05/07/23
F.C. do Porto Aquisições - O avançado espanhol, Fran Navarro, que nas duas épocas que disputou até ao momento em Portugal marcou um total de 37 golos, assinou um vínculo válido por cinco anos, até 2028.
Avançado espanhol marcou 21 golos em 2022/23.
Fran Navarro é o primeiro reforço do FC Porto para 2023/24. O avançado espanhol, que nas duas épocas que disputou até ao momento em Portugal marcou um total de 37 golos, assinou um vínculo válido por cinco anos, até 2028.
Natural de Pinedo, nos arredores de Valência, foi como “Che” que fez toda a sua formação e ganhou o apelido de “Touro” pela coragem e entrega em campo. Em 2014/2015, começou a dar nas vistas, integrou a convocatória da seleção espanhola para o Europeu de Sub-17 - foi também internacional nos escalões de Sub-16, Sub-18, Sub-19 e Sub-20 - e fez o primeiro par de jogos pelos bês dos valencianistas. A partir daí, foi presença assídua na equipa secundária do clube do sudeste de Espanha, pela qual cumpriu mais quatro temporadas até ser emprestado.
O mais recente Dragão voou para a Bélgica e, apesar de a primeira aventura internacional ter durado apenas meio ano, apurou-lhe o faro de golo. De volta a casa, apontou 11 golos em 22 jogos até ao término dessa época e chamou à atenção do Gil Vicente. Mudou-se para Portugal em 2021 e, logo no ano de estreia, estabeleceu um novo recorde de golos em Barcelos: nunca um jogador havia feito tantos remates certeiros (16) pelos galos numa edição do campeonato. Esse recorde, quando faturou pela 13.ª vez, foi estabelecido com o FC Porto como adversário no Estádio do Dragão e mais tarde superado, mas não foi o único que o atleta de 25 anos bateu. A veia prolífica garantiu-lhe também o estatuto de espanhol com mais golos na liga portuguesa.
Já sem o fator-surpresa em 2022/23, Navarro estreou-se com dois golos na Liga Conferência e foi eleito o melhor avançado do campeonato em dezembro, janeiro e fevereiro. Após 21 golos e três assistências em 43 jogos, concretiza-se agora o sonho de chegar a um novo patamar.
Nas primeiras palavras de Dragão ao peito, o mais recente reforço azul e branco afirmou sempre ter tido “o sonho de jogar numa equipa tão grande e entusiasmante como o FC Porto” e sublinhou que quer “aproveitar as oportunidades e ter muito bons números aqui”. Aos adeptos, que considera “impressionantes”, disse esperar partilhar com eles “muitas coisas positivas”. Jorge Nuno Pinto da Costa elogiou o jogador que chegou “por vontade do mister, como é óbvio”, garantiu que todos no clube vão “fazer de tudo para que seja feliz” e deixou ainda o seu reconhecimento a Francisco Dias, presidente do Gil Vicente, que é um dos “senhores de palavra” que “rareiam, não só no futebol como fora”.
Jorge Nuno Pinto da Costa
“É um jogador em que nós acreditamos e acaba de firmar contrato por vontade do nosso mister, como é óbvio. Não contratamos jogadores que ele não aprecie. Temos muita confiança e esperança nele. Será mais um Dragão disposto a lutar, a dar tudo pelo FC Porto e nós a fazer de tudo para que seja feliz aqui no clube. Agora que o negócio está concretizado, quero deixar uma referência especial: o que estamos aqui a viver só está a ser possível porque no futebol ainda há grandes senhores de palavra. O presidente do Gil Vicente, Francisco Dias, é um desses homens que rareiam, não só no futebol como fora do futebol. Aqui não dizemos o que se vai seguir, só apresentamos o que está feito. Falava-se do Fran há meses, só agora que foi concretizado falámos disso e oficializámos. Estamos muito satisfeitos, espero que ele se possa sentir feliz aqui e que possa festejar muitas coisas connosco neste estádio.”
