado e o 14º melhor português.
Os dois atletas integraram uma selecção da Associação de Atletismo do Porto, composta por quatro atletas, que foi orientada tecnicamente pelo treinador da ADA Manuel Varejão.
Colectivamente a selecção do Porto alcançou o 5º lugar, sendo a melhor classificada entre as diversas selecções das associações de atletismo do nosso país.
Para o treinador da ADA e, nesta prova, seleccionador da Associação de Atletismo do Porto, os atletas foram valentes atendendo às condições adversas em que decorreu aquele cross.
“Considero que a classificação dos nossos atletas foi boa, pois competiram com os melhores atletas juniores da Europa num piso bastante difícil, com poças de água, lama, chuva e vento”, referiu Manuel Varejão, considerando que a presença de dois atletas da ADA na selecção do Porto foi um prémio pelo esforço diário dos atletas nos treinos.
A presença destes dois atletas nesta prova para selecções, sublinha o treinador, abre a porta para futuras convocatórias para a selecção nacional.
O Cross Internacional Juniores de Loures, que contou com a participação de várias selecções da Europa, foi dominado pelos atletas britânicos, que colectivamente venceram a prova masculina e feminina.


Atleta Infantil da ADA melhora recorde regional dos 600 metros


O atleta da Associação Desportiva de Amarante, Luís Moura, melhorou, na Maia, em infantis masculinos, o recorde regional dos 600 metros pista.
Refira-se que com este tempo Luís Moura está a pouco mais de um segundo do recorde nacional.
Nesta prova de 600 metros pista o atleta da ADA Pedro Lopes, também em infantis masculinos, classificou-se no segundo lugar com uma das melhores marcas regionais.
Participaram nesta prova extra de âmbito regional, na Maia, os atletas Diogo Mota, benjamim, 4º classificado, nos 600 metros; Ana Moura, benjamim, 2ª classificada, nos 600 metros; Tânia Dinis, iniciada, 5ª classificada, nos 800 metros; Tiago Rafael, iniciado, 4º classificado, nos 800 metros.» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=1633

Hóquei Patins: F.C. do Porto 10 vs AD Oeiras 1 - Dragões na Frente e a Golear!










«Dragões cilindram no regresso a Fânzeres

Os Heptacampeões brindaram os adeptos presentes no Pavilhão Municipal de Fânzeres com uma goleada sobre o Oeiras, 10-1, no regresso a casa após cinco rondas na condição de visitante. A vitória expressiva consolida a liderança azul e branca no campeonato, aumentando para 52 os pontos conquistados pelos Dragões nas 22 jornadas disputadas.
A irrepreensível exibição da equipa orientada por Franklim Pais redundou num triunfo alargado, que assinala da melhor forma o regresso dos Dragões a Fânzeres, após cinco jornadas consecutivas a jogar fora de portas.
A vitória portista começou a ser construída ainda durante a primeira metade do encontro, com o marcador ao intervalo a registar uma vantagem de três golos favorável ao F.C. Porto, 4-1. Ainda assim, foi durante a etapa complementar que os Heptacampeões levaram o resultado para números ainda mais esclarecedores, chegando ao apito final com um triunfo esmagador, 10-1.
Reinaldo Ventura cotou-se como a figura do encontro ao apontar quatro dos golos portistas, secundado pelos dois de Caio, e pelos tentos de Filipe Santos, Ricardo Figueira, Jorge Silva e Emanuel Garcia, todos autores de um golo cada.
O F.C. Porto permanece líder isolado do Nacional da I Divisão e prepara já a deslocação ao reduto do Valongo, na partida da 23ª jornada da prova, agendada para este sábado, às 18h30.» in site F.C. do Porto.

03/02/09

Amarante Serra do Marão - Marão com Neve, Magia vista de Fregim, Amarante!






Há neve no Marão, há mais beleza em Amarante!





BrYan Ferry & Roxy Music - Mais uma fabulosa Banda dos Anos 80!






