Nunca me conformei com um conceito puramente científico da Existência, ou aritmético-geométrico, quantitativo-extensivo. A existência não cabe numa balança ou entre os ponteiros dum compasso. Pesar e medir é muito pouco; e esse pouco é ainda uma ilusão. O pesado é feito de imponderáveis, e a extensão de pontos inextensos, como a vida é feita de mortes.
A realidade não está nas aparências transitórias, reflexos palpitantes, simulacros luminosos, um aflorar de quimeras materiais. Nem é sólida, nem líquida, nem gasosa, nem electromagnética, palavras com o mesmo significado nulo. Foge a todos os cálculos e a todos os olhos de vidro, por mais longe que eles vejam, ou se trate dum núcleo atómico perdido no infinitamente pequeno, ou da nebulosa Andrómeda, a seiscentos mil anos de luz da minha aldeia!
A essência das coisas, essa verdade oculta na mentira, é de natureza poética e não científica. Aparece ao luar da inspiração e não à claridade fria da razão. Esta apenas descobre um simples jogo de forças repetido ou modificado lentamente, gestos insubstanciais, formas ocas, a casca de um fruto proibido.
Mas o miolo é do poeta. Só ele saboreia a vida até ao mais íntimo do seu gosto amargoso, e se embrenha nela até ao mais profundo das suas sensações e sentimentos. É o ser interior a tudo. Para ele, a realidade não é um conceito abstracto, ideia pura, imagem linear; é uma concepção essencial, imagem hipostasiada, possuída em alma e corpo, nupcialmente, dramaticamente, à São Paulo ou Shakespeare.»
(Pensamento de Teixeira de Pascoaes, o pensador metafísico de Gatão, Amarante)
FC Porto venceu o Lodi (4-1), em Itália, na 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.
O FC Porto bateu nesta quinta-feira o Lodi (4-1), em Itália, na 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, colocando-se assim em vantagem na eliminatória e em boa posição para marcar presença na Final 4. A 2.ª mão está agendada para o dia 11 de abril (quinta-feira), às 20h00, no Dragão Arena.
A equipa local entrou melhor e ganhou vantagem logo aos quatro minutos por intermédio de Morgan Antonioni, mas a resposta portista não se fez esperar e foi assinada por Carlo Di Benedetto apenas quatro minutos depois. No caminho para o intervalo, num lance em que o guarda-redes Valentín Grimalt fica mal na fotografia, Diogo Barata consumou a reviravolta dos campeões europeus.
A etapa complementar começou com Gonçalo Alves a não conseguir concretizar um livre direto, mas o capitão portista redimiu-se pouco depois e foi dele o 3-1 favorável aos Dragões. Já dentro dos últimos 10 minutos, a castigar a 10.ª falta do Lodi, Carlo Di Benedetto teve uma oportunidade soberana para elevar para 4-1 de livre direto, mas Valentín Grimalt levou a melhor. A 15 segundos do soar da buzina, Gonçalo Alves chegou ao bis e estabeleceu o 4-1 final.
O FC Porto volta a entrar em campo no próximo domingo (20h00, FC Porto TV/Porto Canal), no Dragão Arena, frente ao SC Tomar, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal.
FICHA DE JOGO
LODI-FC PORTO, 1-4
Liga dos Campeões, quartos de final, 1.ª mão
14 de março de 2024
Palacastellotti, em Lodi (Itália)
Árbitros: Sergi Mayor e Álvaro de la Hera (Espanha)
LODI: Valentín Grimalt (g.r.) (cap.), Alessandro Faccin, Pablo Nájera, Morgan Antonioni e Filipe Fernandes
Suplentes: Riccardo Porchera (g.r.), Lorenzo Giovannetti, Davide Nadini, Andrea Fantozzi e Liam Bozzetto
Treinador: Pierluigi Bresciani
FC PORTO: Xavier Malián (g.r.), Edu Lamas, Ezequiel Mena, Gonçalo Alves (cap.) e Carlo Di Benedetto
Suplentes: Leonardo Pais (g.r.), Telmo Pinto, Hélder Nunes, Rafa e Diogo Barata
«Entretanto, alguém reparou na (má) novidade sobre elétricos e abates?