Fran Navarro
“Para mim, é um dia especial. Sempre tive o sonho de jogar numa equipa tão grande e entusiasmante como o FC Porto. Agradeço ao presidente e a todos os que tornaram isto possível. Quando cheguei a Portugal, caí de pé, melhorei o meu jogo pouco a pouco e agora espero aproveitar as oportunidades e ter muito bons números aqui. Todos os avançados têm muita qualidade e espero que, com muito trabalho e com a minha forma de jogar, possa ajudar a equipa o máximo possível. Quero dizer aos adeptos que, desde que entrei aqui pela primeira vez com o Gil Vicente, os considero impressionantes e espero que vivamos muitas coisas positivas este ano.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20230705-pt-fran-navarro-e-dragao-ate-2028
Ambiente e Meteorologia - Pelo segundo dia consecutivo, a Terra registou o dia mais quente desde pelo menos 1979: a temperatura média global atingiu, na passada terça-feira, os 17,18 graus Celsius, depois de na véspera ter atingido os 17,01 graus Celsius, um número superior ao recorde de agosto de 2016, de 16,92°C, segundo dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos.
Pelo segundo dia consecutivo, a Terra registou o dia mais quente desde pelo menos 1979: a temperatura média global atingiu, na passada terça-feira, os 17,18 graus Celsius, depois de na véspera ter atingido os 17,01 graus Celsius, um número superior ao recorde de agosto de 2016, de 16,92°C, segundo dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos.
De acordo com a publicação americana ‘Washington Post’, há cientistas que sustentaram que esta terça-feira terá sido um dos dias mais quentes da Terra em cerca de 125 mil anos, devido a uma perigosa combinação de mudanças climáticas, o regresso de fenómeno climático El Niño e o início do verão no hemisfério norte.
A temperatura média global foi calculada através de um modelo que utilizou dados de estações meteorológicas, navios, boias oceânicas e satélites, indicou Paulo Ceppi, cientista climático do Grantham Institute de Londres, um sistema utilizado desde 1979. “Esses dados dizem-nos que não era tão quente desde há pelo menos 125 mil anos, no interglacial anterior”, sustentou o especialista, referindo-se a um período incomum entre duas eras glaciares.» in https://executivedigest.sapo.pt/noticias/terra-regista-o-dia-mais-quente-de-sempre-pelo-segundo-dia-consecutivo-nao-ha-tanto-calor-nos-ultimos-125-mil-anos-indicam-cientistas/
#geografia #geologia #terra #metereologia #aquecimentoglobal
Amarante Literatura - No inicio do século XX, Teixeira de Pascoaes, encontra-se em grande atividade literária, o advogado recém formado monta banca com Carlos Babo em Amarante.
Escrevia: «Quem tem um coração é o Deus de um firmamento.»
Nesse mesmo ano, o Poeta veio advogar para Amarante. Abriu banca com Carlos Babo. Depressa arranjou uma boa clientela.
O povo procurava aquele jovem defensor dos caseiros rurais.
Em 1903, publicou um novo livro de versos: «Jesus e Pan», uma obra com preocupações filosóficas em que o Paganismo e o Cristianismo se confundem num mesmo credo... O Poeta é um visionário que, contudo, não se afasta da realidade. Vivia num íntimo deslumbramento e exaltação, «tocando o fundo das almas», «tocando o sonho e o nada.» E afirmava: «Sou, em futuro, o tempo que passou. Em mim, o antigo tempo, é nova idade.»
Foi neste mesmo ano 1903 que um rude golpe o atingiu cobrindo de dor e amargura toda a família - o suicídio do irmão António, em Coimbra.
Chocadíssimo com esta terrível tragédia, Pascoaes publicou, em 1904, o livro de versos magoados e inconformistas - «Para a Luz».
É um grito de dor e de revolta contra a injustiça.» in Fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos
04/07/23
F.C. do Porto Atletas Internacionais - Hélder Nunes regressa à Invicta e é reforço do hóquei em patins do FC Porto para as próximas quatro épocas, até 2027.
Hoquista ex-Barcelona assina até 2027 após ter representado o FC Porto entre 2012 e 2019.
Bom filho a casa torna: Hélder Nunes regressa à Invicta e é reforço do hóquei em patins do FC Porto para as próximas quatro épocas, até 2027. Com 29 anos feitos em fevereiro, o camisola 78 que foi uma das estrelas do Barcelona nas últimas temporadas vai voltar a defender as cores que o apaixonam - tal como havia feito entre 2012 e 2019.