Roxy Music - "Virginia Plain" - (Live 1976)

Roxy Music - "A Hard Rain's a-Gonna Fall" - (Live 1976)

Bob Dylan - "A Hard Rain's A-Gonna Fall" - (1976)


BOB DYLAN - "A Hard Rain's A-Gonna Fall"

Bryan Ferry - "Avalon" - (live)

Brian Ferry & Roxy Music - "Jealous Guy" - (John Lennon)

John Lennon - "Jealous Guy"


Brian Ferry - "Don't Stop The Dance"

Bryan Ferry - "Let's Stick Together" - (live)

Roxy Music - "Love Is The Drug"

Bryan Ferry - "Slave to Love"

Roxy Music - "More than this"


Bryan Ferry - "Kiss & Tell"

Roxy Music - "Ladytron"

Roxy Music - "Out of the Blue" - (Live 1976)

Roxy Music - "Mother of Pearl" - (Live 1976)

Roxy Music- "Like A Hurricane"

ROXY MUSIC - "IF IT TAKES ALL NIGHT"

ROXY MUSIC - "FOR YOUR PLEASURE"

«Roxy Music

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Roxy Music

Informação geral
Nome completo {{{Nome Completo}}}
Data de nascimento {{{nascimento}}}
Apelido {{{apelido}}}
Origem
País Reino Unido
Data de morte {{{falecimento}}}
Gêneros Art rock
Glam rock
Ocupação {{{ocupação}}}
Instrumentos {{{instrumento}}}
Instrumentos notáveis {{{instrumentos_notáveis}}}
Tipo vocal {{{tipo_vocal}}}
Período em atividade 1971-1983, 2001–presente
Outras ocupações {{{outras ocupações}}}
Gravadoras Virgin Records
Afiliações {{{afiliações}}}
Influências {{{influências}}}
Sítio oficial www.RoxyMusic.co.uk
Integrantes
Bryan Ferry
Phil Manzanera
Andy Mackay
Paul Thompson
Colin Good
Ex-integrantes
Brian Eno, Eddie Jobson, John Gustafson, John Wetton, Alan Spenner, Graham Simpson, Rik Kenton, John Porter, Paul Carrack, Gary Tibbs, Andy Newmark
O Roxy Music é uma banda de art rock do Reino Unido fundada no início dos anos 1970 por Bryan Ferry (vocal e teclado), graduado de escola de arte. Manteve-se até 1983, e reuniu-se para uma turnê em 2001, posteriormente anunciando que um novo álbum seria gravado em 2005-2006.
O nome da banda é uma referência a títulos de antigos cinemas e salas de dança, um trocadilho com a palavra rock. Ferry primeiramente denominou a banda como Roxy, mas ao tomar conhecimento de outra banda dos Estados Unidos com o mesmo nome modificou para o nome atual. O uso de temas nostálgicos e contemporâneos (ou ainda futuristas) era uma das marcas da banda, particularmente no início. O grupo é conhecido pela combinação de experimentalismo e sofisticação, pelo lirísmo contido nas letras, temas instrumentais virtuosos e produção visual exuberante.
O Roxy Music foi uma influência significativa para o início do movimento punk, fornecendo um modelo para novos grupo da New Wave e grupos eletrônicos do início dos anos 80. Bryan Ferry e Brian Eno também tiveram bastante êxito em suas carreiras solo.

Índice

[esconder]