Um “exercício minimalista” deixou muitas dúvidas sobre os apoios à compra de elétricos e os incentivos aos abates.
O foco mediático ao longo das últimas semanas – e compreensivelmente – tem sido o ato eleitoral marcado para o próximo domingo, as eleições legislativas antecipadas.
Mas, entretanto, aconteceram outras coisas. E esta envolve precisamente o atual Governo.
Na semana passada o Governo publicou um despacho que, anualmente, milhares de portugueses aguardam: o Fundo Ambiental.
Mas o Fundo Ambiental para 2024 não é como os outros. Por vários motivos.
Primeiro, porque é publicado poucos dias antes de eleições, num Governo que está em gestão.
Segundo, e precisamente por causa disso, foi publicado um “exercício minimalista e de priorização“, admitiu o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.
Terceiro, porque foram aprovados 1.8 mil milhões de euros mas as contas ainda vão a meio: foi deixado um remanescente de 64.3 milhões de euros para o próximo Governo, que fará o que entender com esse dinheiro.
Quarto, e por fim, esperava-se alguma novidade sobre o prometido incentivo aos abates de carros mais antigos, e em fim de vida – mas nada foi publicado sobre esse assunto. Os anunciados 129 milhões de euros para abates nem são mencionados no despacho.
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) salienta que este documento cria muitas dúvidas em relação a dois aspetos: o apoio à compra de viaturas elétricas (seriam 10 milhões de euros, mas também não há referências) e precisamente o incentivo ao abate.
É que os 1.8 milhões de euros não têm, para já, uma lista de “entidades beneficiárias”. Faltam conhecer diversos pormenores.
Elsa Serra, do ACP, lamenta o facto da falta de concretização das medidas anunciadas, por causa da mudança de Governo para breve. “Só a partir de Maio e Junho é que deveremos ter novidades“, avisa a responsável.
E Elsa explica uma diferença essencial: os 129 milhões de euros previstos para os abates estavam apenas num relatório, na previsão para o Orçamento do Estado 2024. Não ficaram inscritos na Lei. Até lá, sem regulamento oficial, nada está definido. Nada fechado, afinal.
FC Porto bateu o Mainz na Alemanha (4-1) e vai defrontar o AC Milan nas meias-finais da Youth League.
Depois de ter eliminado o campeão europeu, o FC Porto foi até Mainz, onde já tinham caído Barcelona e Manchester City, eliminar a formação local por 4-1 e seguir para a final four de Nyon, onde vai defrontar o AC Milan nas meias-finais da Youth League (19 de abril). Os Dragões já não viajavam até à Suíça para disputar a fase decisiva da competição há cinco anos, desde que levantaram o troféu. Um bis de Rodrigo Mora, um golo de João Teixeira e outro de Anhá Candé carimbaram o triunfo em solo germânico.
Perante milhares de adeptos vibrantes do Mainz, os jovens do FC Porto mostraram ser verdadeiros adultos dentro de campo nos primeiros 45 minutos, dominaram por completo a partida e regressaram aos balneários com uma vantagem de 2-0 no placar.
Tiago Andrade foi o que mais desequilibrou a partir da esquerda nos primeiros minutos do duelo, mas foi João Teixeira, numa jogada de génio, a adiantar os azuis e brancos na Alemanha. Aos 18 minutos, o médio libertou-se do marcador direto ainda no meio-campo, viu o camisola 11 bem aberto, desferiu um passe longo com grande exatidão e correu para a grande área. Andrade cruzou para a marca de grande penalidade e o camisola oito rematou com convicção. O guarda-redes ainda defendeu, mas só as redes travaram a bola (1-0).
