«NOSSA SENHORA DA PONTE
O último escrito é de Maria Eulália Macedo.
Nossa Senhora da Ponte I
Há tantos anos guardas
o teu sorriso de granito!
Mãe que ri!...
Senhora,
não estás cansada
de há tantos anos
estares ao teu menino abraçada?
Mãe abençoada e atenta,
Mãe calada,
que vês meus passos
ir e vir...
apetece-me agora ficar parada
ao pé de ti...
depois de tantos dias
que vivi;
ficar; como quem chora
e como quem ri!
Maria Eulália Macedo
Nossa Senhora da Ponte II
Senhora, queria a minha alma
adornada do teu despojamento.
Queria a eternidade alcançada
Naquele único momento!
Luís Coutinho - Varanda dos Reis, n.0, Junho de 2000» in http://www.agencia.ecclesia.pt/paroquia/pub/10/noticia.asp?jornalid=10¬iciaid=6055
------------------------------------------------------------------
Uma excelente referência a S.º Gonçalo de Amarante, num site Brasileiro:
http://ismps.de/revista/Internet-Corres2/CM55-05.htm
Quem atravessa a Ponte de São Gonçalo em direcção ao Mosteiro, depara com a Imagem de Nossa Senhora da Ponte incrustada numa janela deste Mosteiro. Na realidade o que se aprecia hoje em dia é a parte posterior de um antigo cruzeiro de granito, parte esta que nos mostra uma imagem de Nossa Senhora da Piedade aos pés da Cruz – Nossa Senhora da Ponte. A outra face, não visível devido à sua colocação, possui uma imagem de Cristo crucificado. Este cruzeiro, datado do século XIV, esteve colocado no meio da ponte medieval, que antecedeu a atual ponte de São Gonçalo construída no mesmo local da anterior, que ruiu em 10 de Fevereiro de 1763. Antes da derrocada, que é lembrada num soneto de Paulino Cabral – Abade de Jazente – o cruzeiro foi retirado e colocado onde atualmente se encontra. Dividiu esta obra de arte, quando no seu lugar original, a jurisdição eclesiástica entre o Arcebispo de Braga e o Bispo do Porto, e também a jurisdição secular entre a Vila de Amarante e o concelho de Gouveia. Existe, na nave da Igreja de São Gonçalo, um relevo deste conjunto: ponte fortificada com merlões e torre de defesa e cruzeiro sobre ela. Muitos foram os que escreveram sobre esta imagem de Nossa Senhora da Piedade – Nossa Senhora da Ponte. Salientamos os amarantinos: Augusto Casimiro (1889-1967) e Paulino António Cabral – Abade de Jazente (1720-1789).
O último escrito é de Maria Eulália Macedo.
Nossa Senhora da Ponte I
Há tantos anos guardas
o teu sorriso de granito!
Mãe que ri!...
Senhora,
não estás cansada
de há tantos anos
estares ao teu menino abraçada?
Mãe abençoada e atenta,
Mãe calada,
que vês meus passos
ir e vir...
apetece-me agora ficar parada
ao pé de ti...
depois de tantos dias
que vivi;
ficar; como quem chora
e como quem ri!
Maria Eulália Macedo
Nossa Senhora da Ponte II
Senhora, queria a minha alma
adornada do teu despojamento.
Queria a eternidade alcançada
Naquele único momento!
Luís Coutinho - Varanda dos Reis, n.0, Junho de 2000» in http://www.agencia.ecclesia.pt/paroquia/pub/10/noticia.asp?jornalid=10¬iciaid=6055
------------------------------------------------------------------
Desde pequenino, quando pela mão da minha Mãe, ia ao mercado de Amarante todos os Sábados de manhã, sempre me intrigou esta Santa de Pedra, da qual tentava incessantemente junto dos meus pais, saber quem era, qual o seu significado. Primeiro, porque é pequenina, tosca, não tem um bebé ao colo, como é normal, mas um adulto, enfim, tudo nela espicaçava a curiosidade do puto, Helder. Os meus pais, fartos de me aturar diziam que era a Mãe de Jesus, mas o ícone mental que eu tinha de tal figura, não correspondiam a uma Santa tão simples e tosca. Agora mais velhote, ainda mais fascinado estou com este objeto de Arte Religiosa. Repare-se, sobreviveu à queda do ponte mandada construir por S. Gonçalo e foi colocada, num local estratégico, onde tem assistido à passagem de muita gente. Até por lá passou, durante muito tempo, grande parte do fluxo de pessoas, que circulava entre Trás-os-Montes e o Litoral, mormente, a Cidade do Porto. Tem muita História e muitas estórias para contar esta Santa e é isso que me fascina, no estudo da História, quer das coisas, quer das pessoas. Uma peça que sobreviveu a tanta coisa, reparem que até aos ataques das tropas de Napoleão, tem inquestionavelmente um valor Histórico indelével. O valor artístico poderá ser discutível, mas eu gosto de coisas simples, mas com muitas estórias da História!
Uma excelente referência a S.º Gonçalo de Amarante, num site Brasileiro:
http://ismps.de/revista/Internet-Corres2/CM55-05.htm