20/04/19

Amarante Literatura - António Patrício vinha passar férias a casa de Francisco Cardoso, tio do pintor Amadeo Sousa Cardoso, em Manhufe, Amarante, e vinha muitas vezes jantar a Pascoaes.



«Amarante, Gatão, Casa de Pascoaes

António Patrício vinha passar férias a casa de Francisco Cardoso, tio do pintor Amadeo Sousa Cardoso, em Manhufe, Amarante, e vinha muitas vezes jantar a Pascoaes. 

O pintor também aparecia, montando o seu cavalo alazão. 

Tinham conversas infindáveis.» in Fotobiografia "Na Sombra de Pa
scoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos.

«António Patrício – O que é viver?
10/07/2018  |  Nenhum comentário  |  António Patrício

Viver é só sentir como a 
Morte caminha 
E como a Vida a quer e como a 
Vida a chama… 
Viver, minha princesa pobrezinha, 
É esta morte triste de quem ama… 
Viver é ter ainda uma quimera erguida 
Ou um sonho febril a soluçar de rastos; 
É beijar toda a dor humana, toda a Vida, […]» in https://www.tudoepoema.com.br/category/antonio-patricio/


F.C. do Porto Ciclismo - A W52-FC Porto continua em bom nível na estreia em provas World Tour e Edgar Pinto é oitavo na geral individual.



«EDGAR PINTO E RAFAEL REIS NO TOP-20 DA 4.ª ETAPA DA VOLTA À TURQUIA
19 DE ABRIL DE 2019 14:10

A W52-FC Porto continua em bom nível na estreia em provas World Tour e Edgar Pinto é oitavo na geral individual.

Edgar Pinto (16.º) e Rafael Reis (19.º) terminaram no top-20 a 4.ª etapa da Volta à Turquia, a mais longa de toda a prova: 194,3 quilómetros ligaram Balikesir a Bursa. Os dois Dragões cumpriram a distância em 5h21m38s e integraram uma chegada ao sprint, na qual o australiano Caleb Ewan (Lotto Soudal) foi o mais rápido.

Ricardo Mestre (23.º), Samuel Caldeira (36.º), Raúl Alarcón (51.º), José Ferreira (73.º) e Gustavo Veloso (110.º) foram os outros ciclistas da W52-FC Porto na estrada em mais um dia de prova. Estas são as posições dos Dragões na geral individual, na qual Edgar Pinto (8.º) é o único no top-10: Ricardo Mestre (21.º), Rafael Reis (30.º), Raúl Alarcón (35.º), Samuel Caldeira (55.º), José Ferreira (87.º) e Gustavo Veloso (104.º).

Na geral por equipas, a W52-FC Porto segue na quinta posição. Este sábado corre-se a 5.ª etapa da Volta à Turquia, entre Bursa e Kartepe (164,1 quilómetros).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190419-pt-edgar-pinto-e-rafael-reis-no-top-20-da-4-a-etapa-da-volta-a-turquia


Ciclismo: Volta à Turquia - (4.ª etapa, 19/04/19)


(Diretor do Galatasaray impressionado com a W52-FC Porto)

19/04/19

Amarante Música - O rapper brasileiro Criolo e o músico do Mali Salif Keita são as primeiras confirmações da quarta edição do MIMO Festival Amarante.



«Criolo e Salif Keita no MIMO Festival Amarante 2019

O rapper brasileiro Criolo e o músico do Mali Salif Keita são as primeiras confirmações da quarta edição do MIMO Festival Amarante. O festival regressa às margens do rio Tâmega nos dias 26, 27 e 28 de julho.

Segundo a organização do festival, Criolo foi um dos nomes mais pedidos pelo público, através das plataformas digitais, e foi agora confirmada a sua presença com estatuto de cabeça-de-cartaz da quarta edição do MIMO.

O brasileiro leva assim ao palco do festival de Amarante a digressão "Boca de Lobo", onde reflete sobre o momento que o Brasil atravessa procurando transformar o rancor, o ódio e as energias negativas em combustível para ajudar a levar o seu país para um bom caminho.

Em palco, Criolo faz uma espécie de retrospetiva da carreira, onde a crítica social e política se mistura com a abrangência da sua sonoridade. Às músicas novas, "Boca de Lobo" e "Etérea", o músico de São Paulo junta temas de todos os discos. Um concerto híbrido electro-orgânico composto pelos produtores e multi-intrumentistas Bruno Buarque e Dudinha, além dos eternos parceiros Daniel Ganjaman e Dan Dan.

Já Salif Keita vai ao MIMO Festival Amarante com aquele que foi anunciado como o último disco da sua carreira, "An Autre Blanc", e do qual faz parte"Syrie". O concerto está integrado na digressão de despedida do músico do Mali que conta já com 50 anos de carreira. Depois de uma vida atribulada devida à sua diferença, ser albino em África, o músico celebra a sua realidade e convida o mundo a celebrar a diferença com ele.