Nesse período de excelentes memórias para todas as partes - que se iniciou quando foi contratado ao HC Braga ainda adolescente -, o defesa/médio sagrou-se três vezes Campeão Nacional, ergueu quatro Taças de Portugal e outras tantas Supertaças António Livramento.
Formado no Óquei da terra natal, o barcelense é hoje dono e um senhor de um currículo bem recheado. Foi Campeão do Mundo (2019) e da Europa (2016) de seleções, venceu três Taças das Nações e uma Golden Cup ao serviço da equipa das quinas, conquistou uma mão cheia de títulos internacionais nas camadas jovens e nove no Barcelona: três Ligas Espanholas, três catalãs, uma Taça do Rei e duas Supertaças. Agora, junta-se ao plantel Campeão Europeu.
Jorge Nuno Pinto da Costa
“Vejo este regresso com muita satisfação, porque a saída do Hélder tinha sido uma grande perda para nós mas na altura compreendemos a situação. Este regresso dá-se em boa altura, numa altura em que somos Campeões Europeus e em que vamos atacar novamente o título. Esperamos ter uma campanha muito boa. Naturalmente que será um grande reforço para a equipa, com a vantagem de já conhecer os colegas, e penso que a integração será fácil para todos. Não preciso de lhe dizer nada, ele já sabe o que eu quero. Quero que todos os nossos atletas se sintam felizes e ganhem títulos, porque o FC Porto tem um museu que tem de ser abastecido constantemente e, ao fim de 33 anos, este ano conseguimos a Taça dos Campeões, mas queremos revalidar o título e ele será muito importante nessa missão.”
Hélder Nunes
“É um momento especial na minha vida, um regresso ao clube do coração, que eu amo e que representei com mais orgulho. Só penso em ganhar títulos, em ser feliz a jogar e que os adeptos disfrutem comigo. (A presença de Pinto da Costa) é mais um motivo de orgulho e mais um marco na minha carreira. Não é só vir para o FC Porto, é ser portista e ter direito a estes momentos torna tudo mais especial. Sou o mesmo jogador, espero que melhor dentro da pista, mas fora dela continuo igual. O importante mesmo é lá dentro, treinar todos os dias ao máximo com os meus colegas para podermos ganhar títulos. Como o presidente disse, o museu já é bonito mas com mais troféus ainda melhor ficará. Esse é o nosso objetivo: ganhar, dar títulos ao clube, aos adeptos e às nossas famílias. Vou fazer parte de um grupo ganhador que já não tem nada a provar e serei mais um a ajudar e a fazer todos os possíveis para termos épocas bastantes positivas.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20230704-pt-helder-nunes-de-volta-a-casa
F.C. do Porto Atletas Internacionais - Marco Silva é o mais recente jovem atleta do FC Porto a rubricar vínculo de formação com o clube.
Central de 14 anos participou em 22 jogos e marcou 5 golos na última época.
Marco Silva é o mais recente jovem atleta do FC Porto a rubricar vínculo de formação com o clube. Oriundo da Dragon Force - depois de ter iniciado a carreira no ARD Macieira, de Lousada, antes de seguir para o FC Penafiel - defesa central realizou 22 partidas e assinou uma mão cheia de golos na temporada em que completou 14 anos.
Grato pela aposta
“É um dia inesquecível para mim, de muito orgulho. Quero agradecer ao FC Porto pelo voto de confiança. Sonho chegar à equipa principal e jogar neste estádio maravilhoso.”
Resumo de um curta carreira
“Comecei a jogar num clube da minha terra, ainda na brincadeira. Viram que eu tinha qualidade e chamaram-me para o Macieira, onde estive dois anos até ir para o Penafiel. Quando estava lá o FC Porto chamou-me e estou cá desde então.”
De olhos postos numa dupla experiente
“Foi difícil habituar-me à velocidade a que se joga aqui, estava habituado a um ritmo mais baixo. O Pepe e o Marcano são as minhas referências. O Pepe pela confiança que dá às equipas e o Marcano porque é muito bom no jogo aéreo.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20230704-pt-marco-silva-assina-contrato-de-formacao
F.C. do Porto Desporto Adaptado - FC Porto terminou no segundo posto do Open Internacional de Natación Inclusiva Comunidad de Madrid.