Três minutos depois, Rodrigo Mora recebeu à esquerda, deu de calcanhar para Tiago Andrade, que testou Babatz, mas o guardião impediu o segundo da tarde. Aos 26, na ressaca de um cruzamento, foi André Oliveira a estar muito perto do golo: o médio recebeu à entrada da área e tentou colocar junto ao poste mais distante, mas acertou em cheio no ferro.
Com o enorme volume ofensivo demonstrado e a imensa qualidade individual do plantel, adivinhava-se que o segundo golo do jogo seria azul e branco e a teoria confirmou-se aos 32 minutos. Num lance de génio, Rodrigo Mora recebeu à esquerda, junto à entrada da área, tirou dois adversários do caminho e colocou a bola no canto superior mais próximo (2-0). Ainda antes do final da etapa inaugural, Anhá Candé ficou a centímetros de desviar a recarga do remate de Tiago Andrade para o fundo das redes germânicas.
O domínio dos da Invicta prolongou-se na segunda parte e Gonçalo Sousa por muito pouco não dilatou a vantagem logo aos 47 minutos. Isolado na grande área, o extremo tirou o guarda-redes do caminho, mas não impediu que um defesa lhe tirasse a oportunidade de marcar.
O Mainz lançou-se para diante e, aos 51 minutos, valeu Diogo Fernandes a evitar o golo dos da casa. Após um cruzamento, Safyan Touré apareceu isolado, não colocou bem o pé na bola e esta subiu inesperadamente, mas o guardião portista, com grandes reflexos, desviou-a para canto.
Já depois de Cardoso Varela ter desperdiçado uma chance em que, dentro da área, teve tempo de dominar e de definir o remate, mas não conseguiu desviar do guarda-redes, Rodrigo Mora intercetou uma bola na primeira fase de construção do Mainz, bisou no encontro e igualou Chiakha, do Copenhaga, no topo da lista de melhores marcadores da prova com sete golos. Estava selado o desfecho da partida (3-0).
Houve ainda tempo para Anhá Candé fazer o que melhor sabe: marcar. Aos 83 minutos, o avançado recebeu a bola à direita, fletiu para o meio e, à entrada da área, colocou a bola junto ao poste mais distante (4-0). Foi o sexto golo do ponta de lança na prova. Os alemães ainda reduziram aos 87 minutos por Engel, mas nada mudaria até ao apito final (4-1).
Os Sub-19 voltam à ação a 30 de março. A deslocação ao reduto do SC Braga é relativa à sexta jornada da fase de apuramento de campeão do campeonato nacional de juniores A (16h00).
FICHA DE JOGO
MAINZ-FC PORTO, 1-4
UEFA Youth League, quartos de final
13 de março de 2024
Bruchwegstadion, em Mainz (Alemanha)
Árbitro: Goga Kikacheishvili (Geórgia)
Assistentes: David Akhvlediani e Davit Gabisonia (Geórgia)
Substituições: Emanuel Marincau por Safyan Touré (46m), Marcel Kalemba por Lovis Bierschenk (61m), Daniel Gleiber por Sean Horozovic (77m), Engel por Wiesnet (89m) e Tim Müller por Jusuf Ugljanin (89m)
Não utilizados: Zuther (g.r.) e Kljajic
Treinador: Benjamin Hoffmann
FC PORTO: Diogo Fernandes; Martim Fernandes, Gabriel Brás (cap.), António Ribeiro, Dinis Rodrigues, André Oliveira, João Teixeira, Rodrigo Mora, Tiago Andrade, Gonçalo Sousa e Anhá Candé
Substituições: João Teixeira por Gil Martins (70m), Tiago Andrade por Cardoso Varela (70m), Rodrigo Mora por Mariano Regal (77m) e Martim Fernandes por Bernardo Ferreira (84m)
Não utilizados: Gustavo Lacerda (g.r.), Luís Gomes e Alfa Baldé
Treinador: Nuno Capucho
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: João Teixeira (18m), Rodrigo Mora (32m e 73m), Anhá Candé (83m) e Engel (87m)
Dragões foram eliminados da Liga dos Campeões pelo Arsenal (1-1 [4-2]).
