25/01/09

A Amnésia Socrástica começa a ser reveladora de algo mais...
























«ÍNDICE DO SITUACIONISMO (13):
A QUESTÃO FREEPORT NA COMUNICAÇÃO SOCIAL
(7)



Os mecanismos comunicacionais vivem da "novidade". A lógica do seu desenvolvimento depende de haver novas informações todos os dias. Se não for assim, o caso Freeport (como qualquer outro) conhecerá um pico e depois cairá progressivamente no esquecimento, até ao dia em que as mesmas informações já esquecidas aparecerão como nova "novidade", ou quando haja mesmo "novidades". Este mecanismo pouco tem a ver com a substância da questão, quando esta existe fora da sua mediatização, como é o caso Freeport. O seu relançamento não se deveu a qualquer fuga processual para os jornais (como sugeriu falsamente o Primeiro-ministro), mas sim a um dia de buscas da PJ e às informações relevantes (declarações de familiares de José Sócrates) que se lhe seguiram. Agora, manter ou não a questão na agenda dos media, cada vez mais depende da orientação editorial desses mesmos media. O situacionismo ou a independência vão ser mais nítidos agora do que nos dias de brasa destes fins de semana, em que era impossível ocultar que havia um "caso" em curso (e mesmo assim a RTP nalguns noticiários e o Jornal de Notícias procederam assim). O que se sabe, informações, contradições, declarações, são de uma gravidade que não pode ser ignorada nem esquecida. No passado, em relação a muitos outros casos de menor importância, a comunicação social manteve-os como "escândalos", dando-lhe sequência investigativa e persistência editorial, fazendo exigências de clarificação e não deixando que haja esquecimento. Este caso, talvez o que mais gravemente afecta o centro do poder (o único precedente idêntico foi o "caso Emáudio" e houve aí uma deliberada desvalorização para não atingir Mário Soares), não pode ser escondido debaixo de um tapete. Já se sabem coisas a mais para perceber que ele não cabe debaixo de um tapete.

Digo isto porque sou seu adversário político ou o acho mau governante? Não. Digo isto porque desde a história do diploma e dos projectos das casas, não acredito na sua palavra. E já o escrevi antes, não precisei do caso Freeport. Significa isto que o acho culpado, sem apelo, pelo julgamento insidioso das suspeitas? Também não. Digo-o apenas porque, como afirmou um jornalista do Expresso, Filipe Santos Costa, na SICN, não deixo de pensar. Há pessoas cuja palavra me faz deixar de "pensar" de imediato, porque tenho nelas confiança, esse valor intangível muito menos precário do que se pensa. Outras não. Fica pois aqui esta declaração de confiança ou de falta dela.» in abrupto.
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Muito pertinente esta análise do Dr. Pacheco Pereira, em que em duas penadas revela o que muita gente pensa, mas não quer, ou não pode dizer em Portugal... é que começam a ser muitas coisas: a trapalhada do diploma, a assinatura de projectos de casas de qualidade pífia, de conformidade técnica dúbia e de mau gosto evidente, com a amnésia do caso Freeport, com familiares e off-shores à mistura, o tom arrogante e estilo pidesco, tudo isso deveria merecer muito mais escrutínio dos média portugueses. Aliás num país onde a linha editorial dos jornais não fosse marcadamente de esquerda, o Primeiro Ministro seria fustigado por todos os lados; mas não, o Engenheiro Sócrates é um protegido e os Portugueses terão que levar com ele... o Engenheiro que sofre de amnésia também já se esqueceria que foi Ministro de um Governo que tinha como paixão a Educação e cujo Primeiro Ministro abandonou o barco, depois de o enterrar num pântano... coisas da falta selectiva de memória!

Faria hoje 80 anos de idade, se fosse vivo o Meu Pai!



































"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto..."

S.C. Braga 0 vs F.C. do Porto 2 - Com muita humildade e trabalho, somos Campeões de Inverno!










«Tracção integral no regresso à liderança

O campeão é de novo líder, regressado à posição para a qual parece talhado como nenhum outro. E fê-lo num momento chave, numa deslocação antecipada com o prenúncio de dificuldades extremas, que decompôs uma a uma, e vaticínios de despiste, que evitou com uma exibição de tracção integral, notável atrás e à frente. Na verdade, dois golos foram pouco para traduzir a exibição portista.
Velocidade e intenções comuns, métodos semelhantes, efeitos diferentes. Os ensaios de pressão dos antagonistas processaram-se quase que à vez, em ciclos mais ou menos idênticos, apesar de facilmente diferenciados pelo índice de produtividade, que sublimaria a competência do tricampeão.Movidos pelo mesmo objectivo, invariavelmente apontados à baliza, Braga e F.C. Porto acabariam por partilhar pouco mais do que relvado e propósitos. O ascendente com que os bracarenses se precaveram para o período inicial dos Dragões – célebre pelos processos que resultam na asfixia do opositor -, numa adaptação da regra que faz do ataque a melhor defesa, teve consequências meramente estatísticas, redundando na conquista de um punhado de pontapés de canto, que em circunstância alguma perturbaram a serenidade de Helton.
Na sua vez, o F.C. Porto começou pela ameaça, pelo perigo iminente, que parecia fermentar nos pés de Hulk e na facilidade com que o brasileiro se desfazia da oposição, como no lance do primeiro golo, em que fez «gato-sapato» de João Pereira, antes do passe atrasado que resultaria no remate indefensável de Rodríguez.Mas o campeão era, sobretudo, uma equipa. Especialmente coesa em todos os gestos e mecanismos, e na assustadora facilidade com que operava transições. Na ordem solidária com que defendia a sua baliza e nos movimentos imparáveis (mesmo os mais subtis) com que cercava a área adversária. Assim e sem surpresa, surgiu o segundo golo, resultado do assédio azul e branco, que apertava os limites do bloqueio e deixava Lisandro a sós com Eduardo, para decidir.
Em nenhum instante, mesmo nos exercícios desesperados do adversário, que procurava reentrar no jogo, a estrutura portista ameaçou ruir. Já num outro ritmo, reflexo lógico da vantagem que deveria ter crescido ainda antes do intervalo, a remate de Tomás Costa, o F.C. Porto gerou as melhores situações, conduzindo os esboços de uma superioridade mais ampla nos pés de Hulk, Lisando, Lucho, Meireles ou Mariano.
FICHA DE JOGO
Liga, 15ª jornada
24 de Janeiro de 2008
Estádio Municipal de Braga
Árbitro: Paulo Costa (Porto)
Assistentes: João Santos e Vítor Carvalho
4º árbitro: Vasco Santos
SP. BRAGA: Eduardo; João Pereira, Frechaut, Moisés e Evaldo; Mossoró, Vandinho e Luís Aguiar; Alan, Rentería e César Peixoto
Substituições: Mossoró por Matheus (46m), César Peixoto por Meyong (46m) e Rentería por Orlando Sá (75m)
Não utilizados: Mário Felgueiras, Paulo César, Andrés Madrid e André Leone
Treinador: Jorge Jesus
F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Lucho «cap», Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodríguez
Substituições: Rodríguez por Tomás Costa (40m), Raul Meireles por Guarin (78m) e Hulk por Mariano (85m)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Farias e Sapunaru
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Rodríguez (20m), Lisandro (31m)
Disciplina: cartão amarelo a Rentería (15m), Raul Meireles (45m), Hulk (60m), Matheus (60m) e Fucile (82m)» in site F.C. do Porto.

