18/03/08

Educação em Portugal - Porque sim O FIM DO ESTATUTO DO ALUNO!




«Novo Estatuto do Aluno


O Ministério da Educação (ME) tomou a decisão de suspender a aplicação do Estatuto do Aluno até ao próximo ano lectivo (circular para as escolas em 21/2). Com esta decisão matou uma das suas obras mais recentes, na tentativa de acalmar a contestação crescente em todas as escolas.
Tenho denunciado nestas crónicas a lamentável burocracia a que o ME tem obrigado os professores: a avaliação dos docentes, o decreto sobre as necessidades educativas especiais e as faltas dos estudantes fazem com que se consumam horas de trabalho, que deveriam ser utilizadas a falar com os alunos ou na definição de estratégias pedagógicas. E para quê? Uma única explicação ganha forma: o ME não fala verdade quando defende a autonomia e deixa, a cada dia que passa, a ideia de que tudo quer controlar por via legislativa.
O Estatuto do Aluno é um documento errado no seu conteúdo, impossível de aplicar na prática e potenciador de conflitos entre pais, alunos e professores. Foi suspenso, mas já causou danos. Vejamos porquê.


1) Não faz distinção entre faltas justificadas e injustificadas, ao contrário do que sempre aconteceu. Desta forma, o ME trata da mesma forma o aluno que faltou por doença e aquele a quem não apeteceu comparecer na escola.


2) O aluno terá de realizar uma "prova de recuperação" quando exceder o limite de faltas. Se um aluno esteve internado num hospital, por exemplo, quando vier fazer a "prova" correrá o risco de não ter sucesso, dado que não assistiu às aulas respectivas; se efectivamente abandonou a escola, para que serve a "prova"? Por que razão se altera a prática de ser o Conselho de Turma a decidir, tendo em conta todas as circunstâncias?


3) Para a realização da "prova de recuperação", o Director de Turma (DT) terá de avisar com urgência o professor respectivo, para que este elabore a tal "prova"; depois, deverá dar conhecimento ao Encarregado de Educação. Com 16 disciplinas no 8º ano (por ex.) e a diversidade de horários existente, agora com a obrigatoriedade urgente do controlo das faltas, depressa se compreende como as importantes funções do DT ficam prejudicadas, pois não lhe sobrará tempo para falar com os alunos ou os pais em questões decisivas, como o aproveitamento e os problemas pessoais dos mais novos. Este ME acaba de reduzir o DT a um burocrata!


4) Sabendo toda a gente como existem tantos alunos a faltar (sobretudo em zonas problemáticas), não se percebe a viabilidade de realização de tantas provas de recuperação, pois como poderia ser encontrado um horário compatível para docentes e discentes? Por que razão não se utiliza apenas bom senso, solicitando ao professor um trabalho adicional, a combinar entre si e o aluno faltoso, como é habitual em tantos estabelecimentos de ensino? O que o ME propõe com tanta "prova" leva ao que várias escolas me têm confidenciado: a única solução será uma época "especial" de avaliação para as ditas "provas"!


5) No que diz respeito a "medidas disciplinares sancionatórias", o ponto 4 do Art. 27º diz ser preciso ouvir os alunos em "autos". Para além da desagradável expressão (a lembrar os arguidos dos tribunais), a medida tem levado a grande consumo de horas em escolas problemáticas, em vez de se ter reforçado a actuação imediata do professor ou da Direcção Executiva.


6) Lendo com atenção o Estatuto, deduz-se que a sua preocupação se prende com a redução estatística do abandono escolar, ignorando todas as outras vertentes do problema, já que o texto do ME é omisso em medidas que visem as melhorias das aprendizagens.


7) O diploma em causa foi suspenso um mês depois da sua entrada em vigor. Não houve cuidado em pensar nos Regulamentos Internos das escolas, dados a conhecer aos alunos e aos pais no início do ano lectivo. Uma lei que implica tantas alterações ao normal funcionamento das escolas e às suas normas (em muitas escolas resultantes de acordos com as famílias) nunca deveria ter saído a meio do ano lectivo. Mais: se por um lado se saúda a sua suspensão, por outro há que lamentar todo o tempo que este Estatuto já fez perder aos professores, tantas as horas que já foram gastas na tentativa da sua aplicação.


Por isso afirmo: o Estatuto tem de estar morto, nunca apenas suspenso.» por Daniel Sampaio.
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Ora aqui está uma opinião independente e insuspeita de uma pessoa que pensa e reflete muito sobre a Educação em Portugal. Se dúvidas houvesse de que o Ministério da Educação é incompetente, só tem em mente as estatísticas e vai arrasar com o normal funcionamento das Escolas e saúde dos seus intervenientes, o Dr. Daniel Sampaio deu aqui a prova cabal de como a tutela nos queria impor um nado morto á força, sempre contra os professores e com a pesporrência costumeira! Dr. Daniel Sampaio, será que o senhor também é um comunistazeco...

17/03/08

Amarante Gatão - Igreja Românica de São João Baptista de Gatão!









Mais uma bela Igreja Românica a de São João de Gatão Amarante!


Túmulo de Teixeira de Pascoaes, talvez o maior vulto da cultura Amarantina!