[editar] História


[editar] 1971 - 1983: a primeira fase

Entre 1970 e 1971, o professor de cerâmica Bryan Ferry ofereceu-se a colaborar com um tecladista e Graham Simpson, um baixista que ele conheceu através da banda da escola de arte, The Gas Board. Andy MacKay aceitou o convite, não com o teclado mas sim com o saxofone e o oboé. Andy conheceu Brian Eno durante a universidade, tendo em comum o interesse pela música electrónica. Encontraram-se novamente algum tempo depois, e Andy convenceu Brian a participar na banda como um técnico de som. Logo depois Eno tornou-se membro da banda. O baterista Paul Thompson uniu-se à banda em junho de 1971, assim como o guitarrista Phil Manzanera. Após gravarem o primeiro álbum, Roxy Music, Simpson foi retirado da banda, sendo substituído por Rik Kenton.
Eno deixou a banda após o segundo álbum, For Your Pleasure, entre as discussões com Ferry em relação a direcção musical do grupo. Ele foi substituído por Eddie Jobson, que já havia sido membro da banda de rock progressivo Curved Air, e também tocava violino. Rik Kenton deixou a banda logo após Virginia Plain, sendo substituído pelo baixista John Porter em For Your Pleasure, e por John Gustafson pelos próximos três álbuns. Apesar disso nenhum desses três músicos era considerado membro permanente da banda.
Apesar de alguns fãs terem lamentado a perda da atitudade experimental que Eno proporcionava à banda, Jobson, que possuia grandes influências da música erudita, revigorou o grupo com sua experiência no teclado, liberando Ferry da tarefa, e também proporcionando um melhor refinamento das gravações do grupo. A sua experiência com o violino deu nova dimensão ao grupo, como mostra a canção Out of the Blue. Eno posteriormente citou a qualidade dos dois álbuns lançados depois de sua saída da banda, Stranded (1973) e Country Life (1974). São considerados os mais originais e consistentes álbuns de rock britânicos desse período.
Os outros membros da banda, Mackay (influenciado pela música erudita), Manzanera (experiente no rock progressivo) e Thompson também compartilharam na época de Eno as suas preocupações com o domínio de Ferry sobre a banda, mas preferiram permanecer no grupo. Gradualmente as suas participações nas produções da banda foram aumentando, apesar do fato de apenas um single do Roxy Music, Jealous Guy, não ter tido a participação de Ferry na criação. A canção excepção, que se tornou o único hit da banda a alcançar o topo das paradas, era um tributo a John Lennon logo após a sua morte.
Manzanera e Mackay iniciaram projetos solo, ambos com a presença de Thompson na bateria. Manzanera também tocou guitarra em várias gravações solo de Eno durante meados da década de 1970. Phil e Andy, junto com Thompson e Jobson, também participaram em várioas gravações a solo de Ferry, e Manzanera regularmente tocava nas turnês a solo de Ferry.
A carreira a solo de Ferry começou em 1973, ainda enquanto participava como membro dos Roxy Music. Estreou-se com o álbum These Foolish Things, que consistia em covers, parte da influência musical de Ferry. No mesmo ano o álbum de David Bowie Pin Ups utilizou a mesma forma, também aplicada por Ringo Starr em 1970 com Sentimental Journey.
O quinto álbum da banda, Siren, continha o único hit nas paradas dos Estados Unidos que a banda conseguiu, Love is the drug. Ferry citou que a música surgiu enquanto ele chutava folhas enquanto caminhava no Hyde Park (Londres). Nessa época Ferry mantinha relacionamento com a supermodelo estaduniense Jerry Hall (que posteriormente casou com Mick Jagger). Hall teve grande impacto na música e imagem da banda, servindo como inspiração em várias músicas, como Prairie Rose (de Country Life), também aparecendo na capa de Siren e no videoclipe de Let's Stick Together, trabalho a solo de Ferry de 1976.
Posteriomente à turnê de Siren em 1976, os Roxy Music terminaram temporariamente. Durante o período, Ferry lançou dois álbuns com a participação de Manzanera e Thompson. Manzenera também participou no álbum de Eno 801 Live .
A banda reuniu-se em 1978 para gravar um novo álbum, Manifesto, mas com nova formação. Jobson e Gustafson não estavam mais presentes. Após a turnê do álbum e antes da gravação de mais um álbum, Flesh + Blood, Thompson deixou a banda temporariamente por ter quebrado o polegar em um acidente de motocicleta. Posteriormente ele deixou a banda permanentemente. Os três membros remanescentes da banda tiveram convidados especiais durante alguns anos, como Andy Newmark, Neil Hubbard e Alan Spenner.
A mudança da formação mudou também a música do grupo, dando um ar mais suave à banda, culminando no seu oitavo e último álbum, Avalon (1982). O trio realizou turnê até 1983, quando Bryan Ferry dissolveu a banda e se dedicou exclusivamente a sua carreira solo.

