15/08/17

F.C. do Porto Ciclismo - A 79.ª edição da Volta a Portugal terminou esta terça-feira, com Raúl Alarcón a garantir a vitória individual e o W52-FC Porto-Mestre da Cor a coletiva, o que reforça a liderança portista no histórico da prova.



«NÃO HÁ VOLTA A DAR: LIDERANÇA NO RANKING DE VITÓRIAS REFORÇADA

Com os triunfos de Raúl Alarcón e da equipa, o FC Porto tem agora 14 conquistas individuais e 14 coletivas.

A 79.ª edição da Volta a Portugal terminou esta terça-feira, com Raúl Alarcón a garantir a vitória individual e o W52-FC Porto-Mestre da Cor a coletiva, o que reforça a liderança portista no histórico da prova. Este foi o 14.º triunfo de um ciclista azul e branco na geral individual (à frente de Sporting e Benfica, com nove) e também o 14.º em termos coletivos (logo atrás vem o Sporting, com 12).

O primeiro triunfo data de 1948, por Fernando Moreira, e depois Dias dos Santos foi primeiro em duas edições consecutivas (1949 e 1950), sendo o único portista a bisar. Seguiram-se vitórias de Moreira de Sá (1952), Carlos Carvalho (1959), Sousa Cardoso (1960), Mário Silva (1961), José Pacheco (1962), Joaquim Leão (1964), Joaquim Sousa Santos (1979), Manuel Zeferino (1981) e a Marco Chagas (1982). Nesta era moderna, em associação com a W52, os azuis e brancos regressaram ao lugar mais alto do pódio 34 anos depois, com Rui Vinhas.

O domínio azul e branco tem sido exercido por blocos: além do tri, entre 1948 e 1950, houve um tetra, entre 1959 e 1962. E entre 1979 e 1982 garantiram-se quatro camisolas amarelas. Será o domínio exercido nos últimos dois anos transformado em mais um destes reinados?

Em termos coletivos, o primeiro lugar da geral foi atingido em 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1964, 1969, 1979, 1980, 1981, 2016 e,agora, em 2017. Ou seja, por quatro vezes os títulos individual e coletivo não coincidiram, se bem que seja impossível um corredor ser líder sem o apoio dos colegas. Em 1960, 1961, 1962 e 1982, Sousa Cardoso, Mário Silva, José Pacheco e Marco Chagas, respetivamente, venceram sem que a equipa o fizesse coletivamente. E em 1955, 1958, 1969 e 1980, a vitória coletiva não correspondeu à camisola amarela no fim da volta.

O espanhol Raúl Alarcón (cujo percurso e personalidade pode conhecer melhor aqui) é o primeiro corredor estrangeiro do FC Porto a triunfar na Volta, sendo que, até agora, para além de portugueses, todos tinham nascido a norte de Santa Maria da Feira, com a exceção de Marco Chagas. Alarcón é natural de Alicante, no sul de Espanha, e sucede a protagonistas de conquistas épicas como Dias dos Santos (o tal que um dia disse “Limpámos o sarampo à gajada de Lisboa”), Mário Silva (apesar da intoxicação alimentar que prejudicou os azuis e brancos em 1961) e Manuel Zeferino (cuja fuga na primeira etapa, em 1981, lhe garantiu logo um avanço de 12 minutos e 28 segundos).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/ciclismo-nao-ha-volta-a-dar-lideranca-no-ranking-de-vitorias-reforcada.aspx

F.C. do Porto Ciclismo - Raúl Alarcón tornou-se na tarde desta terça-feira o primeiro ciclista estrangeiro a vencer uma Volta a Portugal com a camisola azul e branca, garantindo o triunfo com 1:23 de vantagem sobre o companheiro de equipa Amaro Antunes, segundo.



«ALARCÓN GANHA VOLTA, VELOSO A ETAPA E AMARO ANTUNES COMPLETA “DOBRADINHA”

Festa em Viseu e domínio total da W52-FC Porto-Mestre da Cor, que conquistou também a geral coletiva.

Raúl Alarcón tornou-se na tarde desta terça-feira o primeiro ciclista estrangeiro a vencer uma Volta a Portugal com a camisola azul e branca, garantindo o triunfo com 1:23 de vantagem sobre o companheiro de equipa Amaro Antunes, segundo. No contrarrelógio final, de 20,1 quilómetros, em Viseu, o espanhol foi segundo, a 14 segundos do melhor tempo (26:00.72), do também portista Gustavo Veloso, mas o registo foi mais do que suficiente para assegurar o triunfo, já que Amaro Antunes foi mais lento (ficou a 1:06 do líder), obtendo o décimo lugar. A vitória azul e branca já era quase uma certeza, face à vantagem de 5:04 arrecadada na penúltima etapa, na segunda-feira, sobre Vicente Garcia De Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), terceiro e primeiro não-portista.

A dobradinha é uma das consequências do domínio quase total da W52-FC Porto-Mestre da Cor na 79.ª edição da prova, sendo outras a vitória na geral coletiva (com quase 24 minutos de vantagem sobre a RP-Boavista, segunda) e os triunfos em seis das onze etapas. Amaro Antunes assegurou a camisola azul, da montanha, e há mais um Dragão nos dez primeiros, António Carvalho, sexto. Refira-se ainda que Alarcón é líder desde a primeira etapa, pelo que os 14.ºs triunfos individuais e coletivos do FC Porto no historial da Volta a Portugal dificilmente poderiam ter mais brilho. O contrarrelógio desta tarde serviu de consagração e para os adversários fica apenas o último lugar do pódio (de Vicente García de Mateos, da Louletano-Hospital de Loulé, a 5:25 do vencedor) e as camisolas por pontos (de Mateos) e da juventude (vencida pelo campeão da Letónia, Krists Neilands, da Israel Cycling Academy).