«São João de Gatão


Permanecem por esclarecer as origens da igreja de Gatão. Uma tradição, por enquanto lendária e sistematicamente veiculada na historiografia, atribui a fundação do templo ao século IX, altura em que se verificou uma efectiva organização do território em torno do Douro, por iniciativa da monarquia asturiana.
A parcela mais antiga que actualmente se conserva no conjunto - a capela-mor - data da época românica, de um momento não identificado que pode coincidir com os meados do século XIII, como pretende. Apesar da relativa modéstia construtiva e do plano comum quadrangular, é uma peça de importância superior no contexto do Românico da região de Amarante. No exterior, as estreitas frestas contrastam com a elegância das arcadas cegas de volta perfeita, à maneira lombarda, que antecedem a cornija onde assenta o telhado, e que, aproxima às de Roriz, fazendo antever uma directa influência das oficinas românicas da região de Guimarães na zona de Amarante. No lado Sul, há vestígios de adossamento de um alpendre, com certeza posterior à edificação românica.
É, todavia, no interior que a capela-mor revela a sua real importância. O arco triunfal é de volta perfeita de duas arquivoltas, sendo a exterior envolvida por cercadura enxaquetada, um dos motivos mais frequentes do nosso Românico. A suportar esta composição encontram-se duas atarracadas colunas encimadas por capitéis de decoração vegetalista que, segundo, detêm inegável conteúdo alegórico, já que pretendem simbolizar o pão e o vinho, através do trigo e da videira. De acordo com o mesmo autor, esta representação directa da Eucaristia é a face visível de um “românico realista, libertado da sobrecarga que muitas vezes torna este estilo pouco decifrável”.
Na transição para a Idade Moderna, a igreja foi profundamente alterada, senão arquitectonicamente, pelo menos ao nível dos elementos devocionais do seu interior. Grande parte das suas paredes foram cobertas por painéis de pintura mural, de que restam seis grandes conjuntos, que aguardam ainda um estudo monográfico que esclareça qual a sua importância no contexto da pintura mural nortenha das décadas finais da Idade Média. Em posição axial sobre o arco triunfal encontra-se a representação do Calvário, composição entendida como de influência bizantina (DGEMN, on-line), mas cuja posição estática e hierática das figuras é um valor comum na pintura mural da época. A ladear o arco triunfal, existem quatro painéis, compostos por outros tantos santos inseridos em nichos, como se de esculturas se tratassem. No interior da capela-mor, a parede fundeira é parcialmente ocupada por dois painéis, um com a representação de Santo António e outro com um passo da Paixão de Cristo (Cristo a caminho do Calvário), o que pressupõe que outros painéis tenham originalmente existido e que ilustrassem os derradeiros momentos da vida terrena do Salvador.
O corpo românico do templo foi substituído por outro durante a época moderna, mas, à excepção da galilé que antecede a igreja, a proporção medieval da nave dever-se-á ter mantido. No século XVII edificou-se o campanário, anexo à frontaria pelo lado Norte e composto por dois registos, sendo o inferior ocupado por arco de volta perfeita e o superior pelo campanário propriamente dito, de duas sineiras encimadas por cornija horizontal. No início da década de 50 do século XX a DGEMN procedeu a obras de restauro no monumento, reconstruindo-se, então, a parede Sul da nave e a fachada principal da galilé. Entre os trabalhos realizados, conta-se ainda a substituição de telhados e pavimentos. No cemitério anexo encontra-se o túmulo de Teixeira de Pascoaes, um dos amarantinos mais ilustres do século XX.» Texto: IPPAR



«João Baptista(português europeu) ou Batista(português brasileiro) , também chamado de João, o Baptizador (Judeia, 2 a.C. - 30 d.C.) foi um pregador judeu, do início do século I, citado por inúmeros historiadores, entre os quais estão Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.
Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Baptista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel (ou Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias, Jesus Cristo. Baptizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o baptismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adoptados pelo cristianismo.


História e Biografia de João Batista


A infância e educação


João nasceu numa pequena aldeia chamada Judá, há cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém.[carece de fontes?] Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento. Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita da Palestina, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. De acordo com a cronologia neste artigo, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..
Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimónia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas acções religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.
Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas actividades regulares.
Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.
João terá efectuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.
Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome Ebner.


A morte dos pais e o início da vida adulta


O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.
Isabel terá morrido no ano 22 d.C. e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.
De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério. Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo São Lucas" e "Actos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou. Este 15º ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.
Esta data choca com os acontecimentos cronológicos. O ano 15 do reinado de Tibério ocorreu no ano 29 d.C.. Nesta data, quer João Baptista, quer Jesus teriam provavelmente 36 a 37 anos de idade.


Duas possibilidades surgem:


Lucas errou na datação dos acontecimentos;
A história falha na colocação sequencial dos eventos.


A Influência Religiosa de João Baptista


É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registos que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas acções de João.
O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.
Importante notar que João não introduziu o baptismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.


O Baptismo de Jesus


Pessoalmente para João, o baptismo de Jesus terá sido o seu auge experiencial. João terá ficado admirado por Jesus se ter proposto para o baptismo. Esta experiência motivou a sua fé e o seu ministério adiante.
João baptizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns factores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre os 25 e os 30 discípulos e baptizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O baptismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia.
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João baptizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado com o qual Me alegro”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas religiosas.


A Prisão e Morte de João Baptista


O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata e depois foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.