Momnetos de um jogo intenso, entre duas das melhores equipas da Liga principal do Futebol Português!

24/01/09

Sub-19: F.C. do Porto 7 vs Leixões S.C. 1 - Liderar a Golear!

«Sub-19: F.C. Porto goleia o Leixões

A equipa de Sub-19 do F.C. Porto derrotou este sábado o Leixões por números expressivos (7-1), exibindo um potencial ofensivo impressionante e que podia ter resultado numa goleada ainda mais robusta. Claro, com quatro golos, acabou por ser o rosto destacado da exibição azul e branca.
O F.C. Porto entrou muito bem neste jogo e já vencia ao intervalo por 2-1, parcial que seria rapidamente alargado, face à sequência atacante registada na metade complementar.
A equipa de Patrick Greveraars alinhou com Ruca, Ivo Pinto, Rafhael, Ramon, Massari, Dias, Caetano, Miguel Galeão, Claro, Josué e Diogo Viana. Jogaram ainda Vítor Bruno e Lucas.
Marcadores: Claro (10, 53, 58 e 83m), Leixões (31m, p.b.), Diogo Viana (77m) e Caetano (90m).» in site F.C. Porto.

Andebol: S. Bernardo 23 vs F.C. Porto 27 - Dragões continuam líderes e invictos!

«Regresso à Liga com vitória sobre o S. Bernardo

Sem competir para a Liga de Andebol há mais de um mês, o F.C. Porto Vitalis regressou, este sábado, ao activo na prova, com uma vitória por 23-27 sobre o S. Bernardo, em partida da 13ª jornada. Os Dragões, imbatíveis até à data, permanecem, desta forma, na liderança do campeonato.
Eduardo Coelho revelou-se fundamental para o desfecho do encontro, ao apontar 10 golos. Os restantes remates concretizados pelos azuis e brancos tiveram a assinatura de Inácio Carmo (5), Ricardo Moreira (5), Filipe Mota (4), Tiago Rocha (2) e Wilson Davyes (1).

Os Contemporâneos - "Jogo Duplo" - Com personalidades muito marcantes...


A nossa Ministra de Estimação saiu-se muito bem... logo que meta ovos!

Caso Freeport - A amnésia conveniente do Engenheiro José Sócrates...



José Sócrates: «Não tenho memória que o meu tio me tenha pedido para receber os promotores do Freeport»
24 de Janeiro de 2009, 12:56

«Não tenho memória, admito que isso possa ter acontecido, mas não tenho memória que o meu tio me tenha pedido para receber os promotores do Freeport», afirmou José Sócrates, numa conferência de imprensa convocada para que o primeiro-ministro prestasse declarações sobre o caso Freeport. O então ministro do ambiente e actual primeiro-ministro frisou, durante a conferência, que não será esta polémica a derrubá-lo do poder.

O primeiro-ministro salientou que uma reunião aconteceu mas «por insistência da Câmara Municipal de Alcochete» e apenas para «discutir as posições do ministério do Ambiente e as suas exigências ambientais».
Durante a conferência no Porto, disse também que não conhece nem nunca conheceu «pessoalmente nenhum dirigente do Freeport» e que «se existe, como dizem que existe», um mail do filho de Júlio Monteiro pedindo uma recompensa usando o nome do primeiro-ministro, Sócrates diz considerar isso «um abuso de confiança». Durante a declaração, sublinhou também que não tem nada a ver com a atividade empresarial do tio.

«As notícias, com a forma como são veiculadas, destinem-se a atingir-me pessoalmente», disse José Sócrates aos jornalistas, referindo-se aos artigos publicados pelos jornais Sol e Expresso.
A conferência de imprensa para prestar esclarecimentos sobre o caso Freeport decorreu na alfândega do Porto, à margem do Fórum Novas Fronteiras.

O jornal Sol divulgou ontem uma gravação em que o tio de José Sócrates, o empresário Júlio Monteiro, admitia ter colocado um representante do Freeport em contacto com o sobrinho, ministro do Ambiente na altura. Também o semanário Expresso noticia hoje que o primo de José Sócrates terá pedido uma recompensa ao representante do outlet por, alegadamente, ter sido intermediário do encontro.