Alarcón - que fez uma grande etapa final, sendo apenas superado pelo especialista em contrarrelógio Gustavo Veloso - completa uma temporada de sonho, em que também venceu a Volta às Astúrias, superando o campeoníssimo colombiano Nairo Quintana, e o histórico Grande Prémio Jornal de Notícias, ficando a centímetros do primeiro lugar na Volta a Madrid.

Classificação da 10.ª e última etapa

1.º - Gustavo Veloso (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 26m
2.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 15s
3.º - Alejandro Marque (Sporting-Tavira), a 18s
4.º - António Carvalho (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 24s
5.º - Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), a 36s
6.º - Ricardo Mestre (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 41s
(...)
10.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1m07s
20.º - Joaquim Silva (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1m27s
37.º - Samuel Caldeira (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 2m
43.º - Rui Vinhas (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 2m14s

Classificação geral individual

1.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 41h46m14s
2.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1m23s
3.º - Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), a 5m25s
(...)
6.º - António Carvalho (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 7m25s
16.º - Ricardo Mestre (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 31m12s
24.º - Gustavo Veloso (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 42m09s
45.º - Rui Vinhas (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1h29m39s
48.º - Samuel Caldeira (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1h36m25s
75.º - Joaquim Silva (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 2h09m08s

Classificação por equipas

1.º - W52-FC Porto-Mestre da Cor, 125h26m02s
2.º - RP-Boavista, a 23m49s
3.º - Efapel, a 28m08s

Classificação por pontos

1.º - Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), 142
2.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 130
3.º - Gustavo Veloso (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 111

Classificação da montanha

1.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 60 pontos
2.º - Mikel Bizkarra (Euskadi-Murias), 56
3.º - João Matias (LA-Metalusa Blackjack), 48

Classificação geral da juventude

1.º - Krists Neilands (Israel Cycling Academy), 41h55m49s
2.º - Luís Gomes (RP-Boavista), 42h12m27s
3.º - Chris Prendergast (H&R Block Pro Cycling Team), 42h44m01s

Prémio kombinado

1.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 7
2.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 7
3.º - Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), 12» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/ciclismo_etapa_10_volta_portugal.aspx

F.C. do Porto Natação - O nadador master do FC Porto, Mário Carvalho, conquistou esta terça-feira a medalha de ouro nos 200 metros costas no Campeonato do Mundo, a decorrer em Budapeste, capital da Hungria.




«MÁRIO CARVALHO DE OURO NO MUNDIAL DE MASTERS

Nadador do FC Porto sagrou-se campeão do mundo nos 200 metros costas na competição que se realiza na Hungria.

O nadador master do FC Porto, Mário Carvalho, conquistou esta terça-feira a medalha de ouro nos 200 metros costas no Campeonato do Mundo, a decorrer em Budapeste, capital da Hungria. O antigo olímpico portista (Sydney 2000), nascido em 1978, sagrou-se campeão do mundo da distância e do escalão 35/39 anos, com o registo de 2.16,11 minutos, batendo o suíço Julien Baillod e o holandês Dennis Brouwers, que completaram o pódio.

Organizada pela Federação Internacional de Natação (FINA), a competição decorre até 20 de agosto e conta com cerca de 12 mil nadadores, em representação dos respetivos clubes e países, entre os quais se contam ainda os portistas Mário Barros (escalão 60-64), Carla Bárbara (40-44) e Keissy Sousa (30-34).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/natacao-masters-150817.aspx



#200metros    #hungria     #budapeste     #FINA

Arte Banda Desenhada - Nasceu há 50 anos a banda desenhada de Hugo Pratt que continua a fazer sonhar gerações.



«50 anos de Corto Maltese. As aventuras, o exotismo e o culto

Nasceu há 50 anos a banda desenhada de Hugo Pratt que continua a fazer sonhar gerações. O seu segredo? Maltese, aventureiro e cavalheiro, é um homem livre, que sabe muito e não quer assumir responsabilidades. Quem não gostaria de ser assim?

Não é só a personalidade de Corto que atrai. É verdade que se apresenta como um belo homem, de fino trato, culto, sensual para as mulheres e duro com os homens; mas o interesse e a magia estendem-se ao seu mundo repleto de lugares exóticos, distantes e perigosos, popularizado por personagens diabólicos (muitos) e angélicos (menos), de todas as raças, cultos e inclinações.

Ao longo das suas histórias, os leitores foram descobrindo muito sobre este marinheiro sem destino. Nasceu em Valeta em 1887, filho de um marinheiro inglês e uma cigana sevilhana. O pai desapareceu na costa do Chile e a mãe mudou-se para a judiaria de Córdova, onde o miúdo teve lições com um rabino. Aos doze anos alguém lhe leu as mãos e descobriu que não tinha linha da vida; pegou numa navalha de barba do pai e cortou-a ele mesmo.

Tal como Cristo, nada se sabe dele durante alguns anos, até surgir em 1904, durante a guerra entre a Rússia e o Japão, na Manchúria, acompanhado pelo repórter Jack London. Aos 26 anos está no Oceano Pacífico, no começo da I Grande Guerra. As peripécias, contadas pela herdeira britânica Pandora Grosvenor, incluem pela primeira vez o seu inimigo íntimo, o pirata Rasputine, e ficaram eternizadas no álbum que até hoje toda a gente se lembra, “A Balada do Mar Salgado” (publicado em 1967).