O valor Religioso de João no Cristianismo


Flávio Josefo


Flávio Josefo um historiador do século I relacionou a derrota do exercito de Herodes frente a Aretas IV (Rei da Nabateia) se deveria ao facto da prisão e morte de João Baptista – um homem consagrado que pregava a purificação pelo Baptismo.
Flávio Josefo refere também que o povo se reunia em grande número para ouvir João Baptista, e Herodes temeu que João pudesse liderar uma rebelião, mandando-o prender na prisão de Maqueronte e de seguida matou-o.


O valor de João em outras Religiões


João Baptista é venerado como messias pelo mandeísmo. João Baptista é também considerado pelos muçulmanos como um dos grandes profetas do Islão.


A filosofia religiosa de João Baptista


João era um Judeu de educação. Toda a filosofia judaica foi-lhe incutida desde criança. No tempo de João Baptista o povo vivia subjugado à soberania dos chamados gentios havia quase cem anos. A desilusão nacional levantava inúmeras questões a respeito dos ensinamentos de Moisés, do desocupado trono de David e dos pecados da nação.
Era difícil de explicar na religião daquele povo a razão pela qual o trono de David se encontrava vazio. A tendência do povo era justificar os acontecimentos adversos com um provável “pecado nacional”, tal como tinha acontecido anteriormente no cativeiro da Babilónia, e outros mais.
Os judeus acreditavam na previsão de Daniel a respeito do Messias, e consideravam que a chegada desse prometido iniciaria uma nova época – a do Reino do céu. A pregação de João é fortemente influenciada pela antevisão do “Reino do Céu”. E os ouvintes acreditavam que o esperado Messias estaria para chegar e restaurar a soberania do povo que eles definiam como “escolhido”, e iniciar uma nova época na Terra – a época de justiça.
A pergunta era “quando”?. A fé de todos defendia que seria ainda naquela geração, e João vinha confirmar o credo. A fama da sua pregação era o facto deste pregador ser tão convicto ao anunciar o Messias para breve. Milhares de pessoas, na sua ânsia pela liberdade acreditavam devotamente em João e nas sua admoestações.
Muitos judeus acreditavam que o Reino do Céu iria ser governado na terra por Deus em “via directa”. Outros acreditavam que Deus teria um representante – o Messias, que serviria de intermediário entre Deus e os Homens. Os judeus acreditavam que esse reino seria um reino real, e não um reino espiritual como os cristão mais tarde doutrinaram. Foi esse o motivo da negação de Jesus como o Messias, por parte da maioria do povo Judeu.
João pregava que o “Reino de Deus está ao alcance das mãos” e essa pregação reunia em sua volta centenas de pessoas sedentos de palavras que lhes prometessem que o seu jugo estava próximo do fim.
João escolheu o Vau de Betânia para pregar. Este local de passagem era frequentada por inúmeros viajantes que levavam a mensagem de João a lugares distantes. Isto favoreceu grandemente o “espalhar” das suas palavras. Quando ele disse “até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão” (Lucas 3:8) ele referia-se à 12 pedras que Josué tinha mandado colocar na passagem do rio, simbolizando as doze tribos, na primeira entrada do povo na “Terra Prometida.”
João era um pregador heróico. Ele falava ao povo expondo os líderes iníquos e as suas transgressões. Quando o assemelhavam a Elias, era porque este tinha o mesmo aspecto rude e admoestador do seu antecessor. João não queria simpatia. Ele pregava a mudança, chamava “raça de víboras” e com o indicador apontado, tal como Elias o tinha feito anteriormente, e isto o categorizou como profeta.
João tinha discípulos. Isto significa que ele ensinava. Ele tinha aprendizes com quem dispensava algum tempo em ensinar. Havia interesse nas suas palavras e filosofia nos seus ensinamentos.


Cronologia e Datação dos Acontecimentos


Herodes “o Grande” conquistou o lugar de governador da Galileia em 44 a.C.. Dirigiu uma batalha contra os Hasmoneus que o levaram ao Sanhédrin (Sinédrio) para ser julgado, invocando a pena capital. Hircano II concedeu-lhe a deportação para a Síria, que na altura era uma província romana. Na Síria, e por intermédio da autoridade romana foi estabelecido como governador de uma província chamada Coele Síria – capital do povo de Israel em tempos remotos.
Herodes liderou a defesa dos ataques de Aristóbulo II. Isto promoveu uma amizade com Marco António e como resultado dessa amizade obteve o seu coroamento em 40aC. Foram precisos mais três anos para que chegasse a Jerusalém e se tornasse pleno soberano na Judeia, em 37aC, tendo morrido 33 anos depois. Os dias do seu reinado começaram a contar a partir de 37aC, data da conquista de Jerusalém.
Herodes morreu em 4 a.C. e era vivo na altura do nascimento de Jesus e de João Baptista, tal como é manifesto em todos os registos.
Quando Marco António morreu, Herodes mudou a sua estratégia política colocando-se ao lado de Octaviano, o auto-intitulado César Augusto. Foi este o César que decretou o recenseamento de todo o império romano no 3º mês do ano 8aC, por forma a melhorar o processo de colecção de impostos e tributos.
Os judeus sempre ofereceram resistência a este tipo de contagem do povo. (I crónicas 21) Por este motivo, no reino de Herodes, essa contagem sofreu um atraso de 1 ano, sendo protelada até ao 7aC, com uma enorme intervenção de Hillel (Aliyah) que era o ha-Nasi (presidente do Sanhédrin desde 30 a.C. a 10 d.C.).
Jesus nasceu no ano do recenseamento. José foi a Belém para recensear a sua família, e foi em Belém que Jesus Nasceu. Em Belém o registo da ocorrência do recenseamento do povo ocorre no mês 8º do ano 31 do reinado de Herodes “o grande”, tendo este morrido 2 anos depois em 4 a.C.. Isto coloca o nascimento de Jesus em Agosto de 7aC.
Segundo o registo do Evangelho segundo São Lucas, Isabel estaria com 6 meses de gestação quando foi visitada por Maria. E Maria já sabia estar grávida o que carecia pelo menos de 1 mês para o efeito. Considerando estes dados, poderíamos dizer que os meninos teriam 5 meses de diferença, o que remeteria o nascimento de João para o segundo mês do mesmo ano – Fevereiro de 7 a.C..» in Wikipédia.

