Os Sheiks, grande e pioneiro grupo do Pop/Rock português!
Sheiks - "Missing You"
Sheiks - "Somertime"
Sheiks Anniversary
«Mais que concertos, serão espectáculos onde se cruzam músicas, memórias contadas e algum humor. Com encenação de António Feio, este reencontro dos Sheiks toma o palco do Jardim de Inverno do São Luiz, em Lisboa, de 8 a 24 de Novembro, sempre pelas 23.30.
Recentemente já se tinham reunido em Viseu, depois em Santarém. "E começámos a ver que as salas estavam a encher", diz ao DN Carlos Mendes, um dos fundadores do grupo. "Resolvemos então fazer uma coisa mais teatral, como se estivéssemos numa sala a ensaiar", revela. Tudo começará com ele em palco, lembrando que, aos 16 anos, a música passou a ter outro sentido na sua vida. Entrarão os três outros elementos, as suas memórias e canções. "Não há muita encenação", alerta Carlos Mendes, que esclarece que não se trata de um musical, mas de algo que se assemelhará mais a uma tertúlia.
Memórias de 60
Foram uma das primeiras bandas pop/rock a somar sucessos em disco e nos palcos portugueses. Surgiram em 1963, com raízes numa outra banda, os Windsors, já rodada no circuitos dos bailes de liceu. A formação "histórica" encontram-na em 1964, apresentando-se então Carlos Mendes, Edmundo Silva, Fernando Chaby e Paulo de Carvalho. Em pouco mais de dois anos gravaram uma série de EP, e inscreveram canções como Missing You, Tell Me Bird ou uma versão de Summertime na história da música pop/rock portuguesa. Foram, também, uma banda com potencial de internacionalização. Chegaram a editar singles noutros territórios. E, inclusivamente, depois de uma temporada em Paris, no Le Bilboquet, em 1966, chegaram a ter nas mãos um convite que lhes poderia ter aberto mais portas internacionais. Mas que, no entanto, recusaram.
A "primária" da música
Os Sheiks "foram a minha primária da música", recorda Carlos Mendes que, todavia, reconhece que "o tempo real" do grupo "já passou", pelo que este espectáculo servirá para "rememorar algumas coisas esquecidas".
O cantor tem ainda "uma relação muito directa com o grupo" e "conserva uma amizade" com os seus restantes elementos. Lembra que, na altura, era ainda "muito miúdo" e reconhece hoje que, na época, "não teria tido envergadura" para o que pudesse ter vindo do contrato que lhes apresentaram em Paris. "Teria sido um ou dois anos de alarido", explica, acrescentando que não lamenta a decisão que então tomaram, regressando a Portugal. "E, naquela altura, um grupo de rock ficar em Paris e fugir à tropa era o fim da macacada", remata.» in DN Online.
«Sheiks voltam aos concertos 40 anos depois
Os Sheiks, um dos mais populares grupos do rock português nos anos 60, vão voltar aos concertos, quase 40 anos depois do seu fim. O primeiro concerto está marcado para hoje, às 21.30 horas, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém; o grupo terá já outras datas agendadas.
"O país não tem memória e para não cair no esquecimento vamos contar a história dos Sheiks aos mais novos" - foi desta forma que Carlos Mendes justificou a reunião do quarteto, também constituído por Paulo de Carvalho, Fernando Chaby e Edmundo Silva. "No fundo, vamos teatralizar o espectáculo" até porque "há um texto que se diz" entre as músicas para contextualizar a história da banda, referiu Carlos Mendes.
Fundados em 1963, os Sheiks deverão tocar alguns dos temas que os celebrizaram em Portugal, como "Summertime", "Missing you" ou "Tell me bird". Vestidos com roupa da época, deverão recordar a Beatlemania que contagiou o mundo nos anos 60.
Em 1967, a formação original do grupo terminou com a saída de Carlos Mendes, que foi substituído por Fernando Tordo. Na década de 70, os músicos tentam o regresso mas sem êxito. » in Sapo Online.
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Estes é que são os verdadeiros pais do Rock Português, criados em 1963 ainda não era eu nascido. Muito influenciados pelo advento do Rock Mundial, designadamente, com a aparecimento dos Beatles. Constituído por músicos de eleição, mormente, Carlos Mendes e Paulo de Carvalho, os Sheicks foram os pioneiros do Rock Português, numa altura em que era bem difícil fazer coisas novas, num Portugal muito cinzentão e entorpecido no tempo. Tiveram até, uma oportunidade de se internacionalizarem o que releva ainda mais a sua grande capacidade musical. Outra prova disso, assentam nas carreiras brilhantes, a solo, que alguns elementos seguiram até hoje. Grande grupo, que vale a pena recordar, ou conhecer, como foi o meu caso! Viva a Música Portuguesa!