Considerado a voz de ouro de África, o patriarca e embaixador da música africana dedica "An Autre Blanc" à luta pelos direitos humanos dos albinos no continente africano. Com quase 70 anos, Salif Keita tem uma carreira a solo premiada, integrou vários grupos e colaborou com Joe Zawinul, Steve Hillage, Jean-Philippe Rykiel, Carlos Santana, Cesária Evora, Wayne Shorter, Ibrahim Maalouf e Esperanza Spalding.

A organização do MIMO promete "em breve mais novidades" da programação deste festival multidisciplinar inteiramente gratuito que decorre em locais nobres e históricos da cidade de Amarante.» in https://www.jn.pt/artes/interior/criolo-e-salif-keita-no-mimo-festival-amarante-2019-10810610.html


Criolo - "Subirusdoistiozin" - (Videoclipe Oficial)


Salif Keita - "Madan" - (Original)



"Subirusdoistiozin
Criolo

(É tem uns menino bom novo hoje ai na rua,
pra lá e pra cá, que corre pelo certo...
Mas, ah, tem uns também que eu vo te falar viu...
Só por Deus viu, Ave Maria)

Mandei falar pra não arrastar,
Não botaram fé subirusdoistiozin,
O bagulho é louco o sol tá de rachar,
Vários de campana aqui na do campin.

Má quem quer preta, má quem quer branca,
Todo azulé requer seu rejuntin,
Pleno domingão flango ou macalão,
Se o negocio é bão se fica chineizin.

Licença aqui patrão, aqui é a lei do cão,
Quem sorri pra ti, quer ver tu cair,
É justo é Deus, o homem não,
Ouse em me julgar tente a sorte fih.

Para papa ,para papa , para papa rapa papa (4x)

Só a função no 12, na garagem um Golf,
Bonitão na praia de hornet fih,
Tudo isso tem e o apetite vai,
Pra bater de front e o babylon cair.

As criança daqui, tão de Hk,
Leva no sarau e salva essa alma ai,
Os perreco vem, os perreco vão,
As vadia quer, mas nunca vão subir.

Licença aqui patrão, eu cresci no mundão,
onde o filho chora, e a mãe não vê,
E covarde são quem tem tudo de bom,
E fornece o mau, pra favela morrer.

Uns acham que são, mas nunca vão ser,
feio é arrastar e nem perceber

(Para papa, para papa , para papa papa rapa papa (4x)

Só a função no 12, na garagem um Golf,
bonitão na praia de hornet fih,
Tudo isso tem e o apetite vai,
Pra bater de front e o babylon cair.

As criança daqui, tão de Hk,
Leva no sarau e salva essa alma ai,
Os perreco vem, os perreco vão,
As vadia quer, mas nunca vão subir.

Licença aqui patrão, eu cresci no mundão,
onde o filho chora, e a mãe não vê,
E covarde são quem tem tudo de bom,
E fornece o mau, pra favela morrer.

(Acostumado com sucrilhos no prato, né moleque?)
(Enquanto o colarinho branco dá o golpe no estado)"

História de Portugal - Astrolábio de expedição de Vasco da Gama entra para livro Guinness World Record como sendo o mais antigo do mundo.



«ASTROLÁBIO PORTUGUÊS, USADO NA EXPEDIÇÃO DE VASCO DA GAMA, É O MAIS ANTIGO DO MUNDO

Astrolábio de expedição de Vasco da Gama entra para livro Guinness World Record como sendo o mais antigo do mundo.

O instrumento de navegação foi descoberto há cinco anos ao largo de Omã, no local onde, supostamente, duas naus terão naufragado, em 1503. No entanto, só agora ficou provado que o astrolábio foi  fabricado entre 1496 e 1501. O instrumento de navegação foi utilizado pela armada portuguesa na segunda expedição de Vasco da Gama à Índia.

Aportadas perto da pequena ilha de Al Hallaniyah, a poucos quilómetros do litoral de Omã, na Península Arábica, as naus Esmeralda e São Pedro afundaram em 1503 após uma forte tempestade. O astrolábio, de 175 mm de diâmetro com 344 gramas, foi um dos artefactos mais importantes recuperados a partir dos destroços do Esmeralda.

Os astrolábios foram usados ​​pela primeira vez no mar numa viagem portuguesa pela costa oeste da África em 1481. Depois disso, foram utilizados para navegação durante as mais importantes explorações do final do século XV, incluindo aquelas lideradas por Bartolomeu Dias, Cristóvão Colombo e Vasco da Gama. São considerados os mais raros e mais apreciados artefactos que podem ser encontrados em antigos naufrágios.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/noticias-viajar/artigos/astrolabio-portugues-usado-na-expedicao-de-vasco-da-gama-e-o-mais-antigo-do-mundo


Cidade de Lisboa - A placa de mármore é considerada o sinal de trânsito mais antigo de Lisboa, e talvez do mundo.