Mais informações sobre a Freguesia de Gatão no seguinte link:
http://www.amarante.pt/freguesias/gatao/index.php?op=conteudo⟨=pt&id=21

16/03/08

Música Brasileira - Ana Carolina e Seu Jorge, um par musical brasileiro de grande qualidade!


Ana Carolina & Seu Jorge - "É isso aí"

Ana Carolina & Seu Jorge - "Pra rua me levar"

Ana Carolina & Seu Jorge - "Tanta Saudade"

Ana Carolina & Seu Jorge - "Chatterton"

Seu Jorge & Ana Carolina - "Comparsas/O Pequenez e o Pit Bull"

«Carreira de Ana Carolina

A sua influência musical vem do berço - sua avó cantava em rádio, seus tios-avós tocavam percussão, piano, cello e violino. Ana Carolina cresceu ouvindo ícones da música brasileira Chico Buarque, João Bosco, Maria Bethânia; na sua preferência internacional destaca-se Nina Simone, Bjork e Alanis Morrissete. Ainda na adolescência, iniciou a carreira de cantora apresentando-se em bares de sua cidade natal.

Ana Carolina (1º Álbum)
Com a finalidade de fazer da música uma profissão, Ana deixa o curso de Letras e segue para o Rio. Em um show no Mistura Fina, Luciana de Moraes (filha de Vinícius de Moraes) encanta-se com a sua voz grave e cheia de melodia. Resultado, em apenas 15 dias, a jovem e promissora cantora assinou um contrato com a BMG. Assim, em 1999, chega ao público de todo o Brasil o CD "Ana Carolina". O CD é uma verdadeira obra de arte, resgasta os clássicos antigos da MPB (Beatriz, Alguém me disse e Retrato em Branco e Preto de Chico Buarque) passa pelo Pop de Lulu Santos (Tudo bem) e revela Ana Carolina como compositora (A Canção tocou na hora errada, Trancado, Armazem e O avesso dos ponteiros) e também a Totonho Villeroy (Garganta, Tô saindo), que passa a ser o seu grande parceiro em composições. Foi através desse CD que Ana Carolina foi indicada ao Grammy Latino.

Ana Rita Joana Iracema e Carolina (2º Álbum)
O segundo álbum, “Ana Rita Joana Iracema e Carolina” também foi um sucesso. Lançado em 2001, o nome do disco faz referência às músicas do cantor Chico Buarque, ídolo da artista mineira. Esse disco revela toda a sensibilidade e irreverência da cantora ao apresentar hits como “Quem de nós dois” e “Ela é bamba”.

Estampado (3º Álbum)
"Estampado” é o terceiro disco de Ana Carolina. Nesse CD de quinze faixas, encontra-se uma mescla de ritmos que confirmam a originalidade do seu trabalho. A personalidade forte e marcante que a cantora carrega são facilmente detectadas em treze canções de autoria própria.

Perfil (Coletânea) (4º Álbum)

Seu quarto disco foi a coletânea “Ana Carolina (Perfil)”, que reuniu canções de sucesso dos três primeiros álbuns. O disco apresenta os maiores sucessos de Ana Carolina, com as músicas que até então marcaram sua carreira. Assim, ela lança mais um disco de destaque entre os já consagrados cantores da música popular brasileira.

Ana & Jorge - Ao Vivo (5º Álbum)
Durante o projeto Tom Acústico de 2004, o show entre Ana Carolina e o cantor Seu Jorge rendeu um CD e DVD, intitulado “Ana e Jorge”, que só foram lançados pela gravadora Sony Music no ano seguinte e obteve ótima receptividade pelo público e críticos musicais. A música "É isso aí" atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso. A partir de agosto de 2006, Ana Carolina passou a integrar o corpo de apresentadoras do programa Saia Justa, no canal GNT. A presença da cantora e multi-instrumentista como única representante da área musical deixa o programa ainda mais interessante.
Dois Quartos (CD Duplo) 

(6º Álbum)
Ao longo da carreira, Ana Carolina ganhou muitos prêmios; o mais recente foi o prêmio Multishow 2006, nas categorias Melhor Cantora e Melhor CD (pelo trabalho “Ana e Jorge”). No final de 2005, a cantora se revelou bissexual, em entrevista a revista Veja, gerando polêmica e atraindo uma série de novos fãs do público GLBTS e lançou seu 6º álbum, 'Dois Quartos', com dois cds, o 1º chamado 'Quarto' e o 2º, 'Quartinho'. Neles, a cantora se supera, em maturidade, criatividade e, no melhor estilo 'Madonna', em ousadia, apresentando entre as faixas, uma em que cita o falo masculino, 'Cantinho', numa letra cheia de desejos proibidos. E, também, a música 'Eu Comi a Madona', isso mesmo, com um N só, em que fala de mulheres provocantes.