120 minutos de esforço, abnegação e de muita inteligência tática empurraram o destino da eliminatória entre FC Porto e Arsenal para a marca das grandes penalidades. No momento de todas as decisões, Wendell e Galeno não conseguiram bater Raya e, por isso, a melhor equipa portuguesa na Europa ficou pelos oitavos de final da Liga dos Campeões (1-1 [4-2]).
No 50.º jogo ao comando do FC Porto na Liga dos Campeões, Sérgio Conceição manteve o mesmo onze que havia vencido o Arsenal, o Benfica e o Portimonense. Os Dragões controlaram qualquer ímpeto que os londrinos poderiam ter desde início, recorreram a Diogo Costa para circular a bola desde trás e procuraram ferir o conjunto caseiro com bolas longas e disputas pelos respetivos ressaltos.
Aos 16 minutos, foi nesse contexto que Evanilson atirou muito perto do poste da baliza de David Raya, que viria novamente a ser testado pelo avançado brasileiro aos 22: o camisola 30 recebeu dentro da área e, à meia volta, apontou às redes do Arsenal, mas o guarda-redes lançou-se no trajeto da bola e evitou que os portistas se adiantassem no marcador.
Em desvantagem na eliminatória, os gunners procuravam aproveitar qualquer desequilíbrio da muralha azul e branca para marcarem e, aos 29 minutos, Pepe foi protagonista. No 120.º jogo europeu do que é um exemplo a nível mundial, desviou uma bola que parecia ir com indicações para a cabeça de Havertz e acabou dentro da baliza.
Os britânicos acabaram, ainda assim, por se adiantar na etapa inaugural. Aos 40 minutos, Trossard combinou com Odegaard e, junto ao vértice da pequena área, colocou a bola junto ao poste mais distante. A eliminatória voltava à estaca zero à ida para os balneários (1-0 [1-1]).
Os ingleses entraram mais pressionantes na etapa complementar e, aos 68 minutos, fizeram mesmo o segundo golo, mas foi prontamente anulado por Clément Turpin. Numa bola lançada para as costas da defensiva portista, Pepe não se entendeu com Diogo Costa e a bola sobrou para Odegaard encostar para a baliza deserta, mas Havertz havia puxado o central e por isso o lance foi anulado.
Na resposta, Francisco Conceição ficou muito perto de dar nova vantagem ao FC Porto. Após uma saída com qualidade em espaço curto, Nico González desmarcou o camisola 10, que transportou a bola desde o meio-campo até à entrada da área adversária, de onde pôs Raya à prova, mas o guardião travou as suas intenções.
Arteta mudou a frente de ataque e lançou Gabriel Jesus para jogo. O brasileiro viu-se numa posição soberana logo nos primeiros segundos e o seu remate negado por uma mancha de Diogo Costa, tal como o de Saka um minuto mais tarde. Até ao final do tempo regulamentar, registaram-se ainda as entradas de Jorge Sánchez para o lugar de João Mário, de Mehdi Taremi para o de Evanilson e, devido a dificuldades físicas, de Marko Grujic para o de Alan Varela. No último lance dos 90 minutos, a equipa portista pediu grande penalidade, mas a infração inglesa havia sido antecedida de fora de jogo de Taremi.
Sérgio Conceição refrescou a equipa numa primeira parte do prolongamento em que houve apenas a registar uma transição do FC Porto que culminou com um remate do nove dos da Invicta que saiu desviado da baliza. Eustáquio e Gonçalo Borges renderam Nico González e Francisco Conceição. Na segunda, Galeno ainda tentou assinar um golo idêntico ao da primeira mão, mas a bola terminou nas mãos de Raya e tudo seguiu para a disputa de grandes penalidades.