Sócrates já tinha respondido através de um comunicado escrito ontem à noite, onde afirmava que a aprovação ambiental do empreendimento Freeport tinha cumprido «todas as re
gras legais aplicáveis à época». Apesar disso, o primeiro-ministro decidiu marcar uma conferência de imprensa para falar sobre o assunto.» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/910046.html

«Poder-se-á saber a razão por que se ouvem tantos juristas sobre este caso (que funcionam como "extintores") e não se ouvem mais jornalistas de investigação ou especialistas em corrupção? É que a essência do caso é saber se há ou não corrupção no processo Freeport, e quem esteve envolvido nessa alegada corrupção. Tudo o resto é irrelevante.

* Depois do que se viu na TVI, o Primeiro-ministro Sócrates tem muito que explicar. Os dados novos que foram noticiados, em particular o que diz o tio do Sócrates, em discurso directo, são notícia em qualquer parte do mundo e notícia das que antigamente faziam tocar os telexes. À hora a que escrevo os sítios em linha do Público, do Expresso, do Correio da Manhã, do Sol (que detém o exclusivo da entrevista que passou na TVI), TSF, Renascença e LUSA, nada. Só o da TVI tem a notícia e a SICN passa-a em oráculo.

AN
EXO: a SICN abriu o noticiário das 22 horas com a notícia e anuncia entrevistas e um debate. A RTP2, no noticiário em simultâneo com o da SICN, entrevista Mega Ferreira sobre o CCB.

ANEXO 2: o que mostra como as coisas estão na nossa comunicação social é que o Primeiro-ministro Sócrates responde à TVI e ao Sol, antes de muitos órgãos de comunicação entenderem que havia aqui uma notícia importante. (Por exemplo o noticiário da RTP2 ignorou a questão.)

* A RTP falou do caso Freeport vinte minutos depois do início do telejornal.» in blogue abrupto.
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Pois é! O Primeiro Ministro lá veio no seu tom arrogante e de pessoa impoluta, dizer que são tudo calunias e uma espécie de cabala, tudo o que se tem anunciado sobre o caso Freeport em que ele está metido até às orelhas, até porque era o Ministro do ambiente da altura... note-se que quem lançou o tema para a agenda mediática foi a investigação inglesa, logo correlacionar isto com o período eleitoral Português é pura demagogia, de que José Sócrates faz uso inúmeras vezes. É que à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer séria, e o Senhor Primeiro Ministro não se esqueça que o licenciamento em questão foi chumbado duas vezes e foi curiosamente aprovado em vésperas da sua saída do governo de então. Mas sabemos que o Senhor não tem horas de trabalho muito peculiares, até faz testes por fax ao Domingo de um putativo Inglês Técnico, assinou projetos de casas de gosto e de conformidade técnica dúbia, de que não se lembra... e esquecer-se do seu Tio, fica-lhe mal Senhor Primeiro Ministro, ele ao contrário, parece-me bem recordado de todas as manobras da altura, off-shores, etc...e da RTP o Senhor não se pode queixar, foi um silêncio que parece que nada se passava; ai se fosse com outros, a festa que não seria!


João Aguardela Partiu a 19 de Janeiro de 2009 - Paz à Sua Alma de Grande Artista Musical!





Sitiados - "Vida de Marinheiro" - (Ao Vivo em 1994)

Sitiados - "Vida de Marinheiro" - (1992)

SITIADOS - "A CABANA DO PAI TOMÁS"

Sitiados - "A Noite"

A Naifa - (Filha de duas mães)

A Naifa - "Desfolhada Portuguesa" - (Faro)

Simone de Oliveira - "Desfolhada Portuguesa"


Megafone - "Aboio"

A NAIFA- "A música"

Sitiados - "Pérola Negra"

Sitiados - "Outro Parvo no Meu Lugar"

Sitiados - "Vamos Ao Circo" - (Ao Vivo em 1994)

A Naifa - "Monotone"

Sitiados - "Formiga no Carreiro" - (Official Videoclip - 1994)

A Naifa - "A Verdade apanha-se com enganos" - (Braga)

Sitiados - "O Triunfo dos Electrodomesticos" - (Official Videoclip - 1995)

A Naifa - "Señoritas"

A Naifa - "Calças Vermelhas"

Naifa - "Um Passo Para o Inferno"

João Aguardela & A Naifa

A Naifa - (Festa do Avante)

João Aguardela - Sitiados - (Entrevista em 1994)

Joao Aguardela - (Partiu)

«João Aguardela

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

João Aguardela , (1969 - 2009) músico e compositor português, foi conhecido por fazer parte das bandas Sitiados, Linha da Frente,Megafone,e A Naifa.
Cedo mostrou apetência musical, tendo se destacado como líder da banda "Sitiados", quem em meados dos anos 1990 registou inúmeros êxitos musicais.
Foi uma pessoa activista em muitas causas. Manifestou o seu repúdio pela extrema-direita - mais concretamente pela morte do partidário do PSR José Carvalho- tendo participado em inúmeras manifestações sociais e políticas. Aquando da invasão do Iraque por parte dos USA, também mostrara o seu total descontentamento.
Faleceu em Lisboa a 18 de Janeiro de 2009, vítima de cancro, aos 39 anos de idade[1].
João Aguardela que havia sido distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores, fazia ainda parte do projecto Linha da Frente e tinha o seu projecto mais pessoal: Megafone, com quatro discos [2].

Referências

  1. Depoimentos sobre a morte de João Aguardela.
  2. Óbito: Músicos portugueses recordam trabalho de João Aguardela » in Wikipédia.