Venceu o Prêmio Multishow 2007 na categoria Melhor Cantora.» in Wikipédia.


"É Isso Aí
Ana Carolina
Composição: Damien Rice (vers.: Ana Carolina / N. Siqueira)

É isso aí
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar

É isso aí
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar"
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Para mim, Ana carolina é uma das melhores vozes femininas do panorama musical Brasileiro, que tantas tradições tem!

Mais informações sobre esta extraordinária cantora Brasileira, no seu site:
http://anacarolina.uol.com.br/

Amarante F.C. 1 Padroense 2 - Derrota injusta!













Alguns momentos deste emotivo jogo de futebol, jogado por duas boas equipas!
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O Amarante F.C. entrou muito bem nesta partida, voltando à velha forma e ao estilo de jogo que patenteou na primeira volta deste campeonato. Quanto a mim, que não sou um especialista, apenas um apaixonado do futebol e do Amarante F.C. em particular, parece-me que a forma de jogar da equipa é esta. Temos três avançados muito rápidos, bastante móveis e o nosso jogo assenta em transições rápidas para o ataque. Houve recentemente a tentativa de alterar a forma de jogar da equipa, utilizando um avançado mais posicional, o que implica mais jogo pelas aulas até à linha de fundo e cruzamentos bem medidos, o que não é bem, a meu ver, a tendência dos jogadores do plantel, que recorrentemente preferem jogar através de lançamentos longos para o ataque para a corrida dos seus rápidos avançados. Quanto ao jogo, o Amarante F.C. começou muito bem, realizou uma primeira parte de luxo, mas falando incrivelmente na finalização, com Quim muito azarado! Sofreu o golo ao cair da primeira parte o que mexeu com a equipa, que necessita de repor os níveis de confiança muito rapidamente e eu, pessoalmente, acho que Paulo Antunes tem mais do que capacidades para dar a volta a isto. Excelente jogo de Quim (embora muito perdulário), de Jorginho e do ex-júnior Daniel e dos dois centrais. Na equipa do Padroense, fiquei contente por rever um grande senhor do futebol, Augusto Mata, que treinou o Infesta mais de vinte anos e mais uma vez mostrou a sua sabedoria e matreirice, como velha raposa do futebol. Gostei francamente da equipa do Padroense que, embora feliz, acabou por justificar a vitória com uma grande frieza. O avançado que no 4X4X2 do Infesta actuou pelo lado esquerdo do ataque do Infesta é um excelente jogador de futebol. No intervalo desta partida tivemos a oportunidade de homenagear a equipa de Iniciados do Amarante F.C. que tal como a de Infantis há quinze dias atrás, subiu à primeira divisão distrital da Associação de Futebol do Porto; parabéns a todos pelo magnífico trabalho que se está a desenvolver com esta juventude. Força Amarante F.C., força Paulo Antunes, vamos arrancar para a vitória final!

15/03/08

Leixões 1 vs F.C. Porto 2 - Dragão com garra e coração!

«Exibição de alma e desejo do título mais perto



Os jogadores vêm expressando o desejo há algum tempo, Jesualdo Ferreira reiterou-o ainda há dois dias e este sábado à noite a intenção ficou a menos três pontos de distância. Frente ao Leixões, o F.C. Porto conseguiu uma exibição condizente com a aspiração que tem de conquistar o título e revelou, mais uma vez, com muita alma, ser uma equipa extraordinária em todos os domínios.
Perante um adversário ávido de pontos, os Dragões demonstraram bem cedo que visitavam Matosinhos com a ambição de saírem desta jornada com a sua posição na tabela classificativa reforçada, um propósito que apenas concretizariam já muito perto do final do encontro, após uma reviravolta mais do que justa de um resultado até então nada tradutor do que se passava dentro das quatro linhas.
Para trás ficou uma primeira parte distinguida por grande acutilância ofensiva dos Bicampeões Nacionais, em que o golo podia ter surgido por inúmeras ocasiões, e em que se assinalaram algumas intervenções infelizes da equipa de arbitragem no capítulo do fora-de-jogo, com claro prejuízo para o F.C. Porto.
Alheios a essa situação, os jogadores orientados por Jesualdo Ferreira engendraram diversas ocasiões para inaugurar o marcador, ora por intermédio de Lisandro, logo aos cinco minutos e, mais tarde, aos 29, ora por Quaresma, primeiro aos 16, após excelente remate de trivela que Beto defendeu, e depois aos 35, em que viu o seu cruzamento ser interceptado por Nuno Silva, que quase fazia autogolo, valendo outra vez Beto.
Apesar da enorme onda de supremacia azul e branca, os festejos de golo apenas se fizeram ouvir no Estádio do Mar já no segundo tempo da partida. No entanto, ao contrário do que o desenrolar do jogo fazia prever, foi o Leixões a marcar. Momento de alguma atrapalhação na grande área portista e a história do desafio inundada de injustiça.
O F.C. Porto não desistiu e remou atrás do prejuízo com todas as suas forças, provando, mais uma vez, ser uma equipa de excelência, não só no capítulo técnico e táctico, mas, neste jogo, sobretudo psicológico. Lisandro, melhor marcador da Liga, agora com 19 golos, deu o pontapé de saída para o início da reviravolta, consumada aos 85 minutos por Sektioui, que, após passe magistral de Lucho, levantou a bola sobre Beto e assinou mais um passo importante dos Dragões rumo ao Tricampeonato.