[editar] 1983 - 2001: trabalho solo

Depois do fim da banda, Mackay, Manzanera e Ferry lançaram álbuns sole. A carreira solo de Ferry continuou, contando com a participação constante de Newmark nas gravações e turnês. thompson trabalhou em sessões de bateria com vários artistas, incluindo bandas como The Angelic Upstarts em seu álbum Reason Why (1983) e Gary Moore em sua turnê de 1985 Emerald Aisles Live In Ireland.
Em 1984, Manzanera e Mackay se reuniram com o vocalista James Wraith para formar o The Explorers. Assinando com a Virgin Records, a banda lançou o álbum autoentitulado com vários singles como Venus de Milo e Falling for Nightlife. A gravadora terminou o contrato com a banda durante a gravação do segundo álbum, que em 1990 acabou sendo lançado com o nome Manzanera/Mackay. Em 1987, Manzanera se reuniu com o ex-baixista do Roxy Music e King Crimson John Wetton para a gravação do LP Weeton/Manzanera.

[editar] A partir de 2001: a reunião

Ferry, Manzanera, Mackay e Thompson se reuniram em 2001 para turnês por alguns anos. Ausente da banda, Brian Eno criticou os motivos para a reunião da banda. Em março de 2005 foi anunciado na página oficial de Phil Manzanera que a banda, incluindo Brian Eno, havia decidido gravar um álbum com inéditas, o primeiro desde Avalon (1982). O projeto marcaria a volta de Eno com o Roxy Music desde For You Pleasure (1973). Após vários boatos sobre a volta do Roxy Music, em 19 de maio de 2006 Eno revelou que contribuiu em duas canções do novo álbum, também tocando em outras faixas, mas que não participaria das turnês com a banda.
O Roxy Music também retorno aos palcos com a apresentação em 2005 no Isle of Wight Festival, em 11 de junho de 2005, seu primeiro concerto no Reino Unido desde a turnê mundial de 2001. Em 2 de julho de 2005 o Roxy Music tocou Jealous Guy e Love is the Drug na contribuição de Berlin no Live 8. A banda, sem Eno, está se apresentando novamente desde 2006.

[editar] Integrantes


[editar] Formação actual


[editar] Membros antigos


[editar] Discografia


[editar] Álbuns de estúdio


[editar] Álbuns ao vivo


[editar] Compilações

  • Roxy Music Greatest Hits (1977)
  • The First Seven Albums (1981)
  • The Atlantic Years (1983)
  • Street Life 20 Great Hits (1986)
  • The Ultimate Collection (1988)
  • More Than This (1995)
  • The Thrill of It All (1995)
  • The Early Years (2000)
  • Slave To Love (2000)
  • The Best of Roxy Music (2001)

[editar] Ver também


[editar] Ligações externas

"Out Of The Blue
Roxy Music

Composição: Indisponível
All your cares
Now they seem
Oh so far away
All your fears
I fear I once shared
Now I know
There's a future
For all of us
Not so long ago
I was so scared
You seemed so sad
I could see
Through your twisted smile
So unsure
Always confused
Pale blue eyes
Gazing down
From your ivory tower
Through the haze
All broken and bruised
Then: out of the blue
Love came rushing in
Out of the sky
Came the sun
Out of left field
Came a lucky day
Out of the blue
No more pain
I don't mind
If it's only
A passing craze
Throwaway lines
Often ring true
If I were you
I would stay
For a little while
I you were me
Would you walk out
In style?"

O Portista Pedro Marques Lopes, na sua crónica humorística semanal!


Pedro Marques Lopes comenta qualidade dos planteis do F.C. do Porto e adversários!

02/02/09

João Aguardela faria hoje 40 Anos de Idade!








Descansa em Paz, João Aguardela!

Sitiados - "A Noite"

"A noite - Sitiados
==================

Ré Mi Sol Ré
Ela sorriu e ele foi atrás
Mi Sol+ Ré
Ela despiu-o e ela o satisfaz

Ré Mi
Passa a noite
Sol Ré
passa o dia devagar
Mi
já é dia
Sol Ré
já é hora de voltar

Mi
Aqui ao luar ao pé de ti
ao pé do mar
Sol
só o sonho fica

só ele pode ficar"

F.C. do Porto Andebol: F.C. do Porto 26 vs Madeira SAD 25 - F.C. do Porto vence Primeira Fase da Liga, com todo o mérito!

 


«Liderança vincada com mais um triunfo

O F.C. Porto Vitalis reforçou, este domingo, a liderança na Liga de Andebol, ao bater o Madeira SAD por 26-25, no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim, em desafio da 14ª jornada. Inácio Carmo (8) e Eduardo Coelho (7) revelaram-se particularmente eficazes.