FC Porto terminou no segundo posto do Open Internacional de Natación Inclusiva Comunidad de Madrid.
A equipa de natação adaptada do FC Porto subiu ao degrau intermédio do pódio no Open Internacional de Natación Inclusiva Comunidad de Madrid. Representados por apenas seis atletas na competição que juntou 18 clubes, os Dragões somaram 3.049 pontos e encerraram a participação em segundo lugar.
Os principais destaques individuais foram as três medalhas conseguidas por Bruno Reis na classe S8 (1.º nos 400 metros livres, 2.º nos 200m livres e 3.º nos 50m costas) e o bronze de Luís Nascimento na prova de 100m costas da classe S5.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20230703-pt-natacao-adaptada-no-podio-internacional
03/07/23
Escola Secundária de Amarante - Oferta dos Cursos Profissionais para o ano letivo de 2023/2024!
Plantas - Em Abrantes, há uma com mais de mil anos à espera de padrinho ou madrinha.
Nove anos depois de nascer em Teruel, Espanha, o projeto “Apadrina un olivo” nasce agora em território português, com o mesmo objetivo: recuperar oliveiras centenárias e milenares, através de um programa de apadrinhamento, e criar postos de trabalho, evitando o êxodo rural. Em Abrantes, há uma com mais de mil anos à espera de padrinho ou madrinha. Mas há outras 10 mil abandonadas e que precisam de ser salvas, divulgou a organização deste projeto em comunicado.
Segundo a mesma fonte, Conecta é o nome da oliveira milenar portuguesa (a idade é estimada em mais de mil anos) com um diâmetro de cerca de 5 metros na sua base e que se encontra abandonada, em Abrantes, à espera de um padrinho ou madrinha.
O projeto “Apadrinha uma Oliveira” surge agora na região, inspirado na versão espanhola que já deu nova vida a mais de 15 mil árvores desta espécie no país vizinho. O objetivo é simples: recuperar 10 mil oliveiras numa área de 200 hectares da região de Abrantes.
Como? Através de um programa de apadrinhamento, com um custo de 60 euros anuais. O padrinho ou madrinha pode acompanhar o desenvolvimento da oliveira à distância (através de fotografias) ou de perto (visitando a árvore no local) e recebe em casa 2 litros de azeite produzidos pela própria árvore. O nome desta árvore (Conecta), em particular, simboliza a ligação do meio rural aos grandes centros urbanos – uma meta que o projeto pretende alcançar brevemente.» in https://greensavers.sapo.pt/em-abrantes-ha-uma-oliveira-abandonada-com-mais-de-mil-anos-a-espera-de-ser-apadrinhada/
02/07/23
Arte Azulejo - Existe um projeto que defende inventariação de património azulejar e mapa nacional do azulejo.
Furtos de azulejos diminuíram 84% no país desde 2007. E há um projeto que defende inventariação de património azulejar e mapa nacional do azulejo.
A diminuição de 84% dos furtos de azulejos é um dos resultados do trabalho do Projeto SOS Azulejo, lançado em 2007 pelo Museu da Polícia Judiciária e que continua ativo na promoção da salvaguarda do património azulejar do país.
Este é um dos resultados quantificáveis do projeto, segundo o relatório de 2022, mas as perdas dos azulejos históricos e artístico do país são “incalculáveis” e “muito mais vastas na sua forma legal”, alertou a coordenadora do SOS Azulejo, Leonor Sá, em entrevista à agência Lusa.
“Quando as pessoas pensam em delapidação azulejar lembram-se mais dos furtos, mas estou convencida que se pudéssemos fazer uma análise quantitativa e comparativa, as perdas mais substanciais foram as realizadas por via legal do que por meio ilegal”, avaliou.
O azulejo tem 500 anos de produção nacional e ganhou tradição em Portugal na arquitetura, revestindo inúmeras igrejas e palácios nobres, outros edifícios da paisagem urbana do país e nas artes decorativas.