FICHA DE JOGO

Liga 2007/08, 23ª jornada
Estádio do Mar (Matosinhos), 15 de Março de 2008

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Árbitros Assistentes: António Vilaça e José Luís Melo
4º Árbitro: Pedro Estela

LEIXÕES: Beto; Nuno Silva, Joel, Elvis e Nuno Amaro; Bruno China «cap.», Castanheira e Filipe Oliveira; Roberto, Jorge Gonçalves e Hugo Morais
Substituições: Hugo Morais por Jorge Duarte (63m), Nuno Silva por Pedro Cervantes (76m) Roberto por Diogo Valente (78m)
Não utilizados: Jorge Baptista, Paulo Machado, Vieirinha e Jaime
Treinador: António Pinto

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Pedro Emanuel «cap.», Bruno Alves e Cech; João Paulo, Lucho González e Raul Meireles; Quaresma, Farías e Lisandro
Substituições: João Paulo por Sektioui (55m), Farías por Adriano (68m) e Cech por Kazmierczak (76m)
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Lino e Castro
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Roberto (52m), Lisandro (77m) e Sektioui (85m)
Disciplina: cartão amarelo a Bruno China (27m), Fucile (83m) e Elvis (90m)» in F.C. Porto.
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O F.C. do Porto fez hoje uma exibição de classe e raça de Dragão. Com uma entrada demolidora, não conseguiu, no entanto, expressar em números o seu claro domínio. Jogou contra a aguerrida equipa do Leixões que, com o apoio do seu público e comandada por um guarda-redes de elevada qualidade, Beto de seu nome, deu sempre uma grande réplica, conseguindo mesmo adiantar-se no marcador, no inicio da segunda parte do jogo. Desta forma foi possível o que faltava ao F.C. do Porto, dar a volta a um resultado, dado que na quase totalidade dos jogos, o F.C. Porto marca primeiro. Em destaque, Helton, Fucile, Rául Meireles, Lucho (que maestro), Quaresma, Lisandro (que goleador lutador) e Tarik, que entrou para desequilibrar ainda mais a balança. Uma palavra para a equipa do Leixões que provou à saciedade que não merece descer de divisão e que tem um excelente guardião, Beto.

Imagens deste jogo de muita luta e com momentos espectaculares!

14/03/08

Eça de Queirós - Este Senhor retratou bem a Política Portuguesa!


Palavras muito acertadas e que se aplicam bem na actualidade!


«Eça de Queirós


1845 - 1900


José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim, a 25 de Novembro de 1845, filho de José Maria Teixeira de Queirós, magistrado judicial, e Carolina Augusta Pereira d'Eça, natural de Viana do Castelo. Por se tratar de uma ligação amorosa irregular, o pequeno José Maria foi registado como filho de "mãe incógnita".
Passou parte da infância longe dos pais, que só viriam a casar quando ele já tinha quatro anos. Na verdade passou a maior parte da sua vida como filho ilegítimo, pois só foi reconhecido aos quarenta anos de idade, na ocasião em que casou. Até 1851 foi criado por uma ama em Vila do Conde; depois foi entregue aos cuidados dos avós paternos que viviam perto de Aveiro, em Verdemilho.
Por volta dos dez anos foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, onde o pai era juiz. Ramalho Ortigão era filho do director e chegou a ensinar Francês ao jovem Eça.
Em 1861 matriculou-se em Coimbra, no curso de Direito, que concluiu em 1866. Foi aí que conheceu Antero de Quental e Teófilo Braga mas não se envolveu na polémica conhecida por Questão Coimbrã (1865-66), que opôs os jovens estudantes a alguns dos mais conhecidos representantes da segunda geração romântica.


Bibliografia:
O Mistério da Estrada de Sintra (1870)
O Crime do Padre Amaro (1875); versão definitiva em 1880
O Primo Basílio (1878)
O Mandarim (1880)
A Relíquia (1887)
Os Maias (1888)
Uma Campanha Alegre (1890-91)
A Ilustre Casa de Ramires (1900)
A Correspondência de Fradique Mendes (1900)
A Cidade e as Serras (1901)
Contos (1902)
Prosas Bárbaras (1903)
Cartas de Inglaterra (1905)
Ecos de Paris (1905)
Cartas Familiares (1907)
Bilhetes de Paris (1907)
Notas Contemporâneas (1909)
Últimas Páginas (1912)
A Capital (1925)
O Conde de Abranhos (1925)
Alves e C.ª (1925)
Correspondência (1925)
O Egipto (1926)
Cartas Inéditas de Fradique Mendes (1929)
Páginas Esquecidas (1929)
Eça de Queirós entre os seus - Cartas íntimas (1949)
Folhas Soltas (1966)
A Tragédia da Rua das Flores (1980)
Dicionário de Milagres
Lendas de Santos
Edições críticas:
A Capital (1992)
O Mandarim (1993)
Alves e C.ª (1994)
Textos de Imprensa VI (1995)