Os restantes golos da formação azul e branca foram apontados por Filipe Mota (4), Wilson Davyes (4), Ricardo Moreira (2) e Álvaro Rodrigues (1). Num encontro pautado pelo equilíbrio, destaque para a entrega e determinação dos jogadores orientados por Carlos Resende, que asseguraram a 10ª vitória no campeonato.

Os Dragões, que, recorde-se, ainda não foram derrotados na competição, permanecem assim no topo da tabela classificativa.

Imagens de um Jogo de Andebol espetacular, entre duas boas equipas do Andebol Nacional!


Eça de Queiroz - Grande Escritor, Grande Pensador; Muito Actual!




























«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.»

Educação em Portugal - "Maria de Lurdes Rodrigues, Chumbada"

«Senhora Ministra, sou um defensor de que todas as profissões e cargos devem ser avaliados. Quem acabou com a avaliação dos professores foi o seu governo, quando eliminou cerca de dois anos de tempo de serviço a todos os professores e deixou de exigir relatórios críticos de actividade, que deveriam incluir os seguintes itens:


1- Índice

2- Identificação do Docente

3- Introdução

4- Actividades Desenvolvidas

4.1- Serviço Distribuído

4.2- Desempenho e Cargos Directivos e Pedagógicos

4.3- Relação Pedagógica com os Alunos

4.4- Manuais Escolares e Obras de Leitura Integral

4.5- Participação em Projectos e Actividades Desenvolvidas no Âmbito da Comunidade Educativa

4.6- Cumprimento de Programas Curriculares

4.7- Acções de Formação Frequentadas

4.8- Cooperação com os Professores das Turmas e do Grupo Disciplinar

4.9- Assiduidade

5- Conclusão

Esses relatórios eram avaliados por uma comissão de avaliação e tinham de ser entregues até dois meses antes da mudança de escalão.
Tenho conhecimento de vários colegas que, na altura, não progrediram por os seus relatórios não terem sido aprovados.
A minha progressão na carreira desde o 6º até ao 10º escalões, resultou da aplicação deste modelo de avaliação.

Dizer que nos últimos trinta anos não tinha havido avaliação é uma mentira grave que a devia envergonhar. Podia dizer que não concordava com esse modelo, estaria no seu direito, como eu tenho direito de não concordar com o seu modelo. Não tem o direito é de mentir descaradamente aos portugueses.

Desde já defendo um modelo simplificado de avaliação dos professores semelhante ao que foi imposto no ano anterior aos contratados, resultante do memorando de entendimento. Se todos já perceberam que é o que acontecerá no futuro, por que motivo não chega a acordo rapidamente e termina com a guerrilha que se instalou nas escolas, tentando impor um modelo que todos reconhecem injusto, burocrático, asfixiante e alicerçado em compadrios? A teimosia não leva a lado nenhum.

A vergonha não está em dialogar, mas numa ministra da educação não conseguir entrar em nenhuma escola pública e achar que tem condições para continuar.

Agora sugiro que a senhora ministra reflicta e faça uma auto-avaliação com base nos critérios impostos por si aos professores:

a) Relação com a comunidade educativa:

Critérios de insucesso:

1º 120 000 professores a protestar;

2º Os alunos não permitem que entre numa escola pública e fecham escolas;

3º O Auxiliares da Acção Educativa fazem greves;

4º Os representantes dos Encarregados de Educação nos Conselhos Pedagógicos e Gerais votam favoravelmente moções que apelam à suspensão ou à simplificação do processo de avaliação;

5º O SIGE (sindicato dos Inspectores Gerais do Ensino) dá conhecimento público da incapacidade de este organismo proceder à avaliação dos docentes titulares, conforme o modelo que impõe, por falta de efectivos;

Classificação da Senhora Ministra : Insuficiente

b) Redução do Abandono Escolar:

Critérios de insucesso:

1º Centenas de professores estão a pedir a reforma antecipada com grandes penalizações;

2º Todos os dias há alunos a emigrar com os pais para outros países, porque não conseguem sobreviver em Portugal.