«ESTE É O SINAL DE TRÂNSITO MAIS ANTIGO DE LISBOA. TEM MAIS DE 300 ANOS

Muito antes de surgirem os sinais luminosos e as regras de circulação, já D. Pedro II se preocupava com os problemas de trânsito entre as carroças, os coches e as liteiras. O rei mandou colocar 24 sinais de trânsito, mas apenas um sobreviveu até aos dias de hoje.

Na Rua do Salvador, em Alfama, há uma placa numa parede que pode passar despercebida, mas que tem grande importância histórica. A placa de mármore é considerada o sinal de trânsito mais antigo de Lisboa (e talvez do mundo).

Trata-se de uma placa de finais do século XVII, mandada colocar pelo Rei D. Pedro II, que diz o seguinte: “Ano de 1686. Sua Majestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte”. Ou seja, quem viesse de cima perdia a prioridade em relação a quem subisse. Com a rua estreita e numa época em que os conflitos acabavam muitas vezes em lutas e duelos esta foi a forma encontrada para evitar disputas de trânsito.

A movimentação da cidade era tanta que os problemas de trânsito multiplicavam-se, o que levou D. Pedro II a mandar colocar um total de 24 sinais reguladores do trânsito em Lisboa, nomeadamente em São Tomé, na Largo de Santa Luzia ou na Calçada de São Vicente. No entanto, só esta placa chegou aos nossos dias.

Os problemas de trânsito eram tantos, que a Coroa e o Senado criaram regras de trânsito - um equivalente ao Código de Estrada - com penalidades bastante duras para aqueles que as desrespeitassem. Os cocheiros, lacaios ou liteiros foram expressamente proibidos de usar adagas, bordões ou qualquer arma que pudesse ser utilizada numa discussão de trânsito.

Quem desobedecesse pagaria 2 mil cruzados de multa e corria o risco de ser exilado para o Brasil.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/viajar-portugal/artigos/este-e-o-sinal-de-transito-mais-antigo-de-lisboa-tem-mais-de-300-anos

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Mor Ndiaye renovou contrato com o FC Porto até 30 de junho de 2022.



«MOR NDIAYE RENOVA ATÉ 2022

Médio senegalês representa a equipa de Sub-19 do FC Porto.

Mor Ndiaye renovou contrato com o FC Porto até 30 de junho de 2022. O médio senegalês da equipa de Sub-19 dos Dragões fez a sua estreia a 5 de janeiro de 2019 e disputou 14 jogos pelos Juniores A até ao momento.

O jogador de 18 anos, nascido a 22 de novembro de 2000, contribuiu para o apuramento dos Sub-19 para a Final Four da UEFA Youth League, defrontando o Tottenham nos oitavos de final e o Midtjylland nos quartos de final. Mor Ndiaye marcou o primeiro golo do FC Porto na vitória frente à equipa dinamarquesa (3-0).

A renovação de contrato
“É muito importante renovar contrato com um grande clube como o FC Porto. Estou muito feliz pela confiança que o FC Porto está a depositar em mim.”

A adaptação e o futuro
“Ao início foi um pouco difícil, mas penso que isso é normal. Entretanto, adaptei-me à equipa, aos jogadores, treinadores, a tudo. Atualmente, já me sinto muito bem adaptado e vou continuar a trabalhar para ajudar a equipa.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190418-pt-mor-ndiaye-renova-ate-2022

18/04/19

Desporto Tauromaquia - Nascido num bairro de lata em Lourenço Marques, Chibanga encantou-se pela festa brava na adolescência e tornou-se o único negro da história da tauromaquia, deslumbrando aficionados como Dalí e Picasso.



«Ricardo Chibanga. Morreu o único matador de touros africano

Nascido num bairro de lata em Lourenço Marques, Chibanga encantou-se pela festa brava na adolescência e tornou-se o único negro da história da tauromaquia, deslumbrando aficionados como Dalí e Picasso.

É uma cruel ironia que um homem possa crescer voltado para a glória com que uma época recompensa certos feitos valorosos, e agigantar-se em direção a eles, para acabar, se não envergonhado, quase esquecido numa outra época, sujeito aos caprichos das novas vontades. Morreu Ricardo Chibanga, o único matador de touros africano. Tinha 76 anos e desapareceu na madrugada de terça-feira, na sua casa na Golegã. O toureiro que nasceu num bairro de lata, na antiga cidade de Lourenço Marques (atual Maputo), chegou a ser, na década de 70, um dos grandes vultos da festa brava, tendo deslumbrado em arenas por todo o mundo aficionados como Pablo Picasso, Salvador Dalí ou Orson Welles.