"Estava outro Parvo no Meu lugar

Chego a casa a porta estava trancada
Fechadura tinha sido mudada
Uma sombra desvia o meu olhar
Estava outro parvo no meu lugar

Chego ao trabalho mau olhado
A secretária olha de lado
A silhueta desvia o meu olhar
Estava outro parvo no meu lugar

(refrão)
Outro parvo, outro parvo
Estava outro parvo no meu lugar
Outro parvo, outro parvo
Estava outro parvo no meu lugar

Minha mãe preocupada
Disse que a vida não estava acabada
Mas quando chego para jantar
Estava outro parvo no meu lugar

(refrão)
Outro parvo, outro parvo
Estava outro parvo no meu lugar
Outro parvo, outro parvo
Estava outro parvo no meu lugar

O coveiro desconfiado
Disse que o buraco já estava tapado
Mas quando chego para enterrar
Estava outro parvo no meu lugar

(refrão)
Outro parvo, outro parvo
Estava outro parvo no meu lugar
Outro parvo, outro parvo
Estava outro parvo no meu lugar

Mas porque raio é que me estou a queixar?
Eu sempre quis ter outro parvo no meu lugar
Outro parvo, outro parvo
Estava outro parvo no meu lugar"

23/01/09

Arte Pintura - Salvador Dali, o Grande Pintor Catalão, morreu a 23 de Janeiro de 1989!



«Salvador Dalí

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Salvador Dalí
Salvador Dalí
Dalí fotografado por Roger Higgins em 1968
Nascimento 11 de Maio de 1904
Figueres
Falecimento 23 de Janeiro de 1989 (84 anos)
Figueres
Nacionalidade espanhola
Ocupação Pintura
Desenho
Fotografia
Escultura
Escola/tradição Escola de Belas-Artes de San Fernando, Madrid
Movimento estético Cubismo
Dadaísmo
Surrealismo
Principais trabalhos A Persistência da Memória
Sofá-lábios de Mae West
A Tentação de Santo Antônio
Cônjuge Gala Éluard Dalí
Filho(s) Cecile Éluard Boaretto


Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, 1º Marquês de Dalí de Púbol (Figueres, 11 de Maio de 1904Figueres, 23 de Janeiro de 1989), conhecido apenas como Salvador Dalí, foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. Dalí foi influenciado pelos mestres da Renascença[1][2]. O seu trabalho mais conhecido, A Persistência da Memória, foi concluído em 1931. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema, escultura, e fotografia. Ele colaborou com a Walt Disney no curta de animação Destino, que foi lançado postumamente em 2003 e, ao lado de Alfred Hitchcock, no filme Spellbound[3].
Dalí insistiu em sua "linhagem árabe", alegando que os seus antepassados eram descendentes de mouros que ocuparam o sul da Espanha por quase 800 anos (711 a 1492), e atribui a isso, o seu amor de tudo o que é excessivo e dourado, sua paixão pelo luxo e seu amor oriental por roupas[4]. Tinha uma reconhecida tendência a atitudes e realizações extravagantes destinadas a chamar a atenção, o que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte. Ao mesmo tempo que incomodava os seus críticos, já que sua forma de estar teatral e excêntrica tendia a eclipsar o seu trabalho artístico[5].

Índice

[esconder]

[editar] Biografia

Salvador Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu às 8h45 da manhã de 11 de maio de 
1904, no número vinte da carrer (rua) Monturiolin da vila de Figueres, Catalunha, Espanha[6]. Seu irmão mais velho, também chamado Salvador (nascido em 12 de outubro de 1901), havia morrido de gastroenterite, nove meses antes, em 1 de agosto de 1903[7]". Seu pai, Salvador Dalí i Cusí, era um advogado de classe-média, figura popular da cidade e senhor de um caráter irrascível e dominador, sua mãe, Felipa Domenech Ferrés, sempre incentivou os esforços artistícos do filho.[8][9]. Dalí também teve uma irmã, Ana Maria, que era três anos mais nova[8]. Em 1949, ela publicou um livro sobre seu irmão, "Dalí visto por sua irmã"[10].
Dalí frequentou a Escola de Desenho Municipal, onde iniciou a sua educação artística formal. Em 1916, durante umas férias de verão em Cadaquès, passadas com a família de Ramon Pichot, descobriu a pintura impressionista[11]. Pichot era um artista local que fazia viagens frequentes a Paris[8]. No ano seguinte, o pai de Dalí organizou uma exposição dos desenhos a carvão do filho na sua casa de família. Sua primeira exposição pública ocorreu no Teatro Municipal em Figueres em 1919[12].
Em fevereiro de 1921 sua mãe morreu de câncer de mama. Dalí, então com dezesseis anos de idade, disse depois da morte de sua mãe: "foi o maior golpe que eu havia experimentado em minha vida. Eu adorava ela… eu não podia resignar-me a perda de um ser com quem eu contei para tornar invisíveis as inevitáveis manchas de minha alma"[13] Após a morte Felipa Domenech Ferrés, o pai de Dalí casou-se com a irmã de falecida esposa. Dalí não resentiu este casamento, como alguns pensam, pois ele tinha um grande amor e respeito em relação à tia[8].