Bilharista azul e branco bateu o colega Jorge Costa por 40-36 na final.
José Miguel Soares venceu o terceiro Open Nacional Individual de bilhar às três tabelas, cuja fase final decorreu no passado fim de semana na Academia do FC Porto. Na final, o atleta portista bateu o também Dragão Jorge Costa por 40-36.
Na segunda-feira, na segunda fase do campeonato nacional de três tabelas, o FC Porto venceu o Leixões em Matosinhos (3-1) e assegurou a primeira posição da tabela classificativa. Registaram-se os seguintes parciais:
Extremo já leva 13 golos e 11 assistências na presente temporada.
Galeno foi, na noite desta segunda-feira, convocado pela primeira vez para a seleção principal do Brasil. A viver uma época de grande destaque, o extremo do FC Porto foi chamado por Dorival Júnior para substituir o lesionado Gabriel Martinelli (Arsenal) nos particulares frente a Inglaterra (23 de março) e Espanha (26 de março).
O camisola 13 azul e branco tem-se afirmado como um peça crucial para Sérgio Conceição em 2023/24 e os números são prova disso mesmo. Em 36 jogos disputados, marcou 13 golos e fez 12 assistências. Cinco desses remates certeiros foram na Liga dos Campeões, competição em que já foi o Jogador da Semana, esteve no onze ideal da fase de grupos e está no grupo de segundos melhores marcadores a par de Griezmann, Hojlund, Morata e Julián Álvarez e apenas atrás de Erling Haaland, Harry Kane e Mbappé.
Médio iniciou a carreira no FC Porto pela mão de José Maria Pedroto.
O FC Porto recebeu com consternação a notícia da morte de Vítor Gomes, antigo centrocampista que começou o percurso futebolístico de azul e branco na temporada 1968/69 numa equipa comandada por José Maria Pedroto - lado a lado com lendas como Pavão, Custódio Pinto, Rolando, Américo ou Valdemar - e que faleceu na passada quinta-feira, aos 73 anos.
Natural de Nogueira do Cravo, no concelho de Oliveira de Azeméis, Vítor Gomes fez carreira na Académica e no União de Coimbra, passou pelo Famalicão, Penafiel, Águeda, Sanjoanense, União da Madeira, Oliveirense, Real Nogueirense, Arouca e Bustelo antes de pendurar as botas podendo dizer que foi um dos mais jovens Dragões a atuar nas competições europeias.
Exibição de gala do 77 valeu a ascensão à liderança partilhada do campeonato (5-4).
Momentos coletivos e individuais de génio, muita entrega, ambição e qualidade no rinque. A luta pela liderança do campeonato de hóquei em patins teve de tudo e, acima de tudo, teve o FC Porto como vencedor (5-4). Gonçalo Alves foi a grande figura da partida ao assinar um hat-trick, um golo absolutamente genial e o que valeu a vitória final. Os Dragões partilham agora o primeiro posto da liga com o adversário desta tarde, ambos com 49 pontos.
A equipa da casa entrou melhor e Xavier Cardoso, aos sete minutos, inaugurou o marcador. A resposta portista chegou por intermédio de Carlo Di Benedetto, que aproveitou um imbróglio dentro da área após um remate de Gonçalo Alves para encostar com sucesso (10m). A três minutos do intervalo, a bola parecia não querer largar Gonçalo Alves e, após duas tentativas de passe com o ressalto a regressar ao stick, o 77 picou e bateu Xano Edo a três minutos do intervalo (2-1).