Com 18 anos, em 1962, o rapaz chegou a Portugal. Deixou Mafalala, o bairro indígena bem perto da praça de madeira onde, três vezes por ano, os grandes toureiros da Metrópole iam espalhar o assombro de uma das últimas manifestações artísticas que celebram o lado trágico da existência. Como Michel Leiris refere em Espelho da Tauromaquia, neste espetáculo, “todas as ações executadas são preparativos técnicos ou cerimoniais para a morte pública do herói, que não é outro senão esse semideus bestial, o touro”. Nas ruas onde cresceu, onde a maior parte dos putos assaltavam os descampados em eternas jogatanas em que se afinava o que viria a ser uma época de sonho para o futebol português - recorde-se que Eusébio, Coluna e Hilário vieram também de Mafalala -, Chibanga encantou-se pelas corridas de touros, os fatos de luces envergados pelos matadores. E contra a cegueira daqueles que pretendem reduzir esse formidável embate em que vida e morte trocam golpes e flores a um sinistro gozo com o sofrimento dos animais, nada como recordar a exaltação desta arte nas palavras de João Cabral, no poema “Lembrando Manolete”: “Tourear, ou viver como expor-se;/ expor a vida à louca foice/ que se faz roçar pela faixa/ estreita de vida, ofertada/ ao touro; essa estreita cintura/ que é onde o matador a sua/ expõe ao touro, reduzindo/ todo o seu corpo ao que é seu cinto,/ e nesse cinto toda a vida/ que expõe ao touro, oferecida/ para que a rompa; com o frio/ ar de quem não está sobre um fio”. 

Na sequência de um acidente vascular cerebral, Chibanga esteve internado recentemente no hospital de Torres Novas, mas havia regressado à sua casa na vila que o acolheu há muito como a um “filho legítimo”, e que, no seu extremo norte, tem uma rua que lhe é dedicada: “Rua Ricardo Chibanga, Matador de Touros, Aluno da Escola de Toureio da Golegã, que tomou Alternativa na Real Maestranza de Sevilha, em 15 de Agosto de 1971” - lê-se na placa. Berço do cavalo lusitano na região do Ribatejo, a Golegã goza ainda da inclinação da memória, honrando figuras da festa brava como Manuel dos Santos. O matador de touros e empresário taurino que trouxe Chibanga para a vila tem a sua estátua erguida na praça principal, em frente ao Café Central, um dos lugares que o toureiro negro frequentou até ao fim dos seus dias.

Em miúdo, era o ar em volta da praça de touros que sopesava o aroma de um destino. Desde os 14 anos que a fome de algo mais o trazia espreitando pelas frinchas que iam bem mais fundo do que o espaço, atravessando a história daquele estranho espetáculo. Era uma época em que entusiasmava os miúdos fazerem-se escravos das suas paixões. E foi assim que ele e mais alguns ganharam autorização do homem que tomava conta da praça para “limpar o capim, montar as bancadas, correr os hotéis e as praias da Costa do Sol para distribuir panfletos aos turistas publicitando de novo as corridas”, como nos contava Ana Soromenho, em agosto de 2011, numa reportagem da revista do Expresso dedicada ao matador africano.

Nos nossos dias, o funil da cultura de massas levou a que até sonhar se tornasse chato. Os putos de todo o mundo ambicionam singrar pela via mais percorrida. À noite, quando dormem, as avenidas desse mesmo sonho logo acabam congestionadas e, por isso, ficam a milhas dos seus heróis. Veem-nos pela televisão, vislumbram-nos nos aeroportos, à entrada dos hotéis... Mas Chibanga conheceu os toureiros, juntou-se a eles no Café Marialva, na Baixa, onde os aficionados se juntavam. Aos 18 anos, e a trabalhar por temporadas na construção civil, o convite que Manuel dos Santos lhe fez a ele e ao amigo Carlos Mabumba para virem para Portugal não tinha porque ser recusado.

O talento de Chibanga nesse primeiros tempos era só vontade de ser toureiro. Contou a Ana Soromenho como, tendo chegado ao país numa quinta-feira, na sexta, ele e o amigo já eram levados para a Nazaré para se estrearem numa vacada. “Calçaram-nos umas sapatilhas, vestiram-nos umas calças de ganga e puseram-nos no meio das vacas. Eu não tinha a menor noção daquilo”. A escola foi sendo feita nesse treino de habituar-se ao medo, conhecer-lhe as manhas, dominá-lo. À jornalista do Expresso admitiu que, mesmo depois de ter enfrentado e matado dezenas de touros, chegava a ficar dias sem dormir, receando desiludir os aficionados que enchiam a praça para o ver. E nisto se percebe a grosseria de quem, sem buscar compreender o drama tauromáquico, o reduz a uma ênfase brutal. Falta ver como, nesse enfrentamento, o matador busca “a precisão doce de flor”, esse modo de “roçar a morte em sua fímbria”. Quem fecha os olhos e se horroriza prefere não ver essa vertigem desenhada numa geometria decimal, enquanto a emoção e o susto adquirem peso e medida.