[editar] Paris e Madri

Dalí e Man Ray fotografados por Carl Van Vechten, Paris, 16 de Junho de 1934.
Em 1922, Dalí foi viver em Madrid[8], onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Já então Dalí chamava a atenção nas ruas como um excêntrico cabelo comprido, um grande laço ao pescoço, calças até ao joelho, meias altas e casacos compridos. O que lhe granjeou maior atenção por parte dos colegas foram os quadros onde fez experiências com o cubismo (embora na época destes primeiros trabalhos cubistas ele provavelmente não compreendia por completo o movimento, dado que tudo o que sabia de arte cubista provinha de alguns artigos de revistas e de um catálogo que Ramon Pichot lhe oferecera, visto não haver artistas cubistas, neste tempo, em Madrid)[8].
Fez também experiências com o Dadaísmo, que provavelmente influenciou todo o seu trabalho. Nesta altura, tornou-se amigo íntimo do poeta Federico García Lorca e de Luis Buñuel.[14] Dalí foi expulso da Academia em 1926, pouco tempo depois dos exames finais, em que declarou que ninguém na Academia era suficientemente competente para o avaliar[15].Seu domínio de competências na pintura está bem documentado, nesse tempo, em sua impecável e realista pintura "Cesto de Pão", de 1926[16].
Em 1924 o ainda desconhecido Salvador Dalí ilustrava pela primeira vez um livro, o poema catalão "Les bruixes de Llers" ( "As bruxas de Llers") de seu amigo, o poeta Carles Fages de Climent.
Foi nesse mesmo ano fez a sua primeira viagem a Paris, onde encontrou-se com Pablo Picasso, que era reverenciado pelo jovem Dalí. ("Vim vê-lo antes de ir ao Louvre", disse-lhe Dalí. "Fez você muito bem", respondeu-lhe Picasso.) O artista mais velho já tinha ouvido falar bem de Dalí através de Juan Miró. Nos anos seguintes, realizou uma série de trabalhos fortemente influenciados por Picasso e Miró, enquanto ia desenvolvendo o seu estilo próprio. Algumas tendências no trabalho de Dalí que iriam permanecer ao longo de toda a sua carreira já eram evidentes na década de 20, principalmente por Raphael, Bronzino, Francisco de Zurbarán, Vermeer, e Velázquez[17]. As exposições de seus trabalhos em Barcelona despertaram grande atenção e uma mistura de elogios e debates e causando por parte dos críticos. Nesta época, Dalí deixou crescer o bigode, que se tornou emblemático a ele, estilo baseado no pintor do século XVII espanhol Diego Velázquez.
Em 1929, colaborou com o cineasta espanhol Luis Buñuel no curta-metragem Un Chien Andalou, e conheceu, em agosto, a sua musa e futura mulher, Gala Éluard (cujo nome verdadeiro é Elena Ivanovna Diakonova[18], nascida em 7 de Setembro de 1894, em Kazan, Tartária, Rússia), uma imigrante russa dez anos mais velha que Dalí, casada na época com o poeta surrealista Paul Éluard. Juntou-se oficialmente ao grupo surrealista no bairro parisiense de Montparnasse (embora o seu trabalho já estivesse há dois anos sendo influenciado pelo surrealismo).[8][9]Em 1934 Dalí e Gala, que já viviam juntos deste 1929, casaram-se numa cerimónia civil.

[editar] Personalidade e política

Dalí fotografado por Carl Van Vechten
A política desempenhou um papel significativo na sua emergência como um artista. Ele foi por vezes retratado como um apoiante do autoritário Francisco Franco. [19][20] André Breton, líder do movimento surrealista, fez um grande esforço para dissociar o seu nome do surrealismo. A realidade é provavelmente um pouco mais complexa. Em qualquer caso, ele não era um anti-semita, pois era inclusive amigo do famoso arquiteto e designer Paulo László, que era judeu. Ele também proferiu grande admiração por Freud(a quem ele conheceu), e Einstein, ambos judeus.
Em sua juventude, Dalí abraçou por um tempo tanto anarquismo como o comunismo. Em seu livro, Dalí, em 1970, declara-se um anarquista e monarquista. Enquanto na cidade de Nova York em 1942, ele denunciou o seu colega, o cineasta surrealista Luis Buñuel como ateu, o que levou Buñuel a ser despedido de sua posição no Museu de Arte Moderna e, posteriormente, constar na lista negra da indústria cinematográfica estadunidense[21].
Com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, Dalí fugiu e se recusou a alinhar-se a qualquer grupo. Após o seu regresso à Catalunha após a Segunda Guerra Mundial, Dalí se tornou mais próximo ao regime de Franco. Alguns declaram que Dalí apoiou o regime de Franco, felicitando-o por suas ações tendências de "limpar a Espanha de forças destrutivas". Dalí, depois de ter retornado para a religiosidade católica, e cada vez mais à medida que o tempo passava, Dalí certamente referia-se à comunistas, socialistas e anarquistas, que haviam matado quase 7000 religiosos e religiosas durante a Guerra Civil Espanhola. Dalí enviou uma mensagem a Franco, "elogiando-lhe por assinatura a morte e os mandados de presos políticos."[19] Dalí encontro Franco uma vez[22] Dalí sequer reuniu-se pessoalmente Franco para pintar um retrato de sua neta. É impossível determinar se suas homenagens a Franco foram sinceros ou caprichosos, uma vez que ele também enviou um telegrama louvando o romeno Nicolae Ceauşescu, líder comunista. O jornal diário romeno "Scînteia" publicou-o, sem suspeitar seu aspecto de troça.
Em 1960, Dalí começou a trabalhar no Teatro-Museo Salvador Dalí, na sua terra natal, em Figueres. Foi o projeto de maior vulto de toda a sua carreira e o principal foco de suas energias até 1974, embora continuasse a fazer acrescentos até meados dos de 1980.
Teatro-Museu Dalí
Ver artigo principal: Teatro-Museu Dalí
Gala morreu em Port Lligat na madrugada de 10 de Junho de 1982 Desde então, Dalí ficou profundamente deprimido e desorientado, perdendo toda a vontade de viver. Recusava-se a comer, ficando desidratado, teve de ser alimentado por uma sonda nasal. Em 1980, um coquetel de medicamento não prescrito danificou seu sistema nervoso, provocando assim um inoportuno fim a sua capacidade artística. Aos 76 anos, a "cada vez saudável" Dalí sofre tremores terríveis ao seu lado direito, causado pelo Mal de Parkinson[23].
Mudou-se de Figueres para o castelo em Pubol, que comprara para Gala. Em 1984, deflagrou um incêndio no seu quarto em circunstâncias pouco claras — talvez tenha sido uma tentativa de suicídio de Dalí, talvez tenha sido uma tentativa de
Túmulo de Salvador Dalí
homicídio de um empregado, ou talvez simples negligência pelo seu pessoal — mas Dalí foi salvo e levado para Figueres, onde um grupo de amigos, patronos e artistas se assegurou de que o pintor vivesse confortavelmente os seus últimos anos no teatro-museu.
Em novembro de 1988 Dalí foi levado ao hospital com insuficiência cardíaca e em 5 de dezembro de 1988 foi visitado pelo rei Juan Carlos da Espanha, que confessou ter sido sempre um devoto de Dalí.[24] Em 23 de janeiro de 1989, enquanto o seu favorito e recorde de Tristan Isolde jogava, morreu de insuficiência cardíaca em Figueres, com a idade de 84, e, vindo círculo completo, está sepultado na cripta do seu Teatro-Museu Dalí, em Figueres, do outro lado da rua, a partir da igreja de Sant Pere. onde ocorreram seu funeral, primeira comunhão, e de batismo, a três quarteirões da casa onde nasceu.