A partir daí, Corto anda pelo mundo inteiro durante as três primeiras décadas do século XX e conhece personalidades reais tão díspares como Estaline ou James Joyce. E vai lendo, ou pelo menos citando, a “Utopia” de Thomas More (que admite nunca ter acabado) e livros de Stevenson, Melville, Conrad e Rimbaud.

As suas peregrinações são simultaneamente aleatórias e determinadas:

“Há muitos anos não me pergunto mais
Qual lugar é a minha casa
E eu descobri que a minha casa
Está comigo aonde quer que vá.
Caminho sem laços
Eu só o vento que me persegue
E o tempo não me diz respeito
Porque o tempo pertence a mim.”

Quando Hugo Pratt faleceu, em 1995, Corto preparava-se para participar na Guerra Civil de Espanha, do lado dos republicanos.

Os treze álbuns da sua vida, publicados entre 1967 e 1988, foram traduzidos em muitos idiomas e apareceram em revistas de banda desenhada dos cinco continentes, criando um culto mais discreto mas mais profundo do que os mais famosos personagens do género, como o Fantasma, Mandrake, Tarzan, Batman, Príncipe Valente... A lista é imensa, mas nenhum deles reúne de uma forma tão natural o real e o fantástico, o terrível e o improvável, o sal da aventura com o arrepio do desconhecido.

Depois da morte de Pratt fizeram-se dois filmes de animação com algumas aventuras de Corto, mas o mais interessante é que o seu culto se mantém vivo mesmo sem a máquina de propaganda da Marvel, sem merchandising e sem muitas reedições. Ainda hoje, no Facebook há algumas dezenas de páginas com o seu nome e a página oficial tem 150 mil seguidores.

Uma parte do sucesso de Maltese deve-se certamente à profusão de culturas e geografias por onde ele passa e à mistura de significados cabalísticos, religiosos e esotéricos, retratados nos mais nobres e vis comportamentos. Como escreveu um especialista, Ivan Pintor – sim, há especialistas na matéria! – “as histórias revelam uma impressionante modernidade na tensão entre a impermanência do que se representa e a permanência e significado latente dos arquétipos da narrativa.” Ou seja, em palavras mais chãs, o Bem e o Mal são contemporâneos mas também eternos e podem ser percebidos em qualquer época e cultura.

Mas outra parte do culto, para aqueles para quem estas elucubrações intelectuais pouco dizem, tem a ver com o grafismo de Pratt; imagens a preto e branco muito simples mas muito expressivas, que por vezes deixam subentendido mais do que mostram, com o recurso a uma edição cinematográfica, salpicada de grandes planos aterrorizadores e panorâmicas românticas. Não é único de Pratt – há, por exemplo, a “Valentina” de Guido Crepax, da mesma época, que usa técnicas semelhantes, mas serve o propósito da narrativa maravilhosamente bem.

As histórias de Corto Maltese têm, sem dúvida, uma personalidade marcante que as distingue da miríade de estéticas e ideias da banda desenhada. Estão ligadas, quase biograficamente, ao seu autor. Hugo Pratt nasceu em Rimini, Itália, em 1927, e passou a infância em Veneza, num ambiente cultural muito intenso. Em 1937 foi viver na Abissínia, depois da conquista do país pelos italianos. Em 1942, com a morte do pai, oficial de carreira, ele e a mãe foram integrados num campo de prisioneiros de guerra, onde terá entrado em contacto com bandas desenhadas pela primeira vez. Voltou para Veneza, onde se juntou a um grupo de ilustradores. Uma das suas personagens, o Ás de Espadas, fez tanto sucesso na Argentina que se mudou para lá em 1949. Ainda passou um ano em Londres, época em que desenhou alguns clássicos, como “A ilha do tesouro” de Stevenson. Depois viveu em Paris na época do apogeu da banda desenhada franco/belga, até se fixar definitivamente na Suíça, em 1984. Morreu em 1995, com 68 anos. Conheceu e privou com figuras tão variadas como Dizzy Gillespie, Octavio Paz e Borges, além de todas as grandes figuras que fizeram revistas como o “Spirou” ou o “Hara-Kiri”. Era um leitor insaciável de Stevenson, Conrad, Hawthorne, Zane Grey, Fenimore Cooper, Jack London, Dumas, Somerset Maugham – que aparecem, direta ou indiretamente, nas aventuras do marinheiro nascido em Valeta.

Depois da sua morte já houve algumas tentativas de reavivar a personagem mas, felizmente, não se conseguiu. Pois, embora os 13 álbuns possam parecer insuficientes para os aficionados, que já os conhecerão de cor, Maltese era o alter ego de Pratt e ninguém o poderia ressuscitar. Aliás, nem sequer morreu; há algo de atemporal, para não dizer eterno, na postura sonhadora do aventureiro que percorre um mundo sem limites, geográficos ou mentais.» in http://24.sapo.pt/vida/artigos/50-anos-de-corto-maltese-as-aventuras-o-exotismo-e-o-culto


Hugo Pratt (1927-1995)


("Hugo Pratt e Corto Maltese: cinquant'anni di viaggi nel mito")


(Letteratura disegnata - Hugo Pratt parla di Corto Maltese)

Amarante Criminalidade - Seis homens agrediram o dono do café Pinto, em Travanca, Amarante, no sábado de manhã, queriam mais salpicão e, como não havia, bateram-lhe e destruíram o café.