Portugal estava bem para se ensaiar, mas Espanha teria de ser conquistada se queria inscrever o seu nome entre os grandes matadores. A primeira tourada de morte em que participou foi em 1968, em San Sebastián de los Reyes, nos arredores de Madrid, mas o dia mais feliz da sua vida foi a 15 de agosto de 1971. Nesse dia saiu da Golegã em direção a Sevilha e Ricardo Chibanga entrou na Real Maestranza, para a corrida que marcou a sua alternativa de matador de touros, tendo sido apadrinhado por António Bienvenida, com o testemunho de Rafael Torres. E como correu? “Triunfou. A praça encheu-se de lenços brancos, pedindo um troféu para o matador negro: uma orelha do touro. No final saiu em ombros”, conta-nos Ana Soromenho. E adianta: “Nessa noite houve um jantar de homenagem no Parque de Maria Luísa, com centenas de convidados, e, na manhã seguinte, Chibanga apressa-se a regressar a Lisboa porque tinha de apresentar-se, agora como profissional, na Praça do Campo Pequeno”.

Viu a morte tantas vezes que, esta terça-feira, ao deitar-se por fim com ela, já ela não tinha segredos para ele. Despiu-a tantas vezes, e deixou a sua figura gravada na memória do público, que o viu tantas vezes ajoelhar-se em frente do touro, nesse limite que causa repulsa a quem mede a vida em termos de sofrimento e conforto, refastelando-se com a decadência desta época, que viu a épica escoar-se pelo ralo.» in https://ionline.sapo.pt/654042


(Clássicos da Renascença - Ricardo Chibanga)

Vídeo:
https://www.msn.com/pt-pt/motor/videos/ricardo-chibanga-abre-as-portas-%C3%A0-rtp/vp-BBQv3iR

F.C. do Porto Ciclismo - Samuel Caldeira foi o melhor ciclista da W52-FC Porto na 3.ª etapa da Volta à Turquia, realizada esta quinta-feira, entre Çanakkale e Edremit, terminando na 19.ª posição.



«SAMUEL CALDEIRA FOI O MELHOR PORTISTA NA TERCEIRA ETAPA
18 DE ABRIL DE 2019 14:05

W52-FC Porto continua a disputar a Volta à Turquia.

Samuel Caldeira foi o melhor ciclista da W52-FC Porto na 3.ª etapa da Volta à Turquia, realizada esta quinta-feira, entre Çanakkale e Edremit, terminando na 19.ª posição. O algarvio cumpriu os 122,6 quilómetros em 2h50m12s, o mesmo tempo que o vencedor da etapa, Fabio Jakobsen (Deceuninck – Quick-Step), numa chegada ao sprint.

José Ferreira (37.º), Edgar Pinto (42.º), Ricardo Mestre (49.º), Rafael Reis (67.º), Raúl Alarcón (76.º) e Gustavo Veloso (80.º) foram os outros ciclistas da W52-FC Porto na estrada. Na geral individual, Edgar Pinto continua a ocupar o 8.º lugar, seguido por Ricardo Mestre (23.º), Rafael Reis (38.º), Raúl Alarcón (40.º), Samuel Caldeira (71.º), Gustavo Veloso (90.º) e José Ferreira (102.º).

Na geral por equipas, a W52-FC Porto continua a subir e segue agora na 5.ª posição. A 4.ª etapa realiza-se esta sexta-feira, entre Balikesir e Bursa, ao longo de 194,3 quilómetros).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190418-pt-samuel-caldeira-foi-o-melhor-portista-na-terceira-etapa


Ciclismo: Volta à Turquia - (3.ª etapa, 18704/2019)

Liga dos Campeões: F.C. do Porto 1 vs Liverpol 4 - Liverpool colocou um ponto final em mais uma grande campanha do FC Porto na Liga dos Campeões.



«NOITE INGLÓRIA NO DRAGÃO
17 DE ABRIL DE 2019 21:04

Liverpool colocou um ponto final em mais uma grande campanha do FC Porto na Liga dos Campeões.

O FC Porto terminou esta quarta-feira mais uma grande campanha na Liga dos Campeões, justificando os aplausos dos adeptos portistas no final de uma noite inglória no Estádio do Dragão. Com tremenda eficácia, o Liverpool garantiu mais um triunfo (1-4) e segue para as meias-finais da competição.

Na primeira parte, a equipa inglesa denotou enorme respeito pelo FC Porto, jogando com linhas recuadas e recorrendo a expedientes pouco usuais nos reds, como as constantes perdas de tempo do guarda-redes Alisson, desde o apito inicial.

O Liverpool procurou suster o ímpeto azul e branco, uma entrada forte que colocou os ingleses em sentido e entusiasmou os adeptos que lotaram o recinto. Assumindo a iniciativa de jogo e pressionando alto, os campeões nacionais provocaram inúmeros erros do adversário e ensaiaram várias aproximações à baliza contrária.