[editar] Simbolismo

Casa-Museu Salvador Dalí
… Estou pintando quadros que me fazem morrer de alegria, estou criando com absoluta naturalidade, sem a menor preocupação estética, estou fazendo coisas que me inspiram com uma profunda emoção e estou tentando pintá-los com honestidade.
Salvador Dalí, em Dawn Ades, Dalí e Surrealismo
Ver artigo principal: Simbolismo
Dalí explorou intensamente o Simbolismo em seu trabalho. Por exemplo, a marca dos relógios fundidos que aparecem inicialmente em A persistência da memória, sugerem teoria de Einstein de que o tempo é relativo e não fixo.[25] A idéia de relógios simbolicamente funcionamento desta forma foi criada quando Dalí viu um pedaço de queijo Camembert derredendo em um dia quente de agosto.[26]
O elefante é também uma imagem recorrente nas obras do Dalí. Ele apareceu pela primeira vez em 1944, em sua obra Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar. Os elefantes, inspirados por Gian Lorenzo Bernini, em Roma base da escultura de um elefante transportando um antigo obelisco.[27] Conjugada a imagem de suas pernas quebradiças, esse comprometimento em criar um sentimento de fantasmagórico da realidade. "O elefante é uma distorção do espaço, em uma análise explica, "as suas pernas contrastam com a idéia de imponderabilidade com a estrutura."
O ovo é outra imagem comum na obra de Dalí, o qual expressa a ideal pré-natal e intrauterina, que aparece em O grande masturbador e Metamorfose de Narciso e assim utilizá-lo para simbolizar a esperança e a caridade.[28] Diversos animais aparecem em todo o seu trabalho: formigas remontam à morte, decadência, e o imenso desejo sexual; o caramujo relaciona-se com a cabeça humana. Esta idéia partiu de quando avistou um caramujo em cima de uma bicicleta, perto da casa de Freud, quando se conheçeram; e gafanhotos são um símbolos de desperdício e de medo.[28]

[editar] Surrealismo



Da esquerda para direita: Salvador Dali, Jose Moreno Villa, Luis Buñuel e Frederico Garcia Lorca e Jose Antonio
Surrealismo irá, pelo menos, ter servido para dar prova de que a experimentação total da esterilidade e das tentativas de automatizações terem ido longe demais e de terem conduzido a um sistema totalitário... Hoje, a preguiça e a total falta de técnica chegaram ao seu paroxismo no significado psicológico da atual utilização da faculdade.
Salvador Dalí
Ver artigo principal: Surrealismo
André Breton acusou Dalí de defensor do "novo" e "irracional" no "Fenômeno Hitler", mas o artista rapidamente rejeitava esta alegação dizendo, "Eu nem sou hitleriano de fato, nem de intenção."[29] No entanto, quando Francisco Franco chegou ao poder no rescaldo da Guerra Civil Espanhola, o apoio ao novo regime, entre outras coisas, leveram a sua suposta expulsão do grupo surrealista.[18] Depois disso, Dalí replicou, "Eu sou o próprio surrealismo".[15] André Breton cunhou o anagrama "avida dólares" (por Salvador Dalí), que pode ser traduzido como "ansiosos por dólares," a que se referiu a Dalí após o período de sua expulsão[30]. Os surrealistas mais radiciais falavam de Dalí no passado, como se ele estivesse morto. Nesta fase foi o seu principal patrono Edward James, um poeta e patrono do movimento surrealista. O surrealismo e de vários membros, como Ted Joans, continuariam a questão extremamente dura e polêmica contra Dalí, até ao momento da sua morte e mais além.
Edward James ajudou o jovem Salvador Dalí a emergir no mundo da arte através da compra de muitas obras e do apoio financeiro durante dois anos. Eles se tornaram bons amigos e James caracteriza a pintura de Dalí como "Cisnes refletindo elefantes." Ele também colaborou com dois dos mais duradouros ícones do movimento surrealista: o Telfone-lagosta e o Sofá-lábios de Mae West.
"Durante este período Dalí nunca parou de escrever", escreveu Robert Descharnes e Nicolas.[31] Em 1941, ele elaborou um filme chamado "Cenário de Jean Gabin Moontide". Ele escreveu catálogos de exposições como a sua que, na Knoedler Gallery [na cidade de Nova York em 1943], onde expunha.Ele também escreveu um romance (publicado em 1944) acerca de um salão de automóveis moda. Isso começou com um desenho Edwin Cox, em O Miami Herald mostrando-lhe vestir um automóvel em uma noite bata."[32]
Em 1940, no início da II Guerra Mundial na Europa, Dalí e Gala mudaram-se para os Estados Unidos da América, onde viveram durante oito anos. Após este período, Dalí regressou para a prática do catolicismo. Em 1942, ele publicou sua autobiografia, A Vida Secreta de Salvador Dalí. Um frei italiano, Gabriele Maria Berardi, alegou ter realizado um exorcismo em Dalí, enquanto ele estava na França em 1947. [33] Gabriel possuia uma escultura de Cristo na cruz que Dalí tinha dado o seu exorcista de agradecer a ele.[33] A escultura foi descoberta em 2005, e dois peritos em Surrealismo espanhol confirmaram que havia motivos suficientes para crer em similariades entre outras esculturas feitas por Dalí. [33]
Foi na sua amada Catalunha que Dalí viveu o resto da vida. O facto de ter escolhido viver em Espanha enquanto o país era governado pelo ditador fascista Francisco Franco trouxe-lhe críticas dos progressistas e de muitos outros artistas.[19] Alguns pensam que o desprezo comum pelo trabalho tardio de Dalí tem mais a ver com política do que com os verdadeiros méritos desse trabalho. Em 1959, André Breton organizou uma exposição denominada de "Homenagem ao Surrealismo", em que comemora os quadragésimo aniversário do Surrealismo, que incluiu obras de Salvador Dalí, Joan Miró, Enrique Tábara, e a Eugenio Granell. Breton combateu com veemência a inclusão de de Sistine Madonna, no Expoisição Internacional Surrealismo em Nova York no ano seguinte.[34]
Após a Segunda Guerra Mundial, Dali manteve características de virtuosismo técnico e um interesse na ilusão óptica, ciência e religião. Cada vez mais católica e inspirado pelo choque de Hiroshima, denarcado por ele como "Misticismos Nucleares". Em pinturas como Madonna de Port-O Lligat (primeira versão) de 1949, Corpus Hypercubus e de 1954, Dalí procurou sintetizar a iconografia cristã com imagens inspiradas pela desintegração dos materiais nucleares.[35] Obras como La Gare de Perpignan, de 1965, alucinogéneos e Toreador de 1968-1970. Em 1960, Dalí começou trabalhos sobre o Teatro e Museu de sua cidade-natal de Figueres; foi o seu maior projecto único e o principal foco da sua energia até 1974.
Em 1968, Dalí filmou um anúncio de televisão para Lanvin chocolates [36] e de 1969 projetou o logotipo da empresa Chupa Chups. Também em 1969, ele foi responsável pela criação do aspecto da publicidade 1969 Festival Eurovisão da Canção, metal e criou uma grande escultura, que se situava no palco, no Teatro Real de Madri.