No regresso do interregno, a Oliveirense voltou a ser eficaz. Lucas Martínez intercetou um passe de Hélder Nunes e empatou com apenas 40 segundos decorridos no placar (2-2). Seguiu-se, aos 28 minutos, o que poderá ser um dos melhores golos alguma vez vistos no hóquei em patins: Gonçalo Alves foi em drible de uma área à outra, picou a bola para tirar dois adversários do caminho e, já praticamente sem ângulo, com a bola ainda no ar, rematou pelo meio das pernas e bateu o guardião adversário (3-2). Uma jogada fenomenal de um astro da modalidade.
A obra de arte teve admiração limitada, já que logo depois Edu Lamas derrubou Xavier Cardoso na área e Marc Torra, após ter falhado a grande penalidade, voltou a empatar o duelo na recarga (3-3). Jogado a um ritmo alucinante, o desafio voltou a ter um momento alto ao cabo de 30 segundos: Gonçalo Alves foi derrubado por Xavier Cardoso, que viu cartão azul, mas Hélder Nunes acertou no poste no frente a frente com Xano Edo.
A décima falta azul e branca no embate deu a Lucas Martínez a oportunidade de bater Xavi Malián e fazer o 4-3 (37m), mas mais um momento de génio, desta feita de Carlo Di Benedetto, culminado com uma picadinha, estabeleceu nova igualdade (4-4, 39m).
A dois minutos e meio do final, Gonçalo Alves - quem mais haveria de ser? – pegou na bola junto à baliza de Xavi Malián e levou-a, contornando todos os obstáculos que lhe iam aparecendo pelo caminho, até ao fundo das redes de Xano Edo. O 77 completou com este hat-trick uma exibição de gala recheada com momentos de génio.
Segue-se uma viagem a Itália, onde o FC Porto vai defrontar o Lodi nos quartos de final da Liga dos Campeões (quinta-feira, 20h00, Porto Canal/FC Porto TV)
FICHA DE JOGO
OLIVEIRENSE-FC PORTO, 4-5
Campeonato Nacional, 20.ª jornada
9 de março de 2024
Pavilhão Dr. Salvador Machado, em Oliveira de Azeméis
Árbitros: Joaquim Pinto e Manuel Oliveira
OLIVEIRENSE: Alejandro Edo (g.r.), Marc Torra (cap.), Nuno Santos, Facundo Navarro e Xavier Cardoso
Suplentes: Diogo Alves (g.r.), Bruno Di Benedetto, Lucas Martínez, Franco Platero e Diogo Abreu
Treinador: Edo Bosch
FC PORTO: Xavi Malián (g.r.), Carlo Di Benedetto, Hélder Nunes, Rafa e Gonçalo Alves (cap.)
Suplentes: Leonardo Pais (g.r.), Telmo Pinto, Edu Lamas, Diogo Barata e Ezequiel Mena
FC Porto bateu o Fiães por 3-1 na 13.ª jornada da 2.ª fase da Liga.
O primeiro set até foi para o Fiães, mas a vitória ficou no Porto. Na 13.ª jornada da segunda fase da Liga, o FC Porto venceu por 3-1 (23-25; 25-14; 25-16; 25-19), somou a 12.ª vitória e selou a entrada em primeiro lugar nos play-offs.
O adversário entrou destemido no Dragão Arena, contrariou o poderio azul e branco demonstrado nos primeiros pontos da partida e levou a incerteza do desfecho do set inaugural até ao fim. Com 23-23, ganhou dois pontos consecutivos e saiu na frente do duelo (1-0). Oito pontos consecutivos no arranque da segunda partida espelharam perfeitamente as intenções das da Invicta, que empataram o jogo com um parcial inequívoco de 25-14 (1-1) e passaram para a frente com mais uma demonstração de qualidade, experiência e ambição (25-16).
O triunfo final ficou a carecer apenas de confirmação. Após uma última réstia de luta dada pelo emblema aveirense, que equilibrou a fase inicial do derradeiro set e esteve mesmo na frente do marcador (10-8), mas a superioridade natural das da casa veio ao de cima e o 3-1 ficou carimbado com o parcial de 25-19.