“Os portugueses sempre viveram rodeados de azulejos e não lhes conferiram a importância que têm. Quando os estrangeiros chegam a Portugal ficam absolutamente deslumbrados e assombrados. É um património que não existe na mesma expressão em qualquer outro país”, sublinhou a mentora do projeto, lamentando a atitude negativa de “banalização deste património”.
A arte da azulejaria criou raízes na Península Ibérica trazida pelos árabes, que produziram mosaicos para ornamentar as paredes de palácios e outras habitações. A técnica foi adotada pelos artesãos, que conceberam padrões ao gosto local.
No virar do século XX para o século XXI, e sobretudo a partir dos anos 1980, este património azulejar foi alvo de demolições e remoções um pouco por todo o país.
“Estas perdas eram muito frequentes, e ninguém falava no assunto. Não havia sensibilização. Era um não-tema, uma matéria que não era abordada ou debatida, nem na sociedade civil, nem na academia, ou entre especialistas”, disse à Lusa a conservadora do Museu de Polícia Judiciária (PJ) - Instituto de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, em Lisboa.
Foi neste contexto que surgiu o SOS Azulejo, um projeto que procurou ir além da responsabilidade do trabalho das brigadas de obras de arte da PJ - com a missão de investigar os furtos nesta área – para desenvolver a vertente da prevenção criminal e promoção da salvaguarda deste património.
Leonor Sá recordou que, desde que o projeto começou, há 16 anos, até hoje, e sobretudo a seguir à aprovação, em 2017, de legislação no parlamento, “deu-se uma diminuição drástica das demolições e das remoções de azulejos, que passaram de frequentes para casos excecionais, mas que não é possível quantificar exatamente, porque não existem números”.
Antes de conseguir a aprovação de um conjunto de propostas na Assembleia da República, o projeto teve de percorrer um longo caminho que começou pela capital, onde apresentou, em 2011, propostas para incluir a proteção deste património no existente Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa (REMUEL).
“Propusemos duas medidas que interditaram a demolição de fachadas azulejadas e a remoção dos azulejos. Foi extremamente importante, porque os edifícios até então só eram possíveis de ser protegidos através de classificação, e tinham de ser especiais”, recordou Leonor Sá.
A entrada em vigor do novo REMUEL, em Lisboa, em 2013, fez com que o património azulejar passasse a ser visto como um todo, e todos os seus elementos tivessem de ser protegidos.
“Antes da entrada em vigor desse regulamento, as demolições eram praticamente semanais em Lisboa. Era um massacre”, lamentou a coordenadora do projeto, lembrando que este património azulejar “é absolutamente identitário da cultura portuguesa e nele se pode ler a História de Portugal”.
Um passo seguinte foi - através da parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), com 300 membros – sensibilizar as autarquias de todo o país para adotar o mesmo regulamento, mas, como “ao longo de três anos pouco ou nada aconteceu”, o SOS Azulejo preparou propostas para apresentar no parlamento a partir de 2015.
Dois anos mais tarde viu concretizado o objetivo da aprovação da lei 79/2017, que interdita a demolição das fachadas azulejadas e remoção de azulejos a nível nacional.
De acordo com a coordenadora do SOS Azulejo, “de um modo geral, e paulatinamente, os municípios têm estado a interiorizar esta sensibilidade, nova maneira de valorizar o património, e a cumprir a lei, mas ainda há uma ou outra exceção”.
“Esta legislação veio estancar a sangria de delapidação azulejar que tinha havido até 2017. No entanto, é preciso continuar a chamar a atenção dos municípios para este património”, reiterou, apontando que não é função do projeto fazer fiscalização, fora do âmbito das suas competências.
Inventário de património azulejar e mapa nacional do azulejo é o caminho?
A coordenadora do Projeto SOS Azulejo, Leonor Sá, defendeu a inventariação do património azulejar em todo o país para reforçar o seu conhecimento e salvaguarda, ultrapassadas as décadas de destruição sistemática.
“Não podemos proteger aquilo que não sabemos exatamente que temos. É mesmo a medida mais básica, inventariar o património”, sublinhou a responsável, em entrevista à agência Lusa, a propósito de um balanço de 16 anos de atividade do projeto criado pelo Museu de Polícia Judiciária (PJ) - Instituto de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, em Lisboa.