«Exigem salpicão e destroem café Grupo agride dono, funcionário e cliente do estabelecimento.

Seis homens agrediram o dono do café Pinto, em Travanca, Amarante, no sábado de manhã. Queriam mais salpicão e, como não havia, bateram-lhe e destruíram o café. Fugiram sem pagar o que tinham já consumido e deixaram Alfredo Pinto em pânico. 

"Chegaram às 07h30. Comeram salpicão, queijo e pão, e beberam cerveja com moscatel. Depois, pediram mais salpicão e eu disse que não tinha", contou ao CM. Os seis homens - que segundo o proprietário moram na freguesia vizinha de Pidre e estariam alcoolizados - ameaçaram-no. "Disseram que se não tinha salpicão, então não pagavam. Eu disse que tinham de pagar a conta de 15 euros e eles disseram que me iam partir o café todo", recordou o septuagenário, de lágrimas nos olhos. 

O grupo decidiu espalhar o terror. "Parecia os vídeos de violência que vemos no YouTube", referiu Sérgio Pinto, filho do proprietário, que foi alertado pelos gritos de socorro do pai. Quando chegou ao café, encontrou três homens dentro do balcão, a agredir o funcionário a murro e pontapé. Também um cliente foi alvo da fúria do grupo - que partiu chávenas e copos, além da montra do estabelecimento, com recurso a uma cadeira. Fugiram sem pagar e avisaram que voltariam a visitar o café se fosse apresentada queixa. 

"Vou ter de dormir aqui até segunda-feira porque não tenho quem me venha pôr o vidro", lamenta Alfredo Pinto. 

A GNR foi alertada e está a investigar. "Se chegassem 5 minutos mais cedo, ainda os apanhavam aqui", referiu o dono.» in Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/exigem-salpicao-e-destroem-cafe

Zoologia - Há cada vez mais exemplos de espécies de animais que são obrigados a adaptarem-se muito rapidamente às mudanças do meio ambiente provocadas pela acção do Homem.



«POLUIÇÃO ESTÁ A MUDAR A COR DE COBRAS MARINHAS

Há cada vez mais exemplos de espécies de animais que são obrigados a adaptarem-se muito rapidamente às mudanças do meio ambiente provocadas pela acção do Homem.

É o caso de uma espécie de serpente marinha, a Emydocephalus annulatus, também conhecida como cobra cabeça de tartaruga, que vive nos recifes de coral dos oceanos Índico e Pacífico. Para lidar com a poluição do mar, cada vez mais frequente, está a perder as características riscas amarelas ou brancas para tornar-se completamente preta.

De acordo com o estudo publicado no jornal Current Biology por um grupo de cientistas da Universidade de Sydney, este fenómeno apenas acontece a animais desta espécie que vivem em regiões com grande actividade humana, como cidades ou bases militares, ou seja, locais onde a exposição à poluição do meio ambiente é grande.

Segundo o que Rick Shine, co-autor desta investigação, disse ao El Mundo, esta foi a resposta adaptativa que os animais encontraram para “filtrar” uma parte dos metais pesados e toxinas que estão na água, uma vez que estes são absorvidos pela pele e depois eliminados quando elas mudam de pele. A descoberta coloca as serpentes do mar como mais um nome na crescente lista de espécies que apresentam “melanismo industrial”, termo que faz referência à maior prevalência de cores escuras na pele ou pelo de animais em áreas industriais. 

Também verificaram que os animais com a pele mais escura trocam de pele com duas vezes mais frequência se comparados às serpentes de pele clara.

Comprovando-se em definitivo que as peles escuras são uma resposta aos níveis de poluição, isso significaria uma mudança evolutiva bastante rápida, além de um sinal alarmante sobre como a actividade humana tem implicações de longo alcance nas outras espécies.» in https://greensavers.sapo.pt/2017/08/poluicao-esta-a-mudar-a-cor-de-cobras-marinhas/

14/08/17

Acidentes - Sete pessoas sofreram hoje ferimentos ligeiros ao serem atingidas por um "andor de grandes dimensões" em Vilar do Torno, Lousada, distrito do Porto.



«Maior andor do mundo caiu sobre várias pessoas em Lousada

Sete pessoas ficaram feridas na sequência do acidente, em Lousada. O andor, com 22,52 metros de altura e 1,5 toneladas de peso, caiu sobre pessoas várias pessoas à saída da igreja, esta tarde.

Sete pessoas sofreram hoje ferimentos ligeiros ao serem atingidas por um "andor de grandes dimensões" em Vilar do Torno, Lousada, distrito do Porto.

Ao SAPO 24, de fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto, confirma a existência de sete feridos ligeiros, que foram já levados para o Centro Hospitalar de Penafiel. Os feridos são alguns dos homens que transportavam o andor em ombros.

Os bombeiros de Lousada confirmam a ocorrência, às 18h17, para onde deslocaram oito homens, apoiados por quatro viaturas.

"O andor estava a sair da igreja, em ombros, e por razões que desconhecemos caiu e provocou sete feridos leves, que foram transportadas para o hospital", disse fonte do CDOS do Porto, citada pela agência Lusa.

O acidente aconteceu durante a procissão em honra de Nossa Senhora da Aparecida, que se realizou esta tarde em Lousada, distrito do Porto.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/maior-andor-do-mundo-caiu-sobre-pessoas-em-lousada

F.C. do Porto Ciclismo - Lado a lado com o companheiro de equipa Raúl Alarcón, Amaro Antunes venceu esta segunda-feira a etapa rainha da Volta a Portugal, que ligou a Lousã à Guarda, num total de 184,1 quilómetros.