Segundo o seu próprio testemunho, nesta fase leu os autores franceses que, na época, entusiasmavam a juventude letrada em Portugal. Em Coimbra, cruzavam-se a tendência romântica e as novas ideias de raiz positivista e ambas contribuíram para a formação intelectual de Eça e dos seus companheiros.
Após a formatura, chegou a estabelecer-se como advogado em Lisboa, mas rapidamente desistiu dessa carreira, que lhe parecia pouco promissora.
Em 1867 fundou e redigiu integralmente, durante perto de meio ano, o jornal "O Distrito de Évora", com o qual fez oposição política ao governo. Meses depois instalou-se em Lisboa, passando a colaborar com maior regularidade na "Gazeta de Portugal", para a qual começara a escrever no ano anterior. Os textos desta época, publicados posteriormente com o título Prosas Bárbaras, reflectem ainda uma acentuada influência romântica.
Em 1869 fez uma viagem ao Egipto e Palestina, tendo na ocasião assistido à inauguração do canal de Suez. Acompanhava-o o conde de Resende, com cuja irmã, Emília de Castro Pamplona, viria a casar em 1886. As impressões dessa viagem ficaram registadas nos textos que integram o livro O Egipto e forneceram o ambiente para o romance A Relíquia.
Ainda em 1869, de parceria com Antero de Quental e Batalha Reis, cria a figura de Carlos Fradique Mendes, que mais tarde transformaria numa espécie de alter-ego.
Em 1870 escreveu de parceria com Ramalho Ortigão uma série de folhetins a que deram o nome de O Mistério da Estrada de Sintra. A colaboração entre os dois continuou no ano seguinte com uma publicação de crítica política e social - "As Farpas". Os textos de Eça de Queirós viriam a ser publicados em livro com o título Uma Campanha Alegre.
Durante a sua estada em Lisboa reencontrou Antero de Quental e outros jovens intelectuais e juntos formaram o grupo do Cenáculo, de onde partiu a ideia das Conferências do Casino. O próprio Eça pronunciou uma das palestras, em 12/6/1871, sobre "O Realismo como nova expressão de arte".
Em 1870 havia sido nomeado administrador do concelho de Leiria. Essa curta estadia forneceu-lhe o material para imaginar o ambiente provinciano e devoto em que decorre a acção de O Crime do Padre Amaro.
Entretanto ingressou na carreira diplomática, tendo sido nomeado cônsul em Havana (Cuba, na altura colónia espanhola), em 1872. Durante a sua estada procurou melhorar a situação dos emigrantes chineses, oriundos de Macau, colocados numa quase escravidão. Durante esse período, fez uma longa viagem pelos Estados Unidos e Canadá. Foi nesta fase que redigiu o conto Singularidades de uma rapariga loura e a primeira versão de O Crime do Padre Amaro.
Em Dezembro de 1874 foi transferido para Newcastle, onde escreveu O Primo Basílio, e mais tarde para Bristol (1878). Dez anos depois (1888) foi colocado em Paris, onde permaneceu até à sua morte.


Na sequência das Conferências do Casino, em 1877 Eça projectou uma série de novelas com que faria uma análise crítica da sociedade portuguesa do seu tempo, com a designação genérica de "Cenas Portuguesas". Mesmo sem obedecer com rigor a esse projecto, muitos dos romances escritos por Eça até ao fim da sua vida nasceram dele: O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, A Capital, Os Maias, O Conde de Abranhos e Alves e C.a.
Entre 1889 e 1892 dirige a "Revista de Portugal". Ao longo dos anos colaborou em muitas outras publicações, tendo esses textos sido publicados postumamente.
Pouco depois da publicação de Os Maias, que não obteve o sucesso que o autor esperava, nota-se na produção romanesca de Eça de Queirós uma significativa inflexão. Essas últimas obras (A Ilustre Casa de Ramires, A Cidade e as Serras e Contos) manifestam um certo desencanto face ao mundo moderno e um vago desejo de retorno às origens, à simplicidade da vida rural.
Eça de Queirós morreu em Paris, a 16 de Agosto de 1900.


Obras consultadas:
Breve História da Literatura Portuguesa, Texto Editora, Lisboa, 1999
Lexicoteca, Círculo de Leitores, vol. 15, 1987» in http://pwp.netcabo.pt/0511134301/eca.htm
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Ao que dizem, o Escritor Eça de Queirós dizia muitas vezes a seguinte frase: "Portugal é um país muito bonito, o problema é os Portugueses". Pois é, concordo plenamente, temos esta tendência autofágica que nos tende a destruir. Vive-se muita da inveja, constrói-se pouco e destrói-se muito e preferimos dizer mal, ser rancorosos e revanchistas. Neste momento, nas Escolas Portuguesas vive-se um ambiente de "cortar à faca" e, sem dúvida, que a tutela soube jogar muito bem com esta nossa forma de ser, para "dividir para reinar". Primeiro uma campanha miserável com a classe docente portuguesa, depois tratou-se de lançar uns contra os outros num processo de avaliação interpares viciado à partida, ferido de ilegalidades e falta de senso; depois claro, dá nisto, ambiente sombrio nas Escolas de Portugal... pobre país o nosso, que mal trata a Educação e a Formação das camadas mais jovens da população!