Classificação: Insuficiente

c) Melhoria dos resultados dos alunos;

Critério de insucesso:

1º Se aplicar exames com o mesmo grau de dificuldade que os de há cinco anos atrás, verificará que os resultados serão muito piores, porque cada vez os alunos sabem menos, uma vez que não têm tempo para fazerem os trabalhos de casa com a excessiva carga horária de 14 disciplinas (no 7º ano).

2º Experimentei dar os mesmos testes que dava há 10 anos atrás e tive mais de 80% de insucesso, quando nessa altura tinha cerca de 10%.

Classificação: Insuficiente.

d) Formação Contínua:

Não se conhece nenhuma formação que tenha feito no último ano, por isso é insuficiente.

Como se apercebeu, a sua avaliação é insuficiente, mas como se mostra cega e surda aos sinais que a rodeiam, foi-lhe aplicado um Plano Educativo Individual e continua no cargo a prejudicar a escola pública.

Outra mentira que tem tentado passar é a de que os alunos não têm motivos para protestar, porque, segundo a senhora ministra e os secretários de estado, de acordo com o novo Estatuto do Aluno, os alunos que faltam justificadamente por doença não têm medidas correctivas ou Prova de Recuperação. A única forma de não estar a mentir é não ter lido o artigo 22.º que passo a citar para que não volte a mentir:

Efeitos das faltas

1 -- Verificada a existência de faltas dos alunos, a escola pode promover a aplicação da medida ou medidas correctivas previstas no artigo 26.º que se mostrem adequadas, considerando igualmente o que estiver contemplado no regulamento interno.

2 -- Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino secundário e no ensino recorrente, ou, tratando -se, exclusivamente, de faltas injustificadas, duas semanas no 1.º ciclo do ensino básico ou o dobro de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos e níveis de ensino, deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas referida no número anterior, uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite, competindo ao conselho pedagógico fixar os termos dessa realização.

Eu sublinhei as partes que a senhora Ministra ainda não tinha entendido para lhe facilitar a compreensão.

Mas se ainda não está convencida. Experimente chegar ao Conselho de Ministros e dizer:

- "Meus amigos, a partir de agora somos nós que nos vamos avaliar a nós próprios. Os ministros que nasceram antes de 1948 avaliam os restantes. Não importa se sabem mais ou menos. Vão avaliar o nosso trabalho, não só no conselho de ministros, mas também na comunicação social. Se trabalharmos muito e dermos nas vistas podemos ser classificados de "Muito Bom" ou de "Excelente". No entanto, se houver mais do que um Excelente ou dois Muito Bons, essas classificações não poderão ser atribuídas, porque só poderia haver um Excelente e dois Muito Bons. Para finalizar tenho a dizer-vos que temos de aceitar tudo o que digo e não aceito qualquer tipo de reclamações."

Depois ouça o que eles têm para dizer.

Espero ansiosamente que a Escola volte à normalidade, pois esta situação é insustentável!»
-------------------------------------------------------------------------------------------------
A minha Colega e Amiga, Elsa Cerqueira, enviou-me esta Avaliação da Senhora Ministra, realizada por um Professor, que dá que pensar... ou que deveria dar, num país decente!

01/02/09

Belenenses 1 vs F.C. do Porto 3 - Dragões continuam na Frente do Campeonato, depois de mais uma Vitória em Lisboa!