«AMARO ANTUNES VENCE E ALARCÓN MANTÉM AMARELA

Corredores cruzaram juntos a meta na Guarda e um deles deve sagrar-se vencedor da Volta a Portugal nesta terça-feira.

Lado a lado com o companheiro de equipa Raúl Alarcón, Amaro Antunes venceu esta segunda-feira a etapa rainha da Volta a Portugal, que ligou a Lousã à Guarda, num total de 184,1 quilómetros. Amaro Antunes cumpriu a distância em 4m56m55s e levou a melhor, entre outros, sobre Raúl Alarcón, que mantém a liderança da geral individual à entrada para o último dia da prova.

O ciclista espanhol da W-52-FC Porto-Mestre da Cor, que continua assim a vestir a camisola amarela, tem 31 segundos de vantagem sobre Amaro Antunes e 5m04 sobre Vicente Garcia De Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), segundo e terceiro classificados, respetivamente. Face à diferença entre os dois Dragões e De Mateos, muito dificilmente a vitória na Volta a Portugal não sorrirá a Raúl Alarcón ou a Amaro Antunes. Entre os dez primeiros da geral individual surge ainda António Carvalho, em oitavo lugar, a 7m13s do líder; Raúl Alarcón é líder por pontos e Amaro Antunes rei da montanha. Além dos grandes desempenhos individuais, a W52-FC Porto-Mestre da Cor também continua a liderar por equipas, com mais de 19 segundos de vantagem.

As declarações dos dois corredores no rescaldo da etapa provam o espírito de equipa: Amaro Antunes revelou que fica “satisfeito” se terminar no segundo lugar e que Raúl Alarcón será “um justo vencedor” no caso de segurar a amarela no contrarrelógio. “O Raúl foi camisola amarela quase desde o início da Volta, ele é que merece ganhar, foi o mais forte. Hoje tínhamos de jogar a corrida, porque não podíamos correr o risco de chegar ao contrarrelógio com adversários por perto. Eu e o Raúl apenas pensámos em pedalar rápido porque queríamos alargar as distâncias. Sabíamos que saindo do Alto da Torre com alguma podíamos fazer a diferença e foi isso que aconteceu. A equipa merece, pelo seu trabalho”, resumiu.

Raúl Alarcón sublinhou a tática perfeita da W52-FC Porto-Mestre da Cor: “Estou feliz. Estamos com o primeiro e segundo lugares, temos ido dia a e dia e vamos continuar a desfrutar. Cumprimos a tática planeada, não sabíamos como estavam as coisas atrás, com o Gustavo. As coisas saíram-nos bem”, afirmou o espanhol. A 79.ª Volta a Portugal termina esta terça-feira com a realização de um contrarrelógio individual (20,1 quilómetros). A cidade de Viseu será o palco de todas as decisões, num contrarrelógio exigente, sobretudo na última metade.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Ciclismo-Volta-a-Portugal-2017-9a-etapa-140817.aspx

Amarante Literatura - Em 1921, Teixeira de Pascoaes, o Grande Poeta Amarantino, publicou o «Bailado» e os «Cantos Indecisos» com pensamentos de grande magia e elevação.




«Minha prima Maria vinha a Pascoaes e era sempre recebida com muita alegria e muito carinho.

Eu ficava radiante. Íamos as duas para o pinhal caçar grilos e trazíamos cascas de pinheiro manso que lançávamos no tanque a fazer de barquinhos. Tínhamos uma autêntica frota, que todos os dias partia à aventura, carregada de pedrinhas.

Em 1919, Pascoaes publicou as conferências proferidas no ano anterior, em Barcelona. Chamou-lhes: «Os Poetas Lusíadas».

Em 1920, saiu a «Elegia da Solidão»  e a 2.ª edição de «As Sombras», do Marânus, e da «Arte de Ser Português».

Em 1921, publicou o «Bailado» e os «Cantos Indecisos» com pensamentos de grande magia e elevação:

"O sol não vê a luz,
E não sabe que tem perfume a violeta.
E assim como o Senhor não conheceu a cruz,
Ignorante de versos é o Poeta."» in Fotobiografia «Na Sombra de Pascoaes» de Maria José Teixeira de Vasconcelos

Mais sobre a Obra de Teixeira de Pascoaes.


13/08/17

Primeira Liga - Tondela 0 vs F.C. do Porto 1 - Com um golo de Aboubakar, no final da primeira parte, o FC Porto venceu por 1-0 em Tondela e é líder provisório da Liga, com os mesmos pontos de Sporting e Rio Ave (seis), mas com melhor saldo de golos.



«MUITO SUOR E GOLO DE ABOUBAKAR NA CONQUISTA DE TONDELA

Graças à vitória por 1-0, Dragões são líderes provisórios da Liga.

Com um golo de Aboubakar, no final da primeira parte, o FC Porto venceu por 1-0 em Tondela e é líder provisório da Liga, com os mesmos pontos de Sporting e Rio Ave (seis), mas com melhor saldo de golos. Num encontro com casa cheia e uma fortíssima presença de adeptos azuis e brancos, foi um Dragão em fato de macaco, operário e lutador, que garantiu um triunfo importante, de resto o primeiro obtido no Estádio João Cardoso, depois do nulo da temporada passada. Já lá vão duas vitórias em duas jornadas da Liga (com o melhor ataque e ainda sem sofrer golos) e no próximo domingo a equipa volta ao Dragão, às 18h00, para receber o Moreirense.