[editar] Obras

Dalí produziu mais de 1500 quadros ao longo da sua carreira[37] , e também ilustrações para livros, litografias, desenhos para cenários e trajes de teatro, um grande número de desenhos, dezenas de esculturas e vários outros projectos.


Exposição sobre Salvador Dalí
Exposição em Londres


Salvador Dali: "Profile of Time". Escultura em "Arkady Wrocławskie", Wrocław
Ver artigo principal: Obras de Salvador Dalí

[editar] Ordem cronólogica de obras notórias


[editar] A Persistência da Memória

Ver artigo principal: A Persistência da Memória
Em 1931, Dalí pintou uma de suas mais famosas obras, A Persistência da Memória. [38]Às vezes chamada de "Relógios fundidos", o trabalho apresenta o surrealista imagem da fusão de um relógio de bolso. A interpretação geral do trabalho é a de que o relógio é, incansavelmente, o pressuposto de que o tempo é rígido ou determinista, e neste sentido é apoiado por outras imagens, no trabalho, tais como a vasta expansão da paisagem e de formigas a voar a devorar os outros relógios. [25]
As duas maiores colecções de trabalhos de Dalí são o museu Salvador Dalí em Saint Petersbourg, Florida, EUA, e o Teatro-Museo Salvador Dalí em Figueres, Catalunha, Espanha.
Dalí foi um artista versátil, e não limitou-se apenas a pintura artística. Algumas de suas obras artísticas mais populares são esculturas e outros objetos, e ele também é conhecido pelas suas contribuições ao teatro, moda, fotografia, entre outras áreas.

[editar] Esculturas

Rinoceronte vestido con puntillas, de 1956, pesa 3.600 quilos
Dois dos mais populares objetos do surrealismo foram os Telefone Lagosta Sofá-lábios de Mae West, completados por Dalí em 1936 e 1937, respectivamente. O artista surrealista e patrono Edward James encomendou esses dois tipos de peças de Dalí; James herdou aos cinco anos uma grande número de imóveis em West Dean, West Sussex, e foi um dos principais apoiantes dos surrealists na década de 1930.[39] "Lagostas e telefones tiveram forte conotação sexual para [Dalí] ", de acordo com a exibição da legenda para o "Telefone-lagosta", a que ele chamou de estreita analogia entre alimentos e sexo".[40]O telefone foi funcionais, e James comprou quatro, um deles de Dalí para substituir os telefones em seu retiro casa. Uma figura encontra-se no Tate Gallery, o segundo pode ser encontrada no Museu do Telefone alemão, em Frankfurt; o terceiro pertence à Fundação Edward James; eo quarto está na National Gallery of Australia.[39]
"A madeira e cetim" e Sofá-lábios de Mae West foram moldada após Dalí observar os lábios da atriz Mae West, a que achou fascinante. West foi anteriormente objeto de Dalí em 1935 para pintura o rosto de Mae West. A obra está atualmente em Brighton e acasionalmente em museus da Inglaterra.
Durante os anos entre 1941 e 1970 Dalí também foi responsável pela criação de um impressionante conjunto de jóias, 39 no total. As jóias são criações intrincados e algumas contêm partes móveis. A mais famosa jóia criada por Dalí foi "The Royal Heart". Foi trabalhada com ouro e incrustrada com quarenta e seis rubis, quarenta e dois diamantes e quatro esmeraldas, criado de forma a que o centro "batidas" assemelham-se a um verdadeiro coração. A coleção pode ser vista no Teatro Museu-Dalí em Figueres, Catalunha, Espanha, onde está em exposição permanente.
Sem uma audiência, sem a presença de espectadores, essas jóias não iriam cumprir a função para a qual anseei. O espectador, então, é o melhor artista.
Dalí, 1959. O "Dalí - Joies" ( "As Jóias de Dalí")