«Firmeza de líder

A entrada resoluta do Dragão, que rendeu dois golos e várias ocasiões soberanas para o avolumar do marcador, seria bastante para justificar o triunfo azul e branco no Restelo e a continuidade da liderança portista na Liga. Até a merecida sentença do encontro, que chegou por Lucho a caminho do apito final, mais não fez do que confirmar uma vitória que, em momento algum, fugiu ao controlo azul e branco. Com apenas dois minutos de jogo decorridos, já Rolando inaugurava a sucessão de lances de grande perigo criados pelo F.C. Porto junto da área do Belenenses: o central portista respondeu de cabeça a um livre de Raúl Meireles e obrigou Júlio César à primeira das muitas intervenções decisivas, que adiaram a vantagem ou impediram outros contornos para o triunfo.Seguiram-se diversas ocasiões maiores do ataque portista, até através de investidas duplas, como aquela que, por Mariano, primeiro, e Lucho, depois, colocou em alvoroço a defensiva anfitriã. Adivinhava-se, portanto, o golo do Tricampeão, nascido de um entendimento perfeito entre Fucile e Mariano, aos vinte minutos, que teve nos pés de Hulk, em pleno coração da área contrária, o seguimento ideal até ao fundo da baliza de Júlio César.
O elevado ritmo do jogo portista não desacelerou com a vantagem. Pelo contrário, foram de novo os Dragões a assumir a iniciativa, três minutos volvidos após o golo de Hulk, agora com Lucho a construir, com rigor de arquitecto, o desenho da jogada que passou pela cabeça de Rodríguez, antes ainda de ultrapassar, sem hipóteses de defesa, o guarda-redes da casa.
Pressionante, audaciosa e domindora em absoluto, a formação portista esteve ainda por outras vezes muito perto de aumentar a vantagem e selar em definitivo uma vitória que, inequivocamente, fez por merecer. Exemplo disso foi o lance, aos 27 minutos, em que Mariano obrigou Júlio César a nova intervenção decisiva e Raúl Meireles, na sequência, atirou de longe ligeiramente ao lado.A simplicidade de processos da equipa de Jesualdo Ferreira não tremeu com a redução da desvantagem conseguida pelos anfitriões, num golo dividido entre Saulo e Rolando, com interferência decisiva, e irregular, de Marcelo. A pronta resposta portista veio pelo toque habilidoso de Bruno Alves, aos 44 minutos, que após canto de Raul Meireles enviou a bola ao poste da baliza contrária. Sem nunca ver colocada em causa a sua liderança no encontro, o F.C. Porto soube fazer a gestão do resultado ao longo da segunda metade da partida, controlando sempre, sem cedências, as inconsequentes investidas caseiras.
A caminho do apito final, foi Lucho quem assumiu o papel de protagonista na hegemonia azul e branca, assinando um remate perigosíssimo que o guarda-redes contrário evitou, o mesmo que, cinco minutos depois, foi incapaz de parar nova investida do argentino, após assistência primorosa de Lisandro, que apenas teve de escolher o lado em que colocou a merecida sentença no encontro.Seguro, consciente da sua força e irrepreensível no seu carácter, o Dragão ultrapassou mais uma etapa importante no seu percurso interno, mantendo intocada a liderança na Liga e olhando com firmeza os desafios que se avizinham.
Ficha de Jogo
Liga Portuguesa 2008/09 - 16ª jornada
1 de Fevereiro de 2009
Estádio do Restelo, em Lisboa
Árbitro: Duarte Gomes (AF Lisboa)
Assistentes: Pedro Garcia e José Lima
4º Árbitro: Luís Estrela
BELENENSES: Júlio César; Cândido Costa, Rodrigo Arroz, Carciano e Tininho; Diakité, Mano, Silas «cap.» e José Pedro; Wender e Marcelo
Substituições: Wender por Saulo (30 min), Cândido Costa por Ávalos (30 min) e Marcelo por Roncatto (65 min)
Não utilizados: Costinha, China, Porta e Kiko
Treinador: Jaime Pacheco
F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Fernando, Raul Meireles e Lucho «cap.»; Mariano, Hulk e Rodríguez
Substituições: Mariano por Farías (64 min), Raul Meireles por Guarín (80 min) e Hulk por Lisandro (85 min)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Sapunaru e Tomás Costa
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 1-2
Disciplina: cartão amarelo a Saulo (35 min), Fucile (39 e 89 min), Rodríguez (52 min), Cissokho (74 min), Diakité (84 min); cartão vermelho a Fucile (89 min)
Marcadores: Hulk (20 min), Rodríguez (23 min), Saulo (35 min) e Lucho (86 min)» in site F.C. do Porto.

1.º Golo do F.C. do Porto, apontado pelo incrível Hulk!

2.º Golo do F.C. do Porto, apontado por Rodriguez depois de um centro de régua e esquadro de Lucho!

Golo do Belenenses que reduz para 1-2, mas mais um golo irregular contra o F.C. do Porto!

3.º Golo do F.C. do Porto, apontado por El Comandante, Lucho Gonzalez, depois de uma assist~encia de Lisandro, no conhecido Tango Argentino!

Resumo de um jogo de sentido quase único, F.C. do Porto ao ataque!