A primeira parte foi dura, muito dura, com o Tondela a fechar-se bem e a procurar sempre que possível contra-atacar. Houve duelos bem duros e foi um FC Porto de faca nos dentes que conseguiu chegar ao intervalo em vantagem. O golo foi de Aboubakar, aos 37 minutos, numa recarga a um seu primeiro remate, após um disparo falhado de Alex Telles. Era um prémio justo para a equipa que dominara por completo e que jamais tinha visto o seu guarda-redes incomodado. Do primeiro tempo, para além de uma mão cheia de lances perigosos de ataque dos Dragões, fica um lance de dúvida entre Ricardo Costa e Marega – e a principal dúvida é se o toque do ex-portista foi dentro ou fora da área.

Logo no início da segunda parte a dúvida volta a ser a mesma: falta clara por assinalar sobre Ricardo, mas dentro ou fora da grande área? Apesar da boa réplica do Tondela, continuava a ser o FC Porto a dominar e Aboubakar esteve pertíssimo de bisar, aos 62 minutos, mas acertou no poste. O Tondela procurava reagir, mas apenas criou o primeiro lance de perigo aos 70, que Alex Telles resolveu. Continuavam assim os Dragões mais perto do segundo golo, que poderia ter surgido cinco minutos depois: Cláudio Ramos respondeu com uma excelente defesa a um remate de primeira de Marega, que entrou de início no lugar que pertencera a Soares, frente ao Estoril, na primeira jornada.

Nesse momento, o jogo já tinha entrado numa fase diferente: nos últimos 20 minutos, os portistas preocuparam-se mais com o equilíbrio e em manter uma vantagem que, por esta amostra, será um resultado difícil de obter neste campo – a equipa do distrito de Viseu tinha vencido os quatro últimos jogos caseiros na Liga, sob o comando de Pepa. Aos 80, André André entrou em campo para o lugar de Aboubakar, respondendo à preocupação de Sérgio Conceição em não perder o meio-campo. O último folego do Tondela surgiu aos 88, com Wagner a rematar e Casillas a defender. O treinador já tinha avisado: o FC Porto vai vencer muitos jogos por 1-0, com dificuldades, mas o que mais interessa são os três pontos: jogar bem é ganhar, Sérgio Conceição dixit.

VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/muito-suor-e-golo-de-aboubakar-na-conquista-de-tondela-8-13-2017.aspx


Liga (2ªJ): Resumo CD Tondela 0-1 FC Porto

Desporto Atletismo - A portuguesa Inês Henriques conquistou este domingo a medalha de ouro nos 50 quilómetros marcha dos Mundiais de atletismo, que decorrem em Londres, juntando ao troféu o novo recorde do mundo, que já lhe pertencia.



«Inês Henriques sagra-se campeã do mundo e bate recorde nos 50 km marcha 

Atleta portuguesa bateu o recorde do mundo, ao completar o percurso em 4h05.56, arrebatando a medalha de ouro nos Mundiais de Londres.

A portuguesa Inês Henriques conquistou este domingo a medalha de ouro nos 50 quilómetros marcha dos Mundiais de atletismo, que decorrem em Londres, juntando ao troféu o novo recorde do mundo, que já lhe pertencia.

A atleta do CN Rio Maior, de 37 anos, foi cronometrada em 4h05.56, pulverizando o seu recorde mundial, que estava fixado nas 4h08.25 horas e datava de 15 de janeiro de 2017, em Porto de Mós.

Até chegar a Londres, Inês Henriques tinha no currículo três participações olímpicas, a última das quais no Rio'2016, onde alcançou o 12º posto nos 20 km marcha. A atleta conta ainda um sétimo posto nos Mundiais de 2007 e um nono nos Europeus de 2010, sempre na distância dos 20 km.» in http://www.ojogo.pt/modalidades/atletismo/noticias/interior/ines-henriques-sagra-se-campea-do-mundo-de-50-km-marcha-8702966.html


(Inês Henriques de ouro. A atleta "trabalhadora" que fez história na marcha feminina)

F.C. do Porto Ciclismo - Raúl Alarcón, Ciclista da W52-FC Porto-Mestre da Cor, mantém a liderança a dois dias do fim da prova, presa por apenas 14 segundos.



«RAÚL ALARCÓN SEGURA A AMARELA NA VOLTA A PORTUGAL

Ciclista da W52-FC Porto-Mestre da Cor mantém a liderança a dois dias do fim da prova.

Realizou-se este domingo a oitava etapa da Volta a Portugal 2017, que ligou Gondomar e Oliveira de Azeméis. Vicente Garcia De Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) foi o mais rápido a cumprir os 159,8 quilómetros da etapa, mas o oitavo lugar de Raúl Alarcón permitiu ao ciclista da W52-FC Porto-Mestre da Cor segurar a liderança da geral individual e, consequentemente, a camisola amarela da prova.

A dois dias do fim da Volta a Portugal 2017, Raúl Alarcón tem 14 segundos de vantagem sobre Vicente Garcia De Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) e 19 sobre Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), segundo e terceiro classificados, respetivamente. Gustavo Veloso, que ficou na quarta posição na etapa deste domingo, está à espreita do pódio da geral individual, a 26 segundos do companheiro de equipa Raúl Alarcón.