Nos primeiros 25 minutos, o FC Porto agigantou-se e merecia ter festejado o golo num dos 13 remates efetuados. A sorte nem sempre protege os audazes e caiu para o lado da formação orientada por Jurgen Klopp, que se colocou em vantagem na primeira vez em que chegou à área portista. O remate de Salah apanhou pelo caminho Sadio Mané e o senegalês atirou a contar. O lance começou por ser anulado por fora-de-jogo mas, após recurso em VAR, a decisão foi revertida.

Os campeões nacionais não se deixaram abater e continuaram a pressionar em busca de outro resultado. Em cima do intervalo, na sequência de um remate de Marega na área, a bola desviou no braço de Andy Robertson, sem que tenha sido assinado o respetivo castigo máximo.

Sérgio Conceição apostou em Soares para a etapa complementar (por troca com Otávio) e o avançado brasileiro cabeceou ao lado da baliza de Alisson ao minuto 56. Seria o Liverpool, porém, a marcar novamente, na sequência de um contra-ataque concluído por Mohamed Salah.

A arrepiante resposta dos adeptos portistas, em plena comunhão com a equipa, teve correspondência imediata. Éder Militão, um dos melhores em campo, finalizou de cabeça após canto cobrado por Alex Telles, reduzindo para 1-2 (69m). Acusando algum desgaste mental e físico, frente a um adversário mais clarividente na reta final do encontro, a equipa portista viria a sofrer dois golos que foram um castigo demasiado pesado para o FC Porto. Roberto Firmino (77m) e Virgil van Dijk (84m) fecharam as contas do jogo e da eliminatória.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190417-pt-noite-ingloria-no-dragao

F.C. do Porto Ciclismo - Edgar Pinto, que no primeiro dia ficou na 28.ª posição, conseguiu ser o 8.º ciclista mais rápido a cortar a meta da 2.ª etapa da Volta à Turquia.



«EDGAR PINTO FOI OITAVO NO SEGUNDO DIA DA VOLTA À TURQUIA
17 DE ABRIL DE 2019 14:58

O ciclista da W52-FC Porto terminou a 2.ª etapa, que ligou Tekirdağ a Eceabat, no top-10.

Edgar Pinto, que no primeiro dia ficou na 28.ª posição, conseguiu ser o 8.º ciclista mais rápido a cortar a meta da 2.ª etapa da Volta à Turquia. O ciclista de 33 anos, que representa a W52-FC Porto, percorreu os 183,3 quilómetros que ligam Tekirdağ a Eceabat, em 4h41m51s. O irlandês Sam Bennett (Bora-Hansgrohe) conseguiu manter a liderança da prova ao chegar três segundos antes do primeiro ciclista dos Dragões.

Os outros ciclistas da W52-FC Porto em prova neste segundo dia foram Ricardo Mestre (37.º), Samuel Caldeira (69.º), Gustavo Veloso (85.º), Rafael Reis (87.º), Raúl Alarcón (88.º) e José Ferreira (105.º). Estas são as posições dos Dragões na geral individual: Edgar Pinto (8.º), Ricardo Mestre (23.º), Rafael Reis (40.º), Raúl Alarcón (41.º), Samuel Caldeira (72.º), Gustavo Veloso (88.º) e José Ferreira (102.º).

Na geral por equipas, a W52-FC Porto subiu seis lugares na classificação e segue agora na 6ª posição. Esta quinta-feira corre-se a 3.ª etapa da Volta à Turquia, entre Çanakkale e Edremit (122,6 quilómetros).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190417-pt-edgar-pinto-foi-oitavo-no-segundo-dia-da-volta-a-turquia


Ciclismo: Volta à Turquia - (2.ª etapa, 17/04/2019)

17/04/19

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Soares foi eleito o Melhor Avançado da Liga NOS durante o mês de março, anunciou esta quarta-feira a Liga Portugal.




«SOARES ELEITO O MELHOR AVANÇADO DA LIGA EM MARÇO
17 DE ABRIL DE 2019 10:46

O 29 dos Dragões vai receber o prémio antes do FC Porto-Santa Clara, da 30.ª jornada do campeonato (sábado, 20h30).

Soares foi eleito o Melhor Avançado da Liga NOS durante o mês de março, anunciou esta quarta-feira a Liga Portugal.

O prémio será entregue aquando do FC Porto-Santa Clara, marcado para o próximo sábado (20h30), no Estádio do Dragão, a contar para a 30.ª jornada do campeonato.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190417-pt-soares-eleito-o-melhor-avancado-da-liga-em-marco


F.C. do Porto História - O Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa é a figura central da obra e, num depoimento exclusivo, irá revisitar os principais momentos da sua governação, mas também, antes disso, o tempo que viveu como dirigente e adepto, além daquilo que contam os livros de história.



«"125 EM AZUL": A HISTÓRIA DO FC PORTO CONTADA EM QUATRO EPISÓDIOS
16 DE ABRIL DE 2019 16:54

Grande produção do clube, com imagens inéditas e o Presidente como narrador.