“Vi um mau primeiro set. Temos tentado contrariar isto, os níveis de prontidão não estavam tão bons hoje. Não fomos suficientemente competentes. Se a energia não esta tao boa, os níveis de serviço e bloco não estão tão bons. A equipa trabalhou bem durante a semana, durante o ano e todo e parece que custa mais quando não sai bem. A partir daí, é a competência. Sentimos que a equipa já estava mais bem preparada para começar o play-off do que acabar esta segunda fase. Resta-nos o SC Braga, temos de aproveitar o resto desta fase. Vamos para os play-offs a pensar na revalidação do título, mas para já só pensamos no SC Braga. Merecíamos ser primeiros e vamos fazer por honrar esta posição. Para isso, temos de trabalhar ainda mais”, referiu Miguel Coelho no final do encontro.
A última jornada prévia aos play-offs leva o SC Braga ao Dragão Arena (domingo, 18h00, Porto Canal/FC Porto TV).
FICHA DE JOGO
FC PORTO-FIÃES, 3-1
Liga Solverde, 2.ª fase, 13.ª jornada
9 de março de 2024
Dragão Arena
Árbitros: Nuno Teixeira e Hugo Oliveira
FC PORTO: Joana Resende e Beatriz Moreira (líberos); Aline Delsin, Kim Robitaille, Lauren Matthews, Lauren Page, Janaína Vieira, Victória Pinto, Taylor Sandbothe, Gabi Coelho, Maria Reis Lopes, Bruna Guedes, Ana Rui Monteiro e Kyra Holt
Treinador: Miguel Coelho
FIÃES: Mafalda Morais e Mariana Soares (líberos); Ana Raquel Silva, Diana Rocha, Bárbara Pauseiro, Luciana Bezerra, Nilda Matuca, Leslie Tagle, Claudia Guevara, Mimosa Faria e Nydia Saavedra
Rodrigo Mora deu o triunfo ao FC Porto B na receção ao Vilaverdense (2-1).
É dito muitas vezes que o futebol é um desporto de “rodriguinhos”. A verdade é que foram dois Rodrigos que deram mais três pontos ao FC Porto B frente ao Vilaverdense (2-1). Rodrigo Pinheiro inaugurou o marcador aos 25 minutos e Rodrigo Mora, seis minutos após ter saído do banco, fechou-o aos 79. Com este resultado, os azuis e brancos sobem ao 11.º lugar (33 pontos).
Os bês portistas entraram com os olhos na baliza adversário e Anha Candé, ao segundo poste e em resposta a cruzamento exímio de Martim Fernandes à direita, levou a bola a passar a centímetros da trave de Rogério (5m).
Acutilantes no ataque, os azuis e brancos acabaram por chegar à vantagem numa jogada de excelência. Aos 25 minutos, João Mendes recebeu à direita, tocou para Gui Guedes, que encontrou Vasco Sousa numa posição mais central. Com toda a classe que lhe é caraterística, o médio isolou de primeira Rodrigo Pinheiro, que só teve de encostar.
A reação do Vilaverdense não tardou, mas foi Anha Candé que teve uma nova oportunidade soberana para aumentar a distância dos da Invicta no marcador. Aos 42 minutos, no entanto, o camisola 95 acertou no poste e ficou de mãos no rosto. Mantinha-se, assim, a margem mínima no regresso aos balneários.
João Mendes foi o protagonista da primeira oportunidade de perigo da etapa complementar. Aos 48 minutos, o lateral rematou cruzado e a bola rasou o poste mais distante.
