02/05/20

Política de Saúde - A conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde começou, como sempre, por abordar os números do boletim epidemiológico, desta vez centrada numa adenda aos últimos números, uma vez que um erro informático levou à duplicação de 442 casos na região norte.



«O erro informático que levou à duplicação de 442 casos

A conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde começou, como sempre, por abordar os números do boletim epidemiológico, desta vez centrada numa adenda aos últimos números, uma vez que um erro informático levou à duplicação de 442 casos na região norte.

A ministra da Saúde começou a habitual conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde por explicar que desde o dia 25 de abril foram detetados 422 casos duplicados, o que justifica que hoje se registe um número de casos inferior (25.190) ao que tinha sido anunciado na sexta-feira.

"Ontem, verificou-se que, num conjunto de casos da região norte, desde 25 de abril, os testes informáticos de verificação encontraram 422 casos duplicados que não eram verdadeiros casos novos e sim problemas de integração. Isto sucedeu porque, quando um caso confirmado laboratorialmente não tem número de utente associado, não porque não o tenha, mas porque não é registado, o sistema está parametrizado para verificar se o nome e a data de nascimento correspondem a um caso que já estivesse confirmado. O sistema considerou, por defeito, que eram novos casos. Realizada esta noite a verificação, constatou-se que assim não era. Os dados de hoje para a região Norte refletem essa correção e os boletins dos 25 a 30 de abril serão corrigidos", assumiu.

Marta Temido disse que o número de casos a considerar na sexta-feira é 24.987.

"Esta correção mostra-nos mais uma vez a necessidade do robustecimento da nossa base tecnológica de suporte ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) que tem um conjunto de operações que não são automáticas. Transmitimos esta correção com o habitual cuidado e transparência apesar desta circunstância nos penalizar a todos", admitiu a ministra.

Temido explicou, mais detalhadamente, que os dados do sistema nacional de vigilância epidemiológica resultam do encontro de duas aplicações, uma para laboratórios e outra para clínicos, "que não integram automaticamente", o que leva a DGS, todas as semanas, a fazer cruzamentos para ver se não existe sobreposição de casos.

Quanto ao relatório de situação publicado hoje na página da Direção-Geral da Saúde (DGS), devem ser tidos em consideração os dois "asteriscos" que explicam esta diferença de casos e a duplicação explicada por Marta Temido.

O primeiro aparece junto do número do total de casos suspeitos e o segundo junto ao total de casos confirmados e ambos remetem para a explicação: "Dados recalculados de acordo com a informação de hoje".

Além das explicações da governante na conferência de imprensa, foi ainda explicado aos jornalistas que o apuramento de dados, para efeitos de vigilância epidemiológica não integra automaticamente SINAVE-LAB e SINAVE-MED, logo exige uma "rotina semanal de trabalho de validação de todos os dados carregados".

"Os 422 casos duplicados que não eram verdadeiros novos casos e sim problemas de integração", foi ainda assegurado na sessão que contou com Marta Temido e com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 239 mil mortos e infetou mais de 3,3 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.007 pessoas das 25.190 confirmadas como infetadas, e há 1.671 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/em-direto-analise-aos-novos-numeros-da-pandemia-em-portugal

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