[editar] Teatro

No teatro, Dalí é lembrado para a construção do cenário da peça de 1927 Mariana Pineda, de García Lorca .[41] Para Bacchanale (1939), baseado em um balé e definido com uma música de Richard Wagner, de 1845 da ópera Tannhäuser, Dalí forneceu tanto o conjunto de design quanto o libretto.[42]

[editar] Cinema

Dalí também participou da produção de filmes, mais notavelmente pela do filme Un chien andalou, um filme francês de 17 minutos co-escrito com Luis Buñuel, que é amplamente lembrado por seus gráficos cena simulando a abertura de um globo ocular com uma navalha. Dalí colaborou novamente com Luis Buñuel em 1930 no filme, l'âge d'Or, e passou a escrever uma série de roteiros, muito poucos dos quais foram concebidos. Os mais conhecidos projetos de seu filme é provavelmente o sonho na seqüência de Spellbound, de Alfred Hitchcock, que lembra fortemente em temas de psicanálise. Ele também trabalhou com uma produção Disney, na animação Destino; concluída em 2003 por Baker Bloodworth e Roy Disney, que contém imagens de sonho - como estranhas figuras e andar a pé pelo ar. Dalí completou apenas um outro filme em sua vida: Impressões de Alta Mongólia (1975), na qual ele narrou uma história sobre uma expedição em busca de gigantes cogumelos alucinogéneos. As imagens microscópicas foram baseadas em ácido úrico, manchas bronze sobre a banda de uma caneta esferográfica, sobre a qual Dalí teria urinado durante várias semanas.[43]
Dalí construído um repertório em indústrias da moda e da fotografia. Na moda, a sua cooperação com a estilista italiana Elsa Schiaparelli é bem conhecida, onde Dalí foi contratado pela Schiaparelli para produzir um vestido branco. Outros desenhos Dalí fez a sua incluir um sapato em forma de chapéu e uma rosa para um cinto com fivela no formato de lábios. Também participou na criação de desenhos têxteis e de frascos para perfumes. Com Christian Dior, em 1950, Dalí cria a peça "fantasia para o ano 2045."[42] Fotógrafos com quem colaborou incluem Man Ray, Brassaï, Cecil Beaton, e Philippe Halsman.

[editar] Galeria de imagens


Referências

  1. Phelan, Joseph, The Salvador Dalí Show
  2. Dalí, Salvador. (2000) Dalí: 16 Art Stickers, Courier Dover Publications. ISBN 0-486-41074-9
  3. imagesjournal. Acessado em 25 de julho de 2008
  4. Ian Gibson. The Shameful Life of Salvador Dali
  5. Saladyga, Stephen Francis. "The Mindset of Salvador Dalí". lamplighter (Niagara University). Vol. 1 No. 3, verão do ano de 2006. Acessado em 2 de maio de 2008]].
  6. , de acordo com sua certidão de nascimento. Astrotheme
  7. Dalí, Secret Life, p.2
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  9. 9,0 9,1 Rojas, Carlos. Salvador Dalí, Or the Art of Spitting on Your Mother's Portrait, Penn State Press (1993). ISBN 0-271-00842-3
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  11. Biografia de Salvador Dalí. SINA.com. Acesado em 2 de maio 2008.
  12. Dalí, em autobiografia Secret Life
  13. Dalí, Secret Life, pp.152–153
  14. For more in-depth information about the Lorca-Dalí connection see Lorca-Dalí: el amor que no pudo ser and The Shameful Life of Salvador Dalí, ambos de Ian Gibson.
  15. 15,0 15,1 Salvador Dalí: Olga's Gallery. Acessado em 2 de maio de 2008.
  16. Paintings Gallery #5
  17. Phelan, Joseph
  18. 18,0 18,1 Shelley, Landry. "Dalí Wows Crowd in Philadelphia". Unbound (The College of New Jersey) Spring 2005. Acessado em 5 de maio de 2008.
  19. 19,0 19,1 19,2 Navarro, Vicente, Ph.D. "The Jackboot of Dada: Salvador Dalí, Fascist". Counterpunch. December 6, 2003. Acessado 2 de maio de 2008.
  20. Vicente Navarro (12 December 2003). "Salvador Dali, Fascist". CounterPunch.
  21. Luis Buñuel, My Last Sigh Acessado em 3 de maio de 2008
  22. Fotografia Salvador Dalí e Francisco Franco
  23. Ian Gibson (1997). The Shameful Life of Salvador Dali. W. W. Norton & Company.
  24. Etherington -Smith, MeredithThe Persistence of Memory: A Biography of Dali p. 411, 1995 Da Capo Press, ISBN 0306806622
  25. 25,0 25,1 Salvador Dalí, La Conquête de l’irrationnel (Paris: Éditions surréalistes, 1935), p. 25.
  26. Salvador Dalí, The Secret Life of Salvador Dalí (New York: Dial Press, 1942), página 317.
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  41. Federico García Lorca. Pegásos. Acessado em 3 de maio de 2008.
  42. 42,0 42,1 Dalí Rotterdam Museum Boijmans. Paris Contemporary Designs. Acessado em 3 de maio de 2008.
  43. Elliott H. King, Dalí, Surrealism and Cinema, Kamera Books 2007, p. 169.» in Wikipédia.
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Agradeço à Elsa o facto de nos lembrar que este Artista verdadeiramente à frente e na vanguarda da sua época e que conseguiu como muito poucos ligar a Arte Plástica, ao pensamento e aos ideais de vanguarda de homens da altura, como Freud, por exemplo. São estes homens que andam à frente ao nível do pensamento, da ação política ou das expressões artísticas que marcam a diferença relativamente aos seus demais, são um acrescento para a história da humanidade, deixando-nos mais ricos e verdadeiramente humanos. Obrigado Elsa, pela lembrança!



A Persistência da Memória, 1931!