A iniciativa nasceu oficialmente em 2007, numa altura em que “a delapidação azulejar era dramática”, mas que se reduziu substancialmente desde essa altura, nos furtos e, sobretudo desde a aprovação da lei 79/2017, que interditou a demolição das fachadas azulejadas e remoção de azulejos históricos e artísticos a nível nacional.
Foram as propostas apresentadas pelo Projeto SOS Azulejo a partir de 2015, na Assembleia da República, que levaram ao debate de uma questão que até então estava totalmente fora do debate público e até académico, segundo Leonor Sá.
Considerado um caso único a nível mundial devido às suas características particulares e variadas, o azulejo tem 500 anos de produção nacional e ganhou tradição em Portugal na arquitetura, revestindo inúmeras igrejas e palácios nobres, entre outros edifícios da paisagem urbana do país.
Ultrapassadas as décadas – sobretudo a partir dos anos 1980 – de furtos, demolições e remoção de dezenas de milhares de azulejos por todo o país, o projeto continua ativo e a chamar a atenção das autarquias, através dos seus parceiros, para a necessidade de preservação.
Uma das resoluções aprovadas no parlamento, em 2017, recomendou a proteção e valorização do património azulejar português através de várias medidas, entre elas a inventariação, “a medida basilar de qualquer intervenção de salvaguarda”.
A conservadora do Museu da Polícia Judiciária considerou que seria “muito interessante” fazer uma quantificação do património azulejar que existia e comparar com a situação atual, “para perceber o que se perdeu”.
“Temos vindo a tentar incentivar os municípios que não têm esses inventários a realizá-los. São muito poucos os que já os têm”, indicou a coordenadora do projeto à Lusa, sublinhando ainda a necessidade de que “sejam realizados com os mesmos critérios”.
O objetivo seria “unificar esses inventários municipais e criar um mapa nacional do azulejo, com muitas vantagens para a sua preservação e promoção, dentro do património cultural do país”.
Embora considere que “o património azulejar português continua em risco parcial”, Leonor Sá fez um balanço positivo dos resultados alcançados, com a redução progressiva dos furtos de azulejos históricos e artísticos, e as já raras demolições que violam a lei em vigor.
“Resiliência, é um dos segredos. É ficar contente com cada centímetro que se consegue avançar e ganhar ânimo para conquistas futuras”, comentou, sobre uma iniciativa que surgiu na esteira de outros projetos anteriores dedicados à proteção de património de museus e igrejas do país pela PJ.
Apesar de o arranque do projeto se ter dado em 2007, o processo de obtenção de parcerias começou seis anos antes, e atualmente são oito as entidades envolvidas: a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), universidades de Lisboa e de Aveiro, Politécnico de Tomar, PSP e GNR.
Em 2013, o Projeto SOS Azulejo foi distinguido com um Prémio da União Europeia para o Património Cultural - Europa Nostra, dedicados ao património cultural europeu.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ja-quase-nao-se-rouba-azulejos-em-portugal
#portugal #arte #azulejaria #mapanacional #museunacionaldoazulejo
F.C. do Porto Desporto Adaptado - Em Vilnius, na Lituânia, o FC Porto arrecadou o sexto lugar na fase final da Liga dos Campeões.
Foi a primeira participação dos portistas na competição.
Em Vilnius, na Lituânia, o FC Porto arrecadou o sexto lugar na fase final da Liga dos Campeões. A completar a primeira participação na prova, os azuis e brancos não arrancaram da melhor forma na fase de grupos, com uma derrota por 10-3 frente aos alemães do Chemnitzer, mas redimiram-se com um empate frente ao anfitrião e bicampeão europeu Saltinis (8-8) e uma vitória expressiva diante dos finlandeses do Näpäjä (9-3).
Nos quartos de final, os portistas foram ultrapassados pelos finlandeses do Old Power (9-6) e foram encaminhadas para a disputa do quinto ao oitavo lugar. Nesse patamar, após um triunfo frente aos montenegrinos do Niksic (12-11), encerraram a campanha com um desaire diante dos polacos do Groundhogs (12-5).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20230701-pt-fc-porto-termina-liga-dos-campeoes-de-goalball-em-sexto-lugar