Aos 53 minutos, Anhá Candé marcou mesmo num lance que ficou marcado por uma falha clara da equipa de arbitragem. O avançado desmarcou-se pela direita, aproveitou um ressalto e colocou a bola no fundo das redes adversárias, as imagens disponibilizadas indiciaram que não havia posição irregular, o árbitro assinalou fora de jogo, seguiu-se uma longa hesitação devido a uma avaria do VAR na Cidade do Futebol e Sérgio Guelho manteve a decisão inicial.
A longa paragem mexeu com a equipa de António Folha, que em vez de ver o merecido 2-0 no marcador, acabou por sofrer o golo do empate aos 65 minutos. Zé Pedro derrubou Caiado dentro da área e, na marca dos onze metros, André Soares conseguiu ultrapassar Diogo Fernandes apesar de o guarda-redes ter acertado no lado para onde a bola foi rematada (1-1).
A inspiração estava toda no banco. Lançado aos 73 minutos, o pequeno Rodrigo Mora agigantou-se entre os centrais aos 79 e respondeu ao cruzamento excelente de João Mendes com um cabeceamento certeiro que deu nova vantagem ao FC Porto B. Já em tempo de compensação, Rodrigo Pinheiro isolou-se e assistiu Abraham Marcus para o 3-1, mas o autor do primeiro golo da tarde estava em posição irregular e o golo foi anulado.
“Podíamos ter resolvido na primeira parte, não conseguimos e tornou-se muito difícil. Sabíamos que ia ser difícil, o Vilaverdense tem feito um trabalho fantástico. Tem criado problemas aos adversários todas as semanas. Tínhamos de estar alerta, muito focados para não haver surpresas. Não houve, mais três pontos na nossa caminhada numa liga muito difícil. Há que dar parabéns ao jogadores porque foram capazes de lutar à Porto. Quando os ingredientes todos estão lá, o resultado que queremos fica mais perto. Temos feito um trabalho fantástico, a equipa tem sido consistente, tem-se batido bem no campeonato. Temos de estar focados no que queremos, trabalhar sob aquilo em que acreditamos e dar oportunidades a jovens. Mais abaixo ou mais acima, o mais importante é dignificarem o emblema e terem a oportunidade de ganhar jogos”, afirmou António Folha
Segue-se uma curta deslocação a Santa Maria da Feira para um duelo com o Feirense (sábado, 11h00, Sport TV1) na 26.ª jornada da segunda liga.
FICHA DE JOGO
FC PORTO B-LÄNK VILAVERDENSE, 2-1
Liga Portugal 2, 23.ª jornada
24 de fevereiro de 2024
CTFD PortoGaia, no Olival
Árbitro: Sérgio Guelho
Assistentes: Rodrigo Roque e Renato Carvalho
Quarto árbitro: Fábio Silva
FC PORTO B: Diogo Fernandes; Martim Fernandes, Zé Pedro (cap.), Gabriel Brás, João Mendes, Rodrigo Pinheiro, Bernardo Folha, Rodrigo Fernandes, Gui Guedes, Vasco Sousa e Anhá Candé
Substituições: Anhá Candé por Wendel Silva (66m), Gui Guedes por Abraham Marcus (72m), Vasco Sousa por Braima Sambú (73m), Rodrigo Fernandes por Rodrigo Mora (73m)
Não utilizados: Francisco Meixedo, Romain Correia, Gonçalo Sousa, Rui Monteiro e Adramane Cassamá
Treinador: António Folha
LÄNK VILAVERDENSE: Rogério; Batista, Laércio, Carlos Freitas, Maviram, Lénio, Caiado, Sherwin, André Soares (cap.), Ericson e Gonçalo Teixeira
Substituições: Sherwin por Bruno Silva (26m), André Soares por Boubacar (73m), Caiado por Rohun (87m), Ericson por Ansu Fati (87m) e Maviram por Armando (87m)
Não utilizados: Carlos Paulo, Momo Sacko, Bakary Konaté e Jude
Treinador: Sérgio Machado
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Rodrigo Pinheiro (25m), André Soares (65m) e Rodrigo Mora (79m)