A W52-FC Porto-Mestre da Cor, que continua a liderar por equipas, coloca mais dois ciclistas nos dez primeiros da prova além de Raúl Alarcón e Gustavo Veloso: Amaro Antunes (5.º, a 34 segundos) e António Carvalho (7.º, a 1m58s). Esta segunda-feira corre-se a nona etapa da prova, com ligação entre a Lousã e a Guarda (184,1 quilómetros). A etapa rainha da Volta a Portugal conta com seis contagens de montanha, com o destaque a recair na de categoria especial que está situada na Torre (a única desta edição), no topo da Serra da Estrela. Os últimos 25 quilómetros reservam três contagens de terceira categoria.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Ciclismo-Volta-a-Portugal-2017-8a-etapa.aspx

F.C. do Porto Andebol - O FC Porto venceu este domingo o Torneio Internacional de Gaia, depois de bater os noruegueses do Halden HK, por 37-19, no Pavilhão Municipal de Gaia.



«TRIUNFO PORTISTA NO TORNEIO INTERNACIONAL DE GAIA

Dragões bateram este domingo o Halden HK (37-19) e arrecadaram o troféu.

O FC Porto venceu este domingo o Torneio Internacional de Gaia, depois de bater os noruegueses do Halden HK, por 37-19, no Pavilhão Municipal de Gaia. Leandro Semedo (7 golos) e Nikola Spelic (6 golos) foram os melhores marcadores portistas neste encontro.

No primeiro jogo do torneio, os azuis e brancos levaram a melhor sobre os japoneses dos Brave Kings (26-21). Este foi o segundo troféu conquistado pelos Dragões na pré-temporada, depois do Torneio Internacional de Estarreja, no qual o FC Porto também defrontou os Brave Kings e o Halden HK.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Andebol-FC-Porto-Halden-HK-Torn-Int-Gaia-130817.aspx

Ledman LigaPro - Arouca 2 vs F.C. do Porto B 2 - O FC Porto B empatou este domingo em Arouca (2-2), em jogo referente à segunda jornada da Ledman LigaPro.



«“BÊS” EMPATAM EM AROUCA

Igualdade a dois golos na segunda jornada da Ledman LigaPro.

O FC Porto B empatou este domingo em Arouca (2-2), em jogo referente à segunda jornada da Ledman LigaPro. Luizão (12m) e Fede Varela (50m) apontaram os golos dos Dragões (12m), que voltam a entrar em campo no dia 19 de agosto (sábado), frente ao Penafiel. A partida no Estádio de Pedroso tem início marcado para as 16h00 (Porto Canal).

O Arouca entrou melhor no encontro, mas foi o FC Porto B o primeiro a encontrar o caminho para a baliza contrária. Luís Mata investiu pelo lado esquerdo e cruzou atrasado para Luizão: o médio brasileiro dominou a bola, viu a posição de Bracali e rematou sem hipóteses para o ex-guarda-redes portista, abrindo o ativo em Arouca (12m). Pouco depois, Fede Varela esteve muito perto do 2-0 em duas ocasiões, mas em ambas errou o alvo por pouco (13m e 17m). A melhor oportunidade para o Arouca pertenceu a Ericson, mas Diogo Costa evitou o golo do médio com uma defesa monumental (29m), segurando a vantagem azul e branca.

A segunda parte foi ainda mais animada do que a primeira e proporcionou um belo espetáculo, ao qual não faltaram golos. O Arouca empatou pouco depois do reatamento, por intermédio de Nuno Valente (49m), mas a resposta do FC Porto B surgiu no instante seguinte, com a assinatura de Fede Varela (50m). Em jeito de parada e resposta, a equipa da casa chegaria novamente à igualdade com um remate de Palocevic à entrada da área (63m). Mesmo em inferioridade numérica depois da expulsão pouco claro de Tony Djim (80m), os azuis e brancos não se desconcentraram e seguraram o primeiro ponto no campeonato.

“É de realçar a atitude dos jogadores, mesmo com menos um. O jogo foi desgastante, mas foi um excelente jogo de futebol, com duas equipas que quiseram ganhar. Na primeira parte poderíamos ter feito mais golos, mas na segunda parte sentimos mais dificuldades. Um ponto sabe sempre bem, mas queríamos os três. Os jogadores estão de parabéns pela forma como lutaram. Esta é a atitude certa e com esta atitude vamos fazer mais pontos”, afirmou António Folha, treinador do FC Porto B, após o desafio com o Arouca.

FICHA DE JOGO

AROUCA-FC PORTO B, 2-2
Ledman LigaPro, 2.ª jornada
13 de agosto de 2017
Estádio Municipal de Arouca

Árbitro: Bruno Esteves
Assistentes: Rui Teixeira e Rui Cidade
Quarto árbitro: Dinis Gorjão

AROUCA: Bracali; Vargas, Nuno Coelho (cap.), Hugo Basto e Vítor Costa; Ericson, André Santos e Palocevic; Nuno Valente, Bertaccini e Cícero
Substituições: Nuno Valente por Bruno Alves (78m) e André Santos por Moses (87m)
Não utilizados: Igor, João Amorim, Deyvison, Benny e Nelsinho
Treinador: Jorge Costa

FC PORTO B: Diogo Costa; Diogo Dalot, Jorge Fernandes, Alan Bidi e Luís Mata; Rui Pires, Luizão e Rui Moreira (cap.); Fede Varela, Galeno e André Pereira
Substituições: André Pereira por Tony Djim (71m), Fede Varela por Musa Yahaya (88m) e Rui Pires por Bruno Costa (90m+3)
Não utilizados: Ricardo Silva, Diogo Queirós, Ruben Macedo e Madi Queta
Treinador: António Folha

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Luizão (12m), Nuno Valente (49m), Fede Varela (50m), Palocevic (63m)

Disciplina: cartão amarelo para Nuno Coelho (7m), Ericson (39m), Rui Pires (61m), Jorge Fernandes (68m); cartão vermelho direto para Tony Djim (80m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Arouca-FC-Porto-B-2a-jor-Ledman-LigaPro-1718.aspx

12/08/17

Arte Literatura - Oriunda de uma família de judeus sefarditas que deixaram Portugal para escapar às perseguições, Blanche Blackwell fazia parte da alta sociedade jamaicana e viria a ser mulher de Ian Fleming.