Começa a ir para o ar na próxima terça-feira, no Porto Canal, o documentário “125 em azul”, uma grande produção do FC Porto que conta a história do clube ao longo de quatro episódios, exibidos semanalmente.

O Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa é a figura central da obra e, num depoimento exclusivo, irá revisitar os principais momentos da sua governação, mas também, antes disso, o tempo que viveu como dirigente e adepto, além daquilo que contam os livros de história.

Funciona, por isso, como cicerone para esta viagem histórica, que apresentará imagens inéditas e testemunhos revisitados de outras das figuras que fizeram e fazem a história do FC Porto.

O primeiro episódio será, então, transmitido no Porto Canal, no próximo dia 23 de abril, terça-feira, às 21h50, com Live, também, na App e Portal FC Porto. Com o nome “Pontapé de Saída” percorre os primeiros anos de vida do clube até chegar ao 25 de abril de 1974.

O período seguinte à revolução dos cravos, até à eleição de Jorge Nuno Pinto da Costa para a presidência, em 1982, será contado no segundo episódio (“E depois de abril”).

“Portugal, Europa, Mundo!” será o terceiro capítulo, incidindo no início do período de domínio do FC Porto a nível interno, a meio dos anos 80, passando pelas primeiras conquistas internacionais, em 1987, e terminando com o histórico Penta, às portas do século XXI.

O ciclo fecha-se com “À conquista do futuro”, que passa em retrospetiva a era José Mourinho, o segundo tetracampeonato e o terceiro tri, com a conquista da Liga Europa em Dublin pelo meio, até chegar aos dias de hoje.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190416-pt-125-em-azul-a-historia-do-fc-porto-contada-em-quatro-episodios


"125 EM AZUL"

F.C. do Porto Bilhar - A Sala Multiusos do Museu FC Porto inaugurou esta segunda-feira uma exposição temporária para comemorar os 70 anos de existência da Secção de Bilhar do FC Porto - a exposição “Bilhar”




«70 ANOS DE BILHAR NUMA EXPOSIÇÃO
15 DE ABRIL DE 2019 18:28

A Sala Multiusos do Museu FC Porto inaugurou esta segunda-feira uma exposição temporária para comemorar os 70 anos de existência da Secção de Bilhar do FC Porto
A exposição “Bilhar”, inaugurada esta segunda-feira no Museu FC Porto, reúne a história do clube nesta modalidade, percorre memórias e apresenta vários títulos nacionais e europeus conquistados pelos atletas do clube.

O presidente Jorge Nuno Pinto da Costa marcou presença na cerimónia de inauguração, bem como alguns nomes incontornáveis da modalidade, como é o caso do vice-presidente e responsável pela Secção de Bilhar do FC Porto, Alípio Jorge, e também vários atletas do clube.

A exposição temporária, de entrada livre, decorre na Sala Multiusos até ao próximo dia 14 de julho, entre as 10h00 e as 19h00, e é mais uma realização no âmbito da área temática 28.

Pinto da Costa
“Nestes 37 anos (de presidência), que completo dentro de dias, houve um crescimento notável do Bilhar tanto nacional como internacionalmente, tanto em resultados desportivos como, sobretudo, em termos organizativos. Hoje, reconhecidamente, o Futebol Clube do Porto é quem organiza melhor as provas da modalidade, daí a frequência com que ficamos encarregues de organizar a Taça do Mundo. Tudo isto está aqui representado, nesta exposição dos 70 anos da Secção de Bilhar e, eu fico muito feliz porque é uma modalidade que está em grande expansão, muita gente a pratica e muita gente gosta de ver as exibições dos nossos atletas. Portanto acho que é o concretizar de um trabalho muito bem feito pelo nosso Museu, que felicito por tudo o que realizou aqui”.

Alípio Jorge
“É nas pequenas coisas que, também, o Futebol Clube do Porto é grande e se afirma para além de tudo e de todos. Esta exposição é um exemplo fidedigno daquilo que acabo de afirmar, ou seja, o Bilhar contribui com o seu enorme prestígio, sobretudo internacional, para o engrandecimento da marca Futebol Clube do Porto e a prova está à vista de todos com esta exposição magnífica, feita por gente muito competente, que faz as coisas com amor, paixão, com gosto pelo clube e assim se faz uma obra desta natureza”.

Torbjörn Blomdhal
“É muito bom rever tudo isto. Estávamos ainda agora a ver um vídeo de quando vencemos a Taça da Europa no ano passado, são memórias muito especiais e emotivas. É muito bom fazer parte de tudo isto. Estou orgulhoso da equipa, do clube e de tudo o que tem sido feito para melhorar este desporto durante todos estes anos”.