Mais informações sobre este Grande Escritor Português, no seguinte link:
http://www.vidaslusofonas.pt/eca_de_queiros.htm

Escola Secundária/3 de Amarante - BTT no último dia de aulas do 2.º Período!





















Os alunos em grande destaque a descerem a rampa do ginásio! Excelente esta actividade do Grupo de Educação Física da Escola Secundária de Amarante efectuada ao ar livre e tornando menos negras as tardes da Escola! O melhor da Escola são os Alunos!

Educação em Portugal - Olha a Escola Democrática!

O homem anda aí sobre a forma de espirítos bem vivos e bem sentadinhos nas cadeiras de um poder, dito Democrático!

«Vice-presidentes de Escola em Leiria demitem-se devido a ficha de avaliação
Dois vice-presidentes do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Correia Mateus, em Leiria, demitiram-se quinta-feira depois da polémica relativa a uma grelha de avaliação de docentes, disse hoje fonte escolar

À demissão destes docentes, soma-se a de uma outra vice-presidente, pelo que já há falta de quórum no Conselho Executivo para que este permaneça em funções.
Dos quatro elementos do Conselho Executivo, apenas a presidente, Esperança Barcelos, permanece em funções, uma situação que deverá ficar resolvida durante a próxima semana, com a nomeação de uma comissão provisória.
De acordo com a mesma fonte, foi agendada para segunda-feira uma assembleia de escola que deverá ratificar os pedidos de demissão entregues quinta-feira e ordenar a eleição de novos órgãos.
De acordo com um dos docentes do estabelecimento, esta decisão resulta da «quebra de confiança» que o processo de avaliação gerou no seio do Conselho Executivo.
A polémica teve lugar depois de a presidente do Conselho Executivo ter apresentado uma ficha de avaliação de docentes que possuía um item em que os professores eram avaliados pela forma como verbalizavam a sua satisfação ou insatisfação em relação ao modelo de ensino.
Este documento foi denunciado pelo dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, no debate com José Sócrates, no Parlamento, e foi alvo de censura até da própria ministra da educação.
Após a polémica gerada, Esperança Barcelos decidiu retirar a ficha polémica para evitar «mais questões» e na última reunião do conselho pedagógico, que teve lugar quarta-feira, foi discutida a avaliação mas não foi apresentado qualquer documento alternativo.
Na semana passada, uma das vice-presidentes do agrupamento apresentou a demissão do cargo devido a esta questão.
Na carta de demissão, Sandra Campos demarcou-se da polémica e garantiu que não foi ouvida na «concepção, elaboração e difusão das referidas grelhas», remetendo a responsabilidade para a presidente do conselho executivo e do conselho pedagógico.
Hoje a agência Lusa tentou obter um comentário junto da ainda presidente do Conselho Executivo, mas, segundo fonte do estabelecimento, Esperança Barcelos não se encontra na escola durante todo o dia.» Lusa / SOL
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Estão a ver como estão a destruir paulatinamente a Escola Democrática, a Pública. Isto é apenas o começo, mas é preciso muita lata: "a presidente do Conselho Executivo ter apresentado uma ficha de avaliação de docentes que possuía um item em que os professores eram avaliados pela forma como verbalizavam a sua satisfação ou insatisfação em relação ao modelo de ensino". Meus amigos, isto é Pidesco, execrável, miserável... O homem de Santa Comba Dão deixou muitos seguidores secretos, mas muito mais perigosos, pois vestem a capa da Democracia!

13/03/08

Shakira - Uma Colombiana com Fúria Latina!


Shakira a Fúria Latina!

SHAKIRA - "Hips don't lie"

SHAKIRA - "Ojos Asi"



Shakira - "Whenever, Wherever"

Shakira - "La Tortura"

Shakira - "Las de la intución"

The one - "Shakira"

«Shakira Isabel Mebarak Ripoll (Barranquilla, 2 de Fevereiro de 1977) é uma cantora e compositora colombiana vencedora de três prêmios Grammy e oito prémios Grammy latino. Seu nome em árabe significa graciosa. Fala fluentemente Português (do Brasil), Inglês e Espanhol, além de se comunicar em Árabe, Francês e Italiano. Tem os movimentos de dança do ventre como uma de suas marcas registradas. Mantém um relacionamento com Antonio de la Rúa, filho de um ex-presidente da Argentina, há cerca de oito anos.

Conhecida por manejar ritmos com habilidade e por seu tom de voz diferenciado, Shakira mescla elementos da música latina, americana e até mesmo libanesa nas suas canções, tudo isto amarrado numa clara influência do rock. Essa ampla rede de ritmos é identificável em canções como "Ciega, Sordomuda"(em que há nítidas influências mexicanas),"Ojos Así" e "Suerte" (dotadas de sons andinos e orientais) e "Te Aviso, Te Anuncio" (em que o rock se mistura ao tango). No seu mais recente lançamento em Espanhol, Fijación Oral, Vol. 1, Shakira utiliza o reggaeton, ritmo com raízes porto-riquenhas, para impulsionar o primeiro single, "La Tortura". A figura multi-cultural e exótica de Shakira foi e é um dos grandes trunfos em sua carreira internacional.» in Wikipédia.

Mais informações sobre esta cantora Colombiana, no seu site:
http://www.shakira.com/

Educação em Portugal - A Nossa Dignidade!


Um Professor muito digno que não se deixa comprar... um exemplo!
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