«Blanche Blackwell ‘. A mulher jamaicana’ de Fleming

O primeiro encontro entre Blanche e Ian Fleming não foi auspicioso. Ele perguntou-lhe: «Meu Deus, não é lésbica, pois não?»

Oriunda de uma família de judeus sefarditas que deixaram Portugal para escapar às perseguições, Blanche Blackwell fazia parte da alta sociedade jamaicana. Foi ali, na idílica Port Maria, onde muitos americanos e ingleses ricos tinham as suas casas de férias, que conheceu figuras tão célebres como Ian Fleming – o antigo espião que criou James Bond –, o dramaturgo britânico Noël Coward e o ator Errol Flynn, porventura o mais convincente Robin Wood da história do cinema. Coward adorava dar-lhe abraços, Flynn apaixonou-se por ela, mas foi com Ian Fleming que manteve um caso amoroso. Blanche Blackwell faleceu dia 8 de agosto. Tinha 104 anos.

A família Lindo (nome de solteira de Blanche) estabeleceu-se na Jamaica no século XVIII e alcançou a prosperidade graças às atividades mercantil e agrícola. Mais tarde, o pai de Blanche trocaria a exploração agrícola pela maior empresa de produção de rum jamaicana, que se manteve nas mãos da família até 1957. Donos de grandes propriedades, os Lindo também fizeram fortuna com a venda de terras a estrangeiros, para ali erguerem os seus refúgios tropicais.

Como as meninas de boas famílias da época, Blanche foi educada em casa por um precetor, terminando os seus estudos em Inglaterra. Pequena e alegre, tinha um riso cristalino que despertava paixões. Um dos seus primeiros admiradores foi o ator Errol Flynn. Embora casado, Flynn revelou nas suas memórias que chegou a equacionar declarar-se-lhe, e só não o fez porque temia não ser correspondido. De resto, Blanche reconheceu que o ator era «o homem mais bonito» que alguma vez conheceu. «Tinha um físico maravilhoso».

Acabaria no entanto por casar, quando estava na casa dos vinte, com um major britânico destacado no Regimento da Jamaica, Joseph Blackwell, que entretanto o pai dela contratara para ajudar nos negócios. Como presente de casamento, o jovem casal recebeu uma casa em Kingston (a capital da Jamaica) e uma plantação de cocos e bananas com qualquer coisas como 800 hectares.

O filho do casal, Christopher, nasceu em 1937 – hoje é o milionário fundador da Island Records, que editou discos de nomes como Bob Marley, Cat Stevens ou os Rolling Stones.

Doze anos depois, em 1949, uma denúncia de Errol Flynn de que ‘Joe’ era infiel punha fim ao casamento. Blanche foi para Inglaterra, para ficar perto do filho, que estudava em Harrow. Mas acabaria por regressar à Jamaica, levando a intenção reconstruir uma pequena casa com uma vista sumptuosa sobre o mar.

Foi assim que conheceu o dramaturgo Noël Coward, seu vizinho. Coward apaixonara-se por aquela ilha do Mar das Caraíbas quando estivera a passar férias na casa do seu amigo Ian Fleming – uma propriedade que, não por acaso, se chamava Goldeneye.

Blanche e Coward entenderam-se às mil maravilhas. O mesmo não aconteceria com o amigo do dramaturgo, o escritor de policiais Ian Fleming, já então famoso criador da personagem James Bond.

O primeiro encontro entre Blanche e Fleming, num jantar em Kingston, não foi propriamente auspicioso. Ela tinha 44 anos e ele 48. Blanche contaria mais tarde: «Lembro-me de me ter sentado ao lado dele e ele ter perguntado: ‘Como é possível que não a tenha visto antes?’. Disse-lhe que tinha acabado de chegar de Inglaterra e ele respondeu: ‘Meu Deus, não é lésbica, pois não?’ E eu ri-me».

Apesar da má impressão inicial, acabariam por tornar-se bons amigos. Visitavam-se mutuamente (Blanche gostava de fazer mergulho nos recifes perto de casa de Fleming) e trocavam presentes. Mas ainda não eram amantes, como suspeitava Coward, com uma ponta de ciúme. Isso só aconteceria um ano depois, garantiu Blanche. Anne, a esposa de Flemming, chamava-lhe «a mulher jamaicana no Ian».

O criador de James Bond morreria de ataque cardíaco aos 56 anos. Blanche, pelo contrário, teve uma vida longa. Já na casa dos 90, regressou a Inglaterra, tendo vivido os últimos anos num apartamento no elegante bairro de Knightsbridge, acompanhada primeiro por três criadas jamaicanas e depois por um mordomo. Estava surda e quase cega.

Richard Branson, o milionário dono da Virgin, prometeu, que quando Blanche fizesse cem anos, lhe ofereceria uma viagem ao espaço. A aventura nunca se concretizou. Mas agora, aos 104 anos, Blanche viajou para ainda mais longe.

Blanche Blackwell» in https://ionline.sapo.pt/576038