Rui Manuel Costa
“A exposição está inacreditável, não estava à espera que estivesse tão completa. Foi realmente um trabalho fantástico de toda a equipa envolvida. É bom recordar títulos que são sonhos de 30 anos, de muita dedicação, como foi a conquista do Campeonato da Europa. Poder rever aqui esta conquista é indescritível. Toda a gente, sendo ou não adepto do clube, deve vir visitar esta exposição porque, está aqui representada uma história muito bonita da modalidade”.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20190415-pt-70-anos-de-bilhar-numa-exposicao

(70 anos de Bilhar numa exposição)


Amarante Barragem de Fridão - O presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar, congratulou-se hoje com a decisão do Governo de não construir a barragem de Fridão, no rio Tâmega, sublinhando que um eventual colapso submergiria a cidade "em 13 minutos".



«Autarca de Amarante congratula-se com a não construção da barragem

O presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar, congratulou-se hoje com a decisão do Governo de não construir a barragem de Fridão, no rio Tâmega, sublinhando que um eventual colapso submergiria a cidade "em 13 minutos".

"Estávamos a falar de uma parede com 97 metros de altura situada a oito quilómetros do centro de Amarante. Em caso de queda, e os acidentes acontecem, em 13 minutos teríamos a cidade submersa, incluindo o mosteiro de São Gonçalo", disse o autarca à Lusa.

O ministro do Ambiente anunciou hoje no parlamento que a barragem de Fridão, no rio Tâmega, não será construída e que "não há razões para a restituição de qualquer montante" à EDP.

João Pedro Matos Fernandes falava hoje na Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

"A decisão relativa à barragem do Fridão está tomada", disse o ministro, adiantando que o Ministério do Ambiente não encontra razão para construir nem para indemnizar a EDP.

Para o presidente da Câmara de Amarante, eleito pela coligação PSD-CDS-PP, a não construção é uma "grande notícia".

José Luís Gaspar referiu que a jusante da barragem, a quatro quilómetros da cidade, seria construído um "embalse" para regularizar o caudal que teria "um impacto muito negativo" em termos ambientais, designadamente com o depósito de lixos e lamas.

"Desde esse embalse, que no fundo seria uma segunda barragem, até ao centro da cidade o rio ficaria interditado à fruição das pessoas, e confesso que essa era mesmo a minha grande dor de cabeça em relação à barragem", disse ainda.

Segundo José Luís Gaspar, Amarante "levaria com tudo o que a barragem teria de negativo".

"Seria muito, muito penoso", rematou.

A barragem de Fridão, no rio Tâmega, consta há vários anos do Plano Nacional de Barragens, mas uma decisão definitiva sobre a construção daquele empreendimento hidroelétrico, que afeta vários concelhos (Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto), vinha sendo sucessivamente adiada, num processo com avanços e recuos ao longo dos anos e vários governos.

No início da atual legislatura, o Governo decidiu suspender a construção do empreendimento, para proceder à sua reavaliação, período que terminou na quinta-feira.» in https://www.rtp.pt/noticias/economia/autarca-de-amarante-congratula-se-com-a-nao-construcao-da-barragem_n1141677


O Rio Tâmega versus barragem de Fridão - (vídeo gravado em 11-03-2016)

16/04/19

Amarante Literatura - A 1 de Janeiro de 1912, sai o primeiro número da revista «A Águia», órgão da Renascença Portuguesa, dirigida por Teixeira de Pascoaes.



«Em 1911, ainda Pascoaes era juiz substituto em Amarante.

Foi então que se reuniu em Coimbra, no Choupal, com Leonardo Coimbra, Augusto Casimiro, Jaime Cortesão e Álvaro Pinto.

Foi este grupo que resolveu fundar uma associação cultural — a Renascença Portuguesa —, que terá o propósito de «restituir Portugal à consciência dos seus valores espirituais próprios».

Pascoaes criou a filosofia da Saudade. Para ele a Saudade é a lembrança saudosa do passado projectada em Esperança no Futuro.

Este idealismo reflecte-se em toda a sua obra.

Nesse mesmo ano, publicou um novo livro — «Marânus» —, um longo poema cíclico de grande exaltação e simbolismo, consagrado à Saudade.

Uma parte desta obra foi escrita em Travanca do Monte, à sombra de um enorme rochedo que ainda hoje existe intacto. A outra parte foi escrita, como atrás dissemos, no Mirante da Casa de Pascoaes.

A figura central deste cântico saudosista, Eleonor, foi inspirada pela lembrança de Leonor Dagge, a loira inglesinha da Foz.

A serra do Marão é o grande cenário desta peregrinação saudosa:

«Pois só morre quem ama, e quem é amado Vive sempre em espírito saudoso...»

A 1 de Janeiro de 1912, sai o primeiro número da revista «A Águia», órgão da Renascença Portuguesa, dirigida por Teixeira de Pascoaes. António Carneiro é o director artístico.» in Fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria João Teixeira de Vasconcelos.


Nova Águia - (Revista de Cultura para o Século XXI)

http://novaaguia